Evolução temporal dos padrões alimentares e obesidade em adultos da região metropolitana do Recife : uma análise dos determinantes sociais e ambientais
Ano de defesa: | 2024 |
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Universidade Federal de Pernambuco
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Palavras-chave em Português: | |
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Resumo: | Avaliar a evolução temporal dos padrões alimentares e da obesidade e sua relação com determinantes sociais e ambientais na Região Metropolitana do Recife (RMR), Pernambuco. Estudo transversal conduzido na RMR em 2006, 2015/16 e 2019, envolvendo 416, 426 e 432 adultos, respectivamente, com idades entre 20 e 59 anos, de ambosos sexos. Foram coletadas informações em nível individual, vizinhança e ambiente alimentar. Foram investigadas 231 lojas de alimentos situadas em um buffer de 1.600m, utilizando um instrumento adaptado e validado. As medidas do ambiente alimentar incluíram características comunitárias, como tipo e densidade de lojas, e aspectos do consumidor, como disponibilidade e localização de alimentos frescos e ultraprocessados nos pontos de venda. A classificação dos alimentos foi baseada no grau de processamento industrial. Os padrões alimentares (PA) foramidentificados por meio da análise de componentes principais (ACP). A análise utilizou modelosde regressão multinível logística para examinar a associação entre padrão alimentar e as medidas do ambiente alimentar, com ajuste para características individuais e da vizinhança. PA foram identificados: Duplo, Ultraprocessado e Tradicional. Verificou-se que o PA Ultraprocessado foi o que apresentou maior percentual de explicação de variância (15,1%). Em 2015/16 o PA Duplo esteve associado à idade ≥ 41 anos (OR= 2,30; p<0,007), maior escolaridade (OR=1,58; p<0,05) e estar em segurança alimentar (OR= 1,66; p<0,05) e em 2019 com maior escolaridade (OR=1,87; p<0,009), estar em segurança alimentar (OR=1,93; p<0,01) e estar com excesso de peso (OR=2,22; p<0,005). O PA Ultraprocessado se relacionou com idade 20-29 anos (OR= 8,74; p<0,001) e 30-40 anos (OR= 2,90; p=0,002) em 2015/16 e não teve fatores associados em 2019. O PA Tradicional foi associado com prática de atividade física (OR= 2,97; p<0,001) em 2015/16 e morar com ≥5 pessoas no domicílio (OR=1,76; p<0,01), menor escolaridade (OR=1,66; p<0,02) e estar com excesso de peso (OR=1,54; p<0,01) em 2019. Indivíduos residentes em áreas com maior disponibilidade de supermercado/hipermercado (OR:2,01; p=0,005), disponibilidade de refrigerantes nas lojas (OR: 11-24= 4,94; p<0,001 e OR:≥ 25= 2,57; p<0,05), com renda familiar per capita maior (OR: 1,64; p=0,05), residentes em áreas com maior disponibilidade de pizza congeladas nas lojas (OR: 3,74; p<0,001), maiordisponibilidade de produtos ultraprocessados nas lojas (OR: 3,34; p<0,001), que moravam emambientes com lojas que possuíam propagandas de AUP em seu interior (OR: 3,34; p<0,001), e que residiam em áreas com lojas que comercializam alimentos in natura/minimamente processado (IN/MP) nos preços intermediário e alto (OR: T1 vs. T2 = 1,83; p<0,05 e OR: T1 vs. T3= 1,71; p=0,001, respectivamente) apresentaram maior probabilidade de aderirem ao PADuplo. Adultos mais velhos (OR: ≥40 vs. 30= 0,21; p<0,001 e OR: ≥40 vs. 30-39= 0,16; p<0,001) indicaram uma menor adesão ao consumo do PA Ultraprocessado, enquanto os indivíduos em insegurança alimentar leve (OR: 1,68; p=0,05) e residentes em áreas com maiordensidade de lojas de alimentos mistos (OR: 2,11; p<0,05) e residentes em áreas com maior variedade de refrescos nas lojas (OR: 9-18 vs. ≤ 8= 2,44; p<0,05) indicaram maior probabilidade de aderir ao PA Ultraprocessado. O PA Tradicional não apresentou associação significativa na análise multinível, podendo estar relacionado ao fato de ter