Produção e caracterização do exopolissacarídeo lasiodiplodana por Lasiodiplodia theobromae a partir de hidrolisado celulósico do bagaço de cana-de-açúcar

• Ano de defesa: 2020
• Autor(a) principal: Jesus Jimenez Ascencio
• Orientador(a): Anuj Kumar
• Banca de defesa: Mário Antonio Alves da Cunha, Boutros Fouad Sarrouh
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade de São Paulo
• Programa de Pós-Graduação: Biotecnologia Industrial
• País: BR
• Link de acesso: https://doi.org/10.11606/D.97.2020.tde-05082021-171205

A conversão da biomassa lignocelulósica para açúcares de segunda geração (2G) é crucial para a produção de biocombustíveis e produtos de maior valor agregado. No entanto, devido à sua natureza recalcitrante da biomassa lignocelulósica, o pré-tratamento é um passo essencial para aumentar a acessibilidade das enzimas celulolíticas à hemicelulose e à celulose para obter açúcares 2G. Neste estudo, o bagaço de cana-de-açúcar foi pré-tratado com ácido nítrico e hidróxido de sódio sequencialmente. O bagaço submetido à pré tratamento sequencial ácido-base levou a produzir uma polpa celulósica que reteve 92,33% da celulose e eliminou 70,63% de lignina. A polpa celulósica obtida foi hidrolisada enzimaticamente (10% de sólidos totais) por Cellic Ctec 2, Novozyme (Curitiba, Brasil), apresentando um rendimento de 72,05%, com 67,89 g/L de glicose. Foi avaliado o potencial biotecnológico do hidrolisado celulósico de bagaço de cana-de-açúcar (HCBCA) suplementado com extratos de farelo de soja e arroz na produção de lasiodiplodana (LAS) por Lasiodiplodia theobromae CCT 3966, utilizando DCCR 22 para o estudo da relação carbono/nitrogênio, gerando modelos matemáticos com níveis de confiança de 95% e p valores menores que 0,05. As melhores condições com a suplementação de farelo de soja possibilitaram a obtenção 16,2 g/L LAS e 8,34 g/L biomassa celular, enquanto a suplementação com farelo de arroz produziu 22,03 g/L e 14,03 g/L às 120 h, respectivamente. Algumas propriedades das frações de LAS obtidas foram caracterizadas, tais como alto grau de pureza, baixa solubilidade, comportamento pseudoplástico; além disso, usou-se técnicas de SEM, DSC e GPC, que demonstraram novas características, enquanto as análises de XRD e FTIR demonstraram composição e valores semelhantes às reportadas na literatura para LAS produzida por L. theobromae.