Transtornos mentais em mulheres gestantes e lactantes em privação de liberdade no sistema prisional: revisão sistemática

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Medeiros, Anderson Brito de
Orientador(a): Miranda, Francisco Arnoldo Nunes de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/55959
Resumo: Introdução: O encarceramento feminino tem aumento por diversos fatores, dentre eles, as mudanças nas políticas criminais, as desigualdades sociais e econômicas, o abuso de substâncias psicoativas e as questões relacionadas à gênero e saúde mental. Ser mulher e vivenciar a gravidez ou lactação no sistema prisional pode ser uma experiência ainda mais desafiadora e difícil em razão das condições sanitárias precárias, da falta de assistência médica adequada, do estigma, isolamento e separação da criança. Objetivo: Analisar os transtornos mentais entre mulheres gestantes e lactantes no sistema prisional feminino. Método: Trata-se de uma revisão sistemática, a qual avalia e reúne estudos semelhantes para análise estatística. Para a escrita desta revisão foram seguidas as diretrizes do checklist PRISMA. Além disso, o protocolo foi cadastrado na plataforma International Prospective Register of Systematic Reviews (PROSPERO), sob o número de registro CRD42022350737. Por meio da estratégia PECOT (População, Exposição, Controle, Outcomes/Desfechos e Tipos de Estudos/Observacionais), construiu-se a pergunta de pesquisa: “quais os transtornos mentais entre mulheres gestantes e lactantes no sistema prisional feminino?” Incluíram-se estudos sobre gestantes e o desenvolvimento de transtornos mentais (depressão, ansiedade, estresse e insônia, depressão pós-parto) durante o encarceramento em comparação a mulheres gestantes não expostas ao encarceramento ou privação de liberdade no sistema prisional. Não foram considerados estudos de revisões de literatura, séries de casos, relatos de caso e estudos qualitativos. Realizou-se as buscas nas seguintes bases: PubMed, Web of Science, Embase, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scopus e Base de Dados em Enfermagem (BDENF), sem restrição de idioma dos artigos ou do ano da publicação. A estratégia de busca usou vocabulários médicos subjetivos (MeSH) e uma variedade de outras palavras-chave. Para avaliar o risco de viés, a Newcastle Ottawa Scale foi utilizada para avaliação da qualidade metodológica das pesquisas, ao mesmo tempo que se utilizou o método Grading of Recomendations Assessment, Developing and Evaluation (GRADE) para classificar as evidências nos níveis de qualidade dos estudos. Resultados: Dos 2165 estudos encontrados, a amostra final foi composta por quatro artigos. Realizou-se a análise e o nível da qualidade metodológica, bem como a força de recomendação da evidência com o sistema GRADE. Os estudos foram realizados na última década, nos Estados Unidos e no Canadá e avaliados quanto às características, implementação e avaliação da evidência. Os transtornos mentais prevalentes encontrados em mulheres gestantes e lactantes no sistema prisional feminino foram ansiedade, transtornos mentais comuns, esquizofrenia, automutilação, e depressão pós-parto. Acredita-se que os desfechos sobre a prevalência apresentaram risco de vieses em detrimento a especificidade contextual, tornando os resultados provocadores para a realização de intervenções no cenário. Considerações finais: Concluiu-se que existe um aumento de transtornos mentais em mulheres gestantes e lactantes no sistema prisional apontam tendência de crescimento, visto que o contexto do aprisionamento é potencializador do adoecimento e sofrimento psíquico. Todavia, sugere-se que novos estudos sejam realizados para elucidar melhor o cenário prisional, bem como para desenvolver instrumentos de medidas/escalas direcionadas para o cenário prisional pela singularidade do ambiente.
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Tese (Doutorado em Enfermagem) - Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2023.https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/55959Introdução: O encarceramento feminino tem aumento por diversos fatores, dentre eles, as mudanças nas políticas criminais, as desigualdades sociais e econômicas, o abuso de substâncias psicoativas e as questões relacionadas à gênero e saúde mental. Ser mulher e vivenciar a gravidez ou lactação no sistema prisional pode ser uma experiência ainda mais desafiadora e difícil em razão das condições sanitárias precárias, da falta de assistência médica adequada, do estigma, isolamento e separação da criança. Objetivo: Analisar os transtornos mentais entre mulheres gestantes e lactantes no sistema prisional feminino. Método: Trata-se de uma revisão sistemática, a qual avalia e reúne estudos semelhantes para análise estatística. Para a escrita desta revisão foram seguidas as diretrizes do checklist PRISMA. Além disso, o protocolo foi cadastrado na plataforma International Prospective Register of Systematic Reviews (PROSPERO), sob o número de registro CRD42022350737. Por meio da estratégia PECOT (População, Exposição, Controle, Outcomes/Desfechos e Tipos de Estudos/Observacionais), construiu-se a pergunta de pesquisa: “quais os transtornos mentais entre mulheres gestantes e lactantes no sistema prisional feminino?” Incluíram-se estudos sobre gestantes e o desenvolvimento de transtornos mentais (depressão, ansiedade, estresse e insônia, depressão pós-parto) durante o encarceramento em comparação a mulheres gestantes não expostas ao encarceramento ou privação de liberdade no sistema prisional. Não foram considerados estudos de revisões de literatura, séries de casos, relatos de caso e estudos qualitativos. 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Todavia, sugere-se que novos estudos sejam realizados para elucidar melhor o cenário prisional, bem como para desenvolver instrumentos de medidas/escalas direcionadas para o cenário prisional pela singularidade do ambiente.Introduction: Female incarceration has increased due to several factors, including changes in criminal policies, social and economic inequalities, abuse of psychoactive substances and issues related to gender and mental health. Being a woman and experiencing pregnancy or lactation in the prison system can be an even more challenging and difficult experience due to precarious sanitary conditions, lack of adequate medical care, stigma, isolation and separation from the child. Objective: Analyze mental disorders among pregnant and lactating women in the female prison system. Method: This is a systematic review, which evaluates and brings together similar studies for statistical analysis. To write this review, the PRISMA checklist guidelines were followed. Furthermore, the protocol was registered on the International Prospective Register of Systematic Reviews (PROSPERO) platform, under registration number CRD42022350737. Using the PECOT strategy (Population, Exposure, Control, Outcomes/Outcomes and Types of Studies/Observational), the research question was constructed: “what are the mental disorders among pregnant and lactating women in the female prison system?” Included were studies on pregnant women and the development of mental disorders (depression, anxiety, stress and insomnia, postpartum depression) during incarceration in comparison to pregnant women not exposed to incarceration or deprivation of liberty in the prison system. Literature reviews, case series, case reports and qualitative studies were not considered. Searches were carried out in the following databases: PubMed, Web of Science, Embase, Latin American and Caribbean Literature in Health Sciences (LILACS), Scopus and Nursing Database (BDENF), without restriction on the language of the articles or of the year of publication. The search strategy used medical subjective vocabularies (MeSH) and a variety of other keywords. To assess the risk of bias, the Newcastle Ottawa Scale was used to assess the methodological quality of the research, while the Grading of Recommendations Assessment, Developing and Evaluation (GRADