Cooperação e atividade: a construção das regras de trabalho na produção de feijão agroecológico de um assentamento de reforma agrária

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Camila Rolim Laricchia lattes
Orientador(a): Francisco de Paula Antunes Lima lattes
Banca de defesa: Pedro Ivan Christoffoli, Farid Eid, Vicente Aguilar Nepomuceno de Oliveira, Fernanda Santos Araújo, Giovanni Campos Fonseca
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção
Departamento: ENGENHARIA - ESCOLA DE ENGENHARIA
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/40887
Resumo: A organização cooperativa é uma alternativa de luta e resistência dos(as) trabalhadores(as) à competição capitalista, que conforma sujeitos egoístas e isolados. Para superar essa condição, movimentos camponeses organizados estimulam a cooperação agrícola em assentamentos. No entanto, essas experiências encontram dificuldades para conciliar interesses individuais e coletivos. A fim de refletir sobre uma estratégia de desenvolvimento de cooperação na produção agroecológica que seja capaz de superar os limites atuais, esta tese analisa as práticas de produção coletiva no PDS Osvaldo de Oliveira, um assentamento rural fruto da luta pela terra do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra, localizado em Córrego do Ouro, distrito de Macaé, no Rio de Janeiro. Almejamos contribuir analiticamente com os estudos sobre cooperação agrícola, teorizando sobre a dinâmica ontológica da cooperação e compreendendo detalhes das relações subjetivas na produção e uso das regras de trabalho. Com base nessas análises teóricas, uma contribuição de caráter prático que pretendemos é apoiar a formulação de estratégias de desenvolvimento da cooperação nos assentamentos rurais. Para isso, analisamos a concepção e o uso das regras de trabalho em coletivos de produção de feijão agroecológico composto pelos(as) assentados(as) do PDS Osvaldo de Oliveira, realizamos uma breve análise histórica das decisões estratégicas sobre cooperação agrícola pelo MST e recuperamos estudos sobre cooperação e trabalho coletivo, como a teoria chayanoviana e as Clínicas do Trabalho (ergologia, psicodinâmica do trabalho e clínica da atividade). Concluímos que: os coletivos são compostos por pessoas com interesses particulares que devem ser reconhecidos; a formulação e transformação das regras de trabalho pelo grupo, bem como a criação de dispositivos de confiança, podem mediar os conflitos advindos das diferenças interindividuais; como as pessoas são diferentes e as regras sempre possuem um risco de não serem cumpridas, os conflitos fazem parte do trabalho coletivo; a cooperação será facilitada se as pessoas possuírem habilidades dialógicas e de mediação de conflitos; e o desenvolvimento da cooperação em coletivos de produção agrícola pode ser mais demorado do que em outros tipos de coletivos, como de comercialização e compartilhamento de máquinas, pois a formulação das regras de trabalho com relação à participação e à distribuição dos resultados é mais complexa. Os resultados do trabalho de campo mostraram que a cooperação é um processo de aprendizado coletivo sobre trabalhar juntos, que se inicia na própria experiência de trabalho e não pela doutrinação das virtudes da cooperação, podendo se manter, ampliar ou mesmo reverter dependendo das avaliações subjetivas dos seus resultados concretos.
