Gestão de águas urbanas: mobilização social em torno de rios invisíveis
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
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Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/IGCC-9K4NLN |
Resumo: | As cidades modernas se vendem como a imagem do progresso e, construídas sob a égide da razão, possibilitam um modelo tecnosanitário de intervenção nos rios urbanos. Refletindo sobre perspectivas de reinvenção de práticas sociais no planejamento urbano, discuto aberturas que o modelo de intervenção nos rios urbanos carece de considerar no entendimento do mundo. Busco fazer uma breve reflexão sobre os processos de ocupação da bacia hidrográfica do rio das Velhas e apresento a racionalidade técnica empreendida na construção da Nova Capital a partir da história do saneamento básico em Belo Horizonte, preconizada por uma visão higienista de intervenção no espaço. Busco, então, refletir sobre os espaços democráticos de participação popular, questionando como os poderes são compartilhados na gestão das águas, a partir da Política Nacional de Recursos Hídricos, na Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas. Considero que o Comitê do rio das Velhas e seus Subcomitês, juntamente com o Projeto Manuelzão e seus Núcleos, desenvolvem um movimento social na luta por rios vivos, depreendendo certa energia vital à descentralização das tomadas de decisões na gestão das águas nesta bacia. Dedico o último capítulo da pesquisa ao diálogo com os Núcleos Integrados do córrego Engenho Nogueira e o processo de integração entre eles. Dialogo com os grupos sobre a formação, as conquistas, os desafios de cada um e as relações com o poder público. Assim, trago reflexões sobre o Programa de Recuperação Ambiental de Belo Horizonte (DRENURBS), que tem a proposta de revitalização de rios/córregos indicando uma mudança significativa na política de saneamento. Questiono como se dá a participação popular, elucidando o que se entende por termos tão caros à práxis e à ciência como alianças de aprendizagem e governança, e termos que apresentam aberturas de diálogo como transdisciplinaridade e ecologia de saberes. Por fim, esta pesquisa registra os saberes e conhecimento dos sujeitos que participam da luta por rios vivos em ambientes urbanos. Procuro compreender suas visões de mundo o que se entende por política, cidadania, participação popular, ciência e senso comum , e assim tentar descobrir de que modo é que se constroem caminhos de diálogos, se fazem transposições de saberes e como se abrem frestas capazes de promover mudanças de percepção da realidade. |
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Cassio Eduardo Viana HissaRogata Soares Del GaudioAndre Velloso Batista FerreiraJose Geraldo PedrosaCarla Wstane de Souza Moreira2019-08-10T07:22:17Z2019-08-10T07:22:17Z2013-04-29http://hdl.handle.net/1843/IGCC-9K4NLNAs cidades modernas se vendem como a imagem do progresso e, construídas sob a égide da razão, possibilitam um modelo tecnosanitário de intervenção nos rios urbanos. Refletindo sobre perspectivas de reinvenção de práticas sociais no planejamento urbano, discuto aberturas que o modelo de intervenção nos rios urbanos carece de considerar no entendimento do mundo. Busco fazer uma breve reflexão sobre os processos de ocupação da bacia hidrográfica do rio das Velhas e apresento a racionalidade técnica empreendida na construção da Nova Capital a partir da história do saneamento básico em Belo Horizonte, preconizada por uma visão higienista de intervenção no espaço. 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Questiono como se dá a participação popular, elucidando o que se entende por termos tão caros à práxis e à ciência como alianças de aprendizagem e governança, e termos que apresentam aberturas de diálogo como transdisciplinaridade e ecologia de saberes. Por fim, esta pesquisa registra os saberes e conhecimento dos sujeitos que participam da luta por rios vivos em ambientes urbanos. Procuro compreender suas visões de mundo o que se entende por política, cidadania, participação popular, ciência e senso comum , e assim tentar descobrir de que modo é que se constroem caminhos de diálogos, se fazem transposições de saberes e como se abrem frestas capazes de promover mudanças de percepção da realidade.Modern cities are sold as the image of progress, and built under the aegis of reason, implementing a technosanitarial intervention model in urban rivers. Reflecting on reinvention prospects of social practices in urban planning, gaps are discussed that the intervention model of urban rivers fails to consider the complexity of the world. A brief reflection is made on the processes of occupation of the river basin of Rio das Velhas, and the technical rationality applied at the construction of the Nova Capital from the history of sanitation in Belo Horizonte is presented, from the point of view of spatial hygienical intervention. Then, a reflection on the democratical room for people participation was looked for, questioning how authority is shared in water management, starting with the National Policy on Water Resources in the Rio das Velhas basin. It is considered that the Committee of the Rio das Velhas and its subcomittees, along with the Manuelzão Project and its Centers, develop a social movement in the struggle for living rivers, deducing a vital energy from the decentralization of decision-making in water management in this basin. The last chapter of the research is devoted to the dialogue with the Integrated Centers of the Engenho Nogueira stream and their mutual integration process. The groups were interviewed about training, achievements, individual challenges and their relation with public authorities. Thus, reflections were brought forward on the on Environmental Recovery Program of Belo Horizonte (DRENURBS), which aims at revitalization of rivers and streams, indicating a significant change in the sanitation policy. A reflection on the popular participation, clarifying how terms such as learning alliance and governance is meant and others which opens dialogue like transdisciplinarity and knowledge ecology. Finally, this study records the knowledge and expertise of the individuals participating in the struggle for rivers living in urban environments. Trying to understand their world views consisting of politics, citizenship, participation, science and common se and thus trying to find ways to build dialogue paths of dialogues, if knowledge are transferred and how possibilities are created to promote changes in the perception of reality.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGCultura popularParticipação socialBacias hidrográficasSaberes popularesParticipação socialComitês de bacias hidrográficasGestão de águas urbanas: mobilização social em torno de rios invisíveisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALcarla_wstane_de_souza_moreira.pdfapplication/pdf12615533https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/IGCC-9K4NLN/1/carla_wstane_de_souza_moreira.pdf8d0f75255d2bbe3a1ef90e964d535b42MD51TEXTcarla_wstane_de_souza_moreira.pdf.txtcarla_wstane_de_souza_moreira.pdf.txtExtracted texttext/plain469410https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/IGCC-9K4NLN/2/carla_wstane_de_souza_moreira.pdf.txtcb21f3728773ce6906a4143de8e7f26eMD521843/IGCC-9K4NLN2019-11-14 05:24:07.546oai:repositorio.ufmg.br:1843/IGCC-9K4NLNRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T08:24:07Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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