Avaliação de sarcopenia em pacientes com doença renal crônica pré-dialítica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Souza, Viviane Angelina de lattes
Orientador(a): Bastos, Marcus Gomes lattes
Banca de defesa: Fernandes, Natália Maria da Silva lattes, Ezequiel, Danielle Guedes Andrade lattes, Avesani, Carla Maria lattes, Mansur, Henrique Novais lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
Departamento: Faculdade de Medicina
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/6504
Resumo: A Sarcopenia é uma condição crônica associada ao envelhecimento e caracterizada por redução da massa muscular, força e função. A prevalência de sarcopenia em pacientes com doença renal crônica (DRC) é aumentada e associa-se ao aumento da morbimortalidade. Além disso, a ocorrência concomitante de obesidade e perda muscular, condição definida por obesidade sarcopênica (OS), é comum na DRC, associando-se com pior sobrevida e função física. A tomografia computadorizada (TC) e a absorciometria com emissão de energia dupla (DXA) são consideradas para avaliação da massa muscular, entretanto, o custo e a dificuldade de acesso são fatores limitantes para o seu uso, tornando-se essencial a pesquisa de métodos mais acessíveis e de menor custo. A ultrassonografia (US) vem surgindo como um método promissor na avaliação da massa muscular em algumas populações com doenças crônicas, comparável à avaliação realizada pela TC. Objetivos: Avaliar a prevalência de sarcopenia e obesidade sarcopênica em pacientes com DRC prédialítica e suas associações com variáveis clínicas, laboratoriais, marcadores inflamatórios e medidas de obesidade visceral. Além disso, objetivamos investigar a validade e confiabilidade da medida da área transversa do reto femoral (ATRF) pela US comparado à TC, em pacientes com DRC pré-dialítica, além da associação entre estas medidas e o diagnóstico de sarcopenia. Métodos: Foram avaliados 100 pacientes com DRC pré-dialítica, de ambos os sexos e com mais de 65 anos. A sarcopenia foi definida pelos critérios do Grupo Europeu de Estudos em Sarcopenia em Idosos (EWGSOP) e do Projeto de Sarcopenia da Fundação do Instituto Nacional de Saúde (FNIH), utilizando a DXA para cálculo da massa muscular. Foram também avaliados dados sociodemográficos e clínicos, atividades de vida diária, capacidade funcional e nível de atividade física. A inflamação foi avaliada pela proteína C-reativa de alta sensibilidade (PCRus) e interleucinas (IL) 4 e 6. A obesidade foi definida de acordo com o Índice de Massa Corporal (IMC), Índice de Massa Gorda (IMG) e o Percentual de Gordura Corporal Total (PGCT). A obesidade visceral foi avaliada pelas medidas do tecido adiposo visceral (VAT) e gordura androide. Para comparação, os pacientes foram divididos em nãoobesos e não-sarcopênicos, obesos, sarcopênicos e obesos sarcopênicos. A ATRF foi avaliada usando US e TC. Resultados: A prevalência de sarcopenia foi de 11,9% e 28,7% utilizando os critérios do EWGSOP e do FNIH, respectivamente. A sarcopenia foi mais prevalente nos estágios mais avançados da DRC (34,5% nos estágios 2 e 3A e 65,5% nos estágios 3B, 4 e 5) e associada com pior desempenho nas atividades da vida diária (p=0,049), menor velocidade de caminhada (p<0,001) e maiores índices de massa corporal (IMC) (p=0,001) no modelo não ajustado. Além disso, os pacientes com sarcopenia apresentaram menor capacidade funcional (p=0,012) e maior prevalência de inatividade física (p=0,041) em comparação com pacientes sem sarcopenia. Após o ajuste para variáveis confundidoras, a sarcopenia manteve associação significante com a velocidade de caminhada (p=0,004) e IMC (p=0,002). Os níveis de PCRus foram inversamente correlacionados com a massa magra apendicular ajustada pelo IMC (p=0,007) e apresentaram uma correlação positiva com IMC (p=0,001). Os níveis de IL4 apresentaram correlação positiva com a velocidade de caminhada (p=0,007) e massa magra nos membros inferiores (p=0,022). A prevalência de obesidade foi de 19,8%, 37,6% e 48,5%, e de OS foi de 15,8%, 13,9% e 27,7%, quando utilizados os critérios do IMC, PGCT e IMG, respectivamente. Com relação ao perfil metabólico, observamos que o IMC, IMG, VAT e gordura androide (p<0,001) foram