Agenesia dentária: influência na morfologia craniofacial, impacto na qualidade de vida e estudo de polimorfismos genéticos

• Ano de defesa: 2018
• Autor(a) principal: Rodrigues, Amanda Silva
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Anodontia; Desenvolvimento maxilofacial; Qualidade de vida; Polimorfismo genético; Agenesia dentária; Morfologia; Polimorfismo (Genética); Maxillofacial development; Quality of life; Genetic polymorphism
• Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/10142

As agenesias dentárias (AD) definem-se pela redução numérica de elementos dentários, sendo a alteração de desenvolvimento mais frequente na dentição humana. Podem gerar más-oclusões acarretando em danos estéticos, funcionais e psicossociais ao paciente, podendo afetar a qualidade de vida relacionada a saúde bucal (QVRSB) no indivíduo. A AD pode estar associada a alteração na morfologia cranio facial (MC) causando alteração na dimensão das regiões gnáticas, havendo uma tendência a desenvolver uma maxila retrognática, relação esquelética Classe III e perfis côncavos; sendo mais expressas de acordo com a severidade da AD. A genética é o principal fator etiológico na falha de desenvolvimento da dentição humana e várias mutações de genes podem ser responsáveis ou associadas à AD. Assim, os objetivos desta dissertação foram: i) determinar se existe evidência científica sobre associação da AD com MC; ii) investigar a hipótese de que a AD influencia na QVRSB de crianças, adolescentes e adultos jovens; iii) investigar a relação do polimorfismo dos genes MSX1, PAX9 e TGF-α com agenesia dentária e morfologia craniofacial em humanos. Sob o aspecto metodológico, três estudos foram delineados. No primeiro (revisão sistemática) e o segundo (revisão sistemática e meta-análise) foram acessados artigos em bases de dados por meio de descritores e termos livres, a fim de selecionar títulos e resumos potencialmente relevantes. Os artigos incluídos foram selecionados baseados em critérios de elegibilidade pré-estabelecidos e avaliou-se a qualidade metodológica e risco de viés conforme o guia de Fowkes e Fulton. O terceiro estudo (caso-controle), foi composto por 594 pacientes ortodônticos com e sem AD nos estados do Rio de Janeiro (n=325), São Paulo (n=140) e Amazonas (n=129), e foram selecionados por amostra de conveniência. O estudo foi conduzido em 4 fases: i) questionário em entrevista estruturada padronizada; ii) análise do prontuário, exames radiográficos e modelos de estudo; iii) análise cefalométrica das radiografias utilizando o Dolphin® Imaging 11.0 software; iv) análise molecular. Pode-se concluir que: i) Baseado em artigos de alta e moderada qualidade metodológica constatou-se que a AD tem efeito na MC. Na meta-análise, os ângulos SNA e ANB foram reduzidos nos pacientes com AD na dentição permanente; ii) Não obteve-se estudos em crianças e adultos jovens e, baseado em artigos de moderada qualidade metodológica observou-se que a AD não gera impacto na QVRSB dos adolescentes; iii) e, por fim, na análise molecular observou-se que um ângulo menor ANB foi associado à AD. A AD maxilar e a AD mandibular foram associadas ao tipo facial, respectivamente no Amazonas e no Rio de Janeiro. Os polimorfismos genéticos do TGF-α foram associados a AD (no estado do Amazonas) e ao tipo facial (no estado de São Paulo). E os SNPs em PAX9 foram associados ao tipo facial (no estado de São Paulo)