Medo, ansiedade e dor de dente em adolescentes: impacto na qualidade de vida, na saúde bucal e no acesso aos serviços de saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Carvalho, Fábio Silva de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25144/tde-05112012-143257/
Resumo: O medo e a ansiedade odontológica estão frequentemente associados a experiências traumáticas ocorridas no ambiente odontológico durante a infância. A dor de dente parece ser o problema de saúde bucal de maior impacto sobre o bemestar dos indivíduos, interferindo diretamente na qualidade de vida, pois provoca desordens no sono, diminuição do rendimento no trabalho, faltas escolares e dificuldades na alimentação. Além disso, tem sido identificada como forte preditor de restrição ao acesso aos serviços de saúde bucal, bem como importante elemento no planejamento dos serviços de saúde. O presente estudo teve como objetivos verificar a prevalência e intensidade do medo, da ansiedade e da dor de dente em adolescentes e estimar o impacto dessas variáveis na qualidade de vida, na saúde bucal e no acesso aos serviços de saúde. A amostra foi composta por 101 adolescentes, matriculados na única escola estadual do município de Reginópolis- SP. Foram aplicados cinco questionários para verificar a prevalência e intensidade do medo (Dental Fear Survey), da ansiedade (Modified Dental Anxiety Scale) e da dor de dente, além de verificar o impacto na qualidade de vida (Oral Health Impact Profile, OHIP-14) e o acesso aos serviços de saúde. Para avaliar as condições de saúde bucal foram utilizados os índices CPOD (cárie dentária) e CPI (doença periodontal). O teste de Mann-Whitney foi usado para verificar as diferenças entre os grupos (idade, sexo, etnia e local da moradia) quanto ao medo, ansiedade, qualidade de vida, cárie dentária e doença periodontal. Para verificar a associação com a dor de dente e acesso ao serviço de saúde foi usado o teste do qui-quadrado. A correlação entre medo, ansiedade e dor de dente com qualidade de vida, saúde bucal e acesso ao serviço foi feita por meio do Coeficiente de Correlação de Spearman. Em todos os testes foram adotados níveis de significância de 5%. A prevalência do medo e da ansiedade foram 55,45% e 84,16%, respectivamente. O baixo nível de ansiedade foi maior nos adolescentes de 11 a 13 anos de idade (p=0,028). Cerca de 71,00% dos adolescentes teve dor de dente alguma vez na vida e a faixa etária de 11 a 13 anos teve maior experiência de dor de dente (p=0,014). A média do CPOD foi de 4,52, sendo que a prevalência de cárie dentária foi maior nos adolescentes de 14 a 16 anos de idade e nas meninas (p<0,05). Poucos adolescentes apresentaram condições periodontais saudáveis (14,85%). A procura por atendimento odontológico foi feita por 70,30% há menos de um ano, na maioria das vezes para prevenção. Grande parte apresentou impacto da saúde bucal na qualidade de vida (88,12%), porém fraco (79,21%). Houve correlação significativa do medo e da prevalência e severidade da dor de dente com a média geral do OHIP-14 (p<0,010). Neste estudo, verificou-se que medo e a dor de dente tiveram impacto na qualidade de vida dos adolescentes.
