Estudo das interações planta-herbívoro em Laguncularia racemosa (L.) Gaerten (combretaceae) no manguezal de Maracaípe, Ipojuca, PE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Vieira dos Santos, Isabela
Orientador(a): Silva de Almeida Cortez, Jarcilene
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/909
Resumo: A Competição interespecifica, dentre as interações entre espécies, é considerada uma das principais reguladora de populações, merecendo atenção em estudos de ecologia das populações e comunidades de herbívoros. Um exemplo que tem sido negligenciada é a competição entre indutores de galha. Estas se caracterizam por serem uma transformação atípica de tecido e/ou órgão vegetal, podendo ser causada por ácaros, insetos, etc. Para melhor entendermos a interação entre um ácaro indutor de galha foliar e insetos mastigadores em Laguncularia racemosa (L.) Gaerten, caracterizamos a galha observando se havia influência de sazonalidade na sua demografia e examinamos se folhas infestadas sofre menos ataque de herbívoro mastigador e, ainda se ocorre defesa induzida na planta. Foram realizadas excursões mensais ao manguezal de Maracaípe, Ipojuca, PE (Novembro/2004 a Outubro/2005), para coletar folhas adultas de 60 indivíduos de L. racemosa: 40 folhas apenas herbivoradas por mastigadores (FH), 40 folhas herbivoradas e com galhas (FHG) e, 40 folhas apenas galhadas (FG). As áreas foliares destas foi obtida pelo programa ImageTool 3.0. Em agosto além destas descritas acima foram coletadas para análise quantitativa de fenóis (método Folin-Ciocalteau, Teste de Tukey) 40 folhas sadias de indivíduos com pouca infestação pela galha (FS1) e 40 folhas sadias de indivíduos com alta infestação (FS2). Para a caracterização da galha dividiu-se o manguezal em seis parcelas (30 x 30m). Coletaram-se mensalmente no mesmo período 40 folhas galhadas (2°- 3° par de folhas expostas ao sol) por parcela. Foram ainda coletadas 40 folhas sadias/parcela no mês de Janeiro (época seca) e em Julho (época chuvosa) para comparar as áreas foliares (Teste de Mann-Wthiney) entre estas e a folha galhada. Para analisar a distribuição espacial da galha na folha e para o nível de infestação ao longo dos meses utilizou-se Teste de Kruskal-Wallis. A galha foliar induzida pelo ácaro (Acari: Eriophyidae, Tribo: Eriophyini, Nalepa) atravessa ambas as faces foliares, tem coloração esverdeada, formato arredondado e tamanho médio de comprimento e altura de 1,5 x 1,0 mm, respectivamente. Foi encontrada uma média 35 indivíduos adultos e juvenis por galha. Foi observado uma tendência preferencial do ácaro em induzir galha próxima ao ápice foliar (p < 0,01). Os ácaros tendem a se deslocar em grupos em direção ao ápice do ramo em que se encontram, para induzirem novas galhas em folhas jovens, por estas serem mais tenra. A comparação da área foliar entre as folhas galhada e sadia só apresentou diferença estatística para a estação chuvosa (Z = 39,4; p = < 0,05; N = 240), estando à folha galhada com menor área. Neste mesmo período o número de galhas encontrado é significativamente menor, talvez como uma conseqüência da locomoção dos ácaros (geralmente através do vento) ficarem comprometida por causa das chuvas. Possivelmente a galha está influenciando o desempenho alimentar de insetos mastigadores, uma vez que folhas de L. racemosa com ausência da mesma sofre uma maior perda de área foliar através desse herbívoro. Foi registrada uma quantidade maior de fenóis em FS2 (35,63) e FG (32,7). Uma alta concentração de fenóis provavelmente está repelindo os fitófagos mastigadores. Sabe-se que herbívoros tendem a evitar folhas previamente herbivoradas por estas geralmente conter grandes concentrações de defesas químicas. A quantificação de fenóis não demonstrou ser um bom indicativo de defesa induzida em L. racemosa, pois grandes concentrações foram obtidas na folha sadia
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Estas se caracterizam por serem uma transformação atípica de tecido e/ou órgão vegetal, podendo ser causada por ácaros, insetos, etc. Para melhor entendermos a interação entre um ácaro indutor de galha foliar e insetos mastigadores em Laguncularia racemosa (L.) Gaerten, caracterizamos a galha observando se havia influência de sazonalidade na sua demografia e examinamos se folhas infestadas sofre menos ataque de herbívoro mastigador e, ainda se ocorre defesa induzida na planta. Foram realizadas excursões mensais ao manguezal de Maracaípe, Ipojuca, PE (Novembro/2004 a Outubro/2005), para coletar folhas adultas de 60 indivíduos de L. racemosa: 40 folhas apenas herbivoradas por mastigadores (FH), 40 folhas herbivoradas e com galhas (FHG) e, 40 folhas apenas galhadas (FG). As áreas foliares destas foi obtida pelo programa ImageTool 3.0. Em agosto além destas descritas acima foram coletadas para análise quantitativa de fenóis (método Folin-Ciocalteau, Teste de Tukey) 40 folhas sadias de indivíduos com pouca infestação pela galha (FS1) e 40 folhas sadias de indivíduos com alta infestação (FS2). Para a caracterização da galha dividiu-se o manguezal em seis parcelas (30 x 30m). Coletaram-se mensalmente no mesmo período 40 folhas galhadas (2°- 3° par de folhas expostas ao sol) por parcela. Foram ainda coletadas 40 folhas sadias/parcela no mês de Janeiro (época seca) e em Julho (época chuvosa) para comparar as áreas foliares (Teste de Mann-Wthiney) entre estas e a folha galhada. Para analisar a distribuição espacial da galha na folha e para o nível de infestação ao longo dos meses utilizou-se Teste de Kruskal-Wallis. A galha foliar induzida pelo ácaro (Acari: Eriophyidae, Tribo: Eriophyini, Nalepa) atravessa ambas as faces foliares, tem coloração esverdeada, formato arredondado e tamanho médio de comprimento e altura de 1,5 x 1,0 mm, respectivamente. Foi encontrada uma média 35 indivíduos adultos e juvenis por galha. Foi observado uma tendência preferencial do ácaro em induzir galha próxima ao ápice foliar (p < 0,01). Os ácaros tendem a se deslocar em grupos em direção ao ápice do ramo em que se encontram, para induzirem novas galhas em folhas jovens, por estas serem mais tenra. A comparação da área foliar entre as folhas galhada e sadia só apresentou diferença estatística para a estação chuvosa (Z = 39,4; p = < 0,05; N = 240), estando à folha galhada com menor área. Neste mesmo período o número de galhas encontrado é significativamente menor, talvez como uma conseqüência da locomoção dos ácaros (geralmente através do vento) ficarem comprometida por causa das chuvas. 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