Extrato aquoso de Moringa oleifera como aditivo para ovelhas da raça Pantaneira em lactação

• Ano de defesa: 2022
• Autor(a) principal: Chagas, Renata Alves da
• Orientador(a): Vargas Junior, Fernando Miranda de
• Banca de defesa: Orrico Junior, Marco Antonio Previdelli , Oliveira, Marcus Vinicius Morais de , Ferreira, Marcos Barbosa , Osorio, Johan Samir
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
• Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Zootecnia
• Departamento: Faculdade de Ciências Agrárias
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Digestão no rúmen; Rumen digestion; Ácidos graxos; Fatty acids; Produção de leite; Milk production
• Área do conhecimento CNPq: CNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::ZOOTECNIA
• Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/5563

Os objetivos dessa tese foram I) abordar sobre a utilização de aditivos na nutrição de ruminantes e o uso de aditivos naturais na fermentação ruminal, metabolismo de ruminantes e ação no leite (Capítulo I); II) estudar o efeito do extrato aquoso de Moringa oleifera (AEMO) como aditivo para ovelhas em lactação e qual a sua influência na fermentação ruminal, parâmetros metabólicos e desempenho de ovelhas em lactação (Capítulo II); III) avaliar o efeito da suplementação de AEMO para ovelhas em lactação sobre a produção e composição do leite, perfil de ácidos graxos e antioxidantes do leite (Capítulo III). Capítulo I: existe um potencial já comprovado na literatura que os aditivos naturais em substituição a aditivos comumente utilizados que podem substituir estes sem acumular resíduos no leite ou na carne. Os aditivos naturais possuem compostos com capacidade antioxidante e atividade antimicrobiana que pode beneficiar a saúde animal e dos humanos. Capítulo II: Foram utilizadas doze ovelhas distribuídas em quatro quadrados latinos 3x3 replicados, com períodos de 14 dias (coleta nos últimos cinco dias de cada período). Os tratamentos fornecidos diariamente foram: 20 ml de água como controle, 20 ml de AEMO (20-AEMO) e 40 ml de AEMO (40-AEMO). Foram realizadas duas ordenhas diárias. O concentrado foi fornecido na base de 3% do peso corpóreo e feno ad libitum. O consumo, digestibilidade e pH ruminal não foram afetados pelo AEMO, mas houve uma tendência de redução do acetato, aumento do propionato e consequentemente redução da produção de metano em 40-AEMO. A produção de leite foi menor para 20-AEMO, assim como: gordura, proteína e lactose. A produção de proteína foi menor para 40-AEMO. Os parâmetros sanguíneos e urinários não foram afetados pelo uso do AEMO. Recomendase estudos com diferentes concentrações de extrato para elucidar os efeitos na fermentação ruminal e na síntese de compostos no leite. Capítulo III: Utilizou-se o mesmo protocolo experimental do capítulo II. Realizou-se a caracterização do extrato aquoso de Moringa oleifera, determinou-se a produção e composição do leite, perfil de ácidos graxos de cadeia curta e longa, e antioxidantes presents no leite. A produção de leite foi influenciada pelo extrato AEMO, onde o 20-AEMO foi inferior ao Controle, porém com maior teor de sólidos totais. Para os teores de proteína e caseína, observou-se redução nos animais suplementados com 40-AEMO. Os ácidos graxos de cadeia curta detectados no leite das ovelhas, não diferiram entre os tratamentos. O ácido graxo c10-15:1 aumentou com o 40-AEMO. Os antioxidantes e a oxidação avaliados no leite das ovelhas, não foram influenciados pela adição de AEMO. O extrato aquoso de Moringa oleifera é rico em teores antioxidantes, porém na dose utilizada demonstrou ser pouco expressivo quanto ao efeito no perfil lipídico do leite em relação a ácidos graxos importantes para saúde humana. O teor antioxidante do extrato não foi suficiente para transferir quantidades expressivas de antioxidantes para o leite.