mais elevados nos obesos e obesos sarcopênicos, utilizando o critério de obesidade do IMC e IMG. Houve associação entre as medidas de obesidade visceral com o IMC, IMG e estágio 4 da DRC. A taxa de filtração glomerular (TFG) apresentou correlação positiva com VAT (r=0,311; p=0,002), gordura androide (r=0,414; p<0,001), IMC (r=0,348; p<0,001) e IMG (r=0,272, p=0,006). A diferença das médias da ATRF avaliada por US e TC foi de 3,97 mm, com uma forte correlação entre os métodos (p<0,001). O Bland-Altman mostrou uma boa concordância entre TC e US. Com base na definição de baixa massa muscular da ATRF pelo US, observou-se uma prevalência de sarcopenia de 12%. Conclusões: A sarcopenia foi comum em pacientes com DRC, particularmente nos estágios mais avançados da doença. Observamos uma associação entre os níveis de marcadores inflamatórios e massa magra apendicular, performance física e IMC. Além disso, a obesidade e a obesidade sarcopênica foram prevalentes nos pacientes com DRC, principalmente quando utilizada a definição de obesidade pelo IMG. Houve associação entre um pior perfil metabólico e medidas de obesidade visceral nos pacientes obesos e OS com a definição de obesidade pelo IMC e IMG. A TFG associou-se com obesidade visceral, principalmente no estágio 4 da DRC. Por fim, a US demonstrou ser um método válido e confiável para avaliar a ATRF em pacientes com DRC pré-dialítica.
id UFJF_778fe372c88fdfb9fbc5dd2b43de0901
oai_identifier_str oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/6504
network_acronym_str UFJF
network_name_str Repositório Institucional da UFJF
repository_id_str
spelling Bastos, Marcus Gomeshttp://lattes.cnpq.br/1962627066300318Fernandes, Natália Maria da Silvahttp://lattes.cnpq.br/2977946068323248Ezequiel, Danielle Guedes Andradehttp://lattes.cnpq.br/0413985999822485Avesani, Carla Mariahttp://lattes.cnpq.br/3561058635341668Mansur, Henrique Novaishttp://lattes.cnpq.br/7671238960121836http://lattes.cnpq.br/5900049409151384Souza, Viviane Angelina de2018-03-27T14:06:55Z2018-03-262018-03-27T14:06:55Z2017-10-26https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/6504A Sarcopenia é uma condição crônica associada ao envelhecimento e caracterizada por redução da massa muscular, força e função. A prevalência de sarcopenia em pacientes com doença renal crônica (DRC) é aumentada e associa-se ao aumento da morbimortalidade. Além disso, a ocorrência concomitante de obesidade e perda muscular, condição definida por obesidade sarcopênica (OS), é comum na DRC, associando-se com pior sobrevida e função física. A tomografia computadorizada (TC) e a absorciometria com emissão de energia dupla (DXA) são consideradas para avaliação da massa muscular, entretanto, o custo e a dificuldade de acesso são fatores limitantes para o seu uso, tornando-se essencial a pesquisa de métodos mais acessíveis e de menor custo. A ultrassonografia (US) vem surgindo como um método promissor na avaliação da massa muscular em algumas populações com doenças crônicas, comparável à avaliação realizada pela TC. Objetivos: Avaliar a prevalência de sarcopenia e obesidade sarcopênica em pacientes com DRC prédialítica e suas associações com variáveis clínicas, laboratoriais, marcadores inflamatórios e medidas de obesidade visceral. Além disso, objetivamos investigar a validade e confiabilidade da medida da área transversa do reto femoral (ATRF) pela US comparado à TC, em pacientes com DRC pré-dialítica, além da associação entre estas medidas e o diagnóstico de sarcopenia. Métodos: Foram avaliados 100 pacientes com DRC pré-dialítica, de ambos os sexos e com mais de 65 anos. A sarcopenia foi definida pelos critérios do Grupo Europeu de Estudos em Sarcopenia em Idosos (EWGSOP) e do Projeto de Sarcopenia da Fundação do Instituto Nacional de Saúde (FNIH), utilizando a DXA para cálculo da massa muscular. Foram também avaliados dados sociodemográficos e clínicos, atividades de vida diária, capacidade funcional e nível de atividade física. A inflamação foi avaliada pela proteína C-reativa de alta sensibilidade (PCRus) e interleucinas (IL) 4 e 6. A obesidade foi definida de acordo com o Índice de Massa Corporal (IMC), Índice de Massa Gorda (IMG) e o Percentual de Gordura Corporal