O que aconteceu? Indagações sobre o real nos acidentes de trabalho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Daniela Scarpa da Silva Costa lattes
Orientador(a): Daisy Moreira Cunha lattes
Banca de defesa: Admardo Bonifácio Gomes Júnior, Mònica Maria Farid Rahme, Daniel de Souza Costa Calvo, Andrea Maria Silveira
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação - Conhecimento e Inclusão Social
Departamento: FAE - FACULDADE DE EDUCAÇÃO
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
ato
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/38028
Resumo: Esta tese foi desenvolvida por meio de uma pesquisa teórica, com leitura interpretativa e discussão de vinhetas clínicas extraídas do campo de estudo que se articulam com a prática clínica e as formalizações realizadas a partir dessas interpretações. As clínicas do trabalho, em especial a Ergologia de Yves Schwartz e a psicanálise dos ensinos de Freud e Lacan, constituíram as orientações teóricas que sustentaram a construção desta investigação, seja por meio do estudo direto desses autores ou de autores contemporâneos que se orientam nessas vertentes. O problema que motivou esta pesquisa considera que os acidentes de trabalho são um fenômeno multicausal. Portanto, o que podemos escutar do sujeito, nesse contexto, a partir de suas significações? Assim, estabeleceu-se, como objetivo geral, escutar pacientes atendidos nos ambulatórios do Hospital João XXIII, em Belo Horizonte, para contribuir com análises sobre as configurações de real nos acidentes de trabalho. A escuta como elemento teórico – metodológico para a Psicanálise e para a Ergologia expõe toda a sua primazia neste trabalho. O caminho percorrido passou por um estudo sobre o real nos acidentes de trabalho e pelas categorias: contingência, acting-out, passagem ao ato, atos falhos, crenças / recusa de saber e as condições de trabalho (gestão). Considerou-se neste estudo que, desde Freud, os atos não são inocentes, não são meros movimentos. Eles têm uma significação. Logo, a noção de ato é associada na Psicanálise à noção de inconsciente e linguagem. Se o que rege as relações humanas é a linguagem, o ato busca um atravessamento do código simbólico, na tentativa de sair de sua indeterminação. Pensar o real do acontecimento, atravessado pelas normas, real que se presentifica no próprio ato do sujeito, pensar o “uso de si” relacionado ao contexto do trabalho possibilita uma visibilidade ao modo de funcionamento singular de cada sujeito nas dimensões de sentido que o inconsciente comporta diante do mal-estar produzido no trabalho por meio da lógica imposta pelo mundo capitalista. Sob essa perspectiva, avalia-se que o estudo realizado permitiu encontrar e examinar o ato nos acidentes de trabalho bem como estabelecer articulações teóricas entre o “uso de si” e o ato na vertente psicanalítica que trouxeram possibilidades para a escuta dos sujeitos envolvidos em acidentes de trabalho.
id UFMG_4b4de462208d79b58c8aa91384a59e71
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/38028
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Daisy Moreira Cunhahttp://lattes.cnpq.br/4473364474459994Admardo Bonifácio Gomes JúniorMònica Maria Farid RahmeDaniel de Souza Costa CalvoAndrea Maria Silveirahttp://lattes.cnpq.br/9050634489495767Daniela Scarpa da Silva Costa2021-09-15T13:57:09Z2021-09-15T13:57:09Z2021-02-25http://hdl.handle.net/1843/38028Esta tese foi desenvolvida por meio de uma pesquisa teórica, com leitura interpretativa e discussão de vinhetas clínicas extraídas do campo de estudo que se articulam com a prática clínica e as formalizações realizadas a partir dessas interpretações. As clínicas do trabalho, em especial a Ergologia de Yves Schwartz e a psicanálise dos ensinos de Freud e Lacan, constituíram as orientações teóricas que sustentaram a construção desta investigação, seja por meio do estudo direto desses autores ou de autores contemporâneos que se orientam nessas vertentes. O problema que motivou esta pesquisa considera que os acidentes de trabalho são um fenômeno multicausal. Portanto, o que podemos escutar do sujeito, nesse contexto, a partir de suas significações? Assim, estabeleceu-se, como objetivo geral, escutar pacientes atendidos nos ambulatórios do Hospital João XXIII, em Belo Horizonte, para contribuir com análises sobre as configurações de real nos acidentes de trabalho. A escuta como elemento teórico – metodológico para a Psicanálise e para a Ergologia expõe toda a sua primazia neste trabalho. O caminho percorrido passou por um estudo sobre o real nos acidentes de trabalho e pelas categorias: contingência, acting-out, passagem ao ato, atos falhos, crenças / recusa de saber e as condições de trabalho (gestão). Considerou-se neste estudo que, desde Freud, os atos não são inocentes, não são meros movimentos. Eles têm uma significação. Logo, a noção de ato é associada na Psicanálise à noção de inconsciente e linguagem. Se o que rege as relações humanas é a linguagem, o ato busca um atravessamento do código simbólico, na tentativa de sair de sua indeterminação. Pensar o real do