Egressos da Unidade de Acidente Vascular Cerebral: acesso aos serviços de saúde e seus preditores sociodemográficos e clínico-funcionais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Tamires Mariana de Freitas Vieira Dutra lattes
Orientador(a): Christina Danielli Coelho de Morais Faria lattes
Banca de defesa: Larissa Tavares Aguiar, Aline Alvim Scianni
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação
Departamento: EEF - DEPARTAMENTO DE FISIOTERAPIA
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/35192
https://orcid.org/0000-0001-6887-0895
Resumo: Após o Acidente Vascular Cerebral (AVC), o acesso aos serviços de saúde para continuidade dos cuidados é fundamental e deve ser proporcionado de forma integral e multiprofissional, de acordo com as necessidades individuais. No Brasil, há políticas públicas e recomendações de cuidados para indivíduos pós-AVC. Contudo, informações sobre acesso aos serviços de saúde desta população são escassas. Os objetivos deste estudo foram caracterizar o acesso aos serviços de saúde, comparar o “acesso real” ao “acesso esperado”, e determinar os preditores sociodemográficos e clínico-funcionais, no primeiro mês (T1) após a alta hospitalar de uma Unidade de Acidente Vascular Cerebral (U-AVC). Durante seis meses (setembro/2019-fevereiro/2020), indivíduos com idade≥20 anos, identificados em uma U-AVC de Belo Horizonte/MG, com primeiro AVC e sem incapacidades prévias, foram incluídos e avaliados na alta hospitalar (T0) quanto a características sociodemográficas (sexo, idade, escolaridade, nível socioeconômico) e clínico-funcionais (gravidade do AVC e nível de incapacidade). Em T1, por telefone, foram coletadas informações sobre o acesso aos serviços de saúde (“acesso real”). Para comparação ao “acesso esperado” (encaminhamentos dos profissionais da U-AVC), utilizou-se estatística descritiva e teste de Wilcoxon e, para identificar os preditores, regressão logística binária (α=5%). Foram identificados 260 indivíduos, sendo incluídos 116 e 78 avaliados em T1: maioria do sexo feminino (53%), com média de idade de 60±16 anos, com menos de quatro anos de estudo (50%), com incapacidade leve (53%) e nível de gravidade do AVC leve (50%) o mais comum. Todos receberam pelo menos um encaminhamento. O acesso aos serviços de saúde em T1 foi obtido pela maioria dos indivíduos (77%;60/78), de forma parcial em relação ao esperado (70%;42/60), sendo a quantidade de “acesso real” (n=122) significativamente menor ao “acesso esperado” (n=249) (p<0,001). Os serviços públicos (88%;53/60) e médicos (93%;56/60) foram os mais acessados. Considerando a relação entre “acesso real” e “acesso esperado”, os serviços médicos (56/78;72%), de fonoaudiologia (15/21;71%) e fisioterapia (26/43;61%) obtiveram melhores resultados. O de terapia ocupacional foi, proporcionalmente, o de menor acesso (17/74;23%) e nenhum acesso aos serviços de psicologia e social foi observado, apesar dos encaminhamentos realizados (cinco e três, respectivamente). O sexo (OR=18,92;p=0,01) e a escolaridade (OR=1,48;p=0,04) foram os preditores significantes do acesso. O fato da maioria dos indivíduos terem obtido acesso aos serviços de saúde em um mês da alta hospitalar caracteriza o funcionamento positivo do sistema público de saúde de Belo Horizonte/MG. Porém, este acesso foi prioritariamente a serviços médicos e significativamente inferior ao esperado, demonstrando que as necessidades de cuidado integral e multiprofissional à saúde e funcionalidade da maioria desses indivíduos não estão sendo atendidas com um mês da alta hospitalar. Ser do sexo feminino e ter baixa escolaridade favoreceu o acesso, o que aponta, em parte, o atendimento a grupos de vulnerabilidade. Ressalta-se que os cuidados em saúde pós-AVC devem ser realizados o mais precoce possível para obtenção dos melhores resultados, por isso a necessidade da análise do acesso aos serviços de saúde em um mês pós-AVC. Contudo, este período pode ter sido insuficiente para o acesso a todos serviços de saúde esperado. Recomenda-se novos estudos com brasileiros de outras regiões e acompanhados por mais tempo.
