Compadrio, parentesco e família: escravizados, libertos e livres na paróquia de São José de Taquari/Rio Grande do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Pires, Karen Daniela lattes
Orientador(a): Machado, Neli Teresinha Galarce lattes
Banca de defesa: Magalhães, Magna Lima, Pinheiro, Fernanda Storck, Diedrich, Melissa Heberle
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PPGAD;Ambiente e Desenvolvimento
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
CB
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10737/2960
Resumo: O Brasil tem uma história marcada pela escravidão do povo negro nas mais diversas regiões do país. Escolhemos um recorte espacial nesta pesquisa para falar desse escravismo; ou seja, o território de Taquari nos séculos XVIII e XIX, num espaço fundado por interesses portugueses. Foi neste contexto de dominação de terras que houve a inserção da mão de obra escravizada, que com o passar do tempo se intensificou e perdurou até o ano da abolição, em 1888. Incluso ao tema escravismo, detivemo-nos nas relações sociais e familiares praticadas no cotidiano das propriedades escravistas em Taquari. O tema escravismo, selecionado para esta tese, é foco especial para a área das Ciências Ambientais, a qual promove a visão integrada das questões socioambientais, em suas perspectivas históricas, econômicas, sociais e ecológicas. Pressupõe-se, por meio do desenvolvimento de análises históricas, as quais podem ser do tempo recente ou no caso, da história do século XIX, que a promoção para a consciência social dos direitos individuais e coletivos são condições necessárias para que ocorra a superação da dependência social e da dominação política. Neste estudo, a conexão da história e das ciências ambientais envolve como pano de fundo modelos de desenvolvimento que marginalizaram os grupos humanos descendentes desse processo. Almeja-se que esta tese possa ser mais uma ferramenta para promover um melhor índice de desenvolvimento humano sustentável e a possibilidade de realização plena dos direitos individuais e coletivos dos herdeiros desse terrível contexto de relações de trabalho da nação brasileira. A utilização deste tipo de estudo pode ser direcionada para os planos de desenvolvimento da redução das desigualdades sociais, para melhorar a falta de informação científica adequada e para sustentar o aumento das próprias capacidades de grupos sociais descendentes. De forma geral e científica, o objetivo acadêmico desta tese foi analisar a formação dos laços de compadrio e a constituição da família negra escravizada, livre e liberta na Paróquia de São José de Taquari, entre os anos de 1787 e 1850. Metodologicamente se fez uso do método onomástico e da micro-história. Os resultados demonstraram redes formadas a partir dos batismos de escravizados adultos com o apadrinhamento feito por pessoas nas condições de escravizados, forros e livres. Nos batizados dos inocentes identificamos, assim como, para os adultos, laços de parentesco fictício formados entre pais, filhos e padrinhos. As mães dos chamados filhos naturais buscaram por padrinhos e madrinhas que estavam na condição social de libertos e livres. Os laços de compadrio se estenderam para fora das propriedades, o que demonstrou uma rede de parentesco extensa. Diferentemente dos filhos naturais, os batizados dos filhos legítimos formaram laços maiores com escravizados. A análise dos matrimônios apontou um baixo índice de uniões legitimadas entre os escravizados de Taquari; logo, a maioria das relações foram consensuais. As uniões matrimoniais foram realizadas, sobretudo, entre nubentes de mesma origem e estatuto jurídico. A pesquisa, de forma geral, buscou mostrar as 8 relações de parentesco e a formação da família negra a partir dos registros paroquiais, bem como a capacidade de articulação e estratégia desses indivíduos na antiga Taquari.
