Estudo de associação entre o transtorno bipolar e o gene da enzima triptofano hidroxilase 2

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Simone Becho de Campos
Orientador(a): Humberto Correa da Silva Filho
Banca de defesa: Debora Marques de Miranda, Fernando Silva Neves
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-8A8NCP
Resumo: O Transtorno Bipolar (TB) é um transtorno psiquiátrico caracterizado pela ocorrência de episódios de humor elevado que, em geral, se alternam com episódios de depressão. A prevalência ao longo da vida para o transtorno bipolar tipo I é estimada em 0,4 a 1,6% utilizando os critérios do DSM-IV. Disturbios no sistema serotoninérgico foram associados com patofisiologia dos transtornos afetivos, comportamento suicida e transtorno do pânico. A triptofano hidroxilase 2 (TPH2) é uma enzima limitante na via da síntese de serotonina e seu gene é considerado um importante gene candidato para transtornos psiquiátricos. O objetivo do nosso estudo foi investigar a possível associação entre polimorfismos no gene da TPH2 e a susceptibilidade ao TB, comportamento suicida e transtorno do pânico como comorbidade. Nossa amostra consistiu em 527 indivíduos (303 com diagnóstico do TB e 224 indivíduos controle) que foram genotipados utilizando oito TagSNPs (rs4448731, rs4565946, rs11179000, rs7955501, rs10506645, rs4760820, rs1487275, rs10879357). As análises estatísticas foram feitas utilizando os programas Unphased versão 3.0.12 e Haploview. As análises de associação de alelos, genótipos e haplótipos não mostraram associação genética significativa com o TB e o comportamento suicida. Encontramos associação significativa de alelo, genótipo, e haplótipo com a comorbidade de transtorno do pânico em pacientes com TB e variantes no gene da TPH2. Nossos achados não suportam a associação entre TB, comportamento suicida e polimorfismos no gene da TPH2, mas sugerem que polimorfismos no gene da TPH2 podem conferir susceptibilidade a comorbidade pânico em pacientes com TB. Estudos adicionais são necessários para replicar a associação positiva que observamos.
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