Recursos comunicativos utilizados por bebês em interação com diferentes interlocutores, durante processo de adaptação à creche: um estudo de caso

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Elmôr, Larissa de Negreiros Ribeiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59137/tde-24042009-093312/
Resumo: Estudos têm analisado, apreendido e explicitado o modo como ocorrem as interações nas diferentes idades, particularmente nos primeiros anos de vida, considerando-as com distintos interlocutores e relacionando-as ao desenvolvimento global do indivíduo. Dentro dos estudos sobre interação, a linguagem tem sido vista como de fundamental importância nas relações entre os parceiros e ao processo de desenvolvimento da criança. Porém, as pesquisas diferem em pressupostos quando abordam diferentes interlocutores (mãe, babá, irmã, educadoras, coetâneos e o câmera). São também, fragmentados, investigando a criança com um interlocutor específico, sem considerar o conjunto das relações. Ainda, a noção de linguagem varia, a maioria das pesquisas restringindo-a ao aspecto verbal, enquanto que algumas poucas contemplam também diferentes formas de expressão e apreensão de significações (incluindo-se aí a linguagem não-verbal). Frente a esse panorama, definiu-se por investigar, a partir de um estudo de caso, quais recursos comunicativos e lingüísticos (verbais e não-verbais) são utilizados por um bebê no primeiro ano de vida, na interação com distintos interlocutores (mãe, babá, irmã, educadoras, coetâneos e o câmera).O material empírico utilizado foi obtido do Banco de Dados do Projeto Integrado Processos de adaptação de bebês à creche, que acompanhou a adaptação de 21 bebês (4-14 meses) em creche universitária. Após aprovação do CEP, um bebê foi selecionado (Iraídes - 09 meses ao ingresso), sendo realizada a transcrição microgenética de todos seus episódios interativos no primeiro mês de freqüência à creche. A análise foi guiada pela perspectiva teórico-metodológica da Rede de Significações e pela noção de campo interativo. Através da seleção dos episódios interativos com diferentes parceiros, foram construídos quadros verificando quais os recursos comunicativos utilizados e se existiriam semelhanças ou diferenças na interação do bebê com os distintos interlocutores. Os resultados apontaram vinte (20) diferentes tipos de recursos comunicativos do bebê com os distintos interlocutores, aqueles ocorrendo de forma diferente entre os diferentes parceiros de interação. Os recursos integrados foram os de maior freqüência na interação de Iraídes com todos os interlocutores, participando desta categoria 39 diferentes recursos comunicativos. A educadora Mirtes obteve o maior número de diferentes tipos de recursos comunicativos (12), enquanto que a educadora Branca obteve 05 recursos. A mãe obteve segundo lugar no número de recursos comunicativos (10). O bebê Isa foi o interlocutor que obteve a menor ocorrência nos diferentes recursos comunicativos (03), enquanto que o bebê Linda obteve um número maior (06) de distintos recursos. A babá obteve 08, a irmã Dalila 06 e o câmera José 05 diferentes recursos. Os resultados demonstram a multiplicidade e a riqueza dos tipos e das características de recursos comunicativos que o bebê pode fazer uso na relação com diferentes interlocutores. Os bebês podem iniciar um episódio interativo e existe a possibilidade dos bebês terem parceiros preferenciais nas suas interações, tanto nos de mesma idade como com os adultos. Entende-se a importância da creche nas relações e coloca-se a necessidade de novos estudos que destaquem os recursos comunicativos.