id UVAT_51574136aac7080c5fe57ad535a90745
oai_identifier_str oai:univates.br:10737/2960
network_acronym_str UVAT
network_name_str Repositório Institucional da UNIVATES (Biblioteca Digital da Univates - BD)
repository_id_str
spelling Machado, Neli Teresinha Galarcehttp://lattes.cnpq.br/6666207712034183Magalhães, Magna LimaPinheiro, Fernanda StorckDiedrich, Melissa Heberlehttp://lattes.cnpq.br/1951441837444445Pires, Karen Daniela2021-09-03T12:49:52Z2021-09-03T12:49:52Z2021-032021-03-31O Brasil tem uma história marcada pela escravidão do povo negro nas mais diversas regiões do país. Escolhemos um recorte espacial nesta pesquisa para falar desse escravismo; ou seja, o território de Taquari nos séculos XVIII e XIX, num espaço fundado por interesses portugueses. Foi neste contexto de dominação de terras que houve a inserção da mão de obra escravizada, que com o passar do tempo se intensificou e perdurou até o ano da abolição, em 1888. Incluso ao tema escravismo, detivemo-nos nas relações sociais e familiares praticadas no cotidiano das propriedades escravistas em Taquari. O tema escravismo, selecionado para esta tese, é foco especial para a área das Ciências Ambientais, a qual promove a visão integrada das questões socioambientais, em suas perspectivas históricas, econômicas, sociais e ecológicas. Pressupõe-se, por meio do desenvolvimento de análises históricas, as quais podem ser do tempo recente ou no caso, da história do século XIX, que a promoção para a consciência social dos direitos individuais e coletivos são condições necessárias para que ocorra a superação da dependência social e da dominação política. Neste estudo, a conexão da história e das ciências ambientais envolve como pano de fundo modelos de desenvolvimento que marginalizaram os grupos humanos descendentes desse processo. Almeja-se que esta tese possa ser mais uma ferramenta para promover um melhor índice de desenvolvimento humano sustentável e a possibilidade de realização plena dos direitos individuais e coletivos dos herdeiros desse terrível contexto de relações de trabalho da nação brasileira. A utilização deste tipo de estudo pode ser direcionada para os planos de desenvolvimento da redução das desigualdades sociais, para melhorar a falta de informação científica adequada e para sustentar o aumento das próprias capacidades de grupos sociais descendentes. De forma geral e científica, o objetivo acadêmico desta tese foi analisar a formação dos laços de compadrio e a constituição da família negra escravizada, livre e liberta na Paróquia de São José de Taquari, entre os anos de 1787 e 1850. Metodologicamente se fez uso do método onomástico e da micro-história. Os resultados demonstraram redes formadas a partir dos batismos de escravizados adultos com o apadrinhamento feito por pessoas nas condições de escravizados, forros e livres. Nos batizados dos inocentes identificamos, assim como, para os adultos, laços de parentesco fictício formados entre pais, filhos e padrinhos. As mães dos chamados filhos naturais buscaram por padrinhos e madrinhas que estavam na condição social de libertos e livres. Os laços de compadrio se estenderam para fora das propriedades, o que demonstrou uma rede de parentesco extensa. Diferentemente dos filhos naturais, os batizados dos filhos legítimos formaram laços maiores com escravizados. A análise dos matrimônios apontou um baixo índice de uniões legitimadas entre os escravizados de Taquari; logo, a maioria das relações foram consensuais. As uniões matrimoniais foram realizadas, sobretudo, entre