O corpo, a morte, a imagem: a invenção de uma presença nas fotografias memoriais e post-mortem

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Carolina Junqueira dos Santos
Orientador(a): Stephane Denis Albert Rene Huchet
Banca de defesa: Paulo Fonseca Andrade, Ronaldo Entler, Georg Otte, Maria Angelica Melendi de Biasizzo
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/EBAC-A47KWU
Resumo: Esta pesquisa consiste em um estudo sobre memória, luto e gestos de tornar presente o que desapareceu, de dar lugar ao morto, ao corpo do morto, construindo-lhe um outro e novo corpo, simbólico, tátil e visível. A partir das imagens afetivas as fotos dos álbuns, dos portaretratose, especialmente, as fotografias memoriais e post-mortem , faremos um estudo sobre a presentificação do corpo do morto, a restituição de uma potência de vida que se produz na relação do vivo com os restos daquele que morre. Todos os retratos são potencialmente funerários, ainda que não se trate de mostrar um cadáver; todos aqueles que agora neles sorriem desaparecerão. Mas a imagem do cadáver leva a ideia do morto para além das concepções mais gerais e comuns sobre fotografia e morte, intensificando a sua imobilidade ao mesmo tempo que lhe traz de volta à vida. Eis então o objeto da pesquisa: a prática dasfotografias memoriais e post-mortem e a análise da dimensão privada da imagem, sua intimidade e seu sentido relicário. Trata-se, em suma, de uma reflexão sobre o que a morte oculta e transforma em imagem, não somente como um jogo de visibilidades, mas, sobretudo, dentro de uma ideia fundamental de presença. A morte seria, então, uma espécie de transição do visível do corpo para um outro estado de visibilidade e presença, constituído a partir da ausência do corpo original. Desde sempre, o homem lida com o desaparecimento de um corpo fazendo imagens. Essas três instâncias o corpo, a morte, a imagem parecem estar absolutamente intrincadas na cultura, produzindo, juntas, um lugar de permanência.
id UFMG_06f496934a00feab98f94a72dd92c876
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/EBAC-A47KWU
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Stephane Denis Albert Rene HuchetPaulo Fonseca AndradeRonaldo EntlerGeorg OtteMaria Angelica Melendi de BiasizzoCarolina Junqueira dos Santos2019-08-13T15:14:19Z2019-08-13T15:14:19Z2015-07-31http://hdl.handle.net/1843/EBAC-A47KWUEsta pesquisa consiste em um estudo sobre memória, luto e gestos de tornar presente o que desapareceu, de dar lugar ao morto, ao corpo do morto, construindo-lhe um outro e novo corpo, simbólico, tátil e visível. A partir das imagens afetivas as fotos dos álbuns, dos portaretratose, especialmente, as fotografias memoriais e post-mortem , faremos um estudo sobre a presentificação do corpo do morto, a restituição de uma potência de vida que se produz na relação do vivo com os restos daquele que morre. Todos os retratos são potencialmente funerários, ainda que não se trate de mostrar um cadáver; todos aqueles que agora neles sorriem desaparecerão. Mas a imagem do cadáver leva a ideia do morto para além das concepções mais gerais e comuns sobre fotografia e morte, intensificando a sua imobilidade ao mesmo tempo que lhe traz de volta à vida. Eis então o objeto da pesquisa: a prática dasfotografias memoriais e post-mortem e a análise da dimensão privada da imagem, sua intimidade e seu sentido relicário. Trata-se, em suma, de uma reflexão sobre o que a morte oculta e transforma em imagem, não somente como um jogo de visibilidades, mas, sobretudo, dentro de uma ideia fundamental de presença. A morte seria, então, uma espécie de transição do visível do corpo para um outro estado de visibilidade e presença, constituído a partir da ausência do corpo original. Desde sempre, o homem lida com o desaparecimento de um corpo fazendo imagens. Essas três instâncias o corpo, a morte, a imagem parecem estar absolutamente intrincadas na cultura, produzindo, juntas, um lugar de permanência.Ce travail consiste en une étude sur la mémoire, le deuil, et les gestes qui rendent présent ce qui est disparu et établissent un lieu pour les morts et leurs corps à travers la construction dun autre et nouveau corps, symbolique, tactile et visible. On étudiera, au moyen de certaines images affectives les photos dalbum, des cadres photo et surtout les photographies mémorielles et post-mortem , la présentification du corps des morts, la restitution dune puissance de vie qui émane du rapport des vivants aux restes de ceux qui meurent. Tous les portraits sont potentiellement funéraires, même sil ne sagît pas de montrer un cadavre ; tous ceux qui sont en train de sourire sur les images vont nécessairement disparaître. Mais limage du cadavre pousse lidée de ce qui est mort au-delà des conceptions plus générales etcommunes sur les connexions entre la photographie et la mort, et intensifie limmobilité de cette idée tout en la ramenant à la vie. Voici donc lobjet de cette recherche : la pratique des photographies mémorielles et post-mortem, ainsi que lanalyse de la dimension privée de limage, son intimité et son rôle de reliquaire. Il sagit, en somme, dune réflexion sur ce que la mort occulte et transforme en image, non seulement en tant que jeu de visibilité, mais surtout par rapport à une idée fondamentale de présence. La mort serait ainsi une sorte detransition entre le visible du corps et un autre état de visibilité et présence, constitué à partir de labsence du corps originel. La production dimages est depuis toujours pour lhomme un moyen de faire face à la disparition du corps. Ces trois domaines le corps, la mort, limage semblent être pleinement incorporés à la culture, dans une association productrice dun lieu de permanence.