Total (PGCT). A obesidade visceral foi avaliada pelas medidas do tecido adiposo visceral (VAT) e gordura androide. Para comparação, os pacientes foram divididos em nãoobesos e não-sarcopênicos, obesos, sarcopênicos e obesos sarcopênicos. A ATRF foi avaliada usando US e TC. Resultados: A prevalência de sarcopenia foi de 11,9% e 28,7% utilizando os critérios do EWGSOP e do FNIH, respectivamente. A sarcopenia foi mais prevalente nos estágios mais avançados da DRC (34,5% nos estágios 2 e 3A e 65,5% nos estágios 3B, 4 e 5) e associada com pior desempenho nas atividades da vida diária (p=0,049), menor velocidade de caminhada (p<0,001) e maiores índices de massa corporal (IMC) (p=0,001) no modelo não ajustado. Além disso, os pacientes com sarcopenia apresentaram menor capacidade funcional (p=0,012) e maior prevalência de inatividade física (p=0,041) em comparação com pacientes sem sarcopenia. Após o ajuste para variáveis confundidoras, a sarcopenia manteve associação significante com a velocidade de caminhada (p=0,004) e IMC (p=0,002). Os níveis de PCRus foram inversamente correlacionados com a massa magra apendicular ajustada pelo IMC (p=0,007) e apresentaram uma correlação positiva com IMC (p=0,001). Os níveis de IL4 apresentaram correlação positiva com a velocidade de caminhada (p=0,007) e massa magra nos membros inferiores (p=0,022). A prevalência de obesidade foi de 19,8%, 37,6% e 48,5%, e de OS foi de 15,8%, 13,9% e 27,7%, quando utilizados os critérios do IMC, PGCT e IMG, respectivamente. Com relação ao perfil metabólico, observamos que o IMC, IMG, VAT e gordura androide (p<0,001) foram mais elevados nos obesos e obesos sarcopênicos, utilizando o critério de obesidade do IMC e IMG. Houve associação entre as medidas de obesidade visceral com o IMC, IMG e estágio 4 da DRC. A taxa de filtração glomerular (TFG) apresentou correlação positiva com VAT (r=0,311; p=0,002), gordura androide (r=0,414; p<0,001), IMC (r=0,348; p<0,001) e IMG (r=0,272, p=0,006). A diferença das médias da ATRF avaliada por US e TC foi de 3,97 mm, com uma forte correlação entre os métodos (p<0,001). O Bland-Altman mostrou uma boa concordância entre TC e US. Com base na definição de baixa massa muscular da ATRF pelo US, observou-se uma prevalência de sarcopenia de 12%. Conclusões: A sarcopenia foi comum em pacientes com DRC, particularmente nos estágios mais avançados da doença. Observamos uma associação entre os níveis de marcadores inflamatórios e massa magra apendicular, performance física e IMC. Além disso, a obesidade e a obesidade sarcopênica foram prevalentes nos pacientes com DRC, principalmente quando utilizada a definição de obesidade pelo IMG. Houve associação entre um pior perfil metabólico e medidas de obesidade visceral nos pacientes obesos e OS com a definição de obesidade pelo IMC e IMG. A TFG associou-se com obesidade visceral, principalmente no estágio 4 da DRC. Por fim, a US demonstrou ser um método válido e confiável para avaliar a ATRF em pacientes com DRC pré-dialítica.Sarcopenia is a chronic condition associated with aging characterized by reduced muscle mass, strength and function. The prevalence of sarcopenia in patients with chronic kidney disease (CKD) is increased and is associated with increased morbidity and mortality. In addition, the concomitant occurrence of obesity and muscle loss, a condition defined by sarcopenic obesity (SO), is common in CKD, associated with worse survival and physical function. Computed tomography (CT) and dual-energy x-Ray absorptiometry (DXA) are considered for evaluation of muscle mass, however, cost and difficulty of access are limiting factors for its use. Due to the population aging, it is essential to research new methods for assessing muscle mass, which are more affordable and less costly. Ultrasonography (US) has emerged as a promising method for assessing muscle mass in some populations with chronic diseases, comparable to the evaluation performed by CT. Objectives: To evaluate the prevalence of sarcopenia and sarcopenic obesity in patients with CKD not yet on dialysis, and its associations with clinical, laboratory, inflammatory markers and measures of visceral obesity. In addition, we aimed to investigate the validity