apresentado a menorvariância entres os padrões encontrados. Com relação a obesidade, observou-se aumento do percentual da obesidade (p<0,001), dos adultos com renda per capita de até 1⁄2SM (P<0,001), e baixo nível de escolaridade (p<0,001) entre os três períodos. Nos três períodos, 2006, 2015/16 e 2019 foi identificado a associação da obesidade com idade 30-40 anos (p<0,001). A HA também se apresentou como fator de risco para a obesidade no primeiro (p<0,001) e terceiro período da pesquisa (p<0,01). No segundo (p<0,05) e terceiro período (p<0,07), a maior escolaridade se apresentou como fator de proteção. No último período da pesquisa, o sexo feminino (p<0,001) apresentou quase três vezes mais chances de estar com obesidade. Os padrões alimentares em 2019 apresentaram maior associação com os determinantes sociais. Destaca-se ainda que, o consumo de alimentos ultraprocessados vem aumentando na população analisada. Os ambientes alimentares que têm a presença de supermercados/hipermercados e grande variedade e disponibilidade de alimentos ultraprocessados, podem exercer uma influência substancial na qualidade da dieta. Além disso, o percentual da obesidade dos adultos com baixa renda e nível de escolaridade aumentou em todos os anos estudados. A melhoria da alimentação e saúde pode ser favorecida pela integração de estratégias tanto individuais quanto ambientais. |
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As medidas do ambiente alimentar incluíram características comunitárias, como tipo e densidade de lojas, e aspectos do consumidor, como disponibilidade e localização de alimentos frescos e ultraprocessados nos pontos de venda. A classificação dos alimentos foi baseada no grau de processamento industrial. Os padrões alimentares (PA) foramidentificados por meio da análise de componentes principais (ACP). A análise utilizou modelosde regressão multinível logística para examinar a associação entre padrão alimentar e as medidas do ambiente alimentar, com ajuste para características individuais e da vizinhança. PA foram identificados: Duplo, Ultraprocessado e Tradicional. Verificou-se que o PA Ultraprocessado foi o que apresentou maior percentual de explicação de variância (15,1%). Em 2015/16 o PA Duplo esteve associado à idade ≥ 41 anos (OR= 2,30; p<0,007), maior escolaridade (OR=1,58; p<0,05) e estar em segurança alimentar (OR= 1,66; p<0,05) e em 2019 com maior escolaridade (OR=1,87; p<0,009), estar em segurança alimentar (OR=1,93; p<0,01) e estar com excesso de peso (OR=2,22; p<0,005). O PA Ultraprocessado se relacionou com idade 20-29 anos (OR= 8,74; p<0,001) e 30-40 anos (OR= 2,90; p=0,002) em 2015/16 e não teve fatores associados em 2019. O PA Tradicional foi associado com prática de atividade física (OR= 2,97; p<0,001) em 2015/16 e morar com ≥5 pessoas no domicílio (OR=1,76; p<0,01), menor escolaridade (OR=1,66; p<0,02) e estar com excesso de peso (OR=1,54; p<0,01) em 2019. Indivíduos residentes em áreas com maior disponibilidade de supermercado/hipermercado (OR:2,01; p=0,005), disponibilidade de refrigerantes nas lojas (OR: 11-24= 4,94; p<0,001 e OR:≥ 25= 2,57; p<0,05), com renda familiar per capita maior (OR: 1,64; p=0,05), residentes em áreas com maior disponibilidade de pizza congeladas nas lojas (OR: 3,74; p<0,001), maiordisponibilidade de produtos ultraprocessados nas lojas (OR: 3,34; p<0,001), que moravam emambientes com lojas que possuíam propagandas de AUP em seu interior (OR: 3,34; p<0,001), e que residiam em áreas com lojas que comercializam alimentos in natura/minimamente processado (IN/MP) nos preços intermediário e alto (OR: T1 vs. T2 = 1,83; p<0,05 e OR: T1 vs. T3= 1,71; p=0,001, respectivamente) apresentaram maior probabilidade de aderirem ao PADuplo. Adultos mais velhos (OR: ≥40 vs. 30= 0,21; p<0,001 e OR: ≥40 vs. 30-39= 0,16; p<0,001) indicaram uma menor