Derivados modificados de tiossemicarbazonas e diclofenaco: perfil farmacológico e efeito da coordenação a metais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Jeferson Gomes da Silva lattes
Orientador(a): Heloisa de Oliveira Beraldo lattes
Banca de defesa: Antônio Carlos Doriguetto, Ângelo Márcio Leite Denadai, Cynthia Peres Demicheli, Eufrânio Nunes da Silva Júnior
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Química
Departamento: ICX - DEPARTAMENTO DE QUÍMICA
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/52401
https://orcid.org/0000-0002-4219-1437
Resumo: O presente trabalho consistiu na síntese e avaliação do perfil farmacológico de tiossemicarbazonas derivadas de chalconas, de uma hidrazona derivada de diclofenaco, bem como de seus complexos metálicos, visando obter novas moléculas capazes de atuar como agentes antimicrobianos, antitumorais e antinociceptivos. 3-fenil-1-(2-piridil)-prop-2-en-1-ona tiossemicarbazona [HPyCTPh (1)], 3-(4-clorofenil)-1-(2-piridil)-prop-2-en-1-ona tiossemicarbazona [HPyCT4ClPh (2)], 3-(4-bromo-fenil)-1- (2-piridil)-prop-2-en-1-ona tiossemicarbazona [HPyCT4BrPh (3)] e 3-(4-nitro-fenil)-1-(2- piridil)-prop-2-en-1-ona tiossemicarbazona [HPyCT4NO2Ph (4) foram obtidas a partir das chalconas 3-fenil-1-(2-piridil)-prop-2-en-1-ona (PyCPh), 3-(4-cloro-fenil)-1-(2-piridil)-prop-2- en-1-ona (PyC4ClPh), 3-(4-bromo-fenil)-1-(2-piridil)-prop-2-en-1-ona (PyC4BrPh) e 3-(4-nitrofenil)-1-(2-piridil)-prop-2-en-1-ona (PyC4NO2Ph). Os complexos de Ga(III) (Ga1-Ga4) e de Fe(III) (Fe1-Fe4) com 1-4 são do tipo [M(L)2]NO3 e os complexos de Zn(II) (Zn1-Zn4) do tipo [Zn(L)2], HL = tiossemicarbazona. Nesses casos, a tiossemicarbazona coordena-se ao metal através do sistema Npy-N-S. Os complexos de Cu(II) (Cu1-Cu4) são do tipo [Cu(HL)Cl2], onde HL é a tiossemicarbazona na forma zwiteriônica ligada ao metal pelo sistema N-S. As chalconas foram ativas contra Staphyloccocus aureus e Candida albicans mas inativas contra Pseudomonas aeruginosa. Em alguns casos as tiossemicarbazonas mostraram-se mais ativas que as chalconas precursoras. A complexação das tiossemicarbazonas com Ga(III) e Cu(II) resultou em compostos mais ativos. O efeito citotóxico das chalconas, tiossemicarbazonas e complexos de Ga(III) e Cu(II) foi investigado contra linhagens celulares de tumor sólido HCT-116 (carcinoma colorretal) e MCF-7 ou MDA-MB 231 (carcinomas mamários), e contra leucemias HL-60 (leucemia mieloide) e Jurkat (leucemia linfoide). Em geral, as chalconas mostraram-se menos ativas que as chalconatiossemicarbazonas e seus complexos de Ga(III) e Cu(II). 1, Ga1, 2, Ga2, 3 e Ga3 foram mais ativos contra HCT-116 que a cisplatina. As tiossemicarbazonas e os complexos de Ga(III) inibiram de forma similar ao cisplatina o crescimento de células HL-60. Exceto para 1, todos os compostos apresentaram valores de CI50 inferiores ao da cisplatina contra células HL-60. Os complexos de Ga(III) apresentaram valores de CI50 menores que as tiossemicarbazonas livres contra essa linhagem celular, indicando que a estratégia da coordenação ao Ga(III) levou a um aumento da atividade citotóxica. As tiossemicarbazonas e seus complexos de Cu(II) foram capazes de inibir 75% ou mais da proliferação de células leucêmicas e de células MDA-MB 231 e HCT-116 (10 µM). Os resultados sugerem um aumento da citotoxicidade dos compostos com a coordenação ao Cu(II). Vários deles apresentaram atividade citotóxica (CI50) em concentrações nanomolares. As