Financeirização, poder corporativo e expansão da soja no estabelecimento do regime alimentar corporativo no Brasil e na Argentina: o caso da Cargill

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Yamila Goldfarb
Orientador(a): Marta Inez Medeiros Marques
Banca de defesa: Maria Mónica Arroyo, Guilherme Costa Delgado, Ariovaldo Umbelino de Oliveira, José Gilberto de Souza
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Geografia (Geografia Humana)
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Link de acesso: https://doi.org/10.11606/T.8.2014.tde-08052014-112830
Resumo: Este trabalho tem o objetivo de elucidar algumas das transformações ocorridas no campo do Brasil e da Argentina a partir da década de 1970, por meio da análise do estabelecimento do que chamamos regime alimentar corporativo, mais especificamente no que se refere ao segmento de grãos e óleos, e seus impactos no desenvolvimento geográfico desigual do capitalismo em ambos países. Fizemos isso focandonas estratégias de territorialização da Cargill, empresa com forte presença em ambos os países, e buscamos ver o que elas nos revelam acerca da estruturação do regime alimentar corporativo e suas possíveis relações com o advento de uma economia financeirizada. A hipótese geral averiguada foi a de que com o advento do neoliberalismo houve, por um lado, a consolidação e aprofundamento da hegemonia das corporações do setor agroalimentar. Por outro, a forte expansão da soja como um importante determinante das configurações espaciais do campo e, por último, a financeirização da agricultura capitalista, expressa tanto na importância de adquire o mercado de commodities, como nos mecanismos de financiamento de safras. Essas três expressões da consolidação do regime alimentar corporativo se aprofundam a partir da década de 2000, particularmente mais o que diz respeito à financeirização. Analisar essas três expressões e como cada uma se relaciona com o estabelecimento do regime alimentar corporativo, por meio do estudo de caso da atuação de uma empresa pôde nos fornecer importantes contribuições para o desvendamento de como os conglomerados desenvolvem suas estratégias de acumulação e quais as expressões geográficas disso.
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spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis Financeirização, poder corporativo e expansão da soja no estabelecimento do regime alimentar corporativo no Brasil e na Argentina: o caso da Cargill Financierización, poder corporativo y expansión de la soja el en establecimiento del Regimen Alimentar Corporativo en Brasil y Argentina: el caso de la Cargill 2014-02-28Marta Inez Medeiros MarquesMaria Mónica ArroyoGuilherme Costa DelgadoAriovaldo Umbelino de OliveiraJosé Gilberto de SouzaYamila GoldfarbUniversidade de São PauloGeografia (Geografia Humana)USPBR Argentina Argentina Cargill Cargill Financeirização da agricultura La financiarización de la agricultura Regime alimentar Régimen alimentario Este trabalho tem o objetivo de elucidar algumas das transformações ocorridas no campo do Brasil e da Argentina a partir da década de 1970, por meio da análise do estabelecimento do que chamamos regime alimentar corporativo, mais especificamente no que se refere ao segmento de grãos e óleos, e seus impactos no desenvolvimento geográfico desigual do capitalismo em ambos países. Fizemos isso focandonas estratégias de territorialização da Cargill, empresa com forte presença em ambos os países, e buscamos ver o que elas nos revelam acerca da estruturação do regime alimentar corporativo e suas possíveis relações com o advento de uma economia financeirizada. A hipótese geral averiguada foi a de que com o advento do neoliberalismo houve, por um lado, a consolidação e aprofundamento da hegemonia das corporações do setor agroalimentar. Por outro, a forte expansão da soja como um importante determinante das configurações espaciais do campo e, por último, a financeirização da agricultura capitalista, expressa tanto na importância de adquire o mercado de commodities, como nos mecanismos de financiamento de safras. Essas três expressões da consolidação do regime alimentar corporativo se aprofundam a partir da década de 2000, particularmente mais o que diz respeito à financeirização. Analisar essas três expressões e como cada uma se relaciona com o estabelecimento do regime alimentar corporativo, por meio do estudo de caso da atuação de uma empresa pôde nos fornecer importantes contribuições para o desvendamento de como os conglomerados desenvolvem suas estratégias de acumulação e quais as expressões geográficas disso. Este trabajo tiene el objetivo de traer a la luz algunas de las transformaciones ocurridas en el agro de Brasil y Argentina a partir de la decada del 1970, através del análisis del establecimiento de lo que llamamos regimen alimentar corporativo, más especificamente en lo que se refiere al sector de granos y aceites, y sus impactos en el desarroso geográfico desigual del capitalismo en los dos países. Eso fue hecho con foco en las estratégias de territorialización de la Cargill, empresa con fuerte presencia en las dos naciones y buscamos ver lo que ellas nos muestran con relación al advento de una economia financierizada. La hipotesis general averiguada fue de que con el neoliberalismo hubo, por un lado, la consolidación y profundización de la hegemonia de las corporaciones del sector agroalimentar. Por otro lado, hubo la fuerte expansion de la soja como un importante determinante de las configuraciones espaciales del campo y, por fin, la financerización de la agricultura capitalista, expresa tanto en la importancia que adquiere el mercado de commodities y de sus derivativos, como en los mecanismos que financian las safras. Estas tres expresiones de la consolidacion del regimen alimentar corporativo se profundizan en la decada del 2000, particularmente más en lo que dice respecto a la financerizacion. Analisar esas tres expresiones y como cada una se relaciona con el establecimiento de del regimen alimentar corporativo por medio del estudio de caso de la actuación de una empresa puede fornecernos importantes constribuiciones para entender como los conglomerados desarrollan sus estratégias de acumulación y quales son las estratégias geográficas de eso. https://doi.org/10.11606/T.8.2014.tde-08052014-112830info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USP2023-12-21T18:27:30Zoai:teses.usp.br:tde-08052014-112830Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:11:49Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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