O fenômeno do code-blending em surdos oralizados bilíngues bimodais de libras/português: implicações para a arquitetura da gramática

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Silva, Andrêssa Maria da lattes
Orientador(a): Armelin, Paula Roberta Gabbai lattes
Banca de defesa: Barbosa, Felipe Venâncio lattes, Name, Maria Cristina Lobo
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Letras: Linguística
Departamento: Faculdade de Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/15558
Resumo: O fenômeno do code-blending se apresenta na possibilidade de produção simultânea de línguas de modalidades diferentes, o que é proporcionado pela disponibilidade de articuladores distintos para a produção de cada uma das línguas (QUADROS et al., 2013). Nesse fenômeno linguístico, a investigação acerca da produção de bilíngues bimodais tem o potencial de contribuir para as discussões sobre a arquitetura da gramática em seus mais variados níveis. Inserindo-se nesse debate, este trabalho investiga a produção de code-blending a partir de dados coletados de vídeos disponibilizados na internet por 3 colaboradores surdos oralizados, sinalizantes e bilíngues bimodais de língua portuguesa e libras. Em termos quantitativos, foi coletado um total 183 enunciados, sendo que, em 154, foram detectadas realizações de codeblending. Esse resultado aponta para preferência por enunciados com realização simultânea, em vez de enunciados monolíngues. Do ponto de vista empírico, buscamos descrever e investigar as propriedades dos dados code-blending encontrados. Para tanto, os dados foram classificados a partir das tipologias de Van den Bogaerde e Baker (2005, 2008) – consideradas as adaptações de de Lillo-Martin et al. (2016) – e de Donati e Branchini (2013). Em termos qualitativos, encontramos no nosso corpus formações dos seguintes tipos: (i) code-blending dominante de base sinalizada; (ii) code-blending dominante de base oral; (iii) code-blending independente; (iv) code-blending misturado; (v) code-blending total ev(v) code-blending com calque sintático. É importante ressaltar que, majoritariamente, as produções encontradas são correspondentes ao code-blending do tipo domimante de base sinalizada, que se caracteriza pela produção de um enunciado completo na língua de sinais, com algumas palavras orais simultâneas, evidenciando a preferência dos colaboradores desta pesquisa pela libras como língua de dominância. Por sua vez, do ponto de vista teórico, discutimos propostas desenvolvidas no escopo de modelos gerativistas, mais especificamente, o Programa Minimalista (CHOMSKY, 1995, 1995), a Morfologia Distribuída (HALLE; MARANTZ, 1993; MARANTZ, 1997) e o Modelo da Síntese da Linguagem (LILLO-MARTIN, QUADROS e CHEN PICHLER, 2016). O panorama gerativista tem-se mostrado como relevante para as discussões do fenômeno do code-blending por diversos motivos: um deles é sua organização modular, que possibilita investigações sobre a existência de uma ou duas derivações sintáticas distintas para a produção simultânea; outro ponto é que, ao separar a computação sintática dos processos de realização fonológica, os panoramas gerativistas abrem perspectivas para discussão dos processos de linearização envolvidos nessas produções. Em termos teóricos, argumentamos em favor de um modelo compatível com as bases da Morfologia Distribuída e do Modelo da Síntese da Linguagem. Mais especificamente, propomos que os dados de code-blending podem ser melhor explicados a partir de um modelo construcionista, em que os traços formais são livremente articulados apenas pelo componente da Sintaxe. Para além disso, os dados de code-blending apontam para a vantagem da propriedade de subespecifiçacão dos Itens de Vocabulário, evitando que seja necessário especificar um conjunto duplo de entradas lexicais com itens especificados para as propriedades da língua de sinais e outros especificados para as propriedades da língua oral. Para além disso, apontamos, em termos design da arquitetura da gramática, para a possibilidade de uma bifurcação da estrutura sintática no ramo de PF para canais distintos em línguas de modalidades distintas, evitando que haja competição entre os elementos dessas duas línguas. Propomos finalmente que, para fins de inserção de vocabulário, tal processo ocorra para todos os nós gerados pela Sintaxe em, pelo menos, uma língua, sem a necessidade, no entanto, de que haja o preenchimento obrigatoriamente nas duas modalidades.
