Sociedade dos poetas tortos: a primavera periférica
Ano de defesa: | 2019 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Educação
|
Departamento: |
Faculdade de Educação
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/10756 |
Resumo: | A dissertação que aqui se apresenta parte de uma prática que já vínhamos realizando desde os tempos de graduação (Licenciatura em Geografia): sempre conciliar conteúdos curriculares com expressões literárias. Essa preocupação surgiu de nosso afeto para com as artes literárias – poesia, conto, romance, crônica, prosa... – e de nossa impressão de que as escolas por onde passamos (exercendo discência ou docência), em muitos casos, reprimiam o ímpeto literário dos estudantes que se expressavam de maneira mais lírica, sobretudo daqueles oriundos de lugares periféricos e que traziam a periferia no corpo. As geograficidades (espírito geográfico da presença no mundo) entrelaçadas no espaço escolar, muitas vezes inclinadas a uma anunciação poética – geograficidades poéticas –, não raro são brutalmente soterradas com a concepção ultrapassada do fazer pedagógico. Mas as sementes da resistência têm seus tecidos de rebrota: insistente, a poesia floresce. Enquanto o discurso hegemônico confina as culturas periféricas ao epistemicídio, ao desperdício de experiências, o povo não espera licença para fazer literatura: vai lá e faz. E se não puder ser na escola, vai ser na rua. Enquanto estávamos nessa fase de finalizar a licenciatura e ingressar no mestrado em educação, travamos os primeiros contatos com a literatura periférica – aquela escrita na periferia, por e para sujeitos periféricos. Um dos desdobramentos do movimento literário da periferia no Brasil foi o advento do Slam Poético – batalhas de poesia falada. Surgido nas periferias de Chicago, ao final da década de 1980, o slam é um gênero performático de literatura protagonizado por sujeitos que não precisam sair da periferia em direção ao centro para participar da vida intelectual da cidade. Desde 2008, a modalidade literária dos slams tem crescido pelas cidades brasileiras, semeando a cultura da poesia falada nas quebradas (periferias), que são tratadas pelas elites dominantes como depósitos de mão-de-obra barata e acessível. O presente trabalho consiste em um esforço de mapear alguns movimentos literários e contextos socioculturais que contribuíram para a consolidação de um gênero literário das periferias brasileiras, desembocando em uma apresentação das raízes e atores responsáveis pelo surgimento do Slam de Perifa, slam poético que nasceu no bairro Santa Cândida – periferia da zona leste da cidade de Juiz de Fora. As mensagens propagadas por poetas e poetisas no Slam de Perifa (e na cultura dos slams, em geral), tornam públicas informações e acontecimentos que não costumam circular nos meios de comunicação hegemônicos, ou circulam totalmente deturpados e manipulados para favorecer às lógicas dominantes. “Perifa é voz, perifa é nóis. Slam de Perifa!”. |
id |
UFJF_d48692dc673242dd880130a9f0536e8b |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/10756 |
network_acronym_str |
UFJF |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFJF |
repository_id_str |
|
spelling |
Lopes, Maximiliano Valériohttp://lattes.cnpq.br/Dias, Juliana Maddalena TrifílioJúnior, Eduardo José MarandolaMiranda, Sônia Reginahttp://lattes.cnpq.br/Marques, Vitor2019-09-11T13:54:10Z2019-09-052019-09-11T13:54:10Z2019-04-23https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/10756A dissertação que aqui se apresenta parte de uma prática que já vínhamos realizando desde os tempos de graduação (Licenciatura em Geografia): sempre conciliar conteúdos curriculares com expressões literárias. Essa preocupação surgiu de nosso afeto para com as artes literárias – poesia, conto, romance, crônica, prosa... – e de nossa impressão de que as escolas por onde passamos (exercendo discência ou docência), em muitos casos, reprimiam o ímpeto literário dos estudantes que se expressavam de maneira mais lírica, sobretudo daqueles oriundos de lugares periféricos e que traziam a periferia no corpo. As geograficidades (espírito geográfico da presença no mundo) entrelaçadas no espaço escolar, muitas vezes inclinadas a uma anunciação poética – geograficidades poéticas –, não raro são brutalmente soterradas com a concepção ultrapassada do fazer pedagógico. Mas as sementes da resistência têm seus tecidos de rebrota: insistente, a poesia floresce. Enquanto o discurso hegemônico confina as culturas periféricas ao epistemicídio, ao desperdício de experiências, o povo não espera licença para fazer literatura: vai lá e faz. E se não puder ser na escola, vai ser na rua. Enquanto estávamos nessa fase de