A Sagração da Primavera: um diálogo entre a semiótica e a dança
Ano de defesa: | 2014 |
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Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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País: |
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/MGSS-9VNPBT |
Resumo: | O propósito desta tese é analisar A Sagração da Primavera, obra das mais importantes realizadas no século XX, por meio de uma interface entre a semiótica de linha francesa e a dança. O corpus da pesquisa está delimitado pelos espetáculos de dança coreografados porVaslav Nijinsky em 1913 e por Pina Bausch em 1975, ambos publicados no YouTube. Metodologicamente, o semissimbolismo, o sincretismo, a semiótica visual e a semiótica tensiva foram os caminhos escolhidos para identificarmos os mecanismos de produção de sentido do corpus. Por meio das análises dos vídeos selecionados, os espetáculosconfiguraram-se como textos e objetos artísticos submetidos à linguagem audiovisual digital. Dessa forma os efeitos coreográficos foram submetidos também à linguagem gerenciada pelas câmeras de filmagem que criaram outras correlações com a linguagem dos coreógrafos. As análises semissimbólicas apontaram para o ritual: a passagem para a continuidade da vida em que as categorias identidade vs. alteridade e vida vs. morte são construídas lado a lado nos espetáculos analisados. Os resultados da pesquisa corroboraram para a confirmação das hipóteses referentes à existência da ossibilidade de diálogo entre as categorias da semiótica visual e as categorias da pesquisa em dança. Outra constatação importante é que embora os coreógrafos utilizem a mesma música e a temática do sacrifício em suas coreografias, há diferenças na construção de sentido entre as obras. Sobretudo ao revelarem personagens e heroínas cujas vozes expressam-se apaixonadas. Tais vozes são carregadas de sentimentos embrenhados num envelope corporal que se inscreve como receptor e emissor, em meio a valores socioculturais e paradigmas que se reconstroem e reproduzem dia após dia. |
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Ana Cristina Fricke MatteOlga Valeska Soares CoelhoDaniervelin Renata Marques PereiraGlaucia Muniz Proenca LaraArnaldo Leite de AlvarengaConrado Moreira MendesIsabel Cristina Vieira Coimbra Diniz2019-08-11T21:36:27Z2019-08-11T21:36:27Z2014-12-22http://hdl.handle.net/1843/MGSS-9VNPBTO propósito desta tese é analisar A Sagração da Primavera, obra das mais importantes realizadas no século XX, por meio de uma interface entre a semiótica de linha francesa e a dança. O corpus da pesquisa está delimitado pelos espetáculos de dança coreografados porVaslav Nijinsky em 1913 e por Pina Bausch em 1975, ambos publicados no YouTube. Metodologicamente, o semissimbolismo, o sincretismo, a semiótica visual e a semiótica tensiva foram os caminhos escolhidos para identificarmos os mecanismos de produção de sentido do corpus. Por meio das análises dos vídeos selecionados, os espetáculosconfiguraram-se como textos e objetos artísticos submetidos à linguagem audiovisual digital. Dessa forma os efeitos coreográficos foram submetidos também à linguagem gerenciada pelas câmeras de filmagem que criaram outras correlações com a linguagem dos coreógrafos. As análises semissimbólicas apontaram para o ritual: a passagem para a continuidade da vida em que as categorias identidade vs. alteridade e vida vs. morte são construídas lado a lado nos espetáculos analisados. Os resultados da pesquisa corroboraram para a confirmação das hipóteses referentes à existência da ossibilidade de diálogo entre as categorias da semiótica visual e as categorias da pesquisa em dança. Outra constatação importante é que embora os coreógrafos utilizem a mesma música e a temática do sacrifício em suas coreografias, há diferenças na construção de sentido entre as obras. Sobretudo ao revelarem personagens e heroínas cujas vozes expressam-se apaixonadas. Tais vozes são carregadas de sentimentos embrenhados num envelope corporal que se inscreve como receptor e emissor, em meio a valores socioculturais e paradigmas que se reconstroem e reproduzem dia após dia.L'objectif de cette thèse est d'analyser Le Sacre du Printemps, lune des oeuvres les plus importantes réalisée au cours du XXe siècle, par l'intermédiaire d'une interface entre la sémiotique en ligne française et la danse. Le corpus de la recherche est délimité par les spectacles de danse chorégraphié par Vaslav Nijinski en 1913 et par Pina Bausch en 1975, les deux publiés sur YouTube. Sur le plan méthodologique, le semi-symbolisme, le syncrétisme, la sémiotique visuelle et la sémiotique tensive ont été choisis pour identifier les mécanismes deproduction de sens du corpus. Par le moyen des analyses des vidéos sélectionnées, les spectacles ont été configurés en tant que textes et en tant quobjets d'art soumis au langage audiovisuel numérique. Ainsi les effets chorégraphiques ont aussi été soumis à la langue géréepar les caméras, ce qui a créé d'autres corrélations avec le langage des chorégraphes. Les analyses semi-simboliques des oeuvres ont souligné le rituel de passage pour la continuité de la vie où les catégories identité vs. altérité et vie vs. mort ont été construites côté à côté dans les spectacles analysés. Les résultats de l'étude ont corroboré pour la confirmation des hypothèses concernant l'existence de la possibilité d'un dialogue entre les catégories de la sémiotique visuelle et les catégories de la recherche en danse. Une autre constatation est quebien que les chorégraphes utilisent la même musique et le thème du sacrifice dans leurs chorégraphies, il y a des différences dans la construction du sens entre les oeuvres. Surtout quand on révèle des personnages et des héroïnes dont "les voix" sexpriment passionnée.Chargées de sentiments imbriqués dans une enveloppe corporelle qui tombe sous forme de récepteur et d'émetteur, parmi des valeurs et des paradigmes socioculturels qui sont reconstruits et se reproduisent de jour après jour.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGNijinsky, Vaslav , 1890-1950 Sagração da primavera Crítica e interpretaçãoSemiótica e dançaLinguagem corporalBausch, Pina , 1940-2009 Sagração da primavera Crítica e interpretaçãoArte e tecnologiaPercepção visual do movimentoTecnologiaDançaSincretismoSemiótica FrancesaSemissimbolismoA Sagração da Primavera: um diálogo entre a semiótica e a dançainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALsagra__o_da_primavera_um_di_logo_entre_a_semi_tica_e_a_dan_a.pdfapplication/pdf10643027https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/MGSS-9VNPBT/1/sagra__o_da_primavera_um_di_logo_entre_a_semi_tica_e_a_dan_a.pdf71cf957147c1e8baa90d63886fd2f5b2MD51TEXTsagra__o_da_primavera_um_di_logo_entre_a_semi_tica_e_a_dan_a.pdf.txtsagra__o_da_primavera_um_di_logo_entre_a_semi_tica_e_a_dan_a.pdf.txtExtracted texttext/plain515136https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/MGSS-9VNPBT/2/sagra__o_da_primavera_um_di_logo_entre_a_semi_tica_e_a_dan_a.pdf.txt5f43637fc861da2f7e2174122e9d88f0MD521843/MGSS-9VNPBT2019-11-14 10:04:20.001oai:repositorio.ufmg.br:1843/MGSS-9VNPBTRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T13:04:20Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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