adesão ao consumo do PA Ultraprocessado, enquanto os indivíduos em insegurança alimentar leve (OR: 1,68; p=0,05) e residentes em áreas com maiordensidade de lojas de alimentos mistos (OR: 2,11; p<0,05) e residentes em áreas com maior variedade de refrescos nas lojas (OR: 9-18 vs. ≤ 8= 2,44; p<0,05) indicaram maior probabilidade de aderir ao PA Ultraprocessado. O PA Tradicional não apresentou associação significativa na análise multinível, podendo estar relacionado ao fato de ter apresentado a menorvariância entres os padrões encontrados. Com relação a obesidade, observou-se aumento do percentual da obesidade (p<0,001), dos adultos com renda per capita de até 1⁄2SM (P<0,001), e baixo nível de escolaridade (p<0,001) entre os três períodos. Nos três períodos, 2006, 2015/16 e 2019 foi identificado a associação da obesidade com idade 30-40 anos (p<0,001). 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A melhoria da alimentação e saúde pode ser favorecida pela integração de estratégias tanto individuais quanto ambientais.CAPESTo assess the temporal evolution of dietary patterns and obesity and their relationship with social and environmental determinants in the Metropolitan Region of Recife (RMR), Pernambuco. A cross-sectional study was conducted in the RMR in 2006, 2015/16, and 2019, involving 416, 426 and 432 adults, respectively, aged between 20 and 59 years old, of both sexes. Information was collected at the individual, neighborhood, and foodenvironment levels. A total of 231 food stores located within a 1,600m buffer were investigatedusing an adapted and validated instrument. Food environment measures included community characteristics such as the type and density of stores, as well as consumer aspects such as the availability and location of fresh and ultra-processed foods in points of sale. Food classificationwas based on the degree of industrial processing. Dietary patterns (DP) were identified through principal component analysis (PCA). The analysis used multilevel logistic regression models to examine the association between dietary pattern and food environment measures, adjusting for individual and neighborhood characteristics. Three DPs were identified: Dual, Ultra- processed, and Traditional. It was found that the Ultra-processed DP hadthe highest percentage of explained variance (15.1%). In 2015/16, the Dual DP was associatedwith age ≥ 41 years (OR= 2.30; p<0.007), higher education (OR=1.58; p<0.05), and food security (OR= 1.66; p<0.05), and in 2019 with higher education (OR=1.87; p<0.009), food security (OR=1.93; p<0.01), and overweight (OR=2.22; p<0.005). The Ultra-processed DP wasrelated to age 20- 29 years (OR= 8.74; p<0.001) and 30-40 years (OR= 2.90; p=0.002) in 2015/16 and had no associated factorsin 2019. The Traditional DP was associated with physicalactivity (OR= 2.97; p<0.001) in 2015/16 and living with ≥5 people in the household (OR=1.76; p<0.01), lower education (OR=1.66; p<0.02), and overweight (OR=1.54; p<0.01) in 2019. Individuals residing in areas with greater availability of supermarkets/hypermarkets (OR:2.01; p=0.005), availability of soft drinks in stores (OR: 11-24= 4.94; p<0.001 and OR:≥ 25= 2.57; p<0.05), with higher per capita family income (OR: 1.64; p=0.05), residing in areas with greater availability of frozen pizzas in stores (OR: 3.74; p<0.001), greater availability of ultra- processed products in stores (OR: 3.34; p<0.001), living in environments with stores advertising ultra-processed foods inside (OR: 3.34; p<0.001), and residing in areas with stores selling fresh/minimally processed (F/MP) foods at intermediate and high prices (OR: T1 vs. T2 = 1.83; p<0.05 and OR: T1 vs. T3= 1.71;p=0.001, respectively) were more likely to adhere to the Dual DP. Older adults (OR: ≥40 vs. 30= 0.21; p<0.001 and OR: ≥40 vs. 30-39= 0.16; p<0.001) indicated