Fascismo e turismo: reflexões sobre a relação entre turismo sindical e colônia de férias

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Gilberto de Oliveira Rodrigues
Orientador(a): Rita de Cassia Ariza da Cruz
Banca de defesa: Paulo Roberto de Albuquerque Bomfim, Sandra Lencioni, Paulo César Garcez Marins
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Geografia (Geografia Humana)
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Link de acesso: https://doi.org/10.11606/D.8.2018.tde-30102018-134533
Resumo: Esta dissertação analisa o chamado \"turismo sindical\" por meio de uma abordagem teórica, histórica e conceitual. O turismo sindical por meio de colônias de férias de entidades sindicais e associativas de trabalhadores do setor público e privado são um meio de hospedagem que surge na Era Vargas e se desenvolve até os dias de hoje, alcançando seu apogeu nas décadas de 1960 e 1970, especialmente após o golpe militar de 1964. A ação efetiva do Estado, especialmente em tempos de regimes autoritários, não se limitou a um arcabouço jurídico-normativo (intervenção por regulação), mas estendeu-se a uma efetiva implementação das colônias de férias e do turismo sindical (intervenção por participação). Tudo isso ocorre concomitantemente a uma nova divisão internacional e territorial do trabalho que vai tornando o capitalismo hegemônico como modo de produção global e universal. A exigência do constante desenvolvimento das forças produtivas não se limita ao ambiente fabril, devendo atingir a inteira cotidianidade da classe trabalhadora. Por isso tempo de trabalho e tempo livre são meticulosa e estrategicamente organizados, geridos e fiscalizados, não pelos trabalhadores, mas pelos capitalistas e pelo Estado. Todo esse processo não ocorre de maneira localizada, pois, por ser um processo geral do capital, ocorre em escala planetária. O turismo sindical e as colônias de férias são uma pequena, mas importante fração deste processo que organiza as condições gerais da produção e desenvolve as forças produtivas. O materialismo histórico e dialético sustenta o caminho analítico escolhido.
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