and reliability of rectus femoris cross-sectional area (RFCSA) measurement compared to CT in CKD patients not yet on dialysis, and the association between these measurements and the diagnosis of sarcopenia. Methods: A total of 100 patients of both sexes and aged over 65 were evaluated. Sarcopenia was defined by the criteria of the European Working Group on Sarcopenia in Older People (EWGSOP) and of the Foundation for the National Institutes of Health (FNIH) Sarcopenia Project, using DXA to calculate muscle mass. Sociodemographic and clinical data, activities of daily living, functional capacity and level of physical activity were also evaluated. Inflammation was assessed by high-sensitivity C-reactive protein (hsCRP) and interleukin (IL) 4 and 6. Obesity was defined according to the Body Mass Index (BMI), Fat Mass Index (FMI) and the Percentage of Total Body Fat (PTBF). Visceral obesity was evaluated by measures of visceral adipose tissue (VAT) and android fat. For comparison, the patients were divided into groups of non-obese and non-sarcopenic, obese, sarcopenic and obese sarcopenic. RFCSA was assessed using US and CT. Results: The prevalence of sarcopenia was 11.9% and 28.7% using the EWGSOP and FNIH criteria, respectively. Sarcopenia was more prevalent in the more advanced stages of CKD (34.5% in stages 2 and 3A and 65.5% in stages 3B, 4 and 5) and associated with worse performance in activities of daily living (p=0.049), lower walking speed (p<0.001) and higher BMI (p=0.001) in the nonadjusted model. In addition, patients with sarcopenia had lower functional capacity (p=0.012) and higher prevalence of physical inactivity (p=0.041) compared to patients without sarcopenia. After adjusting for confounding variables, sarcopenia was still significantly associated with walking speed (p=0.004) and BMI (p=0.002). HsCRP levels were inversely correlated with lean mass adjusted for BMI (p=0.007) and were also positively associated with BMI (p=0.001). IL4 levels were positively correlated with walking speed (p=0.007) and lean body mass in the lower limbs (p=0.022). The prevalence of obesity was 19.8%, 37.6% and 48.5%, and of SO was 15.8%, 13.9% and 27.7%, when the criteria of BMI, PTBF and FMI were used, respectively. Regarding the metabolic profile, we observed that BMI, FMI, VAT and android fat (p<0.001) were higher in obese and SO patients, using the BMI and FMI obesity criteria. There was an association between measures of visceral obesity with BMI, FMI and stage 4 of CKD. The glomerular filtration rate (GFR) showed a positive correlation with VAT (r=0.311, p=0.002), android fat (r=0.414, p<0.001), BMI (r=0.348, p<0.001) and FMI (r=0,272, p=0,006). The difference in mean RFCSA by US and CT was 3.97 mm, with a strong correlation between the methods (p<0.001). Bland-Altman showed good agreement between CT and US. Based on the definition of low muscle mass according to US of the RFCSA, a sarcopenia prevalence of 12% was observed. Conclusions: Sarcopenia was common in patients with CKD, particularly in the more advanced stages of the disease. We observed an association between levels of inflammatory markers and appendicular lean mass, physical performance and BMI. In addition, obesity and SO were prevalent in patients with CKD, mainly when the FMI obesity criteria was used. There was an association between a worse metabolic profile and visceral obesity measures in obese and SO patients when the BMI and FMI criteria for obesity were used. Regarding CKD, there was an association between GFR and visceral obesity, mainly in stage 4. Finally, US has proven to be a valid and reliable method for assessing RFCSA in patients with CKD not yet on dialysis.porUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)Programa de Pós-graduação em Saúde BrasileiraUFJFBrasilFaculdade de MedicinaCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINASarcopeniaObesidade sarcopênicaDoença renal crônicaInflamaçãoUltrassonografiaSarcopeniaSarcopenic obesityChronic kidney diseaseInflammationUltrasonographyAvaliação de sarcopenia em pacientes com doença renal crônica pré-dialíticainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFTEXTvivianeangelinadesouza.pdf.txtvivianeangelinadesouza.pdf.txtExtracted texttext/plain256270https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/6504/3/vivianeangelinadesouza.pdf.txtc7238e1d16a39bf488f89045b790ea70MD53THUMBNAILvivianeangelinadesouza.pdf.jpgvivianeangelinadesouza.