Imigrantes no Brasil e na Argentina: políticas de atração, fluxos, atividades e deslocamentos (São Paulo e Buenos Aires, 1870 - 1930)
Ano de defesa: | 2015 |
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Tipo de documento: | Dissertação |
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Idioma: | por |
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Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Link de acesso: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/84/84131/tde-13092016-144814/ |
Resumo: | O presente trabalho tem como objetivo analisar, comparativamente, as políticas de atração, as atividades, os fluxos e deslocamentos dos imigrantes no Brasil e Argentina, focalizando mais especificamente as regiões de São Paulo e Buenos Aires, no período de 1870 a 1930. Procuramos, para os dois países e regiões, identificar as semelhanças e diferenças nas políticas implementadas visando a atração de imigrantes, observar o comportamento dos fluxos migratórios e examinar o papel dos imigrantes na composição das populações e a sua atuação em atividades econômicas nos meios rural e urbano. Examinamos também o fluxo de imigrantes entre o porto de Santos e o porto de Buenos Aires no período, analisando números e origem dos emigrantes assim como as motivações aventadas nas fontes e pela historiografia. As informações e dados compilados para a confecção deste trabalho foram coletados de diversos tipos de fontes: fontes governamentais, legislações, censos, relatório, estatísticas. Os arquivos consultados correspondem a acervos físicos e online. O trabalho está dividido em três capítulos. As fontes revelaram diferenças e semelhanças entre os processos migratórios para Brasil e Argentina. Durante todo o século XIX, tanto no Brasil quanto na Argentina, a necessidade de povoar territórios e encontrar mão de obra para sustentar o desenvolvimento da agricultura agroexportadora norteou os debates governamentais sobre o fomento da imigração. Além de ser uma solução para a falta de braços nas lavouras e para o povoamento de territórios, nos dois países a imigração era vista como o caminho para o progresso, para a modernização da sociedade e para o branqueamento da população. A partir de 1870 até 1930, período das grandes migrações, Brasil e Argentina foram os países que mais receberam imigrantes na América Latina. O Brasil recebeu mais 4,1 milhões de imigrantes e mais de 6,2 milhões se dirigiram para a Argentina. Nesse período, a política de subsídios, custeando as passagens transatlânticas, hospedagem e colocação nas fazendas de café, foi implantada com sucesso no estado de São Paulo. Na Argentina, houve o predomínio da imigração espontânea. As políticas liberais e os altos salários pagos nas épocas de colheitas do trigo e milho também tiveram êxito em atrair estrangeiros. As fontes revelaram também uma mobilidade geográfica e deslocamentos frequentes e de caráter sazonal dos imigrantes entre São Paulo e Buenos Aires. |
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Imigrantes no Brasil e na Argentina: políticas de atração, fluxos, atividades e deslocamentos (São Paulo e Buenos Aires, 1870 - 1930)Immigrants in Brazil and Argentina: policies for attraction, flows, activities and displacement (San Paolo and Buenos Aires, 1870-1930)Buenos AiresBuenos AiresFluxos migratóriosImigrantesImmigrantsImmigration policiesMigration flowPolíticas de imigraçãoSão PauloSão PauloO presente trabalho tem como objetivo analisar, comparativamente, as políticas de atração, as atividades, os fluxos e deslocamentos dos imigrantes no Brasil e Argentina, focalizando mais especificamente as regiões de São Paulo e Buenos Aires, no período de 1870 a 1930. Procuramos, para os dois países e regiões, identificar as semelhanças e diferenças nas políticas implementadas visando a atração de imigrantes, observar o comportamento dos fluxos migratórios e examinar o papel dos imigrantes na composição das populações e a sua atuação em atividades econômicas nos meios rural e urbano. Examinamos também o fluxo de imigrantes entre o porto de Santos e o porto de Buenos Aires no período, analisando números e origem dos emigrantes assim como as motivações aventadas nas fontes e pela historiografia. As informações e dados compilados para a confecção deste trabalho foram coletados de diversos tipos de fontes: fontes governamentais, legislações, censos, relatório, estatísticas. Os arquivos consultados correspondem a acervos físicos e online. O trabalho está dividido em três capítulos. As fontes revelaram diferenças e semelhanças entre os processos migratórios para Brasil e Argentina. Durante todo o século XIX, tanto no Brasil quanto na Argentina, a necessidade de povoar territórios e encontrar mão de obra para sustentar o desenvolvimento da agricultura agroexportadora norteou os debates governamentais sobre o fomento da imigração. Além de ser uma solução para a falta de braços nas lavouras e para o povoamento de territórios, nos dois países a imigração era vista como o caminho para o progresso, para a modernização da sociedade e para o branqueamento da população. A partir de 1870 até 1930, período das grandes migrações, Brasil e Argentina foram os países que mais receberam imigrantes na América Latina. O Brasil recebeu mais 4,1 milhões de imigrantes e mais de 6,2 milhões se dirigiram para a Argentina. Nesse período, a política de subsídios, custeando as passagens transatlânticas, hospedagem e colocação nas fazendas de café, foi implantada com sucesso no estado de São Paulo. Na Argentina, houve o predomínio da imigração espontânea. As políticas liberais e os altos salários pagos nas épocas de colheitas