Avaliação do papel modulador da oubaína no eixo hipotalâmico-pituitário-adrenal em ratos submetidos ao estresse crônico imprevisível.
Ano de defesa: | 2018 |
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Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Link de acesso: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42136/tde-19022019-145239/ |
Resumo: | A ouabaína (OUA), um inibidor da Na+ ,K+-ATPase, foi identificada como uma substância endógena presente no plasma humano, e parece estar envolvida na resposta ao estresse agudo, em animais e seres humanos. O estresse crônico é um importante fator agravante de doenças psiquiátricas, incluindo depressão e ansiedade. Além disso, problemas cognitivos são cada vez mais reconhecidos como importantes componentes da ansiedade e depressão. Diante disto, o presente trabalho buscou investigar os efeitos da OUA (1,8 <font face = \"symbol\">mg/kg) na hiperatividade do eixo HPA, na neuroinflamação, na expressão de receptores e proteínas envolvidos na plasticidade sináptica, nos efeitos comportamentais (como déficit de memória de longa duração, depressão e ansiedade) e atividade da Na+,K+-ATPase induzidos pelo protocolo de estresse crônico imprevisível (CUS) realizado ao longo de 14 dias em ratos. Nossos resultados demonstraram que o tratamento intermitente com OUA é capaz de reverter a hiperatividade do eixo HPA induzido pelo CUS, por meio da redução de glicocorticoide, redução na expressão de CRH-CRHR1, bem como diminuir a neuroinflamação, e aumentar os níveis de BDNF e fazer o que na expressão dos receptores CRHR2. Essas alterações bioquímicas contribuíram para uma reversão nos prejuízos na memória de longo prazo induzida pelo CUS. Ademais os animais tratados apenas com OUA, bem como os submetidos ao CUS e tratados com OUA obtiveram uma melhora na memória emocional, averiguada no teste comportamental de condicionamento da memória ao medo. Os resultados encontrados sugerem que o protocolo de CUS por 14 dias promove uma adaptação neuronal facilitando a redesignação da memória ao medo, aqui configurado pelo choque, e o tratamento com a OUA abrevia esse processo. Em conclusão os nossos resultados sugerem que o tratamento intermitente com OUA suscita uma adaptação no eixo HPA, por meio de alterações na expressão dos receptores para CRH no hipocampo e hipotálamo, resultando em uma adaptação na memória emocional relacionada ao medo. |
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Avaliação do papel modulador da oubaína no eixo hipotalâmico-pituitário-adrenal em ratos submetidos ao estresse crônico imprevisível.Evaluation of the role of ouabain in the hypothalamic-pituitary-adrenal axis in rats submitted to unpredictable chronic stress.Eixo hipotálamo-pituitáriaadrenalEstresse crônico imprevisívelHPA axisMemóriaMemoryOuabainOuabaínaUnpredictable chronic stressA ouabaína (OUA), um inibidor da Na+ ,K+-ATPase, foi identificada como uma substância endógena presente no plasma humano, e parece estar envolvida na resposta ao estresse agudo, em animais e seres humanos. O estresse crônico é um importante fator agravante de doenças psiquiátricas, incluindo depressão e ansiedade. Além disso, problemas cognitivos são cada vez mais reconhecidos como importantes componentes da ansiedade e depressão. Diante disto, o presente trabalho buscou investigar os efeitos da OUA (1,8 <font face = \"symbol\">mg/kg) na hiperatividade do eixo HPA, na neuroinflamação, na expressão de receptores e proteínas envolvidos na plasticidade sináptica, nos efeitos comportamentais (como déficit de memória de longa duração, depressão e ansiedade) e atividade da Na+,K+-ATPase induzidos pelo protocolo de estresse crônico imprevisível (CUS) realizado ao longo de 14 dias em ratos. Nossos resultados demonstraram que o tratamento intermitente com OUA é capaz de reverter a hiperatividade do eixo HPA induzido pelo CUS, por meio da redução de glicocorticoide, redução na expressão de CRH-CRHR1, bem como diminuir a neuroinflamação, e aumentar os níveis de BDNF e fazer o que na expressão dos receptores CRHR2. Essas alterações bioquímicas contribuíram para uma reversão nos prejuízos na memória de longo prazo induzida pelo CUS. Ademais os animais tratados apenas com OUA, bem como os submetidos ao CUS e tratados com OUA obtiveram uma melhora na memória emocional, averiguada no teste comportamental de condicionamento da memória ao medo. Os resultados encontrados sugerem que o protocolo de CUS por 14 dias promove uma adaptação neuronal facilitando a redesignação da memória ao medo, aqui configurado pelo choque, e o tratamento com a OUA abrevia esse processo. Em conclusão os nossos resultados sugerem que o tratamento intermitente com OUA suscita uma adaptação no eixo HPA, por meio de alterações na expressão dos receptores para CRH no hipocampo e hipotálamo, resultando em uma adaptação na memória emocional relacionada ao medo.Ouabain (OUA), an inhibitor of Na+, K+ -ATPase, has been identified as an endogenous substance present in human plasma, and appears to be involved in the response to acute stress in animals and humans. Chronic stress is an important aggravating factor of psychiatric illness, including depression and anxiety. In addition, cognitive problems are increasingly recognized as important components of anxiety and depression. The present work aimed to investigate the effects of OUA (1.8 <font face = \"symbol\">mg/kg) on HPA axis hyperactivity, neuroinflammation, expression of receptors and proteins involved in synaptic plasticity, behavioral effects (such as long-term memory deficit duration, depression and anxiety) and Na+,K+-ATPase activity induced by the unpredictable chronic stress protocol (CUS) performed over 14 days in rats. Our results demonstrated that intermittent treatment with OUA was able of reversing CUS-induced HPA axis hyperactivity, by reducing glucocorticoid levels, CRH-CRHR1 expression, as well as reducing CUS-induced low-grade neuroinflammation, and increase BDNF levels and expression of CRHR2 receptors. These biochemical changes contributed to a reversal in CUS-induced long-term memory impairment. In addition, animals treated only with OUA, as well as those submitted to CUS, and also treated with OUA obtained an improvement in emotional memory, which was explored in the fear conditioning test. These results suggest that the CUS protocol of 14 days promotes a neural adaptation facilitating a reassignment of the memory to the fear, here configured by the shock, and the treatment with the OUA shortens that process. In conclusion, our results suggest that intermittent treatment with OUA induces an adaptation on the HPA axis, through alterations in the expression of receptors for CRH in the hippocampus and hypothalamus, resulting in an adjustment in fear-related emotional memory.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPScavone, CristoforoLeite, Jacqueline Alves2018-12-05info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42136/tde-19022019-145239/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2021-02-18T16:00:05Zoai:teses.usp.br:tde-19022019-145239Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212021-02-18T16:00:05Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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