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Inserindo-se nesse debate, este trabalho investiga a produção de code-blending a partir de dados coletados de vídeos disponibilizados na internet por 3 colaboradores surdos oralizados, sinalizantes e bilíngues bimodais de língua portuguesa e libras. Em termos quantitativos, foi coletado um total 183 enunciados, sendo que, em 154, foram detectadas realizações de codeblending. Esse resultado aponta para preferência por enunciados com realização simultânea, em vez de enunciados monolíngues. Do ponto de vista empírico, buscamos descrever e investigar as propriedades dos dados code-blending encontrados. Para tanto, os dados foram classificados a partir das tipologias de Van den Bogaerde e Baker (2005, 2008) – consideradas as adaptações de de Lillo-Martin et al. (2016) – e de Donati e Branchini (2013). Em termos qualitativos, encontramos no nosso corpus formações dos seguintes tipos: (i) code-blending dominante de base sinalizada; (ii) code-blending dominante de base oral; (iii) code-blending independente; (iv) code-blending misturado; (v) code-blending total ev(v) code-blending com calque sintático. É importante ressaltar que, majoritariamente, as produções encontradas são correspondentes ao code-blending do tipo domimante de base sinalizada, que se caracteriza pela produção de um enunciado completo na língua de sinais, com algumas palavras orais simultâneas, evidenciando a preferência dos colaboradores desta pesquisa pela libras como língua de dominância. Por sua vez, do ponto de vista teórico, discutimos propostas desenvolvidas no escopo de modelos gerativistas, mais especificamente, o Programa Minimalista (CHOMSKY, 1995, 1995), a Morfologia Distribuída (HALLE; MARANTZ, 1993; MARANTZ, 1997) e o Modelo da Síntese da Linguagem (LILLO-MARTIN, QUADROS e CHEN PICHLER, 2016). O panorama gerativista tem-se mostrado como relevante para as discussões do fenômeno do code-blending por diversos motivos: um deles é sua organização modular, que possibilita investigações sobre a existência de uma ou duas derivações sintáticas distintas para a produção simultânea; outro ponto é que, ao separar a computação sintática dos processos de realização fonológica, os panoramas gerativistas abrem perspectivas para discussão dos processos de linearização envolvidos nessas produções. Em termos teóricos, argumentamos em favor de um modelo compatível com as bases da Morfologia Distribuída e do Modelo da Síntese da Linguagem. Mais especificamente, propomos que os dados de code-blending podem ser melhor explicados a partir de um modelo construcionista, em que os traços formais são livremente articulados apenas pelo componente da Sintaxe. Para além disso, os dados de code-blending apontam para a vantagem da propriedade de subespecifiçacão dos Itens de Vocabulário, evitando que seja necessário especificar um conjunto duplo de entradas lexicais com itens especificados para as propriedades da língua de sinais e outros especificados para as propriedades da língua oral. Para além disso, apontamos, em termos design da arquitetura da gramática, para a possibilidade de uma bifurcação da estrutura sintática no ramo de PF para canais distintos em línguas de modalidades distintas, evitando que haja competição entre os elementos dessas duas línguas. Propomos finalmente que, para fins de inserção de vocabulário, tal processo ocorra para todos os nós gerados pela Sintaxe em, pelo menos, uma língua, sem a necessidade, no entanto, de que haja o preenchimento obrigatoriamente nas duas modalidades.The phenomenon of code-blending presents itself in the possibility of simultaneous production of languages of different modalities, which is provided precisely by the availability of different articulators for the production of each language (QUADROS et al., 2013). This is an interesting linguistic phenomenon, since the investigation about the production of bimodal bilinguals has the potential to contribute to discussions about the architecture of grammar at its most varied levels. Inserted in this debate, this work investigates the production of code-blending from data collected from videos made available on the internet by 3 oralized deaf collaborators, signers and bimodal bilingual speakers of Portuguese and Brazilian Sign Language (Libras). In quantitative terms, a total of 183 utterances were collected, and in 154 of them code-blending was detected. This quantitative result points to a preference for utterances containing simultaneous realization, rather than monolingual utterances. From an empirical point of view, we seek to describe and investigate the properties of the code-blending data