nubentes de mesma origem e estatuto jurídico. A pesquisa, de forma geral, buscou mostrar as 8 relações de parentesco e a formação da família negra a partir dos registros paroquiais, bem como a capacidade de articulação e estratégia desses indivíduos na antiga Taquari.Brazil has a history marked by the slavery of the black people into the most diverse regions of the country. We chose a spatial approach in this research to talk about this slavery, that is, the territory of Taquari in the 18th and 19th centuries. A space founded by portuguese interests and it was in this context of land domination that there was the insertion of enslaved labor, which over time intensified and lasted until the year of abolition, 1888. Included to the subject of slavery, we focused on the social and family relationships practiced into the daily life of slavery properties in Taquari. The selected slavery theme for this thesis is special focused to the Environmental Sciences area, which promotes an integrated view of socioenvironmental issues, in their historical, economic, social and ecological perspectives. It is assumed, through the development of historical analyzes, which may be on recent time or, in this case, on the history of the 19th century, that the promotion of social awareness of individual and collective rights are demanding conditions to overcome social dependence and political dominance. In this study, the connection of history and environmental sciences involves, as a backdrop, development models that marginalized human groups descended from this process. It is hoped that this thesis may be another tool to promote a better index of sustainable human development and the possibility of full implementation of the individual and collective rights of the heirs of this terrible context of labor relations of the brazilian nation. The use of this type of study can be directed towards development plans for the reduction of social inequalities, to improve the lack of proper scientific information and to support the increase of the own descending social groups capacity. In a general and scientific way, the academic aim of this thesis was to analyze the formation of parentage ties and the constitution of the enslaved, freed and liberated black family in the Parish of São José de Taquari, between the years 1787 and 1850. Methodologically, the onomastic method and microhistory were used. The results showed networks constituted by the baptisms of enslaved adults with the godfathering made by people in the condition of enslaved, freed and liberated. In the baptisms of innocents we identify, just as, for adults, bonds of fictitious parentage formed between parents, children and godparents. The mothers of the so-called natural children sought for godparents and godmothers who were in the freed and liberated social condition. The parentage ties were extended outside the properties, which showed an extensive parentage network. Unlike natural children, the baptism of legitimate children formed closer ties with enslaved people. The analysis of matrimony pointed to a low rate of legitimate unions among the enslaved people in Taquari, most of the relationships were consensual. Marital unions were carried out, above all, between couples of the same origin and legal status. The research, in general, sought to show the parentage relations and the formation of the black family from parish records, but also the articulation and strategy capacity of these individuals in the old Taquari.