"Avaliação estrutural e funcional da deglutição de idosos, com e sem queixas de disfagia, internados em uma enfermaria geriátrica"

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Issa, Paula de Carvalho Macedo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-12102006-090731/
Resumo: Os mecanismos fisiológicos sofrem mudanças durante o processo de envelhecimento. Dentre as alterações que ocorrem naturalmente durante esse processo, existem os problemas de deglutição. A integridade da deglutição não só garante a manutenção do estado nutricional do paciente mas também protege o trato respiratório contra acidentes como aspiração de conteúdo da orofaringe; por outro lado, suas alterações, muitas vezes somadas a processos patológicos, levam a complicações nutricionais e infecciosas, favorecendo a ocorrência de outras doenças e podendo, até mesmo, levar a quadros irreversíveis. O presente estudo teve por objetivo avaliar a fase orofaríngea da deglutição de pacientes idosos internados na enfermaria da Divisão de Clínica Médica Geral e Geriatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, com ou sem queixas de dificuldade de deglutição, através da avaliação clínica fonoaudiológica e do estudo cintilográfico da deglutição, correlacionando-os. Para tanto, foram avaliados 30 pacientes idosos internados, com idades entre 66 e 94 anos, idade média de 80 anos, selecionados aleatoriamente, sem se considerar suas doenças e a presença ou não de queixas de disfagia, sendo excluídos os pacientes gravemente comprometidos, cujo estado impossibilitava a avaliação clínica e objetiva da deglutição. Além disso, obteve-se dois grupos controle, sendo um constituído por jovens, com idades variando de 21 a 30 anos, idade média de 25 anos e o outro foi constituído por idosos, com idades variando de 60 a 80 anos, idade média de 70 anos. Os voluntários dos grupos controle foram cuidadosamente triados antes da participação no estudo para assegurar que eles não apresentassem histórias de dificuldades para a deglutição e/ou condições médicas que pudessem influenciar a deglutição ou performance motora orofacial e/ou que usassem medicamentos depressores do sistema nervoso central. Para a avaliação funcional da deglutição, os participantes do estudo deglutiram dois bolos de alimentos de 5 ml cada, nas consistências líquida e pastosa. No estudo cintilográfico foram adicionados aos dois bolos, um marcador de radioatividade de fitato coloidal ligado ao tecnécio (99mTc). Os dados da avaliação foram analisados no computador através do protocolo de aquisição da gama-câmara (vision DST) quanto ao trânsito e resíduo oral, trânsito, clearance e resíduo faríngeo e entrada no esôfago proximal. O estudo permitiu concluir que idosos doentes sem queixa de dificuldade de deglutição e sem a presença de doenças que cursam com a disfagia, não apresentam diferença significativa dos parâmetros observados quando comparados com idosos saudáveis; pessoas idosas deglutem mais lentamente quando comparadas com pessoas mais jovens, entretanto essa lentificação permite que idosos deglutam mais seguramente. As mudanças no hábito alimentar de idosos devem ser questionadas por profissionais que trabalham com a população geriátrica e a avaliação fonoaudiológica clínica da deglutição deve fazer parte da definição do diagnóstico diferencial em quadros que sugiram dificuldades de deglutição e, principalmente deve ser imprescindível naqueles que apresentem patologias que cursam com a disfagia; a técnica cintilográfica é sensível a sutis mudanças relacionadas ao trânsito, clearance e resíduo alimentar.