id UFMG_7418b4389da73f04e3e5959452c09113
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/35192
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Christina Danielli Coelho de Morais Fariahttp://lattes.cnpq.br/7697752377640462Soraia Micaela SilvaLarissa Tavares AguiarAline Alvim Sciannihttp://lattes.cnpq.br/1101158627736255Tamires Mariana de Freitas Vieira Dutra2021-03-17T12:34:45Z2021-03-17T12:34:45Z2020-11-05http://hdl.handle.net/1843/35192https://orcid.org/0000-0001-6887-0895Após o Acidente Vascular Cerebral (AVC), o acesso aos serviços de saúde para continuidade dos cuidados é fundamental e deve ser proporcionado de forma integral e multiprofissional, de acordo com as necessidades individuais. No Brasil, há políticas públicas e recomendações de cuidados para indivíduos pós-AVC. Contudo, informações sobre acesso aos serviços de saúde desta população são escassas. Os objetivos deste estudo foram caracterizar o acesso aos serviços de saúde, comparar o “acesso real” ao “acesso esperado”, e determinar os preditores sociodemográficos e clínico-funcionais, no primeiro mês (T1) após a alta hospitalar de uma Unidade de Acidente Vascular Cerebral (U-AVC). Durante seis meses (setembro/2019-fevereiro/2020), indivíduos com idade≥20 anos, identificados em uma U-AVC de Belo Horizonte/MG, com primeiro AVC e sem incapacidades prévias, foram incluídos e avaliados na alta hospitalar (T0) quanto a características sociodemográficas (sexo, idade, escolaridade, nível socioeconômico) e clínico-funcionais (gravidade do AVC e nível de incapacidade). Em T1, por telefone, foram coletadas informações sobre o acesso aos serviços de saúde (“acesso real”). Para comparação ao “acesso esperado” (encaminhamentos dos profissionais da U-AVC), utilizou-se estatística descritiva e teste de Wilcoxon e, para identificar os preditores, regressão logística binária (α=5%). Foram identificados 260 indivíduos, sendo incluídos 116 e 78 avaliados em T1: maioria do sexo feminino (53%), com média de idade de 60±16 anos, com menos de quatro anos de estudo (50%), com incapacidade leve (53%) e nível de gravidade do AVC leve (50%) o mais comum. Todos receberam pelo menos um encaminhamento. O acesso aos serviços de saúde em T1 foi obtido pela maioria dos indivíduos (77%;60/78), de forma parcial em relação ao esperado (70%;42/60), sendo a quantidade de “acesso real” (n=122) significativamente menor ao “acesso esperado” (n=249) (p<0,001). Os serviços públicos (88%;53/60) e médicos (93%;56/60) foram os mais acessados. Considerando a relação entre “acesso real” e “acesso esperado”, os serviços médicos (56/78;72%), de fonoaudiologia (15/21;71%) e fisioterapia (26/43;61%) obtiveram melhores resultados. O de terapia ocupacional foi, proporcionalmente, o de menor acesso (17/74;23%) e nenhum acesso aos serviços de psicologia e social foi observado, apesar dos encaminhamentos realizados (cinco e três, respectivamente). O sexo (OR=18,92;p=0,01) e a escolaridade (OR=1,48;p=0,04) foram os preditores significantes do acesso. O fato da maioria dos indivíduos terem obtido acesso aos serviços de saúde em um mês da alta hospitalar caracteriza o funcionamento positivo do sistema público de saúde de Belo Horizonte/MG. Porém, este acesso foi prioritariamente a serviços médicos e significativamente inferior ao esperado, demonstrando que as necessidades de cuidado integral e multiprofissional à saúde e funcionalidade da maioria desses indivíduos não estão sendo atendidas com um mês da alta hospitalar. Ser do sexo feminino e ter baixa escolaridade favoreceu o acesso, o que aponta, em parte, o atendimento a grupos de vulnerabilidade. Ressalta-se que os cuidados em saúde pós-AVC devem ser realizados o mais precoce possível para obtenção dos melhores resultados, por isso a necessidade da análise do acesso aos serviços de saúde em um mês pós-AVC. Contudo, este período pode ter sido insuficiente para o acesso a todos serviços de saúde esperado. Recomenda-se novos estudos com brasileiros de