As modalidades do ato e sua singularidade na adolescência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Carla Almeida Capanema
Orientador(a): Angela Maria Resende Vorcaro
Banca de defesa: Cristina Moreira Marcos, Roberto Assis Ferreira
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8MHFDX
Resumo: Este estudo aborda o agir dos adolescentes como uma tentativa de saída frente aos impasses provocados pela entrada na puberdade, pelas mudanças corporais e pelo excedente pulsional, além da separação das figuras parentais e do encontro com o sexo, relacionando-os à angústia. Muitos jovens manifestam, diante da ausência de referências simbólicas que o apoiariam neste momento singular, irrupções não de um sintoma, mas de um agir. Trabalham-se, neste estudo, modalidades de ato: passagem ao ato e acting out, praticadas pelo sujeito em resposta ao seu mal-estar vivenciado, além da definição lacaniana de que todo ato verdadeiro comporta uma infração. A adolescência suscita o ato como algo que marca um antes e um depois, um atravessamento. Muitas vezes o ato constitui uma tentativa de inscrição, e quando seriado torna-se atividade rotineira, fazendo-se necessário recuperar a função de ato quando sua banalização o apaga. Somente o adolescente poderá reparar o seu ato desde que uma referência ao simbólico seja viabilizada. Através de casos clínicos, fazse a análise teórica dos atos infracionais cometidos por adolescentes em cumprimento de medida sócio-educativa e assistidos pelo Programa Liberdade Assistida lugar importante onde o jovem possa falar do seu ato, apostando que este ato possa vir a ser algo transformador, propiciador de uma retificação subjetiva. Nessa perspectiva, o verdadeiro ato infracional está do lado do poder público, em um programa cuja dimensão do singular é levada em conta para além da política universalizante, se dispondo a encarar essa situação tão banalizada pelo campo social
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