tiossemicarbazonas e Cu4 induziram fragmentação de ADN em células HL-60, sugerindo que apresentam atividade pró-apoptótica. Analogamente Cu1-Cu4 induziram 75% de conteúdo de ADN subdiploide em MDA-MB 231 e HCT-116. Na presença das tiossemicarbazonas observou-se baixo conteúdo de ADN subdiploide, ou seja, as tiossemicarbazonas livres agiriam por meio de um mecanismo de ação distinto. Os complexos Cu1-Cu3 apresentaram capacidade de interagir com a albumina do soro bovino e com o ADN por um mecanismo de intercalação. Foram sintetizados o cloridrato de piridoxal diclofenaco hidrazona (H3PDHCl, 5) e seus complexos [Cu(H2PDH)Cl]Cl∙2H2O (Cu5) e [Ga(HPDH)2]NO3∙4H2O (Ga5). 5 foi ativo no modelo de resposta nociceptiva induzida por zymosan A em uma dose quatro vezes maior do que aquela de diclofenaco de sódio (DIC). No entanto, este composto não causa lesões gástricas como as observadas para o grupo de animais tratado com DIC, o que corrobora sua utilização como um potencial protótipo de fármaco anti-inflamatório. 5 não apresentou ação citotóxica ou antimicrobiana e exibiu capacidade de quelatar Zn(II) e Cu(II), tornando-se interessante como candidato a protótipo de fármaco anti-Alzheimer.
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Os complexos de Ga(III) (Ga1-Ga4) e de Fe(III) (Fe1-Fe4) com 1-4 são do tipo [M(L)2]NO3 e os complexos de Zn(II) (Zn1-Zn4) do tipo [Zn(L)2], HL = tiossemicarbazona. Nesses casos, a tiossemicarbazona coordena-se ao metal através do sistema Npy-N-S. Os complexos de Cu(II) (Cu1-Cu4) são do tipo [Cu(HL)Cl2], onde HL é a tiossemicarbazona na forma zwiteriônica ligada ao metal pelo sistema N-S. As chalconas foram ativas contra Staphyloccocus aureus e Candida albicans mas inativas contra Pseudomonas aeruginosa. Em alguns casos as tiossemicarbazonas mostraram-se mais ativas que as chalconas precursoras. A complexação das tiossemicarbazonas com Ga(III) e Cu(II) resultou em compostos mais ativos. O efeito citotóxico das chalconas, tiossemicarbazonas e complexos de Ga(III) e Cu(II) foi investigado contra linhagens celulares de tumor sólido HCT-116 (carcinoma colorretal) e MCF-7 ou MDA-MB 231 (carcinomas mamários), e contra leucemias HL-60 (leucemia mieloide) e Jurkat (leucemia linfoide). Em geral, as chalconas mostraram-se menos ativas que as chalconatiossemicarbazonas e seus complexos de Ga(III) e Cu(II). 1, Ga1, 2, Ga2, 3 e Ga3 foram mais ativos contra HCT-116 que a cisplatina. As tiossemicarbazonas e os complexos de Ga(III) inibiram de forma similar ao cisplatina o crescimento de células HL-60. Exceto para 1, todos os compostos apresentaram valores de CI50 inferiores ao da cisplatina contra células HL-60. Os complexos de Ga(III) apresentaram valores de CI50 menores que as tiossemicarbazonas livres contra essa linhagem celular, indicando que a estratégia da coordenação ao Ga(III) levou a um aumento da atividade citotóxica. As tiossemicarbazonas e seus complexos de Cu(II) foram capazes de inibir 75% ou mais da proliferação de células leucêmicas e de células MDA-MB 231 e HCT-116 (10 µM). Os resultados sugerem um aumento da citotoxicidade dos compostos com a coordenação ao Cu(II). Vários deles apresentaram atividade citotóxica (CI50) em concentrações nanomolares. As tiossemicarbazonas e Cu4 induziram fragmentação de ADN em células HL-60, sugerindo que apresentam atividade pró-apoptótica. Analogamente Cu1-Cu4 induziram 75% de conteúdo de ADN subdiploide em MDA-MB 231 e HCT-116. Na presença das tiossemicarbazonas observou-se baixo conteúdo de ADN subdiploide, ou seja, as tiossemicarbazonas livres agiriam por meio de um mecanismo de ação distinto. Os complexos Cu1-Cu3 apresentaram capacidade de interagir com a albumina do soro bovino e com o ADN por um mecanismo de intercalação. Foram sintetizados o cloridrato de piridoxal diclofenaco hidrazona (H3PDHCl, 5) e seus complexos [Cu(H2PDH)Cl]Cl∙2H2O (Cu5) e [Ga(HPDH)2]NO3∙4H2O (Ga5). 