Anemia nutricional em crianças menores de 5 anos do município de São Paulo: papel da dieta na determinação de sua prevalência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1987
Autor(a) principal: Sichieri, Rosely
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6133/tde-03012018-155457/
Resumo: A relação entre anemia nutricional e dieta foi estudada em uma amostra probabilística de 307 crianças menores de 60 meses, moradoras no Município de São Paulo. A ingestão de alimentos foi avaliada pelo método recordatório de 24 horas, através de entrevistas com as mães das crianças. Calculou-se, para cada refeição, a quantidade diária de ferro ingerido e a quantidade de ferro absorvido, levando-se em conta a participação de ferro heme e ferro não-heme nas refeições, bem como a presença de fatores facilitadores da absorção do ferro: carnes e vitamina C. A existência de anemia foi avaliada através da determinação da concentração de hemoglobina pelo método da cianometahemoglobina. Para classificação da anemia utilizou-se o padrão OMS. Alta prevalência de anemia foi encontrada entre todas as idades. Entre as crianças de 6 a 24 meses a prevalência de anemia foi de 57 por cento e, nas faixas etárias acima de 24 meses, 26 por cento . Entre as crianças menores de 6 meses, 31 por cento apresentaram valores de concentração de hemoglobina inferiores a 10,5 mg/dl. Nestas crianças estimou-se o valor da concentração de hemoglobina, baseado no peso ao nascer. Comparações entre os valores observados e os valores teóricos calculados sugerem que, fatores relacionados com perdas de ferro pelo organismo, podem estar associados à ocorrência de anemia, neste grupo de idade. Associação entre a prevalência de anemia e renda per capita da família foi observada somente entre as crianças de 6 a 24 meses, o que indica que a renda familiar é um fator de risco para anemia nesta faixa etária. Ainda nesta faixa etária, somente a quantidade de ferro absorvível mostrou associação com a renda per capita, da família. Identificou-se um baixo consumo de ferro em todas as idades, sendo que, somente 10 por cento das crianças apresentaram ingestões diárias maior do que l0 mg. Discute-se que alterações nas práticas alimentares, nos útimos dez anos, têm reduzido o consumo de ferro. Observou-se associação entre anemia e ingestão de ferro total e ferro absorvível nas crianças de 6 a 24 meses, enquanto que, o consumo de calorias e vitamina C, não mostrou associação com anemia, em nenhuma faixa etária estudada. Discute-se que o consumo de ferro total e, especialmente, o ferro absorvível, são importantes indicadores do risco de anemia, entre as crianças de 6 a 24 meses. São sugeridas alterações nos Serviços de Saúde com vistas ao combate.
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Para classificação da anemia utilizou-se o padrão OMS. Alta prevalência de anemia foi encontrada entre todas as idades. Entre as crianças de 6 a 24 meses a prevalência de anemia foi de 57 por cento e, nas faixas etárias acima de 24 meses, 26 por cento . Entre as crianças menores de 6 meses, 31 por cento apresentaram valores de concentração de hemoglobina inferiores a 10,5 mg/dl. Nestas crianças estimou-se o valor da concentração de hemoglobina, baseado no peso ao nascer. Comparações entre os valores observados e os valores teóricos calculados sugerem que, fatores relacionados com perdas de ferro pelo organismo, podem estar associados à ocorrência de anemia, neste grupo de idade. Associação entre a prevalência de anemia e renda per capita da família foi observada somente entre as crianças de 6 a 24 meses, o que indica que a renda familiar é um fator de risco para anemia nesta faixa etária. Ainda nesta faixa etária, somente a quantidade de ferro absorvível mostrou associação com a renda per capita, da família. Identificou-se um baixo consumo de ferro em todas as idades, sendo que, somente 10 por cento das crianças apresentaram ingestões diárias maior do que l0 mg. Discute-se que alterações nas práticas alimentares, nos útimos dez anos, têm reduzido o consumo de ferro. Observou-se associação entre anemia e ingestão de ferro total e ferro absorvível nas crianças de 6 a 24 meses, enquanto que, o consumo de calorias e vitamina C, não mostrou associação com anemia, em nenhuma faixa etária estudada. Discute-se que o consumo de ferro total e, especialmente, o ferro absorvível, são importantes indicadores do risco de anemia, entre as crianças de 6 a 24 meses. São sugeridas alterações nos Serviços de Saúde com vistas ao combate.A cross-sectional study of anemia and dietary intake in 307 chi1dren, under the age of five, is reported. The survey took place between 1984-1985 in São Paulo, a city in the south of BraziL. The data were collected on a probably sample. Food intake was assessed by an interview with the mother using a twenty-four hour dietary recall method. The iron intake was calculate for each meal including iron heme and iron nonheme consuption. In addition,the quantity of factors facilitating iron absorptions were analyzed, in order to provide an objective estimate of daily iron abssorption. The children were assessed for anemia by determination of henoblobin concentration, in finger stick samples, using a cyanmethemoglobin method. A classification of anemia was made using who standards. High prevalences of anemia were found among all age groups, especially among the 6 to 24 month olds, ranging from 57 per cent in this group to 26 per cent in older chi1dren. In children under 6 months of age, 31 per cent demonstrate hemoglobin concentration values under 10,5 mg/d1. In order to determine if this frequency of low hemoglobin value in children under 6 months reflected only differences in birthweight, a theoretic hemoglobin value based on buthweight was calculate. Comparisons between calculated value and measured value suggested that factors associated with iron loss, could be related to anemia occuring in these younger children. Association between prevalence of anemia and per capita family income was observed only among children 6 to 24 months old. This indicated that income was a risk factor for disease in this youger group. Only estimate daily iron absorption was associated with per capita family income in children aged 6 to 24 months, of low income families, children of all ages had low daily iron intakes. Only l0 per cent showed intakes greater than 10 mg. Changes in diet pattern in last 10 years were stressed. We found an association between anemia and dietary intake of iron and daily iron absorption among children 6 to 24 months. Calories and vitamin C intake did not show an association with anemia in all age groups studied. The most important risk factor for anemia in 6 to 24 month old children is daily iron absorption. Changes in Health Services are sugested to reduce the prevalence of nutricional anemia.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPSzarfarc, Sophia CornbluthSichieri, Rosely1987-06-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6133/tde-03012018-155457/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2018-07-19T20:50:39Zoai:teses.usp.br:tde-03012018-155457Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212018-07-19T20:50:39Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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