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1172https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/6504/4/vivianeangelinadesouza.pdf.jpgdb77f4b99566a32c207c0fbcda62b83aMD54LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82197https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/6504/1/license.txt000e18a5aee6ca21bb5811ddf55fc37bMD51ORIGINALvivianeangelinadesouza.pdfvivianeangelinadesouza.pdfapplication/pdf2964027https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/6504/2/vivianeangelinadesouza.pdfb0c3d2c8ac5f92deed62330eb929af0aMD52ufjf/65042019-06-16 05:02:29.471oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/6504TElDRU7vv71BIERFIERJU1RSSUJVSe+/ve+/vU8gTu+/vU8tRVhDTFVTSVZBCgpDb20gYSBhcHJlc2VudGHvv73vv71vIGRlc3RhIGxpY2Vu77+9YSwgdm9j77+9IChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l077+9cmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvIGRpcmVpdG8gbu+/vW8tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsIHRyYWR1emlyIChjb25mb3JtZSBkZWZpbmlkbyBhYmFpeG8pLCBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3VtbykgcG9yIHRvZG8gbyBtdW5kbyBubyBmb3JtYXRvIGltcHJlc3NvIGUgZWxldHLvv71uaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIO+/vXVkaW8gb3Ugdu+/vWRlby4KClZvY++/vSBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXvv71kbywgdHJhbnNwb3IgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZh77+977+9by4gVm9j77+9IHRhbWLvv71tIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBKdWl6IGRlIEZvcmEgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY++/vXBpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7vv71hLCBiYWNrLXVwIGUgcHJlc2VydmHvv73vv71vLiBWb2Pvv70gZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8g77+9IG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY++/vSB0ZW0gbyBwb2RlciBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbu+/vWEuIFZvY++/vSB0YW1i77+9bSBkZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRlcO+/vXNpdG8gZGEgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG7vv71vLCBxdWUgc2VqYSBkZSBzZXUgY29uaGVjaW1lbnRvLCBpbmZyaW5nZSBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkZSBuaW5nde+/vW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIGNvbnRlbmhhIG1hdGVyaWFsIHF1ZSB2b2Pvv70gbu+/vW8gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9j77+9IGRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3Pvv71vIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdO+/vXJpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7vv71hLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3Tvv70gY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBubyBjb250Ze+/vWRvIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0Hvv73vv71PIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ++/vU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfvv71OQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0Pvv70gREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklT77+9TyBDT01PIFRBTULvv71NIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0Hvv73vv71FUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vLCBlIG7vv71vIGZhcu+/vSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHvv73vv71vLCBhbO+/vW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbu+/vWEuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2019-06-16T08:02:29Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Avaliação de sarcopenia em pacientes com doença renal crônica pré-dialítica
title Avaliação de sarcopenia em pacientes com doença renal crônica pré-dialítica
spellingShingle Avaliação de sarcopenia em pacientes com doença renal crônica pré-dialítica
Souza, Viviane Angelina de
CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA
Sarcopenia
Obesidade sarcopênica
Doença renal crônica
Inflamação
Ultrassonografia
Sarcopenia
Sarcopenic obesity
Chronic kidney disease
Inflammation
Ultrasonography
title_short Avaliação de sarcopenia em pacientes com doença renal crônica pré-dialítica
title_full Avaliação de sarcopenia em pacientes com doença renal crônica pré-dialítica