-1PIRES, Karen Daniela. Compadrio, parentesco e família: escravizados, libertos e livres na paróquia de São José de Taquari/Rio Grande do Sul. 2021. Monografia (Doutorado) – Curso de Ambiente e Desenvolvimento, Universidade do Vale do Taquari - Univates, Lajeado, 31 mar. 2021. Disponível em: http://hdl.handle.net/10737/2960. http://hdl.handle.net/10737/2960http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/info:eu-repo/semantics/openAccessCBCompadrioEscravidãoFamíliaRegistros ParoquiaisTaquariParentageSlaveryFamilyParish RecordsCompadrio, parentesco e família: escravizados, libertos e livres na paróquia de São José de Taquari/Rio Grande do Sulinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisPPGAD;Ambiente e Desenvolvimentoporreponame:Repositório Institucional da UNIVATES (Biblioteca Digital da Univates - BD)instname:Centro Universitário Univates (UNIVATES)instacron:UNIVATESORIGINAL2021KarenDanielaPires.pdf2021KarenDanielaPires.pdfapplication/pdf3537357https://www.univates.br/bdu/bitstreams/8fa310a1-cc6d-4cc5-a781-70c26ac789cc/download431514433a4a904fbe9e386732499403MD51CC-LICENSElicense_urllicense_urltext/plain49https://www.univates.br/bdu/bitstreams/88449cb2-1048-405f-ae75-81f4e50a5876/download4afdbb8c545fd630ea7db775da747b2fMD52license_textlicense_texttext/html; charset=utf-80https://www.univates.br/bdu/bitstreams/1dfb2419-4363-4b41-9a2f-ea65ab49e12e/downloadd41d8cd98f00b204e9800998ecf8427eMD53license_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-80https://www.univates.br/bdu/bitstreams/c7ed8bd5-4012-4bc8-a28f-a1f41e0c642f/downloadd41d8cd98f00b204e9800998ecf8427eMD54LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain4646https://www.univates.br/bdu/bitstreams/7257f5d2-d8fa-4630-9f30-fe3e43d9cd0a/download8d8bec6f1f8efb4eba2d5377e0efb71fMD55TEXT2021KarenDanielaPires.pdf.txt2021KarenDanielaPires.pdf.txtExtracted texttext/plain102626https://www.univates.br/bdu/bitstreams/c410a045-0777-45d6-9ebf-8378502f388d/download4d69cf07645e374a2da22f3efef10500MD512THUMBNAIL2021KarenDanielaPires.pdf.jpg2021KarenDanielaPires.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg4410https://www.univates.br/bdu/bitstreams/66967380-a8df-43ce-bd45-7bdb7ba647ac/downloadb52776cb230e9ac012cf5c1c86c31835MD51310737/29602023-06-23 18:22:41.679http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/openAccessoai:univates.br:10737/2960https://www.univates.br/bduRepositório InstitucionalPRIhttp://www.univates.br/bdu_oai/requestopendoar:12023-06-23T18:22:41Repositório Institucional da UNIVATES (Biblioteca Digital da Univates - BD) - Centro Universitário Univates (UNIVATES)falseVEVSTU8gREUgREVQw5NTSVRPIC0gQklCTElPVEVDQSBESUdJVEFMIERBIFVOSVZBVEVTIChCRFUpCgpOb21lIGRvIGRlcG9zaXRhbnRlOiBNQVJDSUEgQ1JJU1RJTkEgU0NIRUlECkUtbWFpbCBkbyBkZXBvc2l0YW50ZTogbWFyY2lhLnNjaGVpZEB1bml2ZXJzby51bml2YXRlcy5icgpEYXRhOiBUdWUgQXVnIDEwIDE0OjQwOjE0IEJSVCAyMDIxCkNvbGXDp8OjbzogQW1iaWVudGUgZSBEZXNlbnZvbHZpbWVudG8KT2JyYTogQ29tcGFkcmlvLCBwYXJlbnRlc2NvIGUgZmFtw61saWE6IGVzY3Jhdml6YWRvcywgbGliZXJ0b3MgZSBsaXZyZXMgbmEgcGFyw7NxdWlhIGRlIFPDo28gSm9zw6kgZGUgVGFxdWFyaS9SaW8gR3JhbmRlIGRvIFN1bApBdXRvcjogbWFyY2lhLnNjaGVpZEB1bml2ZXJzby51bml2YXRlcy5icgoKQ29tbyBjb2xhYm9yYWRvciBuYSBzdWJtaXNzw6NvIGRhIG9icmEsIG8gZGVwb3NpdGFudGUgTUFSQ0lBIENSSVNUSU5BIFNDSEVJRCAKZGVjbGFyYSBvIHJlY2ViaW1lbnRvIGRvIFRFUk1PIERFIExJQ0VOw4dBIGRhIEJJQkxJT1RFQ0EgRElHSVRBTCBEQSBVTklWQVRFUwooQkRVKSBwcmVlbmNoaWRvIGUgYXNzaW5hZG8gcGVsbyBhdXRvciBvdSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyAKZGEgb2JyYSwgZSBhZmlybWEgZXN0YXIgc2VuZG8gZmlkZWRpZ25vIGFvcyBkYWRvcyBpbmZvcm1