Diversidade de abelhas em ambiente urbano e ambiente rural em área de transição entre os biomas de mata atlântica e cerrado no estado de Mato Grosso do Sul, Brasil

• Ano de defesa: 2021
• Autor(a) principal: Torres, Adrielly Maia
• Orientador(a): Alves Junior, Valter Vieira
• Banca de defesa: Tavares, Paulo Roberto de Abreu , Brizola-Bonacina, Anna Kátia , Silva, Rosilda Mara Mussury Franco , Torres, Viviana de Oliveira
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso embargado
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
• Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Entomologia e Conservação da Biodiversidade
• Departamento: Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Hymenoptera; Polinizadores; Pollinator; Flora melífera; Melliferous flora
• Área do conhecimento CNPq: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ZOOLOGIA::ZOOLOGIA APLICADA
• Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/5476

As abelhas fornecem importantes serviços (polinização e produtos de interesse comercial) e vem sofrendo com o declínio das colônias e extinção de espécies. Vários fatores ameaçam as abelhas, mas podemos destacar as intensas transformações dos habitats e uso do solo, uma vez, que tais atividades, acompanham o crescimento populacional humano nos últimos anos, que demanda mais recursos e locais para moradia. Nosso objetivo foi investigar a diversidade das abelhas em dois tipos de ambientes (rural e urbano) modificados pela ação humana, ambos em área de transição entre os biomas de Mata Atlântica e Cerrado. As abelhas foram amostradas utilizando coleta ativa com rede entomológica por 12 meses em cada ambiente. O ambiente urbano apresentou uma riqueza de 61 espécies e abundância de 2.628 abelhas, coletadas em 85 morfotipos de plantas, enquanto que no ambiente rural foi observada uma riqueza de 39 espécies e abundância de 561 abelhas, coletadas em 22 morfotipos de plantas. A distribuição das abelhas apresentou variações ao longo dos meses nos anos avaliados (área rural 2015/2016 e área urbana 2018/2019). A diversidade florística teve um aspecto essencial para nossos resultados em ambos os ambientes. A única espécie exótica, encontrada em nosso estudo foi a Apis mellifera Linnaeus, 1758 esta espécie também foi a mais abundante em ambos os ambientes. Seus hábitos generalistas, ampla distribuição geográfica, utilização comercial de suas colmeias com elevada população, podem ter favorecido sua prevalência em paisagens modificadas como as regiões avaliadas. Encontramos a espécie Mourella caerule Friese, 1900 sem registro de ocorrência para o Estado. Devido à complexidade das interações que ocorrem nos ambientes e das respostas das abelhas frente a essas alterações, propomos a necessidade de mais pesquisas para compreender melhor as relações entre plantas e polinizadores.