Aflatoxina B1 na avicultura de postura - ovo, ração e milho - na região norte do Paraná, Brasil
Ano de defesa: | 2019 |
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Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Londrina. Centro de Ciências Agrárias. Programa de Pós-Graduação em Ciência de Alimentos.
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
BR
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Link de acesso: | http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000229278 |
Resumo: | A avicultura de postura no país segue a tendência de fortalecimento do agronegócio, com aumento da produtividade, do consumo interno, e expansão das exportações. Para alcançar maior destaque no mercado internacional é necessário romper barreiras sanitárias e garantir a qualidade e segurança do produto. A avaliação de resíduos e contaminantes deve ser parte dos programas de biosseguridade aplicados à avicultura. Alguns contaminantes, como as aflatoxinas, chegam às aves de postura através da alimentação, principalmente, milho contaminado. Estes compostos são produzidos por Aspergillus spp. no campo ou durante o armazenamento dos grãos. A aflatoxina B1 é o análogo mais tóxico deste grupo, afetando a saúde e reduzindo a produtividade animal. Além do risco às aves, a transmissão de AFB1 aos ovos alerta para o consumo humano desta toxina e seus efeitos crônicos, como mutagênese e carcinogênese. A detecção de AFB1 pode ser realizada por métodos imunoenzimáticos, que são práticos, pouco laboriosos e de menor custo que os métodos convencionais. A fim de definir o grau de contaminação por AFB1 na avicultura de postura, este trabalho padronizou e realizou a validação intralaboratorial de um método de ELISA competitivo indireto, e o aplicou para análise de amostras de milho (n=39), ração (n=40) e ovos (n=400) produzidos por duas granjas do Norte do Paraná. Os parâmetros avaliados demonstraram que o método é válido para a detecção e quantificação de AFB1. Medidas de linearidade (R2>0,99), precisão (C.V.<5%) e exatidão (recuperação entre 72,7% e 104,9%) foram adequados aos regulamentos para validação de métodos químicos. Limites de detecção e quantificação foram estabelecidos em 0,017ng.g-1 e 0,027ng.g-1, respectivamente. Não houve diferença estatística entre as granjas avaliadas, porém a análise das medianas sugere que a alimentação utilizada não possui o mesmo nível de contaminação. Do total de amostras de milho, 56,4% foram positivas para AFB1 com contaminação média de 1,51±0,94ng.g-1 e variação entre 0,11ng.g-1 e 3,91ng.g-1. Em ração, 87,5% foram positivas com média de 1,22±0,97ng.g-1, variando de 0,04ng.g-1 a 3,58ng.g-1. Das amostras de ovo, 48,3% foram positivas com média de 1,00±0,77ng.g-1 e variação entre 0,03ng.g-1 e 3,85ng.g-1. Nenhuma das amostras de milho, ração ou ovo superou os limites estabelecidos para aflatoxinas. Os resultados deste trabalho demostram que há elevada prevalência de AFB1 na avicultura de postura, no entanto as concentrações encontradas são baixas. A análise deste contaminante deve ser frequente a fim de garantir a qualidade da alimentação animal e a segurança do produto final. |
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info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisAflatoxina B1 na avicultura de postura - ovo, ração e milho - na região norte do Paraná, BrasilAflatoxin B1 in layer poultry farming - egg, animal feed and maize - in Northern region of Paraná, Brazil2019-02-21Elisa Yoko Hirooka . José Carlos Ribeiro Júnior Tereza Cristina Rocha Moreira de Oliveira Daiane Dias Lopes [Suplente] Eiko Nakagawa Itano [Suplente]Fernando de Godoi SilvaUniversidade Estadual de Londrina. Centro de Ciências Agrárias. Programa de Pós-Graduação em Ciência de Alimentos.URLBRA avicultura de postura no país segue a tendência de fortalecimento do agronegócio, com aumento da produtividade, do consumo interno, e expansão das exportações. Para alcançar maior destaque no mercado internacional é necessário romper barreiras sanitárias e garantir a qualidade e segurança do produto. A avaliação