Hibridismo organizacional e teste de impairment em entidades metroviárias
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
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Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Não Informado pela instituição
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País: |
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12136/tde-20012025-163001/ |
Resumo: | Este trabalho tem como objetivo identificar qual a relação entre as características organizacionais, financeiras e patrimoniais das entidades metroviárias e as normas contábeis aplicadas no teste de impairment. Foram analisadas 14 entidades pertencentes ao Community of Metros (COMET) de Londres, e o estudo utiliza o método qualitativo, possui característica exploratória e foi desenvolvido através de análise documental. A fundamentação para o estudo deriva de um dos mecanismos utilizados por governos para facilitar a gestão e aplicação de recursos em políticas públicas, que consiste na criação de entidades governamentais que mesclam características tanto de entidades públicas quanto de entidades privadas, sendo, portanto, dotadas de certo hibridismo organizacional. Nesse contexto, determinadas entidades com controle estatal possuem estrutura formal de empresas, mas não possuem como objetivo a geração de retorno financeiro, em contraste com o objetivo de uma empresa comercial típica. Em relação às políticas contábeis, essas empresas estão sujeitas aos mesmos requerimentos, inclusive na realização do teste do valor recuperável (Impairment) do ativo imobilizado, mesmo que esses não sejam utilizados com o propósito de geração de caixa. Um dos reflexos do hibridismo na política contábil pode ser verificado na realização do teste de impairment do ativo imobilizado da entidade, dado que, a depender do padrão de reporte (IFRS ou IPSAS), as entidades são requeridas a realizar o teste utilizando a IAS 36 - Impairment of Assets (IFRS) ou a IPSAS 21- Impairment of Non-Cash Generating) e a IPSAS 26 - Impairment of Cash Generating (IPSAS), sendo que a principal diferença entre a IAS 36 e a IPSAS 21 consiste no modelo de uso do ativo. Enquanto a IAS 36 testa a recuperabilidade financeira do capital investido no imobilizado, a IPSAS 21 tem como objetivo verificar o potencial de serviço do ativo. O estudo identificou que, das 14 entidades da amostra, 2 são entidades privadas e 12 são entidades públicas. Em relação às entidades públicas, 10 entidades possuem características de híbridas, e adotam o IFRS ou norma equivalente para divulgação de relatório financeiro, sendo que 5 (50%) utilizaram as IPSAS 21 para fins de teste do valor recuperável. Dentre as fundamentações para a utilização da IPSAS 21 estão os conceitos de Representação Fidedigna True and fair View e a não utilização dos ativos com o objetivo de gerar caixa ou lucro, mas sim prestar serviço à população. A pesquisa amplia o campo de estudo das empresas híbridas focando na normatização contábil e complementando os atuais estudos que têm se voltado especificamente sobre a gestão organizacional e a implicações de accountability nessas organizações. |
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Hibridismo organizacional e teste de impairment em entidades metroviáriasOrganizational hybridism and impairment testing in metro entitiesEntidades híbridasHybrid entitiesIAS 36IAS 36Impairment of long-lived assetsIPSAS 21IPSAS 21Redução ao valor recuperável de ativo imobilizadoEste trabalho tem como objetivo identificar qual a relação entre as características organizacionais, financeiras e patrimoniais das entidades metroviárias e as normas contábeis aplicadas no teste de impairment. Foram analisadas 14 entidades pertencentes ao Community of Metros (COMET) de Londres, e o estudo utiliza o método qualitativo, possui característica exploratória e foi desenvolvido através de análise documental. A fundamentação para o estudo deriva de um dos mecanismos utilizados por governos para facilitar a gestão e aplicação de recursos em políticas públicas, que consiste na criação de entidades governamentais que mesclam características tanto de entidades públicas quanto de entidades privadas, sendo, portanto, dotadas de certo hibridismo organizacional. Nesse contexto, determinadas entidades com controle estatal possuem estrutura formal de empresas, mas não possuem como objetivo a geração de retorno financeiro, em contraste com o objetivo de uma empresa comercial típica. Em relação às políticas contábeis, essas empresas estão sujeitas aos mesmos requerimentos, inclusive na realização do teste do valor recuperável (Impairment) do ativo imobilizado, mesmo que esses