outras regiões e acompanhados por mais tempo.After a stroke, access to health services for continuity of care is essential and must be provided in a comprehensive and multi-professional manner, according to individual needs. In Brazil, there are public policies and structured care recommendations for post-stroke individuals. However, information on access to health services for this population is scarce. The objectives of this study were to characterize access to health services, to compare “real access” to “expected access,” and to determine their sociodemographic and clinical-functional predictors in the first month (T1) after hospital discharge from an stroke unit. For six months (September/2019-February/2020), individuals aged ≥20 years, identified in a stroke unit in Belo Horizonte/MG with stroke for the first time and without previous disabilities, were included and evaluated at the time hospital discharge (T0) for characteristics sociodemographic (gender, age, education, and socioeconomic level) and clinical-functional (severity of stroke and level of disability). In T1, they were contacted by telephone to collect information about access to health services (“real access”). Descriptive statistics and Wilcoxon test were used to compare the “expected access” (referrals from stroke unit professionals), and binary logistic regression (α = 5%) was conducted to identify predictors. Therefore, 260 individuals were identified, including 116 and 78 assessed at T1: most were female (53%), with an average age of 60 ± 16 years, with less than four years of study (50%), with mild disability (53%) and severity level of mild stroke (50%) the most common. All received at least one referral. Access to health services in T1 was obtained by most individuals (77%;60/78), however, partially (70%;42/60) comparing to what was expected, with the amount of “real access” (n=122) significantly lower than the "expected access" (n=249) (p<0.001). Public services (88%;53/60) and doctors (93%;56/60) were the most accessed. Considering the proportional relationship between “real access” and “expected access”, medical services (56/78;72%), speech therapy (15/21;71%), and physical therapy (26/43;61%) obtained better results. Occupational therapy was, proportionally, the one with the lowest frequency of access (17/74;23%), and no access to psychology and social services was observed, despite the referrals made (five and three, respectively). Sex (OR=18.92;p=0.01) and education (OR=1.48;p=0.04) were the only significant predictors of access. The fact that most individuals obtained access to health services after just one month of hospital discharge positively characterizes the functioning of the public health system in Belo Horizonte/MG. Nevertheless, this access was primarily to medical services and significantly lower than expected, demonstrating that the needs for comprehensive and multi-professional health care and functionality of most of these individuals are not being met within a month of hospital discharge. Being female and having a low level of education favored access, which in parts indicates the care for vulnerable groups. It is noteworthy that post-stroke health care must be performed as early as possible to obtain the best results, hence the need to analyze access to health services in first month after stroke. However, this period may have been insufficient for the expected access to all health services to be obtained. It is recommended further studies with Brazilian individuals from other regions a deeper investigation for a longer period.