acontecimento, atravessado pelas normas, real que se presentifica no próprio ato do sujeito, pensar o “uso de si” relacionado ao contexto do trabalho possibilita uma visibilidade ao modo de funcionamento singular de cada sujeito nas dimensões de sentido que o inconsciente comporta diante do mal-estar produzido no trabalho por meio da lógica imposta pelo mundo capitalista. Sob essa perspectiva, avalia-se que o estudo realizado permitiu encontrar e examinar o ato nos acidentes de trabalho bem como estabelecer articulações teóricas entre o “uso de si” e o ato na vertente psicanalítica que trouxeram possibilidades para a escuta dos sujeitos envolvidos em acidentes de trabalho.This thesis was developed through a theoretical research, with interpretive reading and discussion of clinical vignettes extracted from the research field that are articulated with the formalizations performed and the clinical practice. The work clinics, especially the Ergology of Yves Schwartz and the psychoanalysis of the teachings of Freud and Lacan, constituted the theoretical orientations that supported the construction of the research, either through the direct study of these authors or contemporary authors who are oriented in these aspects. The problem that motivated the research considers that work accidents are a multi-causal phenomenon, what can we hear from the subject, in this context, from their meanings? Thus, the general objective of listening to patients seen at the outpatient clinics of Hospital João XXIII, in Belo Horizonte, was established, in order to contribute to analyzes of the real settings in work accidents. Listening as a theoretical - methodological element for Psychoanalysis and Ergology exposes all its primacy in this work. The path followed went through a study of the real in work accidents through the categories: contingency, acting-out, transition to the act, flawed acts, beliefs / refusal to know and working conditions (management). Considering that, since Freud, acts are not innocent, they are not mere movements, they have a meaning and that the notion of act is associated in Psychoanalysis to the notion of unconscious and language. If language is governed by human relations, the act seeks a crossing of the symbolic code, in an attempt to get out of its indeterminacy. Thinking the real of the event, crossed by the norms, real that becomes present in the subject's own act, thinking about the “use of oneself” related to the work context allows a visibility to the individual mode of operation of each subject in the dimensions of meaning that the unconscious behaves in the face of the malaise produced at work through of the logic imposed by the capitalist world. It is considered that the study made it possible to find, examine the act in accidents at work as well as establish theoretical articulations between the "use of self" and the act in the psychoanalytic aspect that brought possibilities for listening to the subjects involved in accidents at work.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Educação - Conhecimento e Inclusão SocialUFMGBrasilFAE - FACULDADE DE EDUCAÇÃOEducaçãoPsicanálise e educaçãoPsicologia industrialAcidentes do trabalho - Aspectos psicológicosAcidentes do trabalho - Aspectos sociológicosTrabalho - Aspectos psicológicosTrabalho - Aspectos sociológicosTrabalhadores - Aspectos psicológicosCiências sociais e psicanálisePsicanáliseAcidentes de trabalhouso de siContingênciaRealatoO que aconteceu? Indagações sobre o real nos acidentes de trabalhoWhat happened? Inquiries about the real in work accidentsinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALÚltima versão revisada Daniela Scarpa da Silva Costa 7 julho.pdfÚltima versão revisada Daniela Scarpa da Silva Costa 7 julho.pdfapplication/pdf1139371https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/38028/1/%c3%9altima%20vers%c3%a3o%20revisada%20Daniela%20Scarpa%20da%20Silva%20Costa%207%20julho.pdf675f465e56afe6245b2f8126814de586MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/38028/2/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD521843/380282021-09-15 10:57:09.704oai:repositorio.ufmg.br:1843/38028TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2021-09-15T13:57:09Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv O que aconteceu? Indagações sobre o real nos acidentes de trabalho
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv What happened? Inquiries about the real in work accidents
title O que aconteceu? Indagações sobre o real nos acidentes de trabalho
spellingShingle O que aconteceu? Indagações sobre o real nos acidentes de trabalho
Daniela Scarpa da Silva Costa
Acidentes de trabalho
uso de si
Contingência
Real
ato
Educação
Psicanálise e educação
Psicologia industrial
Acidentes do trabalho - Aspectos psicológicos
Acidentes do trabalho - Aspectos sociológicos
Trabalho - Aspectos psicológicos
Trabalho - Aspectos sociológicos
Trabalhadores - Aspectos psicológicos
Ciências sociais e psicanálise
Psicanálise
title_short O que aconteceu? Indagações sobre o real nos acidentes de trabalho
