Produção textual no ensino médio: um estudo da proficiência escritora na redação do Enem.

• Ano de defesa: 2019
• Autor(a) principal: Glícia Juliana Leandro Lemos
• Orientador(a): Suzana dos Santos Gomes
• Banca de defesa: Hércules Tolêdo Corrêa, Aracy Alves Martins, Jussara Bueno de Queiroz Paschoalino
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação - Conhecimento e Inclusão Social
• Departamento: FAE - FACULDADE DE EDUCAÇÃO
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Produção textual; Proficiência escritora; Enem; Ensino médio
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/48926

A pesquisa tem como objetivos: 1) compreender e analisar a concepção de texto e de produção textual dos alunos e do professor; 2) identificar, nos textos produzidos pelos alunos sujeitos da pesquisa, as dificuldades e as potencialidades das suas produções textuais; 3) compreender e analisar como as competências e as habilidades da matriz de referência da redação do Enem são exploradas pelos professores de Língua Portuguesa na sua prática pedagógica docente. O estudo foi realizado no contexto de uma escola da Rede Pública Estadual de Ensino de Minas Gerais, em uma turma de 3º ano do Ensino Médio. Para o desenvolvimento deste estudo, optou-se pela pesquisa qualitativa numa abordagem sócio-histórica, desenvolvida em três etapas: pesquisa bibliográfica, pesquisa documental e pesquisa de campo. Para atingir os objetivos propostos foram utilizados diferentes procedimentos para a coleta de dados, tais como: fontes orais e escritas, análise de documentos, dados estatísticos, entrevistas e observações. O aporte teórico envolveu autores do campo das políticas públicas educacionais, Ensino Médio e proficiência escritora, e destacam-se: Freire (1968; 1993; 1996), Bakhtin (1952-1953/2016; 1970-1971/2003), Vygotsky (1930/1991; 1986/2000; 1934/2001), Geraldi (1997; 2006), Gomes (2014, 2017), Marcuschi (2005, 2008), entre outros. Os resultados da pesquisa revelaram que as práticas pedagógicas, nas aulas de produção textual, ainda reproduzem um ambiente de ensino-aprendizagem e de condições de produção textual artificiais e sem contextualização, típicas da atividade de redação escolar. Nesse contexto, as produções textuais construídas pelos alunos são, em sua maioria, esvaziadas da função comunicativa, sendo reduzidas a atividades realizadas para um interlocutor, o professor, e com uma finalidade, a avaliação. Observa-se, também por meio da análise dos dados, que o Enem, em especial a sua redação, influenciou no planejamento docente das atividades de produção textual e na seleção dos conteúdos a serem compartilhados com os alunos. Por último, ressalta-se a necessidade de um ensino-aprendizagem de produção de texto que proporcione ao aluno interagir, de forma autônoma e crítica, por meio da linguagem escrita, nas mais diversas situações comunicativas para participar ativamente da sociedade. Além disso, almejou-se, com a pesquisa, estimular a produção de subsídios para o aperfeiçoamento do processo de ensino-aprendizagem da produção textual e para a reflexão das práticas pedagógicas dos professores de Língua Portuguesa no Ensino Médio.