Antimaláricos potenciais: pró-fármacos poliméricos e formas de liberação controlada de artemisinina
Ano de defesa: | 2006 |
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Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
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Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Link de acesso: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9138/tde-26032007-142410/ |
Resumo: | A malária ainda constitui grave problema de saúde pública, estando presente principalmente em países em desenvolvimento. Acredita-se que 40% da população mundial vivam em áreas endêmicas para esta parasitose. No Brasil, cerca de 600 mil novos casos aparecem a cada ano, merecendo realce a Amazônia, que corresponde a 99% dos casos brasileiros. Dentre os agentes etiológicos, o Plasmodium falciparum suscita atenção especial, pois é o responsável pela malária grave. A artemisinina é agente antimalárico cujo emprego encontra-se principalmente para cepas resistentes. Embora este fármaco seja o único antimalárico cuja resistência dos plasmódios não possui relevância clínica, problemas de solubilidade comprometem sua eficácia clínica e fazem com que seja utilizado sempre em associação a antimaláricos com maior meia-vida plasmática. Com o objetivo de aumentar a biodisponibilidade do antimalárico, conferindo-lhe maior hidrossolubilidade e ante ao emprego de quitosana como transportador com vistas, entre outros, a esse objetivo, planejaram-se pró-fármacos de quitosanas modificadas e artemisinina. Inicialmente, obtiveram-se quatro derivados hidrofílicos da quitosana: N-carboxibutilquitosana, N-carboximetilquitosana, N,O-carboximetilquitosana e N-succinilquitosana. A artemisinina foi empregada na forma reduzida, a diidroartemisinina, sintetizada a partir do fármaco na presença de boroidreto de sódio em várias proporções relativas ao fármaco. Procedeu-se, então, à condensação entre a diidroartemisinina e os derivados hidrofílicos obtidos por meio de quatro métodos distintos. Prepararam-se, também, microesferas para incorporar e ligar covalentemente a diidroartemisinina à quitosana. O fármaco flurbiprofeno foi utilizado como fármaco lipofílico modelo de reação. Os resultados obtidos indicam a formação de microesferas de pró-fármaco de quitosana com artemisinina, utilizando genipina como reticulante, empregando-se emulsão múltipla O/A/O juntamente com as microesferas. Os derivados obtidos, uma vez confirmada inequivocamente a estrutura, serão submetidos a ensaios de dissolução intrínseca e de atividade em malária experimental por P. berghei, em animais. |
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Antimaláricos potenciais: pró-fármacos poliméricos e formas de liberação controlada de artemisininaPotential antimalarial agents: polymer prodrugs and controlled release formulations of artemisininAntimalarialAntimaláricoFármacosLatenciaçãoMalariaMaláriaProdrug designPublic HealthSaúde PúblicaA malária ainda constitui grave problema de saúde pública, estando presente principalmente em países em desenvolvimento. Acredita-se que 40% da população mundial vivam em áreas endêmicas para esta parasitose. No Brasil, cerca de 600 mil novos casos aparecem a cada ano, merecendo realce a Amazônia, que corresponde a 99% dos casos brasileiros. Dentre os agentes etiológicos, o Plasmodium falciparum suscita atenção especial, pois é o responsável pela malária grave. A artemisinina é agente antimalárico cujo emprego encontra-se principalmente para cepas resistentes. Embora este fármaco seja o único antimalárico cuja resistência dos plasmódios não possui relevância clínica, problemas de solubilidade comprometem sua eficácia clínica e fazem com que seja utilizado sempre em associação a antimaláricos com maior meia-vida plasmática. Com o objetivo de aumentar a biodisponibilidade do antimalárico, conferindo-lhe maior hidrossolubilidade e ante ao emprego de quitosana como transportador com vistas, entre outros, a esse objetivo, planejaram-se pró-fármacos de quitosanas modificadas e artemisinina. Inicialmente, obtiveram-se quatro derivados hidrofílicos da quitosana: N-carboxibutilquitosana, N-carboximetilquitosana, N,O-carboximetilquitosana e N-succinilquitosana. A artemisinina foi empregada na forma reduzida, a diidroartemisinina, sintetizada a partir do fármaco na presença de boroidreto de sódio em várias proporções relativas ao fármaco. Procedeu-se, então, à condensação entre a diidroartemisinina e os derivados hidrofílicos obtidos por meio de quatro métodos distintos. Prepararam-se, também, microesferas para incorporar e ligar covalentemente a diidroartemisinina à quitosana. O fármaco flurbiprofeno foi utilizado como fármaco lipofílico modelo de reação. Os resultados obtidos indicam a formação de microesferas de pró-fármaco de quitosana com artemisinina, utilizando genipina como reticulante, empregando-se emulsão