title_full O que aconteceu? Indagações sobre o real nos acidentes de trabalho
title_fullStr O que aconteceu? Indagações sobre o real nos acidentes de trabalho
title_full_unstemmed O que aconteceu? Indagações sobre o real nos acidentes de trabalho
title_sort O que aconteceu? Indagações sobre o real nos acidentes de trabalho
author Daniela Scarpa da Silva Costa
author_facet Daniela Scarpa da Silva Costa
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Daisy Moreira Cunha
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/4473364474459994
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Admardo Bonifácio Gomes Júnior
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Mònica Maria Farid Rahme
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Daniel de Souza Costa Calvo
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Andrea Maria Silveira
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/9050634489495767
dc.contributor.author.fl_str_mv Daniela Scarpa da Silva Costa
contributor_str_mv Daisy Moreira Cunha
Admardo Bonifácio Gomes Júnior
Mònica Maria Farid Rahme
Daniel de Souza Costa Calvo
Andrea Maria Silveira
dc.subject.por.fl_str_mv Acidentes de trabalho
uso de si
Contingência
Real
ato
topic Acidentes de trabalho
uso de si
Contingência
Real
ato
Educação
Psicanálise e educação
Psicologia industrial
Acidentes do trabalho - Aspectos psicológicos
Acidentes do trabalho - Aspectos sociológicos
Trabalho - Aspectos psicológicos
Trabalho - Aspectos sociológicos
Trabalhadores - Aspectos psicológicos
Ciências sociais e psicanálise
Psicanálise
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Educação
Psicanálise e educação
Psicologia industrial
Acidentes do trabalho - Aspectos psicológicos
Acidentes do trabalho - Aspectos sociológicos
Trabalho - Aspectos psicológicos
Trabalho - Aspectos sociológicos
Trabalhadores - Aspectos psicológicos
Ciências sociais e psicanálise
Psicanálise
description Esta tese foi desenvolvida por meio de uma pesquisa teórica, com leitura interpretativa e discussão de vinhetas clínicas extraídas do campo de estudo que se articulam com a prática clínica e as formalizações realizadas a partir dessas interpretações. As clínicas do trabalho, em especial a Ergologia de Yves Schwartz e a psicanálise dos ensinos de Freud e Lacan, constituíram as orientações teóricas que sustentaram a construção desta investigação, seja por meio do estudo direto desses autores ou de autores contemporâneos que se orientam nessas vertentes. O problema que motivou esta pesquisa considera que os acidentes de trabalho são um fenômeno multicausal. Portanto, o que podemos escutar do sujeito, nesse contexto, a partir de suas significações? Assim, estabeleceu-se, como objetivo geral, escutar pacientes atendidos nos ambulatórios do Hospital João XXIII, em Belo Horizonte, para contribuir com análises sobre as configurações de real nos acidentes de trabalho. A escuta como elemento teórico – metodológico para a Psicanálise e para a Ergologia expõe toda a sua primazia neste trabalho. O caminho percorrido passou por um estudo sobre o real nos acidentes de trabalho e pelas categorias: contingência, acting-out, passagem ao ato, atos falhos, crenças / recusa de saber e as condições de trabalho (gestão). Considerou-se neste estudo que, desde Freud, os atos não são inocentes, não são meros movimentos. Eles têm uma significação. Logo, a noção de ato é associada na Psicanálise à noção de inconsciente e linguagem. Se o que rege as relações humanas é a linguagem, o ato busca um atravessamento do código simbólico, na tentativa de sair de sua indeterminação. Pensar o real do acontecimento, atravessado pelas normas, real que se presentifica no próprio ato do sujeito, pensar o “uso de si” relacionado ao contexto do trabalho possibilita uma visibilidade ao modo de funcionamento singular de cada sujeito nas dimensões de sentido que o inconsciente comporta diante do mal-estar produzido no trabalho por meio da lógica imposta pelo mundo capitalista. Sob essa perspectiva, avalia-se que o estudo realizado permitiu encontrar e examinar o ato nos acidentes de trabalho bem como estabelecer articulações teóricas entre o “uso de si” e o ato na vertente psicanalítica que trouxeram possibilidades para a escuta dos sujeitos envolvidos em acidentes de trabalho.
publishDate 2021
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2021-09-15T13:57:09Z
dc.date.available.fl_str_mv 2021-09-15T13:57:09Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2021-02-25
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/38028
url http://hdl.handle.net/1843/38028
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Educação - Conhecimento e Inclusão Social
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv FAE - FACULDADE DE EDUCAÇÃO
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/38028/1/%c3%9altima%20vers%c3%a3o%20revisada%20Daniela%20Scarpa%20da%20Silva%20Costa%207%20julho.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/38028/2/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 675f465e56afe6245b2f8126814de586
cda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1797973056727023616