A vara, a vela e o remo: trabalho e trabalhadores nos rios e portos do Recife oitocentista

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: AROUCHA, Davi Costa
Orientador(a): CHRISTILLINO, Cristiano Luis
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Historia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/28373
Resumo: Crescida entre ilhas estuarinas formadas pelo encontro dos rios Capibaribe e Beberibe com o mar, a cidade do Recife esteve desde cedo marcada por sua condição comercial e portuária. A forte presença dos rios e do porto como elementos definidores do espaço urbano local tornou essencial a existência de um ativo mundo do trabalho fluvial e portuário para a reprodução material de boa parte da vida social e econômica da cidade. Na primeira metade do século XIX, a partir de seu ancoradouro, o espaço urbano recifense consolidou uma posição de importante entreposto regional, responsável não só por articular a produção de açúcar e algodão do interior pernambucano com os mercados consumidores internacionais, mas também por intermediar, através da pequena cabotagem e da navegação fluvial, toda uma pequena rede de comércio de alimentos e bens de primeira necessidade entre vilas litorâneas e populações ribeirinhas das províncias de Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e sul do Ceará. As características físicas da hidrografia pernambucana e dos diversos portos litorâneos do litoral setentrional brasileiro impuseram, assim, grande importância e originalidade à cultura material desenvolvida entre os rios e estuários locais, conformando a predominância de três tipos específicos de embarcação: a canoa, a jangada e a barcaça. A bordo destas pequenas embarcações movia-se um universo social misto de trabalhadores, composto de escravos, libertos e homens livres pobres, que ainda tem sido pouco estudado pela historiografia pernambucana. Esta dissertação contém, assim, dois objetivos principais: em primeiro lugar, destacar os diversos papéis sociais e econômicos cumpridos pela pequena cabotagem e pelo pequeno transporte fluvial no Recife da primeira metade do século XIX; em segundo, analisar as experiências anônimas de vida e trabalho de canoeiros, jangadeiros e mestres-de-barcaça na conjuntura da sociedade escravista brasileira dos oitocentos. Na capital pernambucana, em especial, a centralidade histórica assumida pelos ofícios fluviais e portuários e a alta participação de homens negros e mestiços livres e libertos criaram brechas sociais que tornaram bastante fluídas as fronteiras entre escravidão e liberdade. Ao reconstituir uma parte destas histórias, o presente trabalho visa, assim, contribuir para os debates historiográficos relativos à transição da mão-de-obra escrava para a livre em Pernambuco e à própria história do trabalho fluvial, marítimo e portuário do Brasil.
id UFPE_09e9c65e8d901290807d2f16f86c06b2
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpe.br:123456789/28373
network_acronym_str UFPE
network_name_str Repositório Institucional da UFPE
repository_id_str
spelling AROUCHA, Davi Costahttp://lattes.cnpq.br/8961222496909270http://lattes.cnpq.br/3556870103514385CHRISTILLINO, Cristiano Luis2019-01-02T18:32:48Z2019-01-02T18:32:48Z2017-08-30https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/28373Crescida entre ilhas estuarinas formadas pelo encontro dos rios Capibaribe e Beberibe com o mar, a cidade do Recife esteve desde cedo marcada por sua condição comercial e portuária. A forte presença dos rios e do porto como elementos definidores do espaço urbano local tornou essencial a existência de um ativo mundo do trabalho fluvial e portuário para a reprodução material de boa parte da vida social e econômica da cidade. Na primeira metade do século XIX, a partir de seu ancoradouro, o espaço urbano recifense consolidou uma posição de importante entreposto regional, responsável não só por articular a produção de açúcar e algodão do interior pernambucano com os mercados consumidores internacionais, mas também por intermediar, através da pequena cabotagem e da navegação fluvial, toda uma pequena rede de comércio de alimentos e bens de primeira necessidade entre vilas litorâneas e populações ribeirinhas das províncias de Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e sul do Ceará. As características físicas da hidrografia pernambucana e dos diversos portos litorâneos do litoral setentrional brasileiro impuseram, assim, grande importância e originalidade à cultura material desenvolvida entre os rios e estuários locais, conformando a predominância de três tipos específicos de embarcação: a canoa, a jangada e a barcaça. A bordo destas pequenas embarcações