Dietas com grãos de oleaginosas e quitosana na terminação intensiva de novilhos a pasto

• Ano de defesa: 2023
• Autor(a) principal: Silva, Nayara Gonçalves da
• Orientador(a): Goes, Rafael Henrique de Tonissi e Buschinelli de
• Banca de defesa: Osmari, Milene Puntel , Galati, Rosemary Laís , Jaeger, Soraya Maria Palma Luz , Fernandes, Tatiane
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
• Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Zootecnia
• Departamento: Faculdade de Ciências Agrárias
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Ácidos graxos; Digestão no rúmen; Nutrição animal
• Palavras-chave em Inglês: Fatty acids; Rumen digestion; Animal nutrition
• Área do conhecimento CNPq: CNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::ZOOTECNIA
• Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/5544

Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito do uso de grãos de oleaginosas associadas com quitosana no suplemento de novilhos a pasto, sobre o consumo, digestibilidade, fermentação e biohidrogenação ruminal (BH). Capítulo II: Cinco novilhos mestiços com peso médio de 300 kg, providos de cânulas ruminais, foram distribuídos aleatoriamente em quadrado latino 5x5. Os animais foram mantidos em piquetes individuais em pastagem de Urochloa brizantha, cv. Marandu (Syn Brachiaria), e suplementados diariamente na proporção de 2% do peso corporal (PC). Os tratamentos experimentais foram: Suplemento proteico/energético a base de farelo de soja como controle (CON); Suplemento a base de cártamo grão (CT); CT com adição de quitosana (CTQ); Suplemento a base de soja grão (SJ) e SJ com adição de quitosana (SJQ). A quitosana foi adicionada diretamente no rúmen dos animais na dosagem de 900 mg/kg de MS. A presença de oleaginosas na suplementação resultou em aumento no consumo de EE (P < 0.001). Os animais suplementados com oleaginosas (CONxOLE) apresentaram um aumento de 4,4% na digestibilidade de EE em relação a dieta controle (P < 0.001). Na comparação entre grão de cártamo e soja (CTxSJ), a adição da soja apontou maiores valores para o consumo de MS do suplemento com média de 7,43 kg/dia, e aumentou em 8,06% o consumo de PB dos animais, (P < 0.001). A inclusão de cártamo apresentou aumento de 20% no consumo de EE e aumento de 14% no consumo de FDN (CTxSJ). Observou-se maior digestibilidade do EE, (0,964 g/kg) com o fornecimento do CT (CTxSJ). A Quitosana na dieta a base de soja, tende a aumentar consumo de MA, MO e PB. A suplementação de CT e SJ com ou sem a inclusão da quitosana não influenciaram (P > 0.05) os padrões de fermentação ruminal, excreção dos derivados de purina e síntese de N-microbiano. A inclusão de oleaginosas na dieta de novilhos, promove mudanças no consumo e digestibilidade. O fornecimento do grão cártamo aumenta consumo de EE; FDN e a digestibilidade de EE. A adição da quitosana na dieta com cártamo melhorou a digestibilidade dos nutrientes. Capítulo III: Utilizou-se o mesmo protocolo experimental do capítulo II. Os valores de t9c11-18:2 (P = 0,048) e CLA dimetilester (P = 0,001) caracterizaram menores concentrações para inclusão de oleaginosas (CONxOLE). O ácido graxo c13-18:1 monoinsaturado cis, resultou em maior valor (P = 0,029) com o grão soja (CTxSJ). O grão cártamo (CTxSJ) apresentou maiores respostas para a concentração de todos os monoinsaturados trans, com média de 2,294%. O ácido graxo t11,c15-18:2 apresentou média superior de 0,022% para a adição de grão soja (CTxSJ). A inclusão da quitosana (CTxCTQ), levou a uma menor concentração do t11-18:1 (P = 0.070). O ácido graxo t9c11-18:2 apresentou menor concentração (P = 0.001) com a inclusão da quitosana (SJxSJQ). O fornecimento de oleaginosas (CONTxOLE), apresentou menores valores (P < 0.001) para ácidos graxos saturados (AGS) e maior valor para C18:2w6 nas fezes. O grão cártamo (CTxSJ) obteve maior concentração (P< 0.001) de C12:0; C14:0 e C18:2w6 nas fezes. A inclusão de diferentes fontes oleaginosas promove maiores modificações na BH ruminal e a inclusão da quitosana mostrou-se pouco expressiva na excreção fecal de ácidos graxos.