Incidência, fatores de virulência e resistência a antibióticos de Escherichia coli e Enterococcus spp isolados como indicadores de contaminação fecal em água de consumo de fontes alternativas de Curitiba e região metropolitana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Yamanaka, Elisa Hizuru Uemura
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1884/26698
Resumo: Resumo: Águas provenientes de fontes e poços comunitários são consideradas fontes alternativas de abastecimento, no entanto para serem consumidas por seres humanos devem apresentar-se livres de indicadores de contaminação fecal. Microorganismos entéricos como coliformes termotolerantes ou Escherichia coli são empregados como indicadores de potabilidade. Enterococcus spp faz parte da flora intestinal normal e também considerado indicador de contaminação fecal, o qual apresenta como característica intrínseca a multirresistência a drogas antimicrobianas e constitui a segunda causa mais importante de infecções hospitalares. Para avaliar o risco de consumo desse tipo de água é necessário avaliar as amostras não só sob o aspecto vinculado aos parâmetros legais, mas principalmente aos vinculados à incidência de isolados resistentes a antibióticos e/ou com fatores de virulência nesses indicadores em virtude da presença de linhagens com potencial risco patogênico. Foram avaliadas 39 amostras de água de fontes alternativas, utilizadas pela população de Curitiba e região metropolitana. A maioria dos isolados de Enterococcus spp foi Enterococcus faecalis (78,4%), seguido de Enterococcus faecium (13,5%). Ao avaliar a sensibilidade aos antibióticos, através do método de disco-difusão, todos os 37 isolados de Enterococcus spp foram sensíveis à vancomicina e ampicilina, no entanto somente 24% foram sensíveis a todos os antibióticos testados, sendo que 37,8% dos isolados apresentaram multirresistência. Os antibióticos que apresentaram menor índice de sensibilidade foram a eritromicina (21,6%), seguido de rifampicina (43,2%) e, dentre os antibióticos de alta resistência, 8,1% dos isolados foram resistentes à gentamicina e 10,8% à estreptomicina. Dentre os 23 isolados de E. coli, todos foram sensíveis à efoxitina, gentamicina, ciprofloxacin, amicacina e cefepime, no entanto somente 39,1% foram sensíveis a todos os antibióticos testados e 26,1% dos isolados apresentaram multirresistência. Os antibióticos que apresentaram menor índice de sensibilidade foram eropenem (69,6%), seguido de cefuroxima (78,3%). Dentre os fatores de virulência em Enterococcus spp, 40,5% apresentaram gelatinase, 43,2% caseinase, 32,4% hemolisina, 2,7% beta-lactamase e 35,1% gene ace. Não foram detectados fatores e genes de virulência diarreiogênicos nos isolados de E. coli. O potencial risco patogênico pelo consumo de águas provenientes de fontes alternativas em áreas urbanas revelou-se pelo fato de estarem sendo consumidas sem desinfecção prévia e onde somente 30,8% das amostras apresentaram-se livres de indicadores de contaminação fecal, e também pela presença de linhagens resistentes a antibióticos e/ou Enterococcus spp carreando fatores de virulência e/ou gene de virulência. Ao recuperar Enterococcus spp em 25,6% dos pontos onde E. coli não foi detectada, a inclusão deste indicador contaminação fecal torna-se necessária, potencializado pelo fato de que linhagens avirulentas podem tornar-se virulentas através da transferência de genes de resistência e/ou de virulência e pela seleção positiva de linhagens resistentes, principalmente pela habilidade de colonizar o trato gastrointestinal em paciente sob antibioticoterapia prolongada.
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Para avaliar o risco de consumo desse tipo de água é necessário avaliar as amostras não só sob o aspecto vinculado aos parâmetros legais, mas principalmente aos vinculados à incidência de isolados resistentes a antibióticos e/ou com fatores de virulência nesses indicadores em virtude da presença de linhagens com potencial risco patogênico. Foram avaliadas 39 amostras de água de fontes alternativas, utilizadas pela população de Curitiba e região metropolitana. A maioria dos isolados de Enterococcus spp foi Enterococcus faecalis (78,4%), seguido de Enterococcus faecium (13,5%). Ao avaliar a sensibilidade aos antibióticos, através do método de disco-difusão, todos os 37 isolados de Enterococcus spp foram sensíveis à vancomicina e ampicilina, no entanto somente 24% foram sensíveis a todos os antibióticos testados, sendo que 37,8% dos isolados apresentaram multirresistência. Os antibióticos que apresentaram menor índice de sensibilidade foram a eritromicina (21,6%), seguido de rifampicina (43,2%) e, dentre os antibióticos de alta resistência, 8,1% dos isolados foram resistentes à gentamicina e 10,8% à estreptomicina. Dentre os 23 isolados de E. coli, todos foram sensíveis à efoxitina, gentamicina, ciprofloxacin, amicacina e cefepime, no entanto somente 39,1% foram sensíveis a todos os antibióticos testados e 26,1% dos isolados apresentaram multirresistência. Os antibióticos que apresentaram menor índice de sensibilidade foram eropenem (69,6%), seguido de cefuroxima (78,3%). Dentre os fatores de virulência em Enterococcus spp, 40,5% apresentaram gelatinase, 43,2% caseinase, 32,4% hemolisina, 2,7% beta-lactamase e 35,1% gene ace. Não foram detectados fatores e genes de virulência diarreiogênicos nos isolados de E. coli. 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