movia-se um universo social misto de trabalhadores, composto de escravos, libertos e homens livres pobres, que ainda tem sido pouco estudado pela historiografia pernambucana. Esta dissertação contém, assim, dois objetivos principais: em primeiro lugar, destacar os diversos papéis sociais e econômicos cumpridos pela pequena cabotagem e pelo pequeno transporte fluvial no Recife da primeira metade do século XIX; em segundo, analisar as experiências anônimas de vida e trabalho de canoeiros, jangadeiros e mestres-de-barcaça na conjuntura da sociedade escravista brasileira dos oitocentos. Na capital pernambucana, em especial, a centralidade histórica assumida pelos ofícios fluviais e portuários e a alta participação de homens negros e mestiços livres e libertos criaram brechas sociais que tornaram bastante fluídas as fronteiras entre escravidão e liberdade. Ao reconstituir uma parte destas histórias, o presente trabalho visa, assim, contribuir para os debates historiográficos relativos à transição da mão-de-obra escrava para a livre em Pernambuco e à própria história do trabalho fluvial, marítimo e portuário do Brasil.CNPqDeveloped between estuarine islands that were formed by the meeting of Capibaribe and Beberibe Rivers, the city of Recife was, since early, featured by its commercial and port conditions. The strong presence of those rivers and port as elements definers of the local urban space made essential the existence of an active world of fluvial and port work, for the material reproduction of a good part of social and economical life of the city. In the first half of the 19th century, from the port of Recife harbor, the city urban space has consolidated a position of important regional warehouse, responsible not only for articulate sugar and cotton production from the upstate of Pernambuco with the international consumers markets, but also for intermediate, through fluvial navigation and small cabotage, a small trade network of food and first needed goods between coastal villages and riverside populations from Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte and the south of Ceará. The physical characteristics of Pernambuco and northern Brazilian coastal ports hydrography imposed, then, great importance and originality for the material culture developed between local rivers and estuaries, conforming the predominance of three specific types of vessels: the canoe, the ‘jangada’ and the ‘barcaça’. On board of these small vessels there was a mixed social universe of workers, including slaves, freedman and poor free man, which still remains poorly studied by the historiography of Pernambuco. This dissertation contains, therefore, two main objectives: in first place, highlight the different social and economical roles fulfilled by the small cabotage and fluvial transport at Recife in the first half of 19th century; in second, to analyze the anonymous experiences of life and work of canoe and ‘jangada’ men and ‘barcaça’ masters at the conjuncture of Brazilian slaver society of the 19th century. At Pernambuco’s capital, specially, the historical centrality assumed by the fluvial and port works, and the great participation of black men, free half-breed and freedman created social gaps that turned fluid the frontiers between slavery and freedom. When reconstituting part of these histories, the present work aims, then, contribute for historiographical debates relative to the transition of slave manpower to free manpower in Pernambuco and the own history of fluvial, maritime and port work in Brazil.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em HistoriaUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessPernambuco - HistóriaRecife (PE) – Séc. XIXPortuários – Recife (PE) – Séc. XIXTrabalho escravoCabotagem (Transporte de carga) – Recife (PE) – Séc. XIXA vara, a vela e o remo: trabalho e trabalhadores nos rios e portos do Recife oitocentistainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILDISSERTAÇÃO Davi Costa Aroucha.pdf.jpgDISSERTAÇÃO Davi Costa Aroucha.