Nacionalização e localismo nos sistemas eleitorais e partidários

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Vasselai, Fabricio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8131/tde-11112015-125717/
Resumo: Esta pesquisa traz 3 estudos independentes, sobre temas ligados às questões do que é nacionalização partidária e como nacionalização, regionalização e localismo são afetados por e afetam os sistemas eleitorais e partidários. Mais especificamente, no capítulo 1 proponho uma nova definição teórica de nacionalização dos partidos e sistemas partidários. Argumento que tal conceito pode ser dividido em 4 dimensões, que são a nacionalização da organização partidária, da oferta eleitoral, da demanda eleitoral e dos resultados eleitorais. Em seguida, aplico esse quadro teórico ao caso brasileiro para mostrar como, de fato, maior precisão conceitual altera a leitura empírica que se faz de um sistema. No capítulo 2, exploro uma das consequências da nacionalização partidária, que vem sendo teorizada pela literatura mas nunca testada de modo direto. Trata-se da ideia de que nacionalização seria o que conecta as circunscrições eleitorais e faz as proposições de Duverger passarem do nível local ao nacional. Para testar isso, incluirei nacionalização dos sistemas partidários pela primeira vez num modelo de número de partidos - aptos lidar com problemas de endogeneidade que vêm impedindo autores de fazerem isso. Assim, será possível provar e demonstrar que a não inclusão de nacionalização vem causando viés de variável omitida nos modelos da literatura. Quando esse é corrigo, através da inclusão de nacionalização por um sistema de equações simultâneas, altera-se algumas das interpretações canônicas sobre a fragmentação partidária. Por fim, no capítulo 3 reavalio a ideia comum de que sistemas eleitorais com voto pessoal levariam candidatos a ter apoio eleitoral geograficamente concentrado, portanto localista. Ofereço uma discussão teórica e evidências de que tal padrão territorial não é a regra do que vem ocorrendo, por exemplo, em sistemas de lista aberta. Além disso, tanto concentrar votos como espalhá-los vem dando dividendos eleitorais e poucos candidatos conseguem atingir patamares altos de concentração, a um nível que prediga real aumento nas chances de eleição.
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Em seguida, aplico esse quadro teórico ao caso brasileiro para mostrar como, de fato, maior precisão conceitual altera a leitura empírica que se faz de um sistema. No capítulo 2, exploro uma das consequências da nacionalização partidária, que vem sendo teorizada pela literatura mas nunca testada de modo direto. Trata-se da ideia de que nacionalização seria o que conecta as circunscrições eleitorais e faz as proposições de Duverger passarem do nível local ao nacional. Para testar isso, incluirei nacionalização dos sistemas partidários pela primeira vez num modelo de número de partidos - aptos lidar com problemas de endogeneidade que vêm impedindo autores de fazerem isso. Assim, será possível provar e demonstrar que a não inclusão de nacionalização vem causando viés de variável omitida nos modelos da literatura. Quando esse é corrigo, através da inclusão de nacionalização por um sistema de equações simultâneas, altera-se algumas das interpretações canônicas sobre a fragmentação partidária. Por fim, no capítulo 3 reavalio a ideia comum de que sistemas eleitorais com voto pessoal levariam candidatos a ter apoio eleitoral geograficamente concentrado, portanto localista. Ofereço uma discussão teórica e evidências de que tal padrão territorial não é a regra do que vem ocorrendo, por exemplo, em sistemas de lista aberta. Além disso, tanto concentrar votos como espalhá-los vem dando dividendos eleitorais e poucos candidatos conseguem atingir patamares altos de concentração, a um nível que prediga real aumento nas chances de eleição.This research oers 3 independent studies on the questions of what is party nationalization, how nationalization, regionalization or localism are aected by and aect the electoral systems and the party systems. More specically, in the 1st chapter a new theoretical denition of party and party system nationalization is presented, dividing such concept into four dimensions - the nationalization of party organization, of the electoral supply, of the electoral demand and of the electoral outcome. After that, such a theoretical framework is applied to the Brazilian case to demonstrate how, in fact, more conceptual precision can alter empirical readings about a given party system. The 2nd chapter explores one of the consequences of party system nationalization, which literature has theorized but never tested directly. Namely, the idea that party nationalization would be what puts the electoral circumscriptions together and what makes Duvergerian propositions move from the local to the national level. To test that, party system nationalization is included for the rst time in a model of eective number of parties, after handling endogeneity problems that have prevented scholars from doing the same. With such inclusion, it will be proven and demonstrated that omitting party nationalization from models of number of parties, which is a common practice, incurs in omitted variable bias. In fact, such correct inclusion of party nationalization trough a system of simultaneous equations corrects that bias, altering some of the canonical interpretations about party system fragmentation. Lastly, in the 3rd chapter I reevaluate the common idea that electoral systems with personal voting would lead to geographical concentration (i.e. localization) of candidates\' electoral support. I oer a theoretical discussion and then empirical evidence that such territorial pattern is not the rule of what happens for instance in open-list PR. Besides, both concentrating and spreading votes are electorally protable results and very few candidates achieve levels of concentration that predicts eective increases in the odds of being elected.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPLimongi, Fernando de Magalhaes PapaterraVasselai, Fabricio2015-08-10info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8131/tde-11112015-125717/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:11:58Zoai:teses.usp.br:tde-11112015-125717Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:11:58Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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