Parâmetros genéticos das populações de milho Piranão VD-2 e Piranão VF-1

• Ano de defesa: 1982
• Autor(a) principal: Lordelo, Jose Albertino Carvalho
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: MILHO PIRANÃO; PARÂMETROS GENÉTICOS; POPULAÇÕES VEGETAIS
• Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11137/tde-20220207-213500/

O presente trabalho teve como objetivos a estimação de parâmetros genéticos envolvendo os caracteres: produção de grãos, altura de planta, altura de espiga, índice de posição (IP = AE/AP) e número de ramificações do pendão nas populações Piranão VD-2 e Piranão VF-1. Trezentas famílias de meios-irmãos foram tomadas de cada população e avaliadas em três látices 10 x 10 com quatro repetições, no ano agrícola 1978/1979. Foram tomadas amostras ao acaso de cinco plantas competitivas por parcela e anotadas as mensurações efetuadas, procedeu-se a análise da variância e covariância para cada experimento e posteriormente a análise combinada. Foram obtidas as estimativas da variância genética aditiva, do coeficiente de herdabilidade no sentido restrito, do coeficiente de variação genético, da relação (descrito na tese) e das correlações genéticas aditivas e fenotípicas entre os caracteres. As estimativas obtidas para o Piranão VF-1 revelaram maior variabilidade genética para os caracteres produção de grãos, altura de planta, altura de espiga e índice de posição. Para o número de ramificações do pendão, as populações apresentaram variabilidade genética da mesma magnitude. Para todos os caracteres avaliados, esquemas relativamente simples de seleção poderão ser empregados para obtenção de progresso genético. Os coeficientes de herdabilidade foram maiores para altura de planta (61,96% e 62,07%) do que para a altura de espiga (56,42% e 59,71%), para Piranão VD-2 e Piranão VF-1, respectivamente. O índice de posição da espiga teve a mais baixa estimativa de herdabilidade: 36,6% para Piranão VD-2 e 43,22% para Piranão VF-1. Esses resultados permitem concluir que a seleção praticada na altura de planta será mais eficiente que nos demais caracteres. Para o número de ramificações do pendão, a herdabilidade foi de 57,72% no Piranão VD-2 e 57,42% no Piranão VF-1. A produção de grãos teve a herdabilidade estimada ao nível de médias em 65,41% e 69,18%, para Piranão VD-2 e Piranão VF-1, respectivamente. As correlações genéticas e fenotípicas entre os caracteres altura de planta, altura de espiga e índice de posição foram fortes e positivas. A associação entre altura de espiga e índice de posição foi mais forte que entre índice de posição e altura de planta. Para o Piranão VD-2, todas as correlações entre produção de grãos e os demais caracteres foram positivas; porém entre números de ramificações do pendão e produção de grãos ela foi mais fraca (rA = 0,1116). Também foi verificada correlação positiva, mas fraca, entre: número de ramificações x altura de planta; altura de espiga e índice de posição. Para o Piranão VF-1 as correlações entre altura de planta, altura de espiga e índice de posição, também foram positivamente intensas. As correlações envolvendo o número de ramificações do pendão foram negativas, mas fracas. À produção de grãos foi negativamente correlacionada com o número de ramificações do pendão (rA = -0,2767), mas positivamente correlacionada com a altura de planta e de espiga, e índice de posição. Essas correlações, entretanto, foram fracas (r= 0,06; 0,26 e 0,06), respectivamente.