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGImagem (Filosofia)Fotografia FilosofiaMorte na arteMorteLutoCorpoPresençaMemóriaFotografiaRetratoImagemO corpo, a morte, a imagem: a invenção de uma presença nas fotografias memoriais e post-morteminfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALtese__carolina_junqueira_dos_santos.pdfapplication/pdf11295385https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/EBAC-A47KWU/1/tese__carolina_junqueira_dos_santos.pdfd52061ae9bfd8445b8af4b6c5b205d6dMD51TEXTtese__carolina_junqueira_dos_santos.pdf.txttese__carolina_junqueira_dos_santos.pdf.txtExtracted texttext/plain677084https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/EBAC-A47KWU/2/tese__carolina_junqueira_dos_santos.pdf.txte792bc9f49f02bc839dd5ac576ed3848MD521843/EBAC-A47KWU2019-11-14 12:10:21.917oai:repositorio.ufmg.br:1843/EBAC-A47KWURepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T15:10:21Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv O corpo, a morte, a imagem: a invenção de uma presença nas fotografias memoriais e post-mortem
title O corpo, a morte, a imagem: a invenção de uma presença nas fotografias memoriais e post-mortem
spellingShingle O corpo, a morte, a imagem: a invenção de uma presença nas fotografias memoriais e post-mortem
Carolina Junqueira dos Santos
Morte
Luto
Corpo
Presença
Memória
Fotografia
Retrato
Imagem
Imagem (Filosofia)
Fotografia Filosofia
Morte na arte
title_short O corpo, a morte, a imagem: a invenção de uma presença nas fotografias memoriais e post-mortem
title_full O corpo, a morte, a imagem: a invenção de uma presença nas fotografias memoriais e post-mortem
title_fullStr O corpo, a morte, a imagem: a invenção de uma presença nas fotografias memoriais e post-mortem
title_full_unstemmed O corpo, a morte, a imagem: a invenção de uma presença nas fotografias memoriais e post-mortem
title_sort O corpo, a morte, a imagem: a invenção de uma presença nas fotografias memoriais e post-mortem
author Carolina Junqueira dos Santos
author_facet Carolina Junqueira dos Santos
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Stephane Denis Albert Rene Huchet
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Paulo Fonseca Andrade
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Ronaldo Entler
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Georg Otte
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Maria Angelica Melendi de Biasizzo
dc.contributor.author.fl_str_mv Carolina Junqueira dos Santos
contributor_str_mv Stephane Denis Albert Rene Huchet
Paulo Fonseca Andrade
Ronaldo Entler
Georg Otte
Maria Angelica Melendi de Biasizzo
dc.subject.por.fl_str_mv Morte
Luto
Corpo
Presença
Memória
Fotografia
Retrato
Imagem
topic Morte
Luto
Corpo
Presença
Memória
Fotografia
Retrato
Imagem
Imagem (Filosofia)
Fotografia Filosofia
Morte na arte
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Imagem (Filosofia)
Fotografia Filosofia
Morte na arte
description Esta pesquisa consiste em um estudo sobre memória, luto e gestos de tornar presente o que desapareceu, de dar lugar ao morto, ao corpo do morto, construindo-lhe um outro e novo corpo, simbólico, tátil e visível. A partir das imagens afetivas as fotos dos álbuns, dos portaretratose, especialmente, as fotografias memoriais e post-mortem , faremos um estudo sobre a presentificação do corpo do morto, a restituição de uma potência de vida que se produz na relação do vivo com os restos daquele que morre. Todos os retratos são potencialmente funerários, ainda que não se trate de mostrar um cadáver; todos aqueles que agora neles sorriem desaparecerão. Mas a imagem do cadáver leva a ideia do morto para além das concepções mais gerais e comuns sobre fotografia e morte, intensificando a sua imobilidade ao mesmo tempo que lhe traz de volta à vida. Eis então o objeto da pesquisa: a prática dasfotografias memoriais e post-mortem e a análise da dimensão privada da imagem, sua intimidade e seu sentido relicário. Trata-se, em suma, de uma reflexão sobre o que a morte oculta e transforma em imagem, não somente como um jogo de visibilidades, mas, sobretudo, dentro de uma ideia fundamental de presença. A morte seria, então, uma espécie de transição do visível do corpo para um outro estado de visibilidade e presença, constituído a partir da ausência do corpo original. Desde sempre, o homem lida com o desaparecimento de um corpo fazendo imagens. Essas três instâncias o corpo, a morte, a imagem parecem estar absolutamente intrincadas na cultura, produzindo, juntas, um lugar de permanência.
publishDate 2015
dc.date.issued.fl_str_mv 2015-07-31
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-08-13T15:14:19Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-08-13T15:14:19Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/EBAC-A47KWU
url http://hdl.handle.net/1843/EBAC-A47KWU
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/EBAC-A47KWU/1/tese__carolina_junqueira_dos_santos.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/EBAC-A47KWU/2/tese__carolina_junqueira_dos_santos.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv d52061ae9bfd8445b8af4b6c5b205d6d
e792bc9f49f02bc839dd5ac576ed3848
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1793890960298475520