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spelling "Avaliação estrutural e funcional da deglutição de idosos, com e sem queixas de disfagia, internados em uma enfermaria geriátrica" Clinical and functional assessment of swallowing of older patients with or without complaints of dysphagia admitted to a care geriatric wardcintilografiadeglutiçãodisfagiadysphagiaidosoolderscintigraphyswallowingOs mecanismos fisiológicos sofrem mudanças durante o processo de envelhecimento. Dentre as alterações que ocorrem naturalmente durante esse processo, existem os problemas de deglutição. A integridade da deglutição não só garante a manutenção do estado nutricional do paciente mas também protege o trato respiratório contra acidentes como aspiração de conteúdo da orofaringe; por outro lado, suas alterações, muitas vezes somadas a processos patológicos, levam a complicações nutricionais e infecciosas, favorecendo a ocorrência de outras doenças e podendo, até mesmo, levar a quadros irreversíveis. O presente estudo teve por objetivo avaliar a fase orofaríngea da deglutição de pacientes idosos internados na enfermaria da Divisão de Clínica Médica Geral e Geriatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, com ou sem queixas de dificuldade de deglutição, através da avaliação clínica fonoaudiológica e do estudo cintilográfico da deglutição, correlacionando-os. Para tanto, foram avaliados 30 pacientes idosos internados, com idades entre 66 e 94 anos, idade média de 80 anos, selecionados aleatoriamente, sem se considerar suas doenças e a presença ou não de queixas de disfagia, sendo excluídos os pacientes gravemente comprometidos, cujo estado impossibilitava a avaliação clínica e objetiva da deglutição. Além disso, obteve-se dois grupos controle, sendo um constituído por jovens, com idades variando de 21 a 30 anos, idade média de 25 anos e o outro foi constituído por idosos, com idades variando de 60 a 80 anos, idade média de 70 anos. Os voluntários dos grupos controle foram cuidadosamente triados antes da participação no estudo para assegurar que eles não apresentassem histórias de dificuldades para a deglutição e/ou condições médicas que pudessem influenciar a deglutição ou performance motora orofacial e/ou que usassem medicamentos depressores do sistema nervoso central. Para a avaliação funcional da deglutição, os participantes do estudo deglutiram dois bolos de alimentos de 5 ml cada, nas consistências líquida e pastosa. No estudo cintilográfico foram adicionados aos dois bolos, um marcador de radioatividade de fitato coloidal ligado ao tecnécio (99mTc). Os dados da avaliação foram analisados no computador através do protocolo de aquisição da gama-câmara (vision DST) quanto ao trânsito e resíduo oral, trânsito, clearance e resíduo faríngeo e entrada no esôfago proximal. O estudo permitiu concluir que idosos doentes sem queixa de dificuldade de deglutição e sem a presença de doenças que cursam com a disfagia, não apresentam diferença significativa dos parâmetros observados quando comparados com idosos saudáveis; pessoas idosas deglutem mais lentamente quando comparadas com pessoas mais jovens, entretanto essa lentificação permite que idosos deglutam mais seguramente. As mudanças no hábito alimentar de idosos devem ser questionadas por profissionais que trabalham com a população geriátrica e a avaliação fonoaudiológica clínica da deglutição deve fazer parte da definição do diagnóstico diferencial em quadros que sugiram dificuldades de deglutição e, principalmente deve ser imprescindível naqueles que apresentem patologias que cursam com a disfagia; a técnica cintilográfica é sensível a sutis mudanças relacionadas ao trânsito, clearance e resíduo alimentar. Physiological mechanisms change during the aging process. Among the changes that occur naturally during this process, there are the problems of swallowing. Swallowing integrity not only warrants the maintenance of the patient’s nutritional status, but also protects the respiratory system against accidents like the aspiration of oropharyngeal contents. On the other hand, changes in the swallowing process, often added by other diseases, induces nutritional and infectious complications, favoring the occurrence of other diseases and, even, irreversible clinical pictures. The present study aimed to assess the oropharyngeal phase of swallowing of older persons admitted to the wards of the Division of General Internal Medicine and Geriatric Medicine of the Internal Medicine Department of the School of Medicine of Ribeirão Preto – University of São Paulo, independently of the presence or absence of swallowing complaints, through phonoaudiological clinical evaluation and cintilographic study of swallowing. Thirty elderly patients were studied, with age ranging from 66 to 94 years old, mean age 80 years, randomly selected, without being taken into consideration specific diseases and the presence or absence of swallowing complaints. Severely compromised Patients, whose health status made impossible adequate evaluation, were excluded. Two control groups were composed, one of young volunteers, aged from 21 to 30 years, mean age 25 years and one of elderly volunteers, with age ranging from 60 to 80 years old, mean age 70 years. Volunteers of the control groups were carefully evaluated before participation, to make sure that they did not have swallowing difficulties and/or clinical conditions that could influence swallowing and oral and facial motor performance and did not take medications with central nervous system actions. For functional assessment of swallowing, the study participants swallowed two boluses of 5 ml each, in liquid and syrup consistence. In the cintilographic study, a radioactive tracer (99mTc colloidal phytate) was added to the boluses. Data were analyzed through the gamma-camera acquisition protocol (vision DST) for oral transit and residual, pharyngeal transit, clearance time and residual and time for proximal esophagus entrance. The study allowed us to conclude that older patients without swallowing complaints and without diseases that cause dysphagia, do not show significant differences of the observed parameters when compared to healthy older persons. Older persons swallow slower when compared to younger persons, however this delay allows them to swallow safer. Changes in dietary habits of older persons should be questioned by professionals that work with geriatric populations and clinical phonoaudiological assessment of swallowing must be part of the assessment process of situations where difficulties for swallowing appeared, being absolutely necessary for those that present diseases that courses with dysphagia. The cintilographic technique is sensitive to subtle changes in transit, clearance and food residuals. 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