não sejam utilizados com o propósito de geração de caixa. Um dos reflexos do hibridismo na política contábil pode ser verificado na realização do teste de impairment do ativo imobilizado da entidade, dado que, a depender do padrão de reporte (IFRS ou IPSAS), as entidades são requeridas a realizar o teste utilizando a IAS 36 - Impairment of Assets (IFRS) ou a IPSAS 21- Impairment of Non-Cash Generating) e a IPSAS 26 - Impairment of Cash Generating (IPSAS), sendo que a principal diferença entre a IAS 36 e a IPSAS 21 consiste no modelo de uso do ativo. Enquanto a IAS 36 testa a recuperabilidade financeira do capital investido no imobilizado, a IPSAS 21 tem como objetivo verificar o potencial de serviço do ativo. O estudo identificou que, das 14 entidades da amostra, 2 são entidades privadas e 12 são entidades públicas. Em relação às entidades públicas, 10 entidades possuem características de híbridas, e adotam o IFRS ou norma equivalente para divulgação de relatório financeiro, sendo que 5 (50%) utilizaram as IPSAS 21 para fins de teste do valor recuperável. Dentre as fundamentações para a utilização da IPSAS 21 estão os conceitos de Representação Fidedigna True and fair View e a não utilização dos ativos com o objetivo de gerar caixa ou lucro, mas sim prestar serviço à população. A pesquisa amplia o campo de estudo das empresas híbridas focando na normatização contábil e complementando os atuais estudos que têm se voltado especificamente sobre a gestão organizacional e a implicações de accountability nessas organizações.This work aims to identify the relationship between the organizational, financial and asset characteristics of metro entities and the accounting standards applied in the impairment test. The sample was made up of 14 entities belonging to the London Metro Community (COMET), and the study uses a qualitative method, has exploratory characteristics and was developed through the application of the document analysis. The basis of the study derives from two mechanisms used by governments to facilitate the management and application of resources in public policies, which consists of the creation of government entities that combine characteristics of both public entities and private entities, being, therefore, endowed with certain hybridism organizational. In this context, certain entities such as state control have a formal corporate structure, but do not have the objective of generating financial returns, unlike the objective of a typical commercial company. In relation to accounting policies, both companies are subject to the same requirements, including carrying out the test for the recoverable value (Impairment) of real estate assets, even if these are not used for the purpose of generating cash. Two reflections of hybridity in accounting policy can be verified when carrying out the impairment test on the entity\'s fixed assets, given that, depending on the reporting standard (IFRS or IPSAS), entities are obliged to carry out the test using IAS 36 - Impairment (IFRS) or IPSAS 21 - Non-Cash Generation Impairment) and IPSAS 26 - Cash Generation Impairment (IPSAS), with the main difference between IAS 36 and IPSAS 21 being the absence of an asset use model. While IAS 36 tests the financial recoverability of capital invested in fixed assets, IPSAS 21 aims to verify the service potential of the asset. The study identified that, of the 14 entities in the sample, 2 are private entities and 12 are public entities. In relation to public entities, 10 entities have hybrid characteristics, and adopt IFRS or an equivalent standard for disclosing financial reports, with 5 (50%) using IPSAS 21 for recoverable value testing purposes. Among the grounds for using IPSAS 21 are the concepts of Faithful Representation True and fair View and the non-use of assets with the objective of generating cash or profit, but rather providing services to the population. The research expands the field of study of hybrid companies by focusing on accounting standards and complementing current studies that have focused specifically on organizational management and the implications of accountability in these organizations.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPMalacrida, Mara Jane ContreraVarela, Patrícia SiqueiraSouza, Marcos Roberto de2024-11-11info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12136/tde-20012025-163001/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2025-02-06T19:37:02Zoai:teses.usp.br:tde-20012025-163001Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212025-02-06T19:37:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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