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Porém, as pesquisas diferem em pressupostos quando abordam diferentes interlocutores (mãe, babá, irmã, educadoras, coetâneos e o câmera). São também, fragmentados, investigando a criança com um interlocutor específico, sem considerar o conjunto das relações. Ainda, a noção de linguagem varia, a maioria das pesquisas restringindo-a ao aspecto verbal, enquanto que algumas poucas contemplam também diferentes formas de expressão e apreensão de significações (incluindo-se aí a linguagem não-verbal). Frente a esse panorama, definiu-se por investigar, a partir de um estudo de caso, quais recursos comunicativos e lingüísticos (verbais e não-verbais) são utilizados por um bebê no primeiro ano de vida, na interação com distintos interlocutores (mãe, babá, irmã, educadoras, coetâneos e o câmera).O material empírico utilizado foi obtido do Banco de Dados do Projeto Integrado Processos de adaptação de bebês à creche, que acompanhou a adaptação de 21 bebês (4-14 meses) em creche universitária. Após aprovação do CEP, um bebê foi selecionado (Iraídes - 09 meses ao ingresso), sendo realizada a transcrição microgenética de todos seus episódios interativos no primeiro mês de freqüência à creche. A análise foi guiada pela perspectiva teórico-metodológica da Rede de Significações e pela noção de campo interativo. Através da seleção dos episódios interativos com diferentes parceiros, foram construídos quadros verificando quais os recursos comunicativos utilizados e se existiriam semelhanças ou diferenças na interação do bebê com os distintos interlocutores. Os resultados apontaram vinte (20) diferentes tipos de recursos comunicativos do bebê com os distintos interlocutores, aqueles ocorrendo de forma diferente entre os diferentes parceiros de interação. Os recursos integrados foram os de maior freqüência na interação de Iraídes com todos os interlocutores, participando desta categoria 39 diferentes recursos comunicativos. A educadora Mirtes obteve o maior número de diferentes tipos de recursos comunicativos (12), enquanto que a educadora Branca obteve 05 recursos. A mãe obteve segundo lugar no número de recursos comunicativos (10). O bebê Isa foi o interlocutor que obteve a menor ocorrência nos diferentes recursos comunicativos (03), enquanto que o bebê Linda obteve um número maior (06) de distintos recursos. A babá obteve 08, a irmã Dalila 06 e o câmera José 05 diferentes recursos. Os resultados demonstram a multiplicidade e a riqueza dos tipos e das características de recursos comunicativos que o bebê pode fazer uso na relação com diferentes interlocutores. Os bebês podem iniciar um episódio interativo e existe a possibilidade dos bebês terem parceiros preferenciais nas suas interações, tanto nos de mesma idade como com os adultos. Entende-se a importância da creche nas relações e coloca-se a necessidade de novos estudos que destaquem os recursos comunicativos.Studies have analyzed, understood and explained the way interactions happen at different ages, particularly in the first years of life, considering them with different partners and relating them to the global development of the child. Within the studies on interaction, language has been seen as extremely important in relationships between partners and to childrens development process. Nevertheless, the researches differ in assumptions when approaching different interlocutors (mother, nanny, sister, educators, coetaneous and cameraman). They are fragmented as well, investigating the child with a specific interlocutor, without considering the set of relationships. Moreover, the notion of language varies, with most researches restricting it to the oral aspect, whilst very few also contemplate different forms of expression and meaning apprehension (including non-oral language). Considering this aspects, it was decided to investigate, through a case study, which communicative and linguistic resources (oral and non-oral) are used by a baby in the first year of life, in interaction with different interlocutors (mother, father, caregivers, and other babies). The empirical data used was obtained from the Database of the Integrated Project Adaptation process of babies to the day-care center, which followed up the adaptation of 21 babies (4-14 months), at a university day-care center. After the approval by CEP, one baby was selected (Iraídes - 09 months) and the microgenetic transcription of all her interactive episodes in the first month in the day-care center was carried-out. Analysis was guided by the Network of Meanings theoretic-methodological perspective, besides the notion of interactive field. Through the selection of the interactive episodes with different partners, frames were built checking which communicative resources were used and if there were similarities or differences in the babys interaction with the different interlocutors. The results indicated twenty (20) different types of communicative resources of the baby with the different interlocutors. These resources happened differently between the different interaction partners. Integrated communicative means had a greater frequency in Iraídes interaction with all interlocutors, having been found 39 different communicative means in this category. The caregiver Mirtes obtained the largest number of different types of communicative means (12), whilst caregiver Branca obtained 05. The mother came in second place in the number of communicative means (10). Baby Isa was the interlocutor that had the smallest occurrence in the different communicative resources (03), whilst baby Linda had a larger number (06) of them. The babysitter had 08, the sister Dalila 06 and the cameraman José 05 different communicative means. The results show the multiplicity and abundant of types and characteristics of communicative means the baby can use in the relationship with different partners. Babies can begin an interactive episode and it is possible that babies have preferred partners in their interactions, both with the same age and adults. The importance of the day-care center is understood in the relationships and there is the need for new studies that highlight the communicative resources.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPAmorim, Katia de SouzaElmôr, Larissa de Negreiros Ribeiro2009-03-16info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59137/tde-24042009-093312/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:09:59Zoai:teses.usp.br:tde-24042009-093312Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:09:59Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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