Concentração de metais traços na água, sedimento em ascídia Microcosmus exasperatus (Heller, 1878) na baía de Paranaguá, litoral do Paraná - Brasil

• Ano de defesa: 2020
• Autor(a) principal: Soares, Gésica da Costa Bernardo
• Orientador(a): Azevedo, Júlio César Rodrigues de
• Banca de defesa: Knapic, Heloise Garcia , Azevedo, Júlio César Rodrigues de , Del Monego, Maurici Luzia Charnevski
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná; Curitiba
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Estuários - Paranaguá, Baía de (PR); Metais; Bioacumulação; Indicadores biológicos; Ascidiácea - Análises; Água - Qualidade - Medição; Estuaries - Paranaguá, Baía de (PR); Metals; Bioaccumulation; Indicators (Biology); Ascidiacea - Analysis; Water quality - Measurement
• Área do conhecimento CNPq: CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::QUIMICA::QUIMICA ANALITICA::ANALISE DE TRACOS E QUIMICA AMBIENTAL
• Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/25873

Estuários são ambientes marinhos com alta produtividade biológica que favorecem a ocupação humana e as atividades econômicas, o que resulta em ações antrópicas. A qualidade da água do Complexo Estuarino de Paranaguá no ambiente marinho está relacionada a contaminação por excessos de poluentes na água. As atividades industriais portuárias causam um impacto na biota marinha, especificamente em regiões estuarinas onde estão os maiores portos do Brasil. Alguns metais (entre eles, Cr, Cu, Zn, Fe, Cd, Al, Mn) estão presentes em concentrações comuns, podendo afetar significativamente a qualidade de vida dos animais marinhos. Considerando esses aspectos, o objetivo principal do trabalho foi avaliar o potencial da ascídia Microcosmus exasperatus como bioindicador da contaminação da água por diferentes espécies metálicas e fatores abióticos na Baía de Paranaguá. Inicialmente foram escolhidos cinco pontos de coleta, nos pontos foram analisados alguns nutrientes, como: nitrito, nitrato, ortofosfato utilizando métodos de espectrofotometria de UV-VIS e metais. As ascídias foram coletadas, por meio de mergulho livre e coleta manual na Ilha da Banana, Prainha do Pasto, Ponta do Ubá e no rio Itiberê (Iate Clube de Paranaguá). No laboratório as acídias foram escovadas, dissecadas, separando o corpo mole interno da túnica e processado para determinação da concentração de vários elementos químicos, inclusive espécies metálicas. Neste estudo observaramse algumas concentrações de nutrientes, comparando o teor hídrico dos tecidos analisados foi verificada diferença significativa entre os locais com maiores valores no rio Itiberê, indicativo de poluição. Os metais que são considerados altamente tóxicos em altas concentrações na água como Pb>Ni>Cd ficaram com concentrações inferiores ao LD, da mesma forma o Mn. Os demais metais Co, Cr, Cu e Fe, foram quantificados em alguns pontos de coleta, tanto na análise de sedimento como na análise da espécie Microcosmus exasperatus, exceto o Co que só foi encontrado na água. Desta forma a espécie é capaz de registrar altas concentrações de metais traços, classificando a qualidade ambiental da região estudada.