O impacto econômico dos acidentes de trabalho na indústria da construção brasileira entre 2002 e 2006

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Gueths, Eduardo lattes
Orientador(a): Alvim, Augusto Mussi lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Economia do Desenvolvimento
Departamento: Faculdade de Administraç, Contabilidade e Economia
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/3871
Resumo: O objetivo deste estudo é analisar os custos e os impactos econômicos dos acidentes de trabalho para a indústria da construção, demonstrando que as empresas podem se beneficiar com a adoção de medidas prevencionistas de segurança no trabalho para seus trabalhadores no exercício das suas atividades laborais. De acordo com o histórico estatístico divulgado pelo Ministério da Previdência Social, verifica-se que o setor da construção é uma atividade econômica onde se observa um número elevado de acidentes de trabalho e onde, tipicamente, estes acidentes são mais graves, gerando incapacidades permanentes e até mesmo a morte. Estes acidentes têm um custo elevado para as empresas e para a sociedade em geral. Durante o período analisado foram registrados 141.621 acidentes de trabalho na indústria da construção entre os trabalhadores assegurados da Previdência Social, demonstrando que este setor contribui de forma forte e negativa na incidência de acidentes de trabalho ocorridos no Brasil. Destes 141.621 acidentes de trabalho, 122.472 (86,48%) foram acidentes típicos, 14.097 (9,95%) foram acidentes de trajeto e 5.052 (3,57%) foram doenças do trabalho contabilizando 12 acidentes para cada hora trabalhada. Através destes números é possível diagnosticar um perfil dos acidentes de trabalho na indústria da construção durante o período de 2002 a 2006. São na sua grande maioria acidentes típicos, com taxa de incidência de acidentes de trabalho totais em declínio nos últimos dois anos, porém com índice preocupante na acidentalidade proporcional na faixa etária de 16 a 34 anos. Já a gravidade dos acidentes registra queda durante todo o período analisado, mas a taxa de mortalidade só apresentou recuo considerável no ano de 2006. Considerando exclusivamente o pagamento, pelo INSS, dos benefícios devido aos acidentes e doenças do trabalho chega-se a soma de 531,52 milhões de reais, representando uma média de 106,31 milhões de reais por ano. Por sua vez, os custos privados dos acidentes de trabalho são estimados em 274,06 milhões de reais no período analisado, representando uma média anual de 54,81 milhões de reais. Os custos dos acidentes de trabalho para as empresas são apenas uma parcela dos custos totais impostos à sociedade. Desta forma, existe espaço para maiores intervenções dos poderes públicos, com o objetivo de diminuir a incidência dos acidentes de trabalho e do seu impacto negativo. As diferentes intervenções como legislações, inspeções, programas de incentivos, subsídios, campanhas de informação e parcerias procuram preencher este espaço. Estes números são somente de acidentes de trabalho com trabalhadores que são segurados da Previdência Social e não incluem os trabalhadores informais e eventuais subnotificações que possam existir em virtude da não necessidade de encaminhamento para o benefício acidentário, levando a crer que estes números devem ser maiores em relação a estatística oficial divulgada. Estes eventos provocam enorme impacto social, econômico e sobre a saúde pública no Brasil.
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