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoFAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas GeraisCAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Ciências da ReabilitaçãoUFMGBrasilEEF - DEPARTAMENTO DE FISIOTERAPIAhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessAcidentes vasculares cerebraisServiços de saúdeAssistência à saúdeEgressos da Unidade de Acidente Vascular Cerebral: acesso aos serviços de saúde e seus preditores sociodemográficos e clínico-funcionaisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALEGRESSOS DA UNIDADE DE ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL_ACESSO AOS SERVICOS DE SAUDE E SEUS PREDITORES SOCIODEMOGRAFICOS E CLINICO-FUNCIONAIS.pdfEGRESSOS DA UNIDADE DE ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL_ACESSO AOS SERVICOS DE SAUDE E SEUS PREDITORES SOCIODEMOGRAFICOS E CLINICO-FUNCIONAIS.pdfapplication/pdf1809358https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/35192/1/EGRESSOS%20DA%20UNIDADE%20DE%20ACIDENTE%20VASCULAR%20CEREBRAL_ACESSO%20AOS%20SERVICOS%20DE%20SAUDE%20E%20SEUS%20PREDITORES%20SOCIODEMOGRAFICOS%20E%20CLINICO-FUNCIONAIS.pdfd8cf2f3e1ef67bfc41bdd28af3a760e7MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/35192/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/35192/3/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD531843/351922021-03-17 09:34:45.942oai:repositorio.ufmg.br:1843/35192TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2021-03-17T12:34:45Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Egressos da Unidade de Acidente Vascular Cerebral: acesso aos serviços de saúde e seus preditores sociodemográficos e clínico-funcionais
title Egressos da Unidade de Acidente Vascular Cerebral: acesso aos serviços de saúde e seus preditores sociodemográficos e clínico-funcionais
spellingShingle Egressos da Unidade de Acidente Vascular Cerebral: acesso aos serviços de saúde e seus preditores sociodemográficos e clínico-funcionais
Tamires Mariana de Freitas Vieira Dutra
Acidentes vasculares cerebrais
Serviços de saúde
Assistência à saúde
title_short Egressos da Unidade de Acidente Vascular Cerebral: acesso aos serviços de saúde e seus preditores sociodemográficos e clínico-funcionais
title_full Egressos da Unidade de Acidente Vascular Cerebral: acesso aos serviços de saúde e seus preditores sociodemográficos e clínico-funcionais
title_fullStr Egressos da Unidade de Acidente Vascular Cerebral: acesso aos serviços de saúde e seus preditores sociodemográficos e clínico-funcionais
title_full_unstemmed Egressos da Unidade de Acidente Vascular Cerebral: acesso aos serviços de saúde e seus preditores sociodemográficos e clínico-funcionais
title_sort Egressos da Unidade de Acidente Vascular Cerebral: acesso aos serviços de saúde e seus preditores sociodemográficos e clínico-funcionais
author Tamires Mariana de Freitas Vieira Dutra
author_facet Tamires Mariana de Freitas Vieira Dutra
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Christina Danielli Coelho de Morais Faria
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/7697752377640462
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Soraia Micaela Silva
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Larissa Tavares Aguiar
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Aline Alvim Scianni
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/1101158627736255
dc.contributor.author.fl_str_mv Tamires Mariana de Freitas Vieira Dutra
contributor_str_mv Christina Danielli Coelho de Morais Faria
Soraia Micaela Silva
Larissa Tavares Aguiar
Aline Alvim Scianni
dc.subject.por.fl_str_mv Acidentes vasculares cerebrais
Serviços de saúde
Assistência à saúde
topic Acidentes vasculares cerebrais
Serviços de saúde
Assistência à saúde
description Após o Acidente Vascular Cerebral (AVC), o acesso aos serviços de saúde para continuidade dos cuidados é fundamental e deve ser proporcionado de forma integral e multiprofissional, de acordo com as necessidades individuais. No Brasil, há políticas públicas e recomendações de cuidados para indivíduos pós-AVC. Contudo, informações sobre acesso aos serviços de saúde desta população são escassas. Os objetivos deste estudo foram caracterizar o acesso aos serviços de saúde, comparar o “acesso real” ao “acesso esperado”, e determinar os preditores sociodemográficos e clínico-funcionais, no primeiro mês (T1) após