title_fullStr Avaliação de sarcopenia em pacientes com doença renal crônica pré-dialítica
title_full_unstemmed Avaliação de sarcopenia em pacientes com doença renal crônica pré-dialítica
title_sort Avaliação de sarcopenia em pacientes com doença renal crônica pré-dialítica
author Souza, Viviane Angelina de
author_facet Souza, Viviane Angelina de
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Bastos, Marcus Gomes
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/1962627066300318
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Fernandes, Natália Maria da Silva
dc.contributor.referee1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/2977946068323248
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Ezequiel, Danielle Guedes Andrade
dc.contributor.referee2Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/0413985999822485
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Avesani, Carla Maria
dc.contributor.referee3Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/3561058635341668
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Mansur, Henrique Novais
dc.contributor.referee4Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/7671238960121836
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/5900049409151384
dc.contributor.author.fl_str_mv Souza, Viviane Angelina de
contributor_str_mv Bastos, Marcus Gomes
Fernandes, Natália Maria da Silva
Ezequiel, Danielle Guedes Andrade
Avesani, Carla Maria
Mansur, Henrique Novais
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA
topic CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA
Sarcopenia
Obesidade sarcopênica
Doença renal crônica
Inflamação
Ultrassonografia
Sarcopenia
Sarcopenic obesity
Chronic kidney disease
Inflammation
Ultrasonography
dc.subject.por.fl_str_mv Sarcopenia
Obesidade sarcopênica
Doença renal crônica
Inflamação
Ultrassonografia
Sarcopenia
Sarcopenic obesity
Chronic kidney disease
Inflammation
Ultrasonography
description A Sarcopenia é uma condição crônica associada ao envelhecimento e caracterizada por redução da massa muscular, força e função. A prevalência de sarcopenia em pacientes com doença renal crônica (DRC) é aumentada e associa-se ao aumento da morbimortalidade. Além disso, a ocorrência concomitante de obesidade e perda muscular, condição definida por obesidade sarcopênica (OS), é comum na DRC, associando-se com pior sobrevida e função física. A tomografia computadorizada (TC) e a absorciometria com emissão de energia dupla (DXA) são consideradas para avaliação da massa muscular, entretanto, o custo e a dificuldade de acesso são fatores limitantes para o seu uso, tornando-se essencial a pesquisa de métodos mais acessíveis e de menor custo. A ultrassonografia (US) vem surgindo como um método promissor na avaliação da massa muscular em algumas populações com doenças crônicas, comparável à avaliação realizada pela TC. Objetivos: Avaliar a prevalência de sarcopenia e obesidade sarcopênica em pacientes com DRC prédialítica e suas associações com variáveis clínicas, laboratoriais, marcadores inflamatórios e medidas de obesidade visceral. Além disso, objetivamos investigar a validade e confiabilidade da medida da área transversa do reto femoral (ATRF) pela US comparado à TC, em pacientes com DRC pré-dialítica, além da associação entre estas medidas e o diagnóstico de sarcopenia. Métodos: Foram avaliados 100 pacientes com DRC pré-dialítica, de ambos os sexos e com mais de 65 anos. A sarcopenia foi definida pelos critérios do Grupo Europeu de Estudos em Sarcopenia em Idosos (EWGSOP) e do Projeto de Sarcopenia da Fundação do Instituto Nacional de Saúde (FNIH), utilizando a DXA para cálculo da massa muscular. Foram também avaliados dados sociodemográficos e clínicos, atividades de vida diária, capacidade funcional e nível de atividade física. A inflamação foi avaliada pela proteína C-reativa de alta sensibilidade (PCRus) e interleucinas (IL) 4 e 6. A obesidade foi definida de acordo com o Índice de Massa Corporal (IMC), Índice de Massa Gorda (IMG) e o Percentual de Gordura Corporal Total (PGCT). A obesidade visceral foi avaliada pelas medidas do tecido adiposo visceral (VAT) e gordura androide. Para comparação, os pacientes foram divididos