do trigo e milho também tiveram êxito em atrair estrangeiros. As fontes revelaram também uma mobilidade geográfica e deslocamentos frequentes e de caráter sazonal dos imigrantes entre São Paulo e Buenos Aires.The present work aims to analyze, comparatively, the policies for attraction, the activities, the flows and displacement of immigrants in Brazil and Argentina, specifically focusing on the regions of São Paulo and Buenos Aires from 1870 to 1930. We intend to identify, for both countries and regions, the similarities and differences of the implemented policies aimed to attract immigrants; to observe the pattern of the migration flows; and to examine the role of immigrants in the composition of these populations and their role within the economic activities at the rural and urban environments. We also examine the immigrants flow between the ports of Santos and Buenos Aires at the time, analyzing the numbers and place of origin of the immigrants, as well as their motivations, reported by the sources and the historiography. The information and data compiled to produce this study were collected from a variety of research sources: government data, laws, censuses, report statistics, among others. The archives consulted correspond to physical and online collections. This work is divided in three chapters. The sources revealed differences and resemblances between the migratory process to Brazil and Argentina. Throughout the nineteenth century, both in Brazil and Argentina, the governmental debates about the promotion of immigration were guided by the need of populating territories and finding labor to sustain the agro-export agriculture development. In addition to being a solution for the lack of work force on the lands and for the settlement of territories, in both countries the immigration was seen as the pathway to progress, society modernization and population whitening. From 1870 to 1930, considered the period with the higher occurrence of migration, Brazil and Argentina were the countries that received the largest amount of immigrants in Latin America. Brazil received more than 4.1 million of immigrants, while more than 6.2 million went to Argentina. In the period, the subsidy policy, financing the transatlantic travels, accommodation and location in the coffee farms, succeeded in São Paulo state. In Argentina, the spontaneous immigration prevailed. The liberal policies for immigrant attraction and the high weights paid on the wheat and maize harvest seasons also succeeded in attracting foreigners. Sources also revealed a geographic mobility and frequent displacements with a seasonal character by immigrants between São Paulo and Buenos Aires.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPLamounier, Maria LuciaLanza, André Luiz2015-06-22info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/84/84131/tde-13092016-144814/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2017-09-04T21:03:47Zoai:teses.usp.br:tde-13092016-144814Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212017-09-04T21:03:47Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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O presente trabalho tem como objetivo analisar, comparativamente, as políticas de atração, as atividades, os fluxos e deslocamentos dos imigrantes no Brasil e Argentina, focalizando mais especificamente as regiões de São Paulo e Buenos Aires, no período de 1870 a 1930. Procuramos, para os dois países e regiões, identificar as semelhanças e diferenças nas políticas implementadas visando a atração de imigrantes, observar o comportamento dos fluxos migratórios e examinar o papel dos imigrantes na composição das populações e a sua atuação em atividades econômicas nos meios rural e urbano. Examinamos também o fluxo de imigrantes entre o porto de Santos e o porto de Buenos Aires no período, analisando números e origem dos emigrantes assim como as motivações aventadas nas fontes e pela historiografia. As informações e dados compilados para a confecção deste trabalho foram coletados de diversos tipos de fontes: fontes governamentais, legislações, censos, relatório, estatísticas. Os arquivos consultados correspondem a acervos físicos e online. O trabalho está dividido em três capítulos. As fontes revelaram diferenças e semelhanças entre os processos migratórios para Brasil e Argentina. Durante todo o século XIX, tanto no Brasil quanto na Argentina, a necessidade de povoar territórios e encontrar mão de obra para sustentar o desenvolvimento da agricultura agroexportadora norteou os debates governamentais sobre o fomento da imigração. Além de ser uma solução para a falta de braços nas lavouras e para o povoamento de territórios, nos dois países a imigração era vista como o caminho para o progresso, para a modernização da sociedade e para o branqueamento da população. A partir de 1870 até 1930, período das grandes migrações, Brasil e Argentina foram os países que mais receberam imigrantes na América Latina. O Brasil recebeu mais 4,1 milhões de imigrantes e mais de 6,2 milhões se dirigiram para a Argentina. Nesse período, a política de subsídios, custeando as passagens transatlânticas, hospedagem e colocação nas fazendas de café, foi implantada com sucesso no estado de São Paulo. Na Argentina, houve o predomínio da imigração espontânea. As políticas liberais e os altos salários pagos nas épocas de colheitas do trigo e milho também tiveram êxito em atrair estrangeiros. As fontes revelaram também uma mobilidade geográfica e deslocamentos frequentes e de caráter sazonal dos imigrantes entre São Paulo e Buenos Aires. |
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