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1283https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/28373/6/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Davi%20Costa%20Aroucha.pdf.jpg3caed912a3746e26cfa70d239adcb2b6MD56ORIGINALDISSERTAÇÃO Davi Costa Aroucha.pdfDISSERTAÇÃO Davi Costa Aroucha.pdfapplication/pdf4568224https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/28373/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Davi%20Costa%20Aroucha.pdfdef71bef51e76f793df93a61617d493fMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82311https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/28373/3/license.txt4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08MD53CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/28373/4/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD54TEXTDISSERTAÇÃO Davi Costa Aroucha.pdf.txtDISSERTAÇÃO Davi Costa Aroucha.pdf.txtExtracted texttext/plain809403https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/28373/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Davi%20Costa%20Aroucha.pdf.txta837e6d0ae553bfdb0e06364f1439a82MD55123456789/283732019-10-25 10:04:17.732oai:repositorio.ufpe.br:123456789/28373TGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKClRvZG8gZGVwb3NpdGFudGUgZGUgbWF0ZXJpYWwgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgKFJJKSBkZXZlIGNvbmNlZGVyLCDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIChVRlBFKSwgdW1hIExpY2Vuw6dhIGRlIERpc3RyaWJ1acOnw6NvIE7Do28gRXhjbHVzaXZhIHBhcmEgbWFudGVyIGUgdG9ybmFyIGFjZXNzw612ZWlzIG9zIHNldXMgZG9jdW1lbnRvcywgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBuZXN0ZSByZXBvc2l0w7NyaW8uCgpDb20gYSBjb25jZXNzw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBvIGRlcG9zaXRhbnRlIG1hbnTDqW0gdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IuCl9fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fXwoKTGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBjb20gZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIGFjZWl0w6EtbGEsIHZvY8OqIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMpOgoKYSkgRGVjbGFyYSBxdWUgY29uaGVjZSBhIHBvbMOtdGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvOwpiKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGUgYWNlaXRhIGFzIERpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEU7CmMpIENvbmNlZGUgw6AgVUZQRSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZGUgYXJxdWl2YXIsIHJlcHJvZHV6aXIsIGNvbnZlcnRlciAoY29tbyBkZWZpbmlkbyBhIHNlZ3VpciksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIsIG5vIFJJLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgcG9yIG91dHJvIG1laW87CmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgVUZQRSBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgcGFyYSBxdWFscXVlciBmb3JtYXRvIGRlIGZpY2hlaXJvLCBtZWlvIG91IHN1cG9ydGUsIHBhcmEgZWZlaXRvcyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvIChiYWNrdXApIGUgYWNlc3NvOwplKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gw6kgbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2Ugb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgb3V0cmEgcGVzc29hIG91IGVudGlkYWRlOwpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlCmF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gcmVzcGVjdGl2byBkZXRlbnRvciBkZXNzZXMgZGlyZWl0b3MgcGFyYSBjZWRlciDDoApVRlBFIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgTGljZW7Dp2EgZSBhdXRvcml6YXIgYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgYSB1dGlsaXrDoS1sb3MgbGVnYWxtZW50ZS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGN1am9zIGRpcmVpdG9zIHPDo28gZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZTsKZykgU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVRlBFLMKgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUEUgaWRlbnRpZmljYXLDoSBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBhdXRvciAoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBwYXJhIGFsw6ltIGRvIHByZXZpc3RvIG5hIGFsw61uZWEgYykuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T13:04:17Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv A vara, a vela e o remo: trabalho e trabalhadores nos rios e portos do Recife oitocentista
title A vara, a vela e o remo: trabalho e trabalhadores nos rios e portos do Recife oitocentista
spellingShingle A vara, a vela e o remo: trabalho e trabalhadores nos rios e portos do Recife oitocentista
AROUCHA, Davi Costa
Pernambuco - História
Recife (PE) – Séc. XIX
Portuários – Recife (PE) – Séc. XIX
Trabalho escravo
Cabotagem (Transporte de carga) – Recife (PE) – Séc. XIX
title_short A vara, a vela e o remo: trabalho e trabalhadores nos rios e portos do Recife oitocentista
title_full A vara, a vela e o remo: trabalho e trabalhadores nos rios e portos do Recife oitocentista
title_fullStr A vara, a vela e o remo: trabalho e trabalhadores nos rios e portos do Recife oitocentista
title_full_unstemmed A vara, a vela e o remo: trabalho e trabalhadores nos rios e portos do Recife oitocentista
title_sort A vara, a vela e o remo: trabalho e trabalhadores nos rios e portos do Recife oitocentista
author AROUCHA, Davi Costa
author_facet AROUCHA, Davi Costa
author_role author
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/8961222496909270
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/3556870103514385
dc.contributor.author.fl_str_mv AROUCHA, Davi Costa