em nãoobesos e não-sarcopênicos, obesos, sarcopênicos e obesos sarcopênicos. A ATRF foi avaliada usando US e TC. Resultados: A prevalência de sarcopenia foi de 11,9% e 28,7% utilizando os critérios do EWGSOP e do FNIH, respectivamente. A sarcopenia foi mais prevalente nos estágios mais avançados da DRC (34,5% nos estágios 2 e 3A e 65,5% nos estágios 3B, 4 e 5) e associada com pior desempenho nas atividades da vida diária (p=0,049), menor velocidade de caminhada (p<0,001) e maiores índices de massa corporal (IMC) (p=0,001) no modelo não ajustado. Além disso, os pacientes com sarcopenia apresentaram menor capacidade funcional (p=0,012) e maior prevalência de inatividade física (p=0,041) em comparação com pacientes sem sarcopenia. Após o ajuste para variáveis confundidoras, a sarcopenia manteve associação significante com a velocidade de caminhada (p=0,004) e IMC (p=0,002). Os níveis de PCRus foram inversamente correlacionados com a massa magra apendicular ajustada pelo IMC (p=0,007) e apresentaram uma correlação positiva com IMC (p=0,001). Os níveis de IL4 apresentaram correlação positiva com a velocidade de caminhada (p=0,007) e massa magra nos membros inferiores (p=0,022). A prevalência de obesidade foi de 19,8%, 37,6% e 48,5%, e de OS foi de 15,8%, 13,9% e 27,7%, quando utilizados os critérios do IMC, PGCT e IMG, respectivamente. Com relação ao perfil metabólico, observamos que o IMC, IMG, VAT e gordura androide (p<0,001) foram mais elevados nos obesos e obesos sarcopênicos, utilizando o critério de obesidade do IMC e IMG. Houve associação entre as medidas de obesidade visceral com o IMC, IMG e estágio 4 da DRC. A taxa de filtração glomerular (TFG) apresentou correlação positiva com VAT (r=0,311; p=0,002), gordura androide (r=0,414; p<0,001), IMC (r=0,348; p<0,001) e IMG (r=0,272, p=0,006). A diferença das médias da ATRF avaliada por US e TC foi de 3,97 mm, com uma forte correlação entre os métodos (p<0,001). O Bland-Altman mostrou uma boa concordância entre TC e US. Com base na definição de baixa massa muscular da ATRF pelo US, observou-se uma prevalência de sarcopenia de 12%. Conclusões: A sarcopenia foi comum em pacientes com DRC, particularmente nos estágios mais avançados da doença. Observamos uma associação entre os níveis de marcadores inflamatórios e massa magra apendicular, performance física e IMC. Além disso, a obesidade e a obesidade sarcopênica foram prevalentes nos pacientes com DRC, principalmente quando utilizada a definição de obesidade pelo IMG. Houve associação entre um pior perfil metabólico e medidas de obesidade visceral nos pacientes obesos e OS com a definição de obesidade pelo IMC e IMG. A TFG associou-se com obesidade visceral, principalmente no estágio 4 da DRC. Por fim, a US demonstrou ser um método válido e confiável para avaliar a ATRF em pacientes com DRC pré-dialítica.
publishDate 2017
dc.date.issued.fl_str_mv 2017-10-26
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2018-03-27T14:06:55Z
dc.date.available.fl_str_mv 2018-03-26
2018-03-27T14:06:55Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/6504
url https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/6504
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFJF
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv Faculdade de Medicina
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFJF
instname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
instacron:UFJF
instname_str Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
instacron_str UFJF
institution UFJF
reponame_str Repositório Institucional da UFJF
collection Repositório Institucional da UFJF
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/6504/3/vivianeangelinadesouza.pdf.txt
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/6504/4/vivianeangelinadesouza.pdf.jpg
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/6504/1/license.txt
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/6504/2/vivianeangelinadesouza.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv c7238e1d16a39bf488f89045b790ea70
db77f4b99566a32c207c0fbcda62b83a
000e18a5aee6ca21bb5811ddf55fc37b
b0c3d2c8ac5f92deed62330eb929af0a
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1793962454748758016