finalizar a licenciatura e ingressar no mestrado em educação, travamos os primeiros contatos com a literatura periférica – aquela escrita na periferia, por e para sujeitos periféricos. Um dos desdobramentos do movimento literário da periferia no Brasil foi o advento do Slam Poético – batalhas de poesia falada. Surgido nas periferias de Chicago, ao final da década de 1980, o slam é um gênero performático de literatura protagonizado por sujeitos que não precisam sair da periferia em direção ao centro para participar da vida intelectual da cidade. Desde 2008, a modalidade literária dos slams tem crescido pelas cidades brasileiras, semeando a cultura da poesia falada nas quebradas (periferias), que são tratadas pelas elites dominantes como depósitos de mão-de-obra barata e acessível. O presente trabalho consiste em um esforço de mapear alguns movimentos literários e contextos socioculturais que contribuíram para a consolidação de um gênero literário das periferias brasileiras, desembocando em uma apresentação das raízes e atores responsáveis pelo surgimento do Slam de Perifa, slam poético que nasceu no bairro Santa Cândida – periferia da zona leste da cidade de Juiz de Fora. As mensagens propagadas por poetas e poetisas no Slam de Perifa (e na cultura dos slams, em geral), tornam públicas informações e acontecimentos que não costumam circular nos meios de comunicação hegemônicos, ou circulam totalmente deturpados e manipulados para favorecer às lógicas dominantes. “Perifa é voz, perifa é nóis. Slam de Perifa!”.The dissertation presented here starts from an experiment we had been doing since the graduation course (degree in Geography): always linking curricular contents to literary expressions. This concern arose from our affection for the literary arts – poetry, short story, novel, chronicle, prose – and from our impression that the schools we passed through (either as graduation students or teachers) in many cases repressed the literary urge of the students who expressed themselves in a more lyrical way, especially those from ghettos and who carried ghettos in their bodies. Geographicities (geographic spirit of presence in the world) intertwined in the school space, often inclined to a poetic annunciation – poetic geographies – are often brutally buried with the outdated conception of pedagogical practicing. But the seeds of resistance have their own regrowth structures: insistent, poetry blossoms. While the hegemonic discourse confines the cultures from ghetto to epistemicide, to the waste of experiences, people do not expect license to make literature: they simply do it. And if it cannot be in school, it is going to be on the streets. While we were in this stage of finishing the degree and entering the masters in education, we had the first contact with marginal literature – the one written in the ghettos, by and for marginal people. One of the ramifications of the literary marginal movement in Brazil was the advent of Poetic Slams – battles of spoken poetry. Born in the rough areas of Chicago in the late 1980s, slam is a performative genre of literature featuring subjects who do not have to leave their neighborhoods and go downtown to participate in the intellectual life of the city. Since 2008, the literary modality of slams has grown in Brazilian cities, sowing the culture of poetry spoken in the ghettos, which are treated by the dominant elites as a source of cheap and affordable labor. The present work consists of an effort to map some literary movements and sociocultural contexts that contributed to the consolidation of a literary genre of the Brazilian ghettos, leading to a presentation of the roots and actors responsible for the emergence of the Slam de Perifa, poetic slam that was born in Santa Cândida – a neighborhood in the eastern zone of the city of Juiz de Fora. The messages spread by the poets in Slam de Perifa (and in the culture of slams in general) unveil information and events that do not circulate in the hegemonic media, or circulate totally distorted and manipulated to favor dominant logics. "Perifa é voz, perifa é nóis. Slam de Perifa!".porUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)Programa de Pós-graduação em EducaçãoUFJFBrasilFaculdade de Educaçãohttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAOGeograficidades poéticasEpistemicídioLiteratura periféricaSlam poéticoPoetic geographicitiesEpistemicideMarginal literaturePoetic slamSociedade dos poetas tortos: a primavera periféricainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFCC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/10756/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52ORIGINALvitormarques.pdfvitormarques.pdfapplication/pdf1891970https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/10756/1/vitormarques.pdf32ab50300d777ca917d8feaf2333fc32MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82136https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/10756/3/license.txtffbb04eaab5e689eb178ff1cf915d0d1MD53TEXTvitormarques.pdf.txtvitormarques.pdf.txtExtracted texttext/plain648455https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/10756/4/vitormarques.pdf.txt1ea2e93fa2d9b10831594d11f857af27MD54THUMBNAILvitormarques.pdf.jpgvitormarques.