múltipla O/A/O juntamente com as microesferas. Os derivados obtidos, uma vez confirmada inequivocamente a estrutura, serão submetidos a ensaios de dissolução intrínseca e de atividade em malária experimental por P. berghei, em animais.Malaria is still a serious problem of public health, mostly in developing countries. About 40% of the world population live in malaria endemic areas. In Brazil, about 600 thousands new cases appear every year, mainly in Amazonia, in which 99% of the cases have been registered. Among the etiologic agents, Plasmodium falciparum deserves special attention, as it is responsible for the severe malaria. Artemisinin is an antimalarial agent mostly used for resistant strains. Although this drug is the only antimalarial whose resistance of plasmodio has not clinical relevance, solubility problems compromise its clinical effectiveness. This is the reason why it has been used mainly in combination with other antimalarial drugs with higher t1/2.. With the goal of increasing the drug biovailability, rendering it with higher hydrosolubility, and since modified chitosans have been used as carriers to impart this characteristic, among others, to the drugs, artemisinin prodrugs with chitosan were designed. Initially, four hydrophilic derivatives were obtained: N-carboxybutylchitosan, N-carboxymetylchitosan, N,O-carboxymetylchitosan and N-succinylchitosan. Artemisinin was utilized in its reduced form, dihydroartemisinin, synthesized from the drug in the presence of sodium borohydride in several equivalents related to the drug. The condensation between dihydroartemisinin and hydrophilic chitosan derivatives was carried out by four distinct methods. In addition, microspheres to incorporate artemisinin and to attach dihydroartemisinin to the chitosan were prepared. Flurbiprofen was used as lipophilic drug reaction model. The results indicated the dihydroartemisinin prodrug microspheres, using genipin as crosslinking agent by multiple emulsion method O/A/O, were obtained. Once unequivocally confirmed their structure, these derivatives will be submitted to intrinsic dissolution test and to biological activity determination in experimental malaria with Plasmodium berghei.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPFerreira, Elizabeth IgneSilva, Hélio Santa Rosa Costa2006-03-31info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9138/tde-26032007-142410/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:09:51Zoai:teses.usp.br:tde-26032007-142410Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:09:51Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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A malária ainda constitui grave problema de saúde pública, estando presente principalmente em países em desenvolvimento. Acredita-se que 40% da população mundial vivam em áreas endêmicas para esta parasitose. No Brasil, cerca de 600 mil novos casos aparecem a cada ano, merecendo realce a Amazônia, que corresponde a 99% dos casos brasileiros. Dentre os agentes etiológicos, o Plasmodium falciparum suscita atenção especial, pois é o responsável pela malária grave. A artemisinina é agente antimalárico cujo emprego encontra-se principalmente para cepas resistentes. Embora este fármaco seja o único antimalárico cuja resistência dos plasmódios não possui relevância clínica, problemas de solubilidade comprometem sua eficácia clínica e fazem com que seja utilizado sempre em associação a antimaláricos com maior meia-vida plasmática. Com o objetivo de aumentar a biodisponibilidade do antimalárico, conferindo-lhe maior hidrossolubilidade e ante ao emprego de quitosana como transportador com vistas, entre outros, a esse objetivo, planejaram-se pró-fármacos de quitosanas modificadas e artemisinina. Inicialmente, obtiveram-se quatro derivados hidrofílicos da quitosana: N-carboxibutilquitosana, N-carboximetilquitosana, N,O-carboximetilquitosana e N-succinilquitosana. A artemisinina foi empregada na forma reduzida, a diidroartemisinina, sintetizada a partir do fármaco na presença de boroidreto de sódio em várias proporções relativas ao fármaco. Procedeu-se, então, à condensação entre a diidroartemisinina e os derivados hidrofílicos obtidos por meio de quatro métodos distintos. Prepararam-se, também, microesferas para incorporar e ligar covalentemente a diidroartemisinina à quitosana. O fármaco flurbiprofeno foi utilizado como fármaco lipofílico modelo de reação. Os resultados obtidos indicam a formação de microesferas de pró-fármaco de quitosana com artemisinina, utilizando genipina como reticulante, empregando-se emulsão múltipla O/A/O juntamente com as microesferas. Os derivados obtidos, uma vez confirmada inequivocamente a estrutura, serão submetidos a ensaios de dissolução intrínseca e de atividade em malária experimental por P. berghei, em animais. |
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