O efeito da reciprocidade na aversão à desigualdade entre crianças brancas e negras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Maia, Laís Ribeiro de Moraes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-02042025-174226/
Resumo: Comportamento social envolve a interação entre duas ou mais pessoas, o que em geral resulta em reforço interdependente e controle de estímulos do comportamento de um sobre o comportamento de outros. Durante uma interação social, pode ser observada a aversão à desigualdade: quando um indivíduo se opõe ou resiste a distribuições de ganhos desiguais. É possível medir a aversão à desigualdade tanto em adultos quanto em crianças por meio de tarefas experimentais que permitam que os participantes aceitem ou rejeitem ganhos desiguais. Quando um participante rejeita um ganho maior que o do seu parceiro, é denominado como aversão à desigualdade vantajosa (AI). Quando, porém, o ganho rejeitado é menor que o do seu parceiro, é considerado aversão à desigualdade desvantajosa (DI). Replicando sistematicamente um delineamento de estudos recentes, o presente estudo buscou investigar como a reciprocidade (que emerge de interações repetidas), pode afetar a aversão à desigualdade em díades de crianças brancas e negras. As crianças trabalharam em um computador com escolhas pré-programadas, embora houvesse uma encenação antes das sessões para fazê-las acreditarem que jogariam com um parceito branco ou negro. As condições de desigualdade vantajosa e desvantajosa foram alternadas algumas vezes, de modo a permitir que as crianças pudessem formar alguma estratégia de reciprocidade em DI em função da experiência em AI em que o computador permitia que o participante ganhasse mais. Foram formados quatro grupos: branco-branco, negro-negro, branco-negro e negro-branco. As análises dos dados mostraram que a probabilidade de escolha dos participantes pela desigualdade vantajosa foi significativamente maior do que a escolha pela desigualdade desvantajosa. Na condição de DI, os participantes brancos permitiram mais a desigualdade quando a interação ocorria com um parceiro negro do que com um parceiro branco. Análises de latência de escolha mostraram claramente que os participantes foram mais rápidos na condição de AI. Participantes brancos em interação com negros levaram mais tempo dos que os demais para realizar suas escolhas na condição de desigualdade desvantoajosa.
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Quando, porém, o ganho rejeitado é menor que o do seu parceiro, é considerado aversão à desigualdade desvantajosa (DI). Replicando sistematicamente um delineamento de estudos recentes, o presente estudo buscou investigar como a reciprocidade (que emerge de interações repetidas), pode afetar a aversão à desigualdade em díades de crianças brancas e negras. As crianças trabalharam em um computador com escolhas pré-programadas, embora houvesse uma encenação antes das sessões para fazê-las acreditarem que jogariam com um parceito branco ou negro. As condições de desigualdade vantajosa e desvantajosa foram alternadas algumas vezes, de modo a permitir que as crianças pudessem formar alguma estratégia de reciprocidade em DI em função da experiência em AI em que o computador permitia que o participante ganhasse mais. Foram formados quatro grupos: branco-branco, negro-negro, branco-negro e negro-branco. As análises dos dados mostraram que a probabilidade de escolha dos participantes pela desigualdade vantajosa foi significativamente maior do que a escolha pela desigualdade desvantajosa. Na condição de DI, os participantes brancos permitiram mais a desigualdade quando a interação ocorria com um parceiro negro do que com um parceiro branco. Análises de latência de escolha mostraram claramente que os participantes foram mais rápidos na condição de AI. Participantes brancos em interação com negros levaram mais tempo dos que os demais para realizar suas escolhas na condição de desigualdade desvantoajosa.Social behavior involves the interaction between two or more people, which generally results in interdependent reinforcement and stimulus control of one person\'s behavior over the behavior of others. During a social interaction, aversion to inequality can be observed when an individual opposes or resists unequal distributions of gains. Aversion to inequality can be measured in both adults and children through experimental tasks that allow participants to accept or reject unequal gains. When a participant rejects a gain that is higher than their partner\'s, it is referred to as aversion to advantageous inequality (AI). Conversely, when the rejected gain is lower than their partner\'s, it is considered aversion to disadvantageous inequality (DI). By systematically replicating a recent study design, the present study aimed to investigate how reciprocity (which emerges from repeated interactions) can affect aversion to inequality in dyads of white and black children. The children worked on a computer with pre-programmed choices, although there was a staging before the sessions to make them believe they would play with a white or black partner. The conditions of advantageous and disadvantageous inequality were alternated several times to allow the children to form some strategy of reciprocity in DI based on their experiences in AI, where the computer allowed the participant to earn more. Four groups were formed: white-white, black-black, white-black, and black-white. Data analyses showed that the likelihood of participants choosing advantageous inequality was significantly higher than their choice of disadvantageous inequality. In the DI condition, white participants allowed more inequality when interacting with a black partner than with a white partner. Choice latency analyses clearly showed that participants were faster in the AI condition. White participants interacting with black partners took longer than the others to make their choices in the disadvantageous inequality condition.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPBenvenuti, Marcelo Frota LobatoMaia, Laís Ribeiro de Moraes2024-11-29info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-02042025-174226/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2025-04-02T20:58:02Zoai:teses.usp.br:tde-02042025-174226Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212025-04-02T20:58:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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