hZG9zIG5vIG1lc21vLiAKCk8gdGVybW8gZGUgbGljZW7Dp2EsIGNvbW8gc2VndWUgYWJhaXhvLCBmb2kgZGVmaW5pZG8gcGVsYSBBc3Nlc3NvcmlhIApKdXLDrWRpY2EgZG8gQ2VudHJvIFVuaXZlcnNpdMOhcmlvIFVuaXZhdGVzOgoKLS0tLS0tLS0tLS0tLS0tLS0tLS0tLS0tLS0tLS0tLS0tLS0tLS0tLS0tLS0tLS0tLS0tLS0tLS0tLS0tLS0tLS0tLS0tLS0tClRFUk1PIERFIExJQ0VOw4dBIC0gQklCTElPVEVDQSBESUdJVEFMIERBIFVOSVZBVEVTIChCRFUpCgpDdXJzby9Qcm9ncmFtYV9fX19fX19fX19fX19fX0dyYXUgQWNhZMOqbWljb19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fXwpOYXR1cmV6YSBkYSBPYnJhICgpVENDICgpQXJ0aWdvICgpTGl2cm8gKClDYXDDrXR1bG8gZGUgTGl2cm8gKClPdXRyb19fX19fX19fXwpUw610dWxvIGRhIE9icmFfX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fXwpfX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fCl9fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX18KRGVmZXNhL1B1YmxpY2HDp8Ojb19fX19fX19fX19fX0FycXVpdm9zIGFuZXhvc19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fCkVtYmFyZ2FkbyBhdMOpX19fX19fX19fX19fX19fX01vdGl2b19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fCkV2ZW50by9QZXJpw7NkaWNvX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fCsOTcmfDo28gZGUgRm9tZW50b19fX19fX19fX19fX19JZGVudGlmaWNhZG9yX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fXwpDw7NkLiBJZGVudGlmaWNhZG9yX19fX19fX19fX19SZWNlYmltZW50b19fX19fX19fX0Rpc3BvbsOtdmVsIG5hIEJEVV9fX19fX19fX18KCjEuIE8gQVVUT1IgZGVjbGFyYSBxdWUgw6kgdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGEgT0JSQSBlIHRlbSBwbGVuYSAKZGlzcG9uaWJpbGlkYWRlIGRvcyBtZXNtb3MsIGV4aW1pbmRvIGEgVU5JVkFURVMgZGUgdG9kYSBlIHF1YWxxdWVyIHJlc3BvbnNhYmlsaWRhZGUuCgoyLiBPIEFVVE9SIGRlY2xhcmEgcXVlLCByZWxhdGl2YW1lbnRlIMOgIE9CUkEsIHJlc3BlaXRvdSBvcyBkaXJlaXRvcyBpbnRlbGVjdHVhaXMgCmRlIHRlcmNlaXJvcyBlIGN1bXByaXUgY29tIGFzIG9icmlnYcOnw7VlcyBsZWdhaXMgb3UgY29udHJhdHVhaXMgY29ycmVsYXRhcywgCmV4aW1pbmRvIGEgVU5JVkFURVMgZGUgdG9kYSBlIHF1YWxxdWVyIHJlc3BvbnNhYmlsaWRhZGUuCgozLiBPIEFVVE9SIGxpY2VuY2lhIGEgcmVwcm9kdcOnw6NvIGdyYXR1aXRhIGVtIGZvcm1hdG8gZGlnaXRhbCBlIGEgZGlzcG9uaWJpbGl6YcOnw6NvIApncmF0dWl0YSBvdSBvbmVyb3NhIGRhIE9CUkEgbmEgQmlibGlvdGVjYSBEaWdpdGFsIGRhIFVuaXZhdGVzLCBwYXJhIHRvZG9zIG9zIAp1c3XDoXJpb3MsIG5hIGZvcm1hIGRlZmluaWRhIHBlbGEgVU5JVkFURVMsIGNpZW50ZSBkZSBxdWUgYSBpbmNsdXPDo28gZGEgT0JSQSAKbmEgQmlibGlvdGVjYSBpbXBvcnRhcsOhIHRhbWLDqW0gbm8gbGljZW5jaWFtZW50byBwb3IgbWVpbyBkYSBDcmVhdGl2ZSBDb21tb25zLgoKNC4gQSBVTklWQVRFUyBuYWRhIGRldmVyw6EgYW8gQVVUT1IgcGVsYSByZXByb2R1w6fDo28gZSBkaXNwb25pYmlsaXphw6fDo28gZGEgT0JSQSwgCmNvbmZvcm1lIGFjaW1hIHByZXZpc3RvLCBtZXNtbyBzZSBvIGFjZXNzbyBkb3MgdXN1w6FyaW9zIGRhIEJpYmxpb3RlY2EgRGlnaXRhbCAKZGEgVW5pdmF0ZXMgZm9yIGEgdMOtdHVsbyBvbmVyb3NvLgoKNS4gTyBBVVRPUiBmaWNhIGNpZW50ZSBkZSBxdWUsIGRpc3BvbmliaWxpemFkYSBhIE9CUkEgbmEgQmlibGlvdGVjYSBEaWdpdGFsIGRhIApVbml2YXRlcywgb3MgdXN1w6FyaW9zIHBvZGVyw6NvIHV0aWxpesOhLWxhIGNvbmZvcm1lIGFzIG5vcm1hcyBkYSBDcmVhdGl2ZSBDb21tb25zLgoKNi4gTyBBVVRPUio6ClBlcm1pdGUgbyB1c28gY29tZXJjaWFsIGRhIHN1YSBPQlJBPyogKEZvbnRlOiBodHRwOi8vY3JlYXRpdmVjb21tb25zLm9yZy9jaG9vc2UvKSAKKE1hcmNhciBhcGVuYXMgdW1hIG9ww6fDo28pCiggKSBTaW0gKE8gbGljZW5jaWFkb3IgcGVybWl0ZSBhIG91dHJvcyBjb3BpYXIsIGRpc3RyaWJ1aXIsIGV4aWJpciBlIGV4ZWN1dGFyIGEgCk9CUkEsIGluY2x1c2l2ZSBwYXJhIGZpbnMgY29tZXJjaWFpcykuCiggKSBOw6NvIChPIGxpY2VuY2lhbnRlIHBlcm1pdGUgYSBvdXRyb3MgY29waWFyLCBkaXN0cmlidWlyLCBleGliaXIgZSBleGVjdXRhciBhIApPQlJBIHNvbWVudGUgY29tIGZpbnMgbsOjbyBjb21lcmNpYWlzKS4KClBlcm1pdGUgbW9kaWZpY2HDp8O1ZXMgZW0gc3VhIE9CUkE/KiAoRm9udGU6IGh0dHA6Ly9jcmVhdGl2ZWNvbW1vbnMub3JnL2Nob29zZS8pIAooTWFyY2FyIGFwZW5hcyB1bWEgb3DDp8OjbykKKCApIFNpbSAoTyBsaWNlbmNpYW50ZSBwZXJtaXRlIGEgb3V0cm9zIGNvcGlhciwgZGlzdHJpYnVpciwgZXhpYmlyIGUgZXhlY3V0YXIgYSAKT0JSQSwgYmVtIGNvbW8gdXPDoS1sYSBjb21vIGJhc2UgcGFyYSBvYnJhcyBkZXJpdmFkYXMpLgooICkgU2ltLCBjb250YW50byBxdWUgb3Mgb3V0cm9zIGNvbXBhcnRpbGhlbSBkZSBmb3JtYSBzZW1lbGhhbnRlIChPIGxpY2VuY2lhZG9yIApwZXJtaXRlIGFvcyBvdXRyb3MgZGlzdHJpYnVpciBvYnJhcyBkZXJpdmF0aXZhcyBzb21lbnRlIHNvYiBhIG1lc21hIGxpY2Vuw6dhIG91IApvdXRyYSBjb21wYXTDrXZlbCBjb20gYSBxdWUgcmVnZSBhIE9CUkEgZG8gbGljZW5jaWFkb3IpLgooICkgTsOjbyAoTyBsaWNlbmNpYW50ZSBwZXJtaXRlIGEgb3V0cm9zIGNvcGlhciwgZGlzdHJpYnVpciBlIHRyYW5zbWl0aXIgYXBlbmFzIApjw7NwaWFzIGluYWx0ZXJhZGFzIGRhIE9CUkEg4oCTIG7Do28gcGVybWl0ZSBvYnJhcyBkZXJpdmFkYXMpLgoKNy4gQSBwcmVzZW50ZSBsaWNlbsOnYSwgbm8gcXVlIGNvdWJlciwgcG9kZXLDoSBzZXIgY2FuY2VsYWRhIG1lZGlhbnRlIGF2aXNvIGZvcm1hbCAKZG8gQVVUT1IsIMOgIFVOSVZBVEVTLCBjb20gYW50ZWNlZMOqbmNpYSBtw61uaW1hIGRlIDkwIGRpYXMsIHNlbSBwcmVqdWRpY2FyIG9zIGF0b3MgCnByYXRpY2Fkb3MgbmEgc3VhIHZpZ8OqbmNpYS4KCl9fX19fX198X19fX19fX19fX198X19fX19fX19fX19fX19fX3xfX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fXwpfX19fX19ffF9fX19fX19fX19ffF9fX19fX19fX19fX19fX198X19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX18KX19fX19fX3xfX19fX19fX19fX3xfX19fX19fX19fX19fX19ffF9fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fCl9fX19fX198X19fX19fX19fX198X19fX19fX19fX19fX19fX3xfX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fXwpfX19fX19ffF9fX19fX19fX19ffF9fX19fX19fX19fX19fX198X19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX18KQ8OzZGlnbyB8Q1BGICAgICAgICB8Tm9tZSAgICAgICAgICAgIHxBc3NpbmF0dXJhIGRvIERldGVudG9yIGRvcyBEaXJlaXRvcyBBdXRvcmFpcwoKTG9jYWwgX19fX19fX19fX19fX19fX19fX18gRGF0YSAgX19fX18vX19fX19fL19fX19fX18KCiogQ2FtcG9zIGRlIHByZWVuY2hpbWVudG8gb2JyaWdhdMOzcmlvLgoqKiogQXBlbmFzIHNlcsOjbyBhY2VpdG9zIHRlcm1vcyBvcmlnaW5haXMgZSBhZGVxdWFkYW1lbnRlIHByZWVuY2hpZG9zLgo=
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Compadrio, parentesco e família: escravizados, libertos e livres na paróquia de São José de Taquari/Rio Grande do Sul
title Compadrio, parentesco e família: escravizados, libertos e livres na paróquia de São José de Taquari/Rio Grande do Sul
spellingShingle Compadrio, parentesco e família: escravizados, libertos e livres na paróquia de São José de Taquari/Rio Grande do Sul
Pires, Karen Daniela
CB
Compadrio
Escravidão
Família
Registros Paroquiais
Taquari
Parentage
Slavery
Family
Parish Records
title_short Compadrio, parentesco e família: escravizados, libertos e livres na paróquia de São José de Taquari/Rio Grande do Sul
title_full Compadrio, parentesco e família: escravizados, libertos e livres na paróquia de São José de Taquari/Rio Grande do Sul
title_fullStr Compadrio, parentesco e família: escravizados, libertos e livres na paróquia de São José de Taquari/Rio Grande do Sul
title_full_unstemmed Compadrio, parentesco e família: escravizados, libertos e livres na paróquia de São José de Taquari/Rio Grande do Sul
title_sort Compadrio, parentesco e família: escravizados, libertos e livres na paróquia de São José de Taquari/Rio Grande do Sul
author Pires, Karen Daniela
author_facet Pires, Karen Daniela
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Machado, Neli Teresinha Galarce
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/6666207712034183
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Magalhães, Magna Lima
Pinheiro, Fernanda Storck
Diedrich, Melissa Heberle
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/1951441837444445
dc.contributor.author.fl_str_mv Pires, Karen Daniela
contributor_str_mv Machado, Neli Teresinha Galarce
Magalhães, Magna Lima
Pinheiro, Fernanda Storck
Diedrich, Melissa Heberle
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CB
topic CB
Compadrio
Escravidão