5 foi ativo no modelo de resposta nociceptiva induzida por zymosan A em uma dose quatro vezes maior do que aquela de diclofenaco de sódio (DIC). No entanto, este composto não causa lesões gástricas como as observadas para o grupo de animais tratado com DIC, o que corrobora sua utilização como um potencial protótipo de fármaco anti-inflamatório. 5 não apresentou ação citotóxica ou antimicrobiana e exibiu capacidade de quelatar Zn(II) e Cu(II), tornando-se interessante como candidato a protótipo de fármaco anti-Alzheimer.The present work involved the syntheses and an investigation of the pharmacological profile of chalcone-derived thiosemicarbazones, a hydrazone from diclofenac and their metal complexes aiming the preparation of new antimicrobial, antitumor and anti-nociceptive agents. 3-phenyl-1-(2-pyridil)-prop-2-en-1-one thiosemicarbazone [HPyCTPh (1)], 3-(4-chlorophenyl)-1-(2-pyridil)-prop-2-en-1-one thiosemicarbazone [HPyCT4ClPh (2)], 3-(4-bromophenyl)-1-(2-pyridil)-prop-2-en-1-one thiosemicarbazone [HPyCT4BrPh (3)] and 3-(4-nitrophenyl)-1-(2-pyridil)-prop-2-en-1-one thiosemicarbazone [HPyCT4NO2Ph (4)] were obtained from 3-phenyl-1-(2-pyridil)-prop-2-en-1-one (PyCPh), 3-(4-chloro-phenyl)-1-(2-pyridil)-prop-2- en-1-one (PyC4ClPh), 3-(4-bromo-phenyl)-1-(2-pyridil)-prop-2-en-1-one (PyC4BrPh) and 3-(4- nitro-phenyl)-1-(2-pyridil)-prop-2-en-1-one (PyC4NO2Ph). The Ga(III) (Ga1-Ga4) and Fe(III) (Fe1-Fe4) complexes with 1-4 are of the [M(L)2]NO3 type and the Zn(II) complexes (Zn1-Zn4) of the [Zn(L)2] type, HL = thiosemicarbazone. In these cases the thiosemicarbazones attach to the metal center through the Npy-N-S chelating system. The Cu(II) complexes (Cu1-Cu4) are of the [Cu(HL)Cl2] type, where HL stands for the zwitterionic thiosemicarbazone which binds to the metal through the N-S chelating system. The chalcones proved to be active against Staphyloccocus aureus bacteria and Candida albicans fungi but were inactive against Pseudomonas aeruginosa. In many cases the thiosemicarbazones revealed to be more active than the chalcones. The complexation of the thiosemicarbazones to Ga(III) and Cu(II) resulted in more active compounds. The cytotoxic effect of the chalcones, thiosemicarbazones and the Ga(III) e Cu(II) complexes was studied against HCT-116 (colorectal carcinoma) and MCF-7 or MDA-MB 231 (mammary carcinomas) solid tumor cell lines, and against HL-60 (myeloid leukemia) and Jurkat (limphoyd leukemia). The chalcones proved to be the less active compounds. In general the thiosemicarbazones were more cytotoxic than the chalcone precursors. 