Resistência de Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) (Acari: Tenuipalpidae) ao acaricida hexitiazox em citros.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Campos, Fernando Joly
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-03072002-153231/
Resumo: O objetivo desse trabalho foi o de coletar informações básicas para a implementação de um programa de manejo da resistência de Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) ao acaricida hexitiazox na cultura de citros. A suscetibilidade de ovos de B. phoenicis a hexitiazox foi avaliada através de um bioensaio de contato direto. Foi verificado que há efeito da idade de ovos de B. phoenicis na suscetibilidade, sendo que ovos no início do desenvolvimento embrionário (1 a 3 dias) foram menos tolerantes a hexitiazox do que ovos de 4 a 9 dias de idade. A CL50 estimada para a população suscetível de referência (linhagem S) foi de 0,89 mg de hexitiazox/L de água (IC 95% 0,75-1,03). Para o isolamento da resistência de B. phoenicis a hexitiazox (linhagem R), um trabalho de seleção em condições laboratoriais foi realizado a partir de uma população coletada em um pomar de citros da região de Barretos-SP, onde o uso de hexitiazox tinha sido intenso e falhas no controle do ácaro haviam sido reportadas com esse acaricida. A intensidade da resistência de B. phoenicis a hexitiazox foi maior que 10.000 vezes. Concentrações discriminatórias entre 10 e 320 mg de hexitiazox/L de água foram definidas para um programa de monitoramento da resistência de B. phoenicis ao hexitiazox. Resultados do levantamento da suscetibilidade a hexitiazox em populações de B. phoenicis provenientes de diferentes pomares dos Estados de São Paulo e Minas Gerais revelaram uma grande variabilidade na freqüência de resistência. Não foi observada relação entre o regime de uso do hexitiazox e a freqüência de resistência. Estudos da dinâmica da resistência em laboratório revelaram que a resistência de B. phoenicis a hexitiazox é estável, isto é, a freqüência de resistência não diminui significativamente na ausência de pressão de seleção. Portanto, os resultados obtidos no presente trabalho indicam a necessidade de implementação imediata de estratégias de manejo da resistência de B. phoenicis a hexitiazox para a prolongar a vida útil desse acaricida.
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