Atividade da redutase do nitrato (E. C. 1. 6. 6. 2) sob influência de fatores físicos e químicos em feijão (Phaseolus vulgaris L.)

• Ano de defesa: 1980
• Autor(a) principal: Gallo, Luiz Antonio
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: ATIVIDADE ENZIMÁTICA; FATORES FÍSICO-QUÍMICOS; FEIJÃO; REDUTASE DO NITRATO
• Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11133/tde-20220207-160805/

O presente trabalho teve como objetivo a determinação de parâmetros físicos e químicos que influenciam na atividade da enzima Redutase de Nitrato (NR) em plântulas de feijão. Esta enzima é uma das mais importantes no metabolismo nitrogenado da planta, pois ela representa o ponto inicial da assimilação do nitrogênio nítrico. Para os ensaios realizados, utilizamos sementes de Phaseolus vulgaris L., cvs. Goiano precoce e Carioca precoce, cedidas pela Seção de Radiogénetica do C.E.N.A. - Piracicaba-SP. Os experimentos foram conduzidos na casa de vegetação e nas câmaras de crescimento do Setor de Bioquímica de Plantas do C.E.N.A. Os resultados obtidos nos diferentes ensaios, demonstraram que a enzima é reduzida pelo substrato e possui um pH e temperatura ótimos para a incubação de 7,3 e 33°C respectivamente. As constantes de Michaelis-Menten também foram determinadas, sendo que para as folhas é de 6,8 x 10-3M e para as raízes de 9,7 x 10-4M . Verificou-se também que a atividade da NR varia com a idade da planta, tendo um máximo de atividade antes do florescimento dos cultivares utilizados. Também a atividade da NR varia de acordo com a posição da folha na planta, sendo que folhas sombreadas apresentaram menor atividade da enzima. A atividade da NR varia também com relação a idade da folha, sendo que as folhas mais novas possuem maior atividade. A luz também é um fator que afeta a atividade da NR. Plantas crescendo à luz quando foram colocadas em condições de escuro, tiveram sua atividade diminuída ao mínimo. Entretanto quando as plantas retornaram a luz, após 48 horas no escuro, tiveram a atividade da enzima restabelecida. Também o efeito de indutores e inibidores da NR foi estudado. A adição de intermediários da glicólise promoveu um aumento na atividade da enzima. Entretanto a adição de ácido isocítrico não teve efeito na indução ou inibição da enzima. Os reguladores de crescimento, ácido giberélico e 2-4-diclorofenoxiacético, promoveram um aumento da atividade da enzima. Também a auxina ácido indol acético, com o aumento da dose, promoveu um aumento da atividade enzimática. Com relação à adição dos aminoácidos ao meio indutor, foi verificado que os aminoácidos glicina e ácido glutâmico promoveram um acréscimo na atividade enzimática, enquanto que cisteína diminuiu sua atividade. Também a adição ao meio indutor de citrulina agmatina e putrescina, aumentou a atividade da enzima. Porém espermidina e espermina promoveram um decréscimo não significativo na atividade da NR. A irradiação com diferentes intensidades de radiação gama não teve efeito sobre a atividade da enzima, entretanto em relação a dose de radiação, houve uma inativação proporcional ao aumento da mesma. Estes resultados demonstram que a atividade da NR varia de acordo com as condições fisiológicas e ambientais em que a planta se encontra, tornando-se necessário para sua análise, estabelecer as condições ideais do ensaio.