Leis do cárcere e inclusão social: uma análise institucional do discurso de uma facção

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Andressa Loli Bazo
Orientador(a): Alvino Augusto de Sa
Banca de defesa: Marlene Guirado, Sergio Salomão Shecaira, Bruno Shimizu
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Direito
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Link de acesso: https://doi.org/10.11606/D.2.2017.tde-19022021-164829
Resumo: No cenário das práticas prisionais institucionalizadas, a coexistência de mecanismos repressivos emanados pelas instâncias oficiais de controle e de dispositivos disciplinares manipulados pelas facções tem sido amplamente discutida na literatura acadêmica. A maioria dos autores sustenta que, apesar de haver uma relação de cooperação entre esses dois polos normativos, a facção seria formada por uma complexa rede de solidariedade. A partir desse panorama, o objetivo dessa pesquisa é compreender as representações das relações de pertencimento para os membros de uma facção. Desde a formulação de seus objetivos, a pesquisa vale-se da estratégia metodológica da análise institucional do discurso. Esse método permitiu configurar os lugares assumidos e atribuídos pelos faccionados nas relações tecidas entre esses atores institucionais. O processo analítico evidenciou cinco categorias temáticas centrais. Nestas, atentou-se às regularidades e às singularidades produzidas na construção da cena discursiva e aos efeitos de reconhecimento e de desconhecimento da relatividade das práticas institucionais. Observou-se como a subjetividade se produz na constante tensão entre o assujeitamento à ordem institucional e a resistência a essa mesma ordem. O estudo aponta para os jogos de força, poder e verdade negociados entre o pertencimento e o aprisionamento.
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spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis Leis do cárcere e inclusão social: uma análise institucional do discurso de uma facção Laws of Imprisonment and Social Inclusion: an institutional discourse analysis of a faction 2017-08-18Alvino Augusto de SaMarlene GuiradoSergio Salomão ShecairaBruno ShimizuAndressa Loli BazoUniversidade de São PauloDireitoUSPBR Belongingness Cárcere privado Crime organizado Execução (Processo Penal) Factions Inclusão social Institutional Discourse Analysis Sentence Executing Sistema Penitenciário Subjectivity No cenário das práticas prisionais institucionalizadas, a coexistência de mecanismos repressivos emanados pelas instâncias oficiais de controle e de dispositivos disciplinares manipulados pelas facções tem sido amplamente discutida na literatura acadêmica. A maioria dos autores sustenta que, apesar de haver uma relação de cooperação entre esses dois polos normativos, a facção seria formada por uma complexa rede de solidariedade. A partir desse panorama, o objetivo dessa pesquisa é compreender as representações das relações de pertencimento para os membros de uma facção. Desde a formulação de seus objetivos, a pesquisa vale-se da estratégia metodológica da análise institucional do discurso. Esse método permitiu configurar os lugares assumidos e atribuídos pelos faccionados nas relações tecidas entre esses atores institucionais. O processo analítico evidenciou cinco categorias temáticas centrais. Nestas, atentou-se às regularidades e às singularidades produzidas na construção da cena discursiva e aos efeitos de reconhecimento e de desconhecimento da relatividade das práticas institucionais. Observou-se como a subjetividade se produz na constante tensão entre o assujeitamento à ordem institucional e a resistência a essa mesma ordem. O estudo aponta para os jogos de força, poder e verdade negociados entre o pertencimento e o aprisionamento. In institutionalized prison practices scenario, the coexistence of repressive mechanisms emanating both from the official jurisdictions of control and from disciplinary devices manipulated by factions has been widely discussed in academic literature. Most authors argue that, even though a cooperative relationship between these two normative ends exists, the faction would be formed by a complex solidarity network. From this perspective, the aim of the present work is to understand what the relations of belongingness represent to the members of a given faction. Since the formulation of its objectives, this research has been based on the methodological strategy of institutional discourse analysis. Such methodology enabled the outlining of the positions held and assigned by the factions in the relationships between these institutional actors. The analytical process revealed five main thematic categories. In these, the regularities and singularities produced by the construction of the discursive scene as well as the effects of awareness and unawareness of institutional practices relativity were taken into consideration. The ways in which the subjectivity takes place in the constant tension between institutional order submission and the resistance to that same order were observed. The study calls attention to the games of strength, power and truth negotiated between belongingness and imprisonment. https://doi.org/10.11606/D.2.2017.tde-19022021-164829info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USP2023-12-21T19:22:50Zoai:teses.usp.br:tde-19022021-164829Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212023-02-19T13:00:15Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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