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1126https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/10756/5/vitormarques.pdf.jpg795625257b5a2ea713b4485fc6d2037dMD55ufjf/107562019-09-12 03:07:39.497oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/10756TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkENCg0KQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gDQpJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvIGRpcmVpdG8gbsOjby1leGNsdXNpdm8gZGUgcmVwcm9kdXppciwgIHRyYWR1emlyIChjb25mb3JtZSBkZWZpbmlkbyBhYmFpeG8pLCBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uDQoNClZvY8OqIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBwb2RlLCBzZW0gYWx0ZXJhciBvIGNvbnRlw7pkbywgdHJhbnNwb3IgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgcXVhbHF1ZXIgbWVpbyBvdSBmb3JtYXRvIHBhcmEgZmlucyBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBwb2RlIG1hbnRlciBtYWlzIGRlIHVtYSBjw7NwaWEgZGUgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIGZpbnMgZGUgc2VndXJhbsOnYSwgYmFjay11cCBlIHByZXNlcnZhw6fDo28uIFZvY8OqIGRlY2xhcmEgcXVlIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyDDqSBvcmlnaW5hbCBlIHF1ZSB2b2PDqiB0ZW0gbyBwb2RlciBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gVm9jw6ogdGFtYsOpbSBkZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRlcMOzc2l0byBkYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIG7Do28sIHF1ZSBzZWphIGRlIHNldSBjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIG5pbmd1w6ltLg0KDQpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIG9zIGRpcmVpdG9zIGFwcmVzZW50YWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYSwgZSBxdWUgZXNzZSBtYXRlcmlhbCBkZSBwcm9wcmllZGFkZSBkZSB0ZXJjZWlyb3MgZXN0w6EgY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLg0KDQpDQVNPIEEgUFVCTElDQcOHw4NPIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ8ONTklPIE9VIEFQT0lPIERFIFVNQSBBR8OKTkNJQSBERSBGT01FTlRPIE9VIE9VVFJPICBPUkdBTklTTU8sIFZPQ8OKIERFQ0xBUkEgUVVFIFJFU1BFSVRPVSBUT0RPUyBFIFFVQUlTUVVFUiBESVJFSVRPUyBERSBSRVZJU8ODTyBDT01PIFRBTULDiU0gQVMgREVNQUlTIE9CUklHQcOHw5VFUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLg0KDQpPIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSAgc2UgY29tcHJvbWV0ZSBhIGlkZW50aWZpY2FyIGNsYXJhbWVudGUgbyBzZXUgbm9tZSAocykgb3UgbyhzKSBub21lKHMpIGRvKHMpIGRldGVudG9yKGVzKSBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGEgcHVibGljYcOnw6NvLCBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIGFsw6ltIGRhcXVlbGFzIGNvbmNlZGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EuRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2019-09-12T06:07:39Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Sociedade dos poetas tortos: a primavera periférica |
title |
Sociedade dos poetas tortos: a primavera periférica |
spellingShingle |
Sociedade dos poetas tortos: a primavera periférica Marques, Vitor CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO Geograficidades poéticas Epistemicídio Literatura periférica Slam poético Poetic geographicities Epistemicide Marginal literature Poetic slam |
title_short |
Sociedade dos poetas tortos: a primavera periférica |
title_full |
Sociedade dos poetas tortos: a primavera periférica |
title_fullStr |
Sociedade dos poetas tortos: a primavera periférica |
title_full_unstemmed |
Sociedade dos poetas tortos: a primavera periférica |
title_sort |
Sociedade dos poetas tortos: a primavera periférica |
author |
Marques, Vitor |
author_facet |
Marques, Vitor |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Lopes, Maximiliano Valério |
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/ |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Dias, Juliana Maddalena Trifílio |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Júnior, Eduardo José Marandola |
dc.contributor.referee3.fl_str_mv |
Miranda, Sônia Regina |
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/ |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Marques, Vitor |
contributor_str_mv |
Lopes, Maximiliano Valério Dias, Juliana Maddalena Trifílio Júnior, Eduardo José Marandola Miranda, Sônia Regina |
dc.subject.cnpq.fl_str_mv |
CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO |
topic |
CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO Geograficidades poéticas Epistemicídio Literatura periférica Slam poético Poetic geographicities Epistemicide Marginal literature Poetic slam |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Geograficidades poéticas Epistemicídio Literatura periférica Slam poético Poetic geographicities Epistemicide Marginal literature Poetic slam |
description |
A dissertação que aqui se apresenta parte de uma prática que já vínhamos realizando desde os tempos de graduação (Licenciatura em Geografia): sempre conciliar conteúdos curriculares com expressões literárias. Essa preocupação surgiu de nosso afeto para com as artes literárias – poesia, conto, romance, crônica, prosa... – e de nossa impressão de que as escolas por onde passamos (exercendo discência ou docência), em muitos casos, reprimiam o ímpeto literário dos estudantes que se expressavam de maneira mais lírica, sobretudo daqueles oriundos de lugares periféricos e que traziam a periferia no corpo. As geograficidades (espírito geográfico da presença no mundo) entrelaçadas no espaço escolar, muitas vezes inclinadas a uma anunciação poética – geograficidades poéticas –, não raro são brutalmente soterradas com a concepção ultrapassada do fazer pedagógico. Mas as sementes da resistência têm seus tecidos de rebrota: insistente, a poesia floresce. Enquanto o discurso hegemônico confina as culturas periféricas ao epistemicídio, ao desperdício de experiências, o povo não espera licença para fazer literatura: vai lá e faz. E se não puder ser na escola, vai ser na rua. Enquanto estávamos nessa fase de finalizar a licenciatura e ingressar no mestrado em educação, travamos os primeiros contatos com a literatura periférica – aquela escrita na periferia, por e para sujeitos periféricos. Um dos desdobramentos do movimento literário da periferia no Brasil foi o advento do Slam Poético – batalhas de poesia falada. Surgido nas periferias de Chicago, ao final da década de 1980, o slam é um gênero performático de literatura protagonizado por sujeitos que não precisam sair da periferia em direção ao centro para participar da vida intelectual da cidade. Desde 2008, a modalidade literária dos slams tem crescido pelas cidades brasileiras, semeando a cultura da poesia falada nas quebradas (periferias), que são tratadas pelas elites dominantes como depósitos de mão-de-obra barata e acessível. O presente trabalho consiste em um esforço de mapear alguns movimentos literários e contextos socioculturais que contribuíram para a consolidação de um gênero literário das periferias brasileiras, desembocando em uma apresentação das raízes e atores responsáveis pelo surgimento do Slam de Perifa, slam poético que nasceu no bairro Santa Cândida – periferia da zona leste da cidade de Juiz de Fora. As mensagens propagadas por poetas e poetisas no Slam de Perifa (e na cultura dos slams, em geral), tornam públicas informações e acontecimentos que não costumam circular nos meios de comunicação hegemônicos, ou circulam totalmente deturpados e manipulados para favorecer às lógicas dominantes. “Perifa é voz, perifa é nóis. Slam de Perifa!”. |
publishDate |
2019 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2019-09-11T13:54:10Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2019-09-05 2019-09-11T13:54:10Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2019-04-23 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/10756 |
url |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/10756 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pós-graduação em Educação |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFJF |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
Faculdade de Educação |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFJF instname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) instacron:UFJF |
instname_str |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) |
instacron_str |
UFJF |
institution |
UFJF |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFJF |
collection |
Repositório Institucional da UFJF |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/10756/2/license_rdf https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/10756/1/vitormarques.pdf https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/10756/3/license.txt https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/10756/4/vitormarques.pdf.txt https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/10756/5/vitormarques.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 32ab50300d777ca917d8feaf2333fc32 ffbb04eaab5e689eb178ff1cf915d0d1 1ea2e93fa2d9b10831594d11f857af27 795625257b5a2ea713b4485fc6d2037d |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1801661562206814208 |