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A fim de refletir sobre uma estratégia de desenvolvimento de cooperação na produção agroecológica que seja capaz de superar os limites atuais, esta tese analisa as práticas de produção coletiva no PDS Osvaldo de Oliveira, um assentamento rural fruto da luta pela terra do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra, localizado em Córrego do Ouro, distrito de Macaé, no Rio de Janeiro. Almejamos contribuir analiticamente com os estudos sobre cooperação agrícola, teorizando sobre a dinâmica ontológica da cooperação e compreendendo detalhes das relações subjetivas na produção e uso das regras de trabalho. Com base nessas análises teóricas, uma contribuição de caráter prático que pretendemos é apoiar a formulação de estratégias de desenvolvimento da cooperação nos assentamentos rurais. Para isso, analisamos a concepção e o uso das regras de trabalho em coletivos de produção de feijão agroecológico composto pelos(as) assentados(as) do PDS Osvaldo de Oliveira, realizamos uma breve análise histórica das decisões estratégicas sobre cooperação agrícola pelo MST e recuperamos estudos sobre cooperação e trabalho coletivo, como a teoria chayanoviana e as Clínicas do Trabalho (ergologia, psicodinâmica do trabalho e clínica da atividade). Concluímos que: os coletivos são compostos por pessoas com interesses particulares que devem ser reconhecidos; a formulação e transformação das regras de trabalho pelo grupo, bem como a criação de dispositivos de confiança, podem mediar os conflitos advindos das diferenças interindividuais; como as pessoas são diferentes e as regras sempre possuem um risco de não serem cumpridas, os conflitos fazem parte do trabalho coletivo; a cooperação será facilitada se as pessoas possuírem habilidades dialógicas e de mediação de conflitos; e o desenvolvimento da cooperação em coletivos de produção agrícola pode ser mais demorado do que em outros tipos de coletivos, como de comercialização e compartilhamento de máquinas, pois a formulação das regras de trabalho com relação à participação e à distribuição dos resultados é mais complexa. Os resultados do trabalho de campo mostraram que a cooperação é um processo de aprendizado coletivo sobre trabalhar juntos, que se inicia na própria experiência de trabalho e não pela doutrinação das virtudes da cooperação, podendo se manter, ampliar ou mesmo reverter dependendo das avaliações subjetivas dos seus resultados concretos.Cooperative organization is an alternative of struggle and resistance of workers to capitalist competition, which conforms selfish and isolated. To overcome this condition, organized peasant movements encourage agricultural cooperation in rural settlements. However, these experiences face difficulties in reconciling individual and collective interests. In order to reflect on a development strategy for cooperation in agroecological production that is capable of overcoming current limits, this thesis analyzes collective production practices in the PDS Osvaldo de Oliveira, a rural settlement that resulted from the Landless Rural Workers Movement's (MST) struggle for land, located in Córrego do Ouro, Macaé district, in Rio de Janeiro. We aim to contribute analytically to studies on agricultural cooperation, theorizing about the ontological dynamics of cooperation and understanding details of subjective relationships in the production and use of work rules. Based on these theoretical analyses, a practical contribution that we intend is to support the formulation of development strategies for cooperation in rural settlements. For this, we analyzed the conception and use of work rules in agroecological bean production collectives composed of PDS Osvaldo de Oliveira settlers, we carried out a brief historical analysis of strategic decisions on agricultural cooperation by the MST and retrieved studies on cooperation and collective work, such as Chayanovian theory and Work Clinics (ergology, psychodynamics of work, activity clinic). We conclude that: collectives are composed of persons with particular interests that must be recognized; the formulation and transformation of work rules by the group, as well as the creation of trust devices, can mediate conflicts arising from inter-individual differences; as people are different and the rules always have a risk of not being followed, conflicts are part of the collective work; cooperation will be facilitated if people have dialogic and conflict mediation skills; and the development of cooperation in agricultural production collectives can take longer than in other types of collectives, such as commercialization and machine sharing, since the formulation of work rules regarding participation and distribution of results is more complex. The results of the fieldwork showed that cooperation is a collective learning process about working together, that begins in the work experience itself and not through the indoctrination of the virtues of cooperation, and which can be maintained, expanded or even reversed depending on the subjective evaluations of the its results.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Engenharia de ProduçãoUFMGBrasilENGENHARIA - ESCOLA DE ENGENHARIAhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessEngenharia de produçãoCooperaçãoAgricultura familiarCamponesesReforma agrariaCooperação na produçãoAgricultura camponesaRegras de trabalhoReforma agráriaConflitos organizacionaisCooperação e atividade: a construção das regras de trabalho na produção de feijão agroecológico de um assentamento de reforma agráriainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINAL220322 - Tese Camila - FINAL.pdf220322 - Tese Camila - FINAL.pdfapplication/pdf4436262https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/40887/1/220322%20-%20Tese%20Camila%20-%20FINAL.pdf41afb7d0ceb8845d6f85ebd5606db21dMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/40887/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/40887/3/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD531843/408872022-04-07 15:30:50.447oai:repositorio.ufmg.br:1843/40887TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-04-07T18:30:50Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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