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Além disso, tem sido identificada como forte preditor de restrição ao acesso aos serviços de saúde bucal, bem como importante elemento no planejamento dos serviços de saúde. O presente estudo teve como objetivos verificar a prevalência e intensidade do medo, da ansiedade e da dor de dente em adolescentes e estimar o impacto dessas variáveis na qualidade de vida, na saúde bucal e no acesso aos serviços de saúde. A amostra foi composta por 101 adolescentes, matriculados na única escola estadual do município de Reginópolis- SP. Foram aplicados cinco questionários para verificar a prevalência e intensidade do medo (Dental Fear Survey), da ansiedade (Modified Dental Anxiety Scale) e da dor de dente, além de verificar o impacto na qualidade de vida (Oral Health Impact Profile, OHIP-14) e o acesso aos serviços de saúde. Para avaliar as condições de saúde bucal foram utilizados os índices CPOD (cárie dentária) e CPI (doença periodontal). O teste de Mann-Whitney foi usado para verificar as diferenças entre os grupos (idade, sexo, etnia e local da moradia) quanto ao medo, ansiedade, qualidade de vida, cárie dentária e doença periodontal. Para verificar a associação com a dor de dente e acesso ao serviço de saúde foi usado o teste do qui-quadrado. A correlação entre medo, ansiedade e dor de dente com qualidade de vida, saúde bucal e acesso ao serviço foi feita por meio do Coeficiente de Correlação de Spearman. Em todos os testes foram adotados níveis de significância de 5%. A prevalência do medo e da ansiedade foram 55,45% e 84,16%, respectivamente. O baixo nível de ansiedade foi maior nos adolescentes de 11 a 13 anos de idade (p=0,028). Cerca de 71,00% dos adolescentes teve dor de dente alguma vez na vida e a faixa etária de 11 a 13 anos teve maior experiência de dor de dente (p=0,014). A média do CPOD foi de 4,52, sendo que a prevalência de cárie dentária foi maior nos adolescentes de 14 a 16 anos de idade e nas meninas (p<0,05). Poucos adolescentes apresentaram condições periodontais saudáveis (14,85%). A procura por atendimento odontológico foi feita por 70,30% há menos de um ano, na maioria das vezes para prevenção. Grande parte apresentou impacto da saúde bucal na qualidade de vida (88,12%), porém fraco (79,21%). Houve correlação significativa do medo e da prevalência e severidade da dor de dente com a média geral do OHIP-14 (p<0,010). Neste estudo, verificou-se que medo e a dor de dente tiveram impacto na qualidade de vida dos adolescentes.Dental fear and anxiety are often associated with traumatic experiences that occurred in the dental environment during childhood. Dental pain seems to be the problem of oral health with the greatest impact on the well-being of individuals, directly interfering with quality of life; it causes sleep disorders, decreased performance at work, school absences and difficulties in feeding. Moreover, it has been identified as strong predictor of restriction of access to oral health services, as well as an important element in the planning of health services. This study aimed to determine the prevalence and intensity of fear, anxiety and dental pain in adolescents and to estimate the impact of these variables on quality of life, oral health and access to health services. The sample consisted of 101 adolescents enrolled in the only state school in the city of Reginópolis-SP. Five questionnaires were used to determine the prevalence and intensity of fear (Dental Fear Survey), anxiety (Modified Dental Anxiety Scale) and dental pain, and check the impact on quality of life (Oral Health Impact Profile, OHIP-14) and access to health services. To assess the oral health status DMFT (dental caries) and CPI (periodontal disease) were used. The Mann-Whitney test was used to investigate the differences between the groups (age, gender, ethnicity and place of residence) as to fear, anxiety, quality of life, dental caries and periodontal disease. To verify the association with the dental pain and access to health services was used the chi-square test. The correlation between fear, anxiety, and dental pain with quality of life, oral health and access to the service was performed by the Spearman correlation coefficient. In all tests it was adopted level of significance of 5%. The prevalence of fear and anxiety were 55.45% and 84.16% respectively. The low level of anxiety was higher in adolescents 11-13 years-old (p = 0.028). About 71.00% of adolescents had dental pain sometime in their lives and the age range 11-13 years had greater experience of dental pain (p = 0.014). The mean DMFT was 4.52, and the prevalence of dental caries was higher in adolescents 14-16 years-old and in girls (p <0.05). Few adolescents had healthy periodontal conditions (14.85%). Searching for dental care was done by 70.30% less than a year, mostly for prevention. Most adolescents showed impact of oral health on quality of life (88.12%), but weak (79.21%). There was a significant correlation of fear and the prevalence and severity of dental pain with the total mean OHIP-14 (p <0.010). In this study, it was noted that fear and dental pain had impact on quality of life of adolescents.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPBastos, Jose Roberto de MagalhaesCarvalho, Fábio Silva de2012-06-29info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25144/tde-05112012-143257/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-08-12T12:37:02Zoai:teses.usp.br:tde-05112012-143257Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-08-12T12:37:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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