Filosofar nas fissuras e fissurar-se na filosofia - a relação afetivo-cognitiva no aprender e ensinar a filosofar no Ensino Médio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: André Luiz Favero
Orientador(a): Leny Magalhaes Mrech
Banca de defesa: Celso Fernando Favaretto, Silvio Donizetti de Oliveira Gallo, Marcos Antonio Lorieri, Tiago Brentam Perencini
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Educação
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Link de acesso: https://doi.org/10.11606/T.48.2023.tde-30102023-155915
Resumo: Esta tese propõe a centralidade da dimensão afetivo-cognitiva como potência maior da experiência do aprender e ensinar a filosofar no Ensino Médio, assumida e mobilizada pela prática aqui chamada de fissuração filosófica. Sua pesquisa se baseou numa investigação teórica multiperspectivista, no exame de produções filosóficas estudantis e na experiência docente do pesquisador, no âmbito educacional investigado. Adotando um sentido filosoficamente alargado de afetividade, que comporta o conhecimento e as ideias, sua aposta mais geral evoca um exercício de cartografia das fissuras do mundo contemporâneo, sentidas na sala de aula e aqui entendidas figurativamente como suas zonas mais sensíveis e intensivas. Trata-se de fissuras encarnadas pelos estudantes na forma de afetos diversos (ideias, desejos, alegrias, tristezas e tantos outros), sempre imanentes a quaisquer esforços cognitivos, constituindo-se também como oportunidades significativas de abertura e reação pensante às ideias-afetos mobilizadas em aula pela filosofia. Essa abordagem evoca ainda o exame e o questionamento das práticas e discursos educacionais contemporâneos desde um ângulo em que toda uma economia dos afetos considerada desde sua origem no tecido social além da escola se torna condição e perspectiva de uma melhor compreensão das experiências de aprender e ensinar no geral, das quais depende o filosofar. O exame crítico dos elementos constitutivos da relação afetivo-cognitiva no ato de filosofar nesse contexto todo permite fundamentar e defender a potência da fissuração filosófica, passando pela necessidade de uma maior sensibilidade docente para com as questões afetivo-cognitivas de ordem consciente e inconsciente, em torno de uma prática filosofante experimental com adolescentes no Ensino Médio, criativa e aberta à multidisciplinaridade. Também como decorrência do que se constatou, esta pesquisa reconhece a necessidade de uma maior atenção acadêmica especificamente a esse respeito; e esboça, em linhas gerais, a proposta de uma plataforma viva para o ensino de filosofia nas escolas, aberta a contribuições complementares e mais afetivamente orientada por sinais emanados da vida.
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spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis Filosofar nas fissuras e fissurar-se na filosofia - a relação afetivo-cognitiva no aprender e ensinar a filosofar no Ensino Médio Philosophizing in the fissures and fissuring oneself in philosophy: the affective-cognitive relationship in learning and teaching to philosophize in High School 2023-09-28Leny Magalhaes MrechCelso Fernando FavarettoSilvio Donizetti de Oliveira GalloMarcos Antonio LorieriTiago Brentam PerenciniAndré Luiz FaveroUniversidade de São PauloEducaçãoUSPBR Affective-cognitive relationship Aprender e ensinar Ensino Médio Filosofar Fissuração filosófica High school, Philosophical fissuration Learn and teach Philosophize Relação afetivo-cognitiva Esta tese propõe a centralidade da dimensão afetivo-cognitiva como potência maior da experiência do aprender e ensinar a filosofar no Ensino Médio, assumida e mobilizada pela prática aqui chamada de fissuração filosófica. Sua pesquisa se baseou numa investigação teórica multiperspectivista, no exame de produções filosóficas estudantis e na experiência docente do pesquisador, no âmbito educacional investigado. Adotando um sentido filosoficamente alargado de afetividade, que comporta o conhecimento e as ideias, sua aposta mais geral evoca um exercício de cartografia das fissuras do mundo contemporâneo, sentidas na sala de aula e aqui entendidas figurativamente como suas zonas mais sensíveis e intensivas. Trata-se de fissuras encarnadas pelos estudantes na forma de afetos diversos (ideias, desejos, alegrias, tristezas e tantos outros), sempre imanentes a quaisquer esforços cognitivos, constituindo-se também como oportunidades significativas de abertura e reação pensante às ideias-afetos mobilizadas em aula pela filosofia. Essa abordagem evoca ainda o exame e o questionamento das práticas e discursos educacionais contemporâneos desde um ângulo em que toda uma economia dos afetos considerada desde sua origem no tecido social além da escola se torna condição e perspectiva de uma melhor compreensão das experiências de aprender e ensinar no geral, das quais depende o filosofar. O exame crítico dos elementos constitutivos da relação afetivo-cognitiva no ato de filosofar nesse contexto todo permite fundamentar e defender a potência da fissuração filosófica, passando pela necessidade de uma maior sensibilidade docente para com as questões afetivo-cognitivas de ordem consciente e inconsciente, em torno de uma prática filosofante experimental com adolescentes no Ensino Médio, criativa e aberta à multidisciplinaridade. Também como decorrência do que se constatou, esta pesquisa reconhece a necessidade de uma maior atenção acadêmica especificamente a esse respeito; e esboça, em linhas gerais, a proposta de uma plataforma viva para o ensino de filosofia nas escolas, aberta a contribuições complementares e mais afetivamente orientada por sinais emanados da vida. This thesis proposes the centrality of the affective-cognitive dimension as the greatest power of the experience of learning and teaching to philosophize in High School, assumed and mobilized by the practice here called philosophical fissuration. Its research was based on a multiperspectivist theoretical investigation, on the examination of student philosophical productions and on the researcher\'s teaching experience, in the investigated educational context. Adopting a philosophically broad sense of affectivity, which encompasses knowledge and ideas, its more general focus evokes an exercise of mapping the fissures of the contemporary world, felt in the classroom and here figuratively understood as its most sensitive and intensive areas. These are fissures incarnated by students in the form of different affections (ideas, desires, joys, sadness and many others), always immanent to any cognitive efforts, also constituting significant opportunities for openness and thinking reaction to the mobilized affect-ideas in philosophy class. This approach also evokes the examination and questioning of contemporary educational practices and discourses from an angle in which an entire economy of affections considered from its origins in the social fabric beyond the school becomes a condition and perspective for a better understanding of learning experiences and teaching in general, on which philosophizing depends. The critical examination of the constitutive elements of the affective-cognitive relationship in the act of philosophizing in this context allows us to base and defend the power of the philosophical fissuration, passing through the need for greater teaching sensitivity towards the affectivecognitive issues of a conscious and unconscious order, in around an experimental philosophical practice with teenagers in High School, creative and open to multidisciplinarity. Also as a result of what was found, this research recognizes the need for greater academic attention specifically in this regard; and outlines, in general terms, the proposal for a living platform for teaching philosophy in schools, open to complementary contributions and more affectively guided by signs emanating from life. https://doi.org/10.11606/T.48.2023.tde-30102023-155915info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USP2023-12-21T20:27:52Zoai:teses.usp.br:tde-30102023-155915Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212023-10-31T19:50:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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