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv CHRISTILLINO, Cristiano Luis
contributor_str_mv CHRISTILLINO, Cristiano Luis
dc.subject.por.fl_str_mv Pernambuco - História
Recife (PE) – Séc. XIX
Portuários – Recife (PE) – Séc. XIX
Trabalho escravo
Cabotagem (Transporte de carga) – Recife (PE) – Séc. XIX
topic Pernambuco - História
Recife (PE) – Séc. XIX
Portuários – Recife (PE) – Séc. XIX
Trabalho escravo
Cabotagem (Transporte de carga) – Recife (PE) – Séc. XIX
description Crescida entre ilhas estuarinas formadas pelo encontro dos rios Capibaribe e Beberibe com o mar, a cidade do Recife esteve desde cedo marcada por sua condição comercial e portuária. A forte presença dos rios e do porto como elementos definidores do espaço urbano local tornou essencial a existência de um ativo mundo do trabalho fluvial e portuário para a reprodução material de boa parte da vida social e econômica da cidade. Na primeira metade do século XIX, a partir de seu ancoradouro, o espaço urbano recifense consolidou uma posição de importante entreposto regional, responsável não só por articular a produção de açúcar e algodão do interior pernambucano com os mercados consumidores internacionais, mas também por intermediar, através da pequena cabotagem e da navegação fluvial, toda uma pequena rede de comércio de alimentos e bens de primeira necessidade entre vilas litorâneas e populações ribeirinhas das províncias de Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e sul do Ceará. As características físicas da hidrografia pernambucana e dos diversos portos litorâneos do litoral setentrional brasileiro impuseram, assim, grande importância e originalidade à cultura material desenvolvida entre os rios e estuários locais, conformando a predominância de três tipos específicos de embarcação: a canoa, a jangada e a barcaça. A bordo destas pequenas embarcações movia-se um universo social misto de trabalhadores, composto de escravos, libertos e homens livres pobres, que ainda tem sido pouco estudado pela historiografia pernambucana. Esta dissertação contém, assim, dois objetivos principais: em primeiro lugar, destacar os diversos papéis sociais e econômicos cumpridos pela pequena cabotagem e pelo pequeno transporte fluvial no Recife da primeira metade do século XIX; em segundo, analisar as experiências anônimas de vida e trabalho de canoeiros, jangadeiros e mestres-de-barcaça na conjuntura da sociedade escravista brasileira dos oitocentos. Na capital pernambucana, em especial, a centralidade histórica assumida pelos ofícios fluviais e portuários e a alta participação de homens negros e mestiços livres e libertos criaram brechas sociais que tornaram bastante fluídas as fronteiras entre escravidão e liberdade. Ao reconstituir uma parte destas histórias, o presente trabalho visa, assim, contribuir para os debates historiográficos relativos à transição da mão-de-obra escrava para a livre em Pernambuco e à própria história do trabalho fluvial, marítimo e portuário do Brasil.
publishDate 2017
dc.date.issued.fl_str_mv 2017-08-30
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-01-02T18:32:48Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-01-02T18:32:48Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/28373
url https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/28373
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pos Graduacao em Historia
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFPE
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPE
instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron:UFPE
instname_str Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron_str UFPE
institution UFPE
reponame_str Repositório Institucional da UFPE
collection Repositório Institucional da UFPE
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/28373/6/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Davi%20Costa%20Aroucha.pdf.jpg
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/28373/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Davi%20Costa%20Aroucha.pdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/28373/3/license.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/28373/4/license_rdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/28373/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Davi%20Costa%20Aroucha.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 3caed912a3746e26cfa70d239adcb2b6
def71bef51e76f793df93a61617d493f
4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08
e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34
a837e6d0ae553bfdb0e06364f1439a82
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
repository.mail.fl_str_mv attena@ufpe.br
_version_ 1793516152584929280