collected. Therefore, the data were classified based on the typologies proposed by Van den Bogaerde and Baker (2005, 2008) – considering the adaptations of Lillo-Martin et al. (2016) – and by Donati and Branchini (2013). In qualitative terms, we found in our corpus code-blending formations of the following types: (i) Sign-base code-blending, (ii) Speech-base code-blending; (iii) independent code-blending; (iv) mixed code-blending; (v) full code-blending and (v) codeblending with syntactic calque. It is important to point out that, for the most part, the productions found correspond to code-blending of the Sign-base code-blending type, which is characterized by the production of a complete utterance in sign language, with some simultaneous oral words, evidencing the preference of the collaborators of this research by Libras as the dominant language. In turn, from a theoretical point of view, we discuss proposals developed within the scope of generative models, more specifically, the Minimalist Program (CHOMSKY, 1995, 1995), Distributed Morphology (HALLE; MARANTZ, 1993; MARANTZ, 1997) and the Language Synthesis Model (LILLO-MARTIN, QUADROS and CHEN PICHLER, 2016). The generative framework has proven to be interesting for discussions of the code-blending phenomenon for several reasons. One of them is its modular organization, which allows investigations regarding the existence of one or two distinct syntactic derivations for simultaneous production. Another interesting point is that, by separating the syntactic computation from the processes of phonological realization, the generative framework open perspectives for the discussion of the linearization processes involved in these productions. In theoretical terms, we argue in favor of a model compatible with the bases of the Distributed Morphology and the Language Synthesis Model. More specifically, we propose that codeblending data can be better explained from a constructionist model, in which formal features are articulated only by the Syntax component. Furthermore, the code-blending data points to the advantage of the Subspecification property of Vocabulary Items, avoiding the need to specify a double set of lexical entries with items specified for sign language properties and others specified for oral language properties. In addition, we point out, in terms of the grammar architecture design, to the possibility of a bifurcation of the syntactic structure in the PF branch for different channels in languages of different modalities, preventing competition between the elements of these two languages. Finally, we propose that, for Vocabulary Insertion purposes, such a process should occur for all nodes generated by the Syntax in at least one language, without the need, however, for mandatory completion in both modalities.FAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas GeraisporUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)Programa de Pós-graduação em Letras: LinguísticaUFJFBrasilFaculdade de LetrasAttribution-ShareAlike 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICACode-blendingBilinguismo bimodalLibrasSimultaneidadeArquitetura da gramáticaCode-blendingBimodal bilingualismBrazilian sign languageSimultaneityGrammar architectureO fenômeno do code-blending em surdos oralizados bilíngues bimodais de libras/português: implicações para a arquitetura da gramáticainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFORIGINALandressamariadasilva.pdfandressamariadasilva.pdfapplication/pdf1204642https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/15558/1/andressamariadasilva.pdf02fbd4aae24d4a6f9ae12ed8ac8d0914MD51TEXTandressamariadasilva.pdf.txtandressamariadasilva.pdf.txtExtracted texttext/plain295101https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/15558/4/andressamariadasilva.pdf.txt74bfdde39d44ccad6a98c513ee3c255eMD54THUMBNAILandressamariadasilva.pdf.jpgandressamariadasilva.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1168https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/15558/5/andressamariadasilva.pdf.jpg099f22a9d71c7f63da93b708cdf0b440MD55CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-81031https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/15558/2/license_rdf9b85e4235558a2887c2be3998124b615MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/15558/3/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD53ufjf/155582023-07-13 03:04:21.974oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/15558Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2023-07-13T06:04:21Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false
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