1, Ga1, 2, Ga2, 3 and Ga3 revealed to be more active than cisplatin against HCT-116 cells. The thiosemicarbazones and the Ga(III) complexes exhibited similar capacity as cisplatin to inhibit the growth of HL-60 cells. Except for 1, the IC50 of all compounds was lower than that of cisplatin against HL-60 cells. The IC50 of the Ga(III) complexes were lower than those of the free thiosemicarbazones against this cell lineage, indicating that coordination to Ga(III) was a good strategy for cytotoxicity improvement. In general, the thiosemicarbazones and their Cu(II) complexes were able to inhibit at least 75% of proliferation of leukemia, MDA-MB 231 and HCT-116 cells at 10 µM. Upon coordination to Cu(II) cytotoxicity improved. Many of the studied compounds were active with IC50 values in the nanomolar range. The thiosemicarbazones and Cu4 were able to induce DNA fragmentation in HL-60 cells, indicating their pro-apoptotic potential. Similarly all Cu(II) complexes induced the appearance of 75% of subdiploid DNA content in MDA-MB 231 and HCT-116 cells. However a low level of subdiploid DNA content was observed in the presence of the free thiosemicarbazones, suggesting that their mechanism of action might be different from those of the complexes. Cu1-Cu3 were able to interact with bovine serum albumin and with DNA by an intercalative process. We prepared pyridoxal diclofenac hydrazone hydrochloride (H3PDHCl, 5) and its [Cu(H2PDH)Cl]Cl∙2H2O (Cu5) and [Ga(HPDH)2]NO3∙4H2O (Ga5) complexes. 5 showed activity in the nociceptive response induced by zymosan A at a molar dose fourfold higher than that of sodium diclofenac. However, unlike diclofenac, 5 did not cause the appearance of gastric lesions, suggesting that it could be an anti-inflammatory drug candidate. 5 did not show antimicrobial or cytotoxic properties and was able to chelate Zn(II) and Cu(II). Hence it could be interesting as anti-Alzheimer drug candidate.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em QuímicaUFMGBrasilICX - DEPARTAMENTO DE QUÍMICAhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessQuímica inorgânicaComplexos metálicosAtividade antifúngicaAgentes antibacterianosSchiff, Bases deAgentes antibacterianosTiossemicarbazonasChalconasAroilhidrazonasComplexos metálicosPerfil farmacológicoAtividade antimicrobianaAtividade citotóxicaDerivados modificados de tiossemicarbazonas e diclofenaco: perfil farmacológico e efeito da coordenação a metaisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGCC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/52401/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/52401/3/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD53ORIGINALTese - Jeferson Gomes da Silva.pdfTese - Jeferson Gomes da Silva.pdfapplication/pdf12634138https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/52401/1/Tese%20-%20Jeferson%20Gomes%20da%20Silva.pdfd6133b276edb371d07699a82f47e16e4MD511843/524012023-04-24 13:48:01.303oai:repositorio.ufmg.br:1843/52401TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2023-04-24T16:48:01Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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Schiff, Bases de
Agentes antibacterianos
description O presente trabalho consistiu na síntese e avaliação do perfil farmacológico de tiossemicarbazonas derivadas de chalconas, de uma hidrazona derivada de diclofenaco, bem como de seus complexos metálicos, visando obter novas moléculas capazes de atuar como agentes antimicrobianos, antitumorais e antinociceptivos. 