Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio e Formação Continuada: uma intervenção a partir da percepção docente

• Ano de defesa: 2017
• Autor(a) principal: Casonatto, Susiéli
• Orientador(a): Gritti, Isabel Rosa
• Banca de defesa: Gritti, Isabel Rosa, Valério, Mairon Escorsi, Paludo, Conceição
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal da Fronteira Sul
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação Profissional em Educação
• Departamento: Campus Erechim
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio; Ensino Médio; Formação Continuada; Professores
• Link de acesso: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/1544

O Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio, a Formação Continuada e o atual contexto do Ensino Médio, através da análise dos índices de reprovação e evasão, nortearam a discussão desta pesquisa. O Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio, no qual atuei como Orientadora de Estudo, motivou a pesquisa, visto que a Formação Continuada proporcionada, pelo Pacto, no chão da escola, promoveu espaços de reflexões. Nessa perspectiva, a pesquisa objetivou analisar os limites e potencialidades que impediram ou possibilitaram a ação coletiva entre os participantes para a consolidação de espaços de Formação Continuada na escola, de acordo com a proposta do Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio. Logo, a investigação foi desenvolvida em uma escola pública estadual, no município de Chapecó, e os sujeitos foram os professores do Ensino Médio que participaram do Pacto. A pesquisa delineou-se a partir dos fundamentos da pesquisa-ação, com uma abordagem qualitativa. Durante a fase exploratória da pesquisa-ação, concluí, a partir dos questionários abertos realizados com os professores, que as formações propostas pelo Pacto haviam se apagado juntamente com o programa; porém, os professores descreveram a não continuidade como aspecto negativo. Mediante esse diagnóstico, identifiquei o problema e construí uma proposta de intervenção para ser discutida com esse coletivo, com o intuito de constituir espaços de formação na escola, na perspectiva da reflexão da prática a partir do aporte teórico de Paulo Freire. A intervenção aconteceu em cinco momentos, e utilizei os círculos de cultura como metodologia dos encontros. A disposição em círculo permite a construção das relações horizontalizadas e dialógicas, e todos os participantes atuam como sujeitos. No decorrer dos círculos de cultura, o diário de campo, a observação participante e os questionamentos descritivos desenvolvidos pelos professores orientaram a análise de dados da intervenção, a partir da análise de conteúdo. Os espaços de intervenção possibilitaram momentos de reflexão da prática, um novo olhar aos sujeitos do Ensino Médio, o despertar a novas leituras e o fortalecimento do grupo. Diante dos limites, destaco a excessiva jornada de trabalho do professor, a falta de tempo para pesquisar e planejar as aulas, e trabalhar em várias escolas com uma pequena carga horária. Ressalto que, nesse percurso, concluí que as formações continuadas são primordiais, visto que, além de fortalecerem o coletivo, promovem a reflexão da práxis pedagógica, a busca por aportes teóricos para fundamentar a prática, e o professor começa a enxergar-se como protagonista. Acredito que o objetivo geral foi atingido. A intervenção contribuiu para a constituição de espaço de formação; entretanto, o caminho para garantir a continuidade das ações é árduo e exige muita persistência da equipe pedagógica.