de resíduos e contaminantes deve ser parte dos programas de biosseguridade aplicados à avicultura. Alguns contaminantes, como as aflatoxinas, chegam às aves de postura através da alimentação, principalmente, milho contaminado. Estes compostos são produzidos por Aspergillus spp. no campo ou durante o armazenamento dos grãos. A aflatoxina B1 é o análogo mais tóxico deste grupo, afetando a saúde e reduzindo a produtividade animal. Além do risco às aves, a transmissão de AFB1 aos ovos alerta para o consumo humano desta toxina e seus efeitos crônicos, como mutagênese e carcinogênese. A detecção de AFB1 pode ser realizada por métodos imunoenzimáticos, que são práticos, pouco laboriosos e de menor custo que os métodos convencionais. A fim de definir o grau de contaminação por AFB1 na avicultura de postura, este trabalho padronizou e realizou a validação intralaboratorial de um método de ELISA competitivo indireto, e o aplicou para análise de amostras de milho (n=39), ração (n=40) e ovos (n=400) produzidos por duas granjas do Norte do Paraná. Os parâmetros avaliados demonstraram que o método é válido para a detecção e quantificação de AFB1. Medidas de linearidade (R2>0,99), precisão (C.V.<5%) e exatidão (recuperação entre 72,7% e 104,9%) foram adequados aos regulamentos para validação de métodos químicos. Limites de detecção e quantificação foram estabelecidos em 0,017ng.g-1 e 0,027ng.g-1, respectivamente. Não houve diferença estatística entre as granjas avaliadas, porém a análise das medianas sugere que a alimentação utilizada não possui o mesmo nível de contaminação. Do total de amostras de milho, 56,4% foram positivas para AFB1 com contaminação média de 1,51±0,94ng.g-1 e variação entre 0,11ng.g-1 e 3,91ng.g-1. Em ração, 87,5% foram positivas com média de 1,22±0,97ng.g-1, variando de 0,04ng.g-1 a 3,58ng.g-1. Das amostras de ovo, 48,3% foram positivas com média de 1,00±0,77ng.g-1 e variação entre 0,03ng.g-1 e 3,85ng.g-1. Nenhuma das amostras de milho, ração ou ovo superou os limites estabelecidos para aflatoxinas. Os resultados deste trabalho demostram que há elevada prevalência de AFB1 na avicultura de postura, no entanto as concentrações encontradas são baixas. A análise deste contaminante deve ser frequente a fim de garantir a qualidade da alimentação animal e a segurança do produto final.Brazilian?s egg production follows the trend of strengthening agribusiness, increasing productivity and domestic consumption, and aiming to expand exports. To achieve prominence in the international market it is necessary to guarantee the quality and safety of the product. The assessment of residues and contaminants should be part of the biosafety programs applied to poultry farming. Environmental contaminants, such as aflatoxins, reach poultry through feed, especially contaminated maize. These compounds are produced by Aspergillus spp. in the field or during grain storage. Aflatoxin B1 is the most toxic analog of this group, affecting health, reducing animal productivity, and as its transmitted to eggs, it alerts the human consumption of this toxin and its chronic effects, such as mutagenesis and carcinogenesis. Detection of these compounds can be accomplished by ELISA which is practical, less laborious and of lower cost than conventional methods. In order to define the degree of contamination by AFB1 in poultry, this work standardized and performed the intra-laboratory validation of an indirect competitive ELISA method, and then it was applied to maize (n=39), animal feed (n=40) and eggs (n=400) produced by two farms in Northern region of Paraná. The evaluated parameters demonstrated that the method is valid for the detection and quantification of AFB1. Measurements of linearity (R2> 0.99), precision (C.V. <5%) and accuracy (recovery between 72.7% and 104.9%) were adequate to the regulations for validation of chemical methods. Limits of detection and quantification were set at 0.017ng.g-1 and 0.027ng.g-1, respectively. There was no statistical difference between the farms evaluated, but the analysis of the medians suggests that the feed