Família
Registros Paroquiais
Taquari
Parentage
Slavery
Family
Parish Records
dc.subject.por.fl_str_mv Compadrio
Escravidão
Família
Registros Paroquiais
Taquari
Parentage
Slavery
Family
Parish Records
description O Brasil tem uma história marcada pela escravidão do povo negro nas mais diversas regiões do país. Escolhemos um recorte espacial nesta pesquisa para falar desse escravismo; ou seja, o território de Taquari nos séculos XVIII e XIX, num espaço fundado por interesses portugueses. Foi neste contexto de dominação de terras que houve a inserção da mão de obra escravizada, que com o passar do tempo se intensificou e perdurou até o ano da abolição, em 1888. Incluso ao tema escravismo, detivemo-nos nas relações sociais e familiares praticadas no cotidiano das propriedades escravistas em Taquari. O tema escravismo, selecionado para esta tese, é foco especial para a área das Ciências Ambientais, a qual promove a visão integrada das questões socioambientais, em suas perspectivas históricas, econômicas, sociais e ecológicas. Pressupõe-se, por meio do desenvolvimento de análises históricas, as quais podem ser do tempo recente ou no caso, da história do século XIX, que a promoção para a consciência social dos direitos individuais e coletivos são condições necessárias para que ocorra a superação da dependência social e da dominação política. Neste estudo, a conexão da história e das ciências ambientais envolve como pano de fundo modelos de desenvolvimento que marginalizaram os grupos humanos descendentes desse processo. Almeja-se que esta tese possa ser mais uma ferramenta para promover um melhor índice de desenvolvimento humano sustentável e a possibilidade de realização plena dos direitos individuais e coletivos dos herdeiros desse terrível contexto de relações de trabalho da nação brasileira. A utilização deste tipo de estudo pode ser direcionada para os planos de desenvolvimento da redução das desigualdades sociais, para melhorar a falta de informação científica adequada e para sustentar o aumento das próprias capacidades de grupos sociais descendentes. De forma geral e científica, o objetivo acadêmico desta tese foi analisar a formação dos laços de compadrio e a constituição da família negra escravizada, livre e liberta na Paróquia de São José de Taquari, entre os anos de 1787 e 1850. Metodologicamente se fez uso do método onomástico e da micro-história. Os resultados demonstraram redes formadas a partir dos batismos de escravizados adultos com o apadrinhamento feito por pessoas nas condições de escravizados, forros e livres. Nos batizados dos inocentes identificamos, assim como, para os adultos, laços de parentesco fictício formados entre pais, filhos e padrinhos. As mães dos chamados filhos naturais buscaram por padrinhos e madrinhas que estavam na condição social de libertos e livres. Os laços de compadrio se estenderam para fora das propriedades, o que demonstrou uma rede de parentesco extensa. Diferentemente dos filhos naturais, os batizados dos filhos legítimos formaram laços maiores com escravizados. A análise dos matrimônios apontou um baixo índice de uniões legitimadas entre os escravizados de Taquari; logo, a maioria das relações foram consensuais. As uniões matrimoniais foram realizadas, sobretudo, entre nubentes de mesma origem e estatuto jurídico. A pesquisa, de forma geral, buscou mostrar as 8 relações de parentesco e a formação da família negra a partir dos registros paroquiais, bem como a capacidade de articulação e estratégia desses indivíduos na antiga Taquari.