lower adherence to the Ultra-processed DP, while individuals with mild food insecurity (OR: 1.68; p=0.05) and residing in areas with higher density of mixed food stores (OR: 2.11; p<0.05) and areas with greater variety of soft drinks in stores (OR: 9-18 vs. ≤ 8= 2.44; p<0.05) indicated higher likelihood of adhering to the Ultra-processed DP. The Traditional DP showed no significant association in the multilevel analysis, possibly due to having the lowest variance among the patterns found. Regarding obesity, an increase in the percentage of obesity (p<0.001)was observed among adults with per capita income of up to 1⁄2SM (P<0.001) and low educational levels (p<0.001) across the three periods. In all three periods, 2006, 2015/16, and 2019, an association of obesity with age 30-40 years (p<0.001) was identified. Hypertension also emerged as a risk factor for obesity in the first (p<0.001) and third periods of the survey (p<0.01). In the second (p<0.05) and third periods (p<0.07), higher education emerged as a protective factor. In the last period of the survey, females (p<0.001) were nearly three times more likely to be obese. Dietary patterns in 2019 showed a greater association with social determinants. It is also noteworthy that the consumption of ultra-processed foods has been increasing in the population analyzed. Food environments with the presence of supermarkets/hypermarkets and a wide variety and availability of ultra- processed foods may exert substantial influence on dietary quality. Additionally, the percentage of obesity among adults with low income and education levels increased in all years studied. Improving nutrition and health may be favored by integrating both individual and environmental strategies.Universidade Federal de PernambucoUFPEBrasilPrograma de Pos Graduacao em NutricaoOLIVEIRA, Juliana SouzaSOUZA, Nathália Paula dehttp://lattes.cnpq.br/6254011573320816http://lattes.cnpq.br/6294708400232005http://lattes.cnpq.br/8716661898771115AQUINO, Nathalia Barbosa de2024-06-28T11:46:46Z2024-06-28T11:46:46Z2024-02-26info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfAQUINO, Nathalia Barbosa de. Evolução temporal dos padrões alimentares e obesidade em adultos da região metropolitana do Recife: uma análise dos determinantes sociais e ambientais. 2024. Tese (Doutorado em Nutrição) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2024.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/56539porAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/embargoedAccessreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPE2024-06-29T05:22:16Zoai:repositorio.ufpe.br:123456789/56539Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212024-06-29T05:22:16Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false |
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Avaliar a evolução temporal dos padrões alimentares e da obesidade e sua relação com determinantes sociais e ambientais na Região Metropolitana do Recife (RMR), Pernambuco. Estudo transversal conduzido na RMR em 2006, 2015/16 e 2019, envolvendo 416, 426 e 432 adultos, respectivamente, com idades entre 20 e 59 anos, de ambosos sexos. Foram coletadas informações em nível individual, vizinhança e ambiente alimentar. Foram investigadas 231 lojas de alimentos situadas em um buffer de 1.600m, utilizando um instrumento adaptado e validado. As medidas do ambiente alimentar incluíram características comunitárias, como tipo e densidade de lojas, e aspectos do consumidor, como disponibilidade e localização de alimentos frescos e ultraprocessados nos pontos de venda. A classificação dos alimentos foi baseada no grau de processamento industrial. Os padrões alimentares (PA) foramidentificados por meio da análise de componentes principais (ACP). A análise utilizou modelosde regressão multinível logística para examinar a