used does not have the same level of contamination. Of the total corn samples, 56.4% were positive for AFB1 with mean contamination of 1.51 ± 0.94ng.g-1 and variation between 0.11ng.g-1 and 3.91ng.g-1. In ration, 87.5% were positive with a mean of 1.22 ± 0.97ng.g-1, ranging from 0.04ng.g-1 to 3.58ng.g.g -1. Of the egg samples, 48.3% were positive with mean of 1.00 ± 0.77ng.g-1 and variation between 0.03ng.g-1 and 3.85ng.g-1. None of the maize, feed or egg samples exceeded aflatoxin limits. The results of this work show that there is a high prevalence of AFB1 in poultry laying, however the concentrations found are low. The analysis of this contaminant should be frequent in order to guarantee the quality of animal feed and the safety of the final product. Keywords: immunoassay, anima.http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000229278porreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UELinstname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)instacron:UELinfo:eu-repo/semantics/openAccess2022-10-26T10:04:57Zoai:uel.br:vtls000229278Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bibliotecadigital.uel.br/PUBhttp://www.bibliotecadigital.uel.br/OAI/oai2.phpbcuel@uel.br||opendoar:2021-07-22T19:08:40Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEL - Universidade Estadual de Londrina (UEL)false |
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A avicultura de postura no país segue a tendência de fortalecimento do agronegócio, com aumento da produtividade, do consumo interno, e expansão das exportações. Para alcançar maior destaque no mercado internacional é necessário romper barreiras sanitárias e garantir a qualidade e segurança do produto. A avaliação de resíduos e contaminantes deve ser parte dos programas de biosseguridade aplicados à avicultura. Alguns contaminantes, como as aflatoxinas, chegam às aves de postura através da alimentação, principalmente, milho contaminado. Estes compostos são produzidos por Aspergillus spp. no campo ou durante o armazenamento dos grãos. A aflatoxina B1 é o análogo mais tóxico deste grupo, afetando a saúde e reduzindo a produtividade animal. Além do risco às aves, a transmissão de AFB1 aos ovos alerta para o consumo humano desta toxina e seus efeitos crônicos, como mutagênese e carcinogênese. A detecção de AFB1 pode ser realizada por métodos imunoenzimáticos, que são práticos, pouco laboriosos e de menor custo que os métodos convencionais. A fim de definir o grau de contaminação por AFB1 na avicultura de postura, este trabalho padronizou e realizou a validação intralaboratorial de um método de ELISA competitivo indireto, e o aplicou para análise de amostras de milho (n=39), ração (n=40) e ovos (n=400) produzidos por duas granjas do Norte do Paraná. Os parâmetros avaliados demonstraram que o método é válido para a detecção e quantificação de AFB1. Medidas de linearidade (R2>0,99), precisão (C.V.<5%) e exatidão (recuperação entre 72,7% e 104,9%) foram adequados aos regulamentos para validação de métodos químicos. Limites de detecção e quantificação foram estabelecidos em 0,017ng.g-1 e 0,027ng.g-1, respectivamente. Não houve diferença estatística entre as granjas avaliadas, porém a análise das medianas sugere que a alimentação utilizada não possui o mesmo nível de contaminação. Do total de amostras de milho, 56,4% foram positivas para AFB1 com contaminação média de 1,51±0,94ng.g-1 e variação entre 0,11ng.g-1 e 3,91ng.g-1. Em ração, 87,5% foram positivas com média de 1,22±0,97ng.g-1, variando de 0,04ng.g-1 a 3,58ng.g-1. Das amostras de ovo, 48,3% foram positivas com média de 1,00±0,77ng.g-1 e variação entre 0,03ng.g-1 e 3,85ng.g-1. Nenhuma das amostras de milho, ração ou ovo superou os limites estabelecidos para aflatoxinas. Os resultados deste trabalho demostram que há elevada prevalência de AFB1 na avicultura de postura, no entanto as concentrações encontradas são baixas. A análise deste contaminante deve ser frequente a fim de garantir a qualidade da alimentação animal e a segurança do produto final. |
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