a alta hospitalar de uma Unidade de Acidente Vascular Cerebral (U-AVC). Durante seis meses (setembro/2019-fevereiro/2020), indivíduos com idade≥20 anos, identificados em uma U-AVC de Belo Horizonte/MG, com primeiro AVC e sem incapacidades prévias, foram incluídos e avaliados na alta hospitalar (T0) quanto a características sociodemográficas (sexo, idade, escolaridade, nível socioeconômico) e clínico-funcionais (gravidade do AVC e nível de incapacidade). Em T1, por telefone, foram coletadas informações sobre o acesso aos serviços de saúde (“acesso real”). Para comparação ao “acesso esperado” (encaminhamentos dos profissionais da U-AVC), utilizou-se estatística descritiva e teste de Wilcoxon e, para identificar os preditores, regressão logística binária (α=5%). Foram identificados 260 indivíduos, sendo incluídos 116 e 78 avaliados em T1: maioria do sexo feminino (53%), com média de idade de 60±16 anos, com menos de quatro anos de estudo (50%), com incapacidade leve (53%) e nível de gravidade do AVC leve (50%) o mais comum. Todos receberam pelo menos um encaminhamento. O acesso aos serviços de saúde em T1 foi obtido pela maioria dos indivíduos (77%;60/78), de forma parcial em relação ao esperado (70%;42/60), sendo a quantidade de “acesso real” (n=122) significativamente menor ao “acesso esperado” (n=249) (p<0,001). Os serviços públicos (88%;53/60) e médicos (93%;56/60) foram os mais acessados. Considerando a relação entre “acesso real” e “acesso esperado”, os serviços médicos (56/78;72%), de fonoaudiologia (15/21;71%) e fisioterapia (26/43;61%) obtiveram melhores resultados. O de terapia ocupacional foi, proporcionalmente, o de menor acesso (17/74;23%) e nenhum acesso aos serviços de psicologia e social foi observado, apesar dos encaminhamentos realizados (cinco e três, respectivamente). O sexo (OR=18,92;p=0,01) e a escolaridade (OR=1,48;p=0,04) foram os preditores significantes do acesso. O fato da maioria dos indivíduos terem obtido acesso aos serviços de saúde em um mês da alta hospitalar caracteriza o funcionamento positivo do sistema público de saúde de Belo Horizonte/MG. Porém, este acesso foi prioritariamente a serviços médicos e significativamente inferior ao esperado, demonstrando que as necessidades de cuidado integral e multiprofissional à saúde e funcionalidade da maioria desses indivíduos não estão sendo atendidas com um mês da alta hospitalar. Ser do sexo feminino e ter baixa escolaridade favoreceu o acesso, o que aponta, em parte, o atendimento a grupos de vulnerabilidade. Ressalta-se que os cuidados em saúde pós-AVC devem ser realizados o mais precoce possível para obtenção dos melhores resultados, por isso a necessidade da análise do acesso aos serviços de saúde em um mês pós-AVC. Contudo, este período pode ter sido insuficiente para o acesso a todos serviços de saúde esperado. Recomenda-se novos estudos com brasileiros de outras regiões e acompanhados por mais tempo.
publishDate 2020
dc.date.issued.fl_str_mv 2020-11-05
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2021-03-17T12:34:45Z
dc.date.available.fl_str_mv 2021-03-17T12:34:45Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/35192
dc.identifier.orcid.pt_BR.fl_str_mv https://orcid.org/0000-0001-6887-0895
url http://hdl.handle.net/1843/35192
https://orcid.org/0000-0001-6887-0895
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv EEF - DEPARTAMENTO DE FISIOTERAPIA
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/35192/1/EGRESSOS%20DA%20UNIDADE%20DE%20ACIDENTE%20VASCULAR%20CEREBRAL_ACESSO%20AOS%20SERVICOS%20DE%20SAUDE%20E%20SEUS%20PREDITORES%20SOCIODEMOGRAFICOS%20E%20CLINICO-FUNCIONAIS.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/35192/2/license_rdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/35192/3/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv d8cf2f3e1ef67bfc41bdd28af3a760e7
cfd6801dba008cb6adbd9838b81582ab
34badce4be7e31e3adb4575ae96af679
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589705098330112