associação entre padrão alimentar e as medidas do ambiente alimentar, com ajuste para características individuais e da vizinhança. PA foram identificados: Duplo, Ultraprocessado e Tradicional. Verificou-se que o PA Ultraprocessado foi o que apresentou maior percentual de explicação de variância (15,1%). Em 2015/16 o PA Duplo esteve associado à idade ≥ 41 anos (OR= 2,30; p<0,007), maior escolaridade (OR=1,58; p<0,05) e estar em segurança alimentar (OR= 1,66; p<0,05) e em 2019 com maior escolaridade (OR=1,87; p<0,009), estar em segurança alimentar (OR=1,93; p<0,01) e estar com excesso de peso (OR=2,22; p<0,005). O PA Ultraprocessado se relacionou com idade 20-29 anos (OR= 8,74; p<0,001) e 30-40 anos (OR= 2,90; p=0,002) em 2015/16 e não teve fatores associados em 2019. O PA Tradicional foi associado com prática de atividade física (OR= 2,97; p<0,001) em 2015/16 e morar com ≥5 pessoas no domicílio (OR=1,76; p<0,01), menor escolaridade (OR=1,66; p<0,02) e estar com excesso de peso (OR=1,54; p<0,01) em 2019. Indivíduos residentes em áreas com maior disponibilidade de supermercado/hipermercado (OR:2,01; p=0,005), disponibilidade de refrigerantes nas lojas (OR: 11-24= 4,94; p<0,001 e OR:≥ 25= 2,57; p<0,05), com renda familiar per capita maior (OR: 1,64; p=0,05), residentes em áreas com maior disponibilidade de pizza congeladas nas lojas (OR: 3,74; p<0,001), maiordisponibilidade de produtos ultraprocessados nas lojas (OR: 3,34; p<0,001), que moravam emambientes com lojas que possuíam propagandas de AUP em seu interior (OR: 3,34; p<0,001), e que residiam em áreas com lojas que comercializam alimentos in natura/minimamente processado (IN/MP) nos preços intermediário e alto (OR: T1 vs. T2 = 1,83; p<0,05 e OR: T1 vs. T3= 1,71; p=0,001, respectivamente) apresentaram maior probabilidade de aderirem ao PADuplo. Adultos mais velhos (OR: ≥40 vs. 30= 0,21; p<0,001 e OR: ≥40 vs. 30-39= 0,16; p<0,001) indicaram uma menor adesão ao consumo do PA Ultraprocessado, enquanto os indivíduos em insegurança alimentar leve (OR: 1,68; p=0,05) e residentes em áreas com maiordensidade de lojas de alimentos mistos (OR: 2,11; p<0,05) e residentes em áreas com maior variedade de refrescos nas lojas (OR: 9-18 vs. ≤ 8= 2,44; p<0,05) indicaram maior probabilidade de aderir ao PA Ultraprocessado. O PA Tradicional não apresentou associação significativa na análise multinível, podendo estar relacionado ao fato de ter apresentado a menorvariância entres os padrões encontrados. Com relação a obesidade, observou-se aumento do percentual da obesidade (p<0,001), dos adultos com renda per capita de até 1⁄2SM (P<0,001), e baixo nível de escolaridade (p<0,001) entre os três períodos. Nos três períodos, 2006, 2015/16 e 2019 foi identificado a associação da obesidade com idade 30-40 anos (p<0,001). A HA também se apresentou como fator de risco para a obesidade no primeiro (p<0,001) e terceiro período da pesquisa (p<0,01). No segundo (p<0,05) e terceiro período (p<0,07), a maior escolaridade se apresentou como fator de proteção. No último período da pesquisa, o sexo feminino (p<0,001) apresentou quase três vezes mais chances de estar com obesidade. Os padrões alimentares em 2019 apresentaram maior associação com os determinantes sociais. Destaca-se ainda que, o consumo de alimentos ultraprocessados vem aumentando na população analisada. Os ambientes alimentares que têm a presença de supermercados/hipermercados e grande variedade e disponibilidade de alimentos ultraprocessados, podem exercer uma influência substancial na qualidade da dieta. Além disso, o percentual da obesidade dos adultos com baixa renda e nível de escolaridade aumentou em todos os anos estudados. A melhoria da alimentação e saúde pode ser favorecida pela integração de estratégias tanto individuais quanto ambientais. |
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