publishDate 2021
dc.date.submitted.none.fl_str_mv 2021-03-31
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2021-09-03T12:49:52Z
dc.date.available.fl_str_mv 2021-09-03T12:49:52Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2021-03
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv PIRES, Karen Daniela. Compadrio, parentesco e família: escravizados, libertos e livres na paróquia de São José de Taquari/Rio Grande do Sul. 2021. Monografia (Doutorado) – Curso de Ambiente e Desenvolvimento, Universidade do Vale do Taquari - Univates, Lajeado, 31 mar. 2021. Disponível em: http://hdl.handle.net/10737/2960.
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10737/2960
identifier_str_mv PIRES, Karen Daniela. Compadrio, parentesco e família: escravizados, libertos e livres na paróquia de São José de Taquari/Rio Grande do Sul. 2021. Monografia (Doutorado) – Curso de Ambiente e Desenvolvimento, Universidade do Vale do Taquari - Univates, Lajeado, 31 mar. 2021. Disponível em: http://hdl.handle.net/10737/2960.
url http://hdl.handle.net/10737/2960
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.program.fl_str_mv PPGAD;Ambiente e Desenvolvimento
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UNIVATES (Biblioteca Digital da Univates - BD)
instname:Centro Universitário Univates (UNIVATES)
instacron:UNIVATES
instname_str Centro Universitário Univates (UNIVATES)
instacron_str UNIVATES
institution UNIVATES
reponame_str Repositório Institucional da UNIVATES (Biblioteca Digital da Univates - BD)
collection Repositório Institucional da UNIVATES (Biblioteca Digital da Univates - BD)
bitstream.url.fl_str_mv https://www.univates.br/bdu/bitstreams/8fa310a1-cc6d-4cc5-a781-70c26ac789cc/download
https://www.univates.br/bdu/bitstreams/88449cb2-1048-405f-ae75-81f4e50a5876/download
https://www.univates.br/bdu/bitstreams/1dfb2419-4363-4b41-9a2f-ea65ab49e12e/download
https://www.univates.br/bdu/bitstreams/c7ed8bd5-4012-4bc8-a28f-a1f41e0c642f/download
https://www.univates.br/bdu/bitstreams/7257f5d2-d8fa-4630-9f30-fe3e43d9cd0a/download
https://www.univates.br/bdu/bitstreams/c410a045-0777-45d6-9ebf-8378502f388d/download
https://www.univates.br/bdu/bitstreams/66967380-a8df-43ce-bd45-7bdb7ba647ac/download
bitstream.checksum.fl_str_mv 431514433a4a904fbe9e386732499403
4afdbb8c545fd630ea7db775da747b2f
d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e
d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e
8d8bec6f1f8efb4eba2d5377e0efb71f
4d69cf07645e374a2da22f3efef10500
b52776cb230e9ac012cf5c1c86c31835
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNIVATES (Biblioteca Digital da Univates - BD) - Centro Universitário Univates (UNIVATES)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801843029856747520