3-fenil-1-(2-piridil)-prop-2-en-1-ona tiossemicarbazona [HPyCTPh (1)], 3-(4-clorofenil)-1-(2-piridil)-prop-2-en-1-ona tiossemicarbazona [HPyCT4ClPh (2)], 3-(4-bromo-fenil)-1- (2-piridil)-prop-2-en-1-ona tiossemicarbazona [HPyCT4BrPh (3)] e 3-(4-nitro-fenil)-1-(2- piridil)-prop-2-en-1-ona tiossemicarbazona [HPyCT4NO2Ph (4) foram obtidas a partir das chalconas 3-fenil-1-(2-piridil)-prop-2-en-1-ona (PyCPh), 3-(4-cloro-fenil)-1-(2-piridil)-prop-2- en-1-ona (PyC4ClPh), 3-(4-bromo-fenil)-1-(2-piridil)-prop-2-en-1-ona (PyC4BrPh) e 3-(4-nitrofenil)-1-(2-piridil)-prop-2-en-1-ona (PyC4NO2Ph). Os complexos de Ga(III) (Ga1-Ga4) e de Fe(III) (Fe1-Fe4) com 1-4 são do tipo [M(L)2]NO3 e os complexos de Zn(II) (Zn1-Zn4) do tipo [Zn(L)2], HL = tiossemicarbazona. Nesses casos, a tiossemicarbazona coordena-se ao metal através do sistema Npy-N-S. Os complexos de Cu(II) (Cu1-Cu4) são do tipo [Cu(HL)Cl2], onde HL é a tiossemicarbazona na forma zwiteriônica ligada ao metal pelo sistema N-S. As chalconas foram ativas contra Staphyloccocus aureus e Candida albicans mas inativas contra Pseudomonas aeruginosa. Em alguns casos as tiossemicarbazonas mostraram-se mais ativas que as chalconas precursoras. A complexação das tiossemicarbazonas com Ga(III) e Cu(II) resultou em compostos mais ativos. O efeito citotóxico das chalconas, tiossemicarbazonas e complexos de Ga(III) e Cu(II) foi investigado contra linhagens celulares de tumor sólido HCT-116 (carcinoma colorretal) e MCF-7 ou MDA-MB 231 (carcinomas mamários), e contra leucemias HL-60 (leucemia mieloide) e Jurkat (leucemia linfoide). Em geral, as chalconas mostraram-se menos ativas que as chalconatiossemicarbazonas e seus complexos de Ga(III) e Cu(II). 1, Ga1, 2, Ga2, 3 e Ga3 foram mais ativos contra HCT-116 que a cisplatina. As tiossemicarbazonas e os complexos de Ga(III) inibiram de forma similar ao cisplatina o crescimento de células HL-60. Exceto para 1, todos os compostos apresentaram valores de CI50 inferiores ao da cisplatina contra células HL-60. Os complexos de Ga(III) apresentaram valores de CI50 menores que as tiossemicarbazonas livres contra essa linhagem celular, indicando que a estratégia da coordenação ao Ga(III) levou a um aumento da atividade citotóxica. As tiossemicarbazonas e seus complexos de Cu(II) foram capazes de inibir 75% ou mais da proliferação de células leucêmicas e de células MDA-MB 231 e HCT-116 (10 µM). Os resultados sugerem um aumento da citotoxicidade dos compostos com a coordenação ao Cu(II). Vários deles apresentaram atividade citotóxica (CI50) em concentrações nanomolares. As tiossemicarbazonas e Cu4 induziram fragmentação de ADN em células HL-60, sugerindo que apresentam atividade pró-apoptótica. Analogamente Cu1-Cu4 induziram 75% de conteúdo de ADN subdiploide em MDA-MB 231 e HCT-116. Na presença das tiossemicarbazonas observou-se baixo conteúdo de ADN subdiploide, ou seja, as tiossemicarbazonas livres agiriam por meio de um mecanismo de ação distinto. Os complexos Cu1-Cu3 apresentaram capacidade de interagir com a albumina do soro bovino e com o ADN por um mecanismo de intercalação. Foram sintetizados o cloridrato de piridoxal diclofenaco hidrazona (H3PDHCl, 5) e seus complexos [Cu(H2PDH)Cl]Cl∙2H2O (Cu5) e [Ga(HPDH)2]NO3∙4H2O (Ga5). 5 foi ativo no modelo de resposta nociceptiva induzida por zymosan A em uma dose quatro vezes maior do que aquela de diclofenaco de sódio (DIC). No entanto, este composto não causa lesões gástricas como as observadas para o grupo de animais tratado com DIC, o que corrobora sua utilização como um potencial protótipo de fármaco anti-inflamatório. 5 não apresentou ação citotóxica ou antimicrobiana e exibiu capacidade de quelatar Zn(II) e Cu(II), tornando-se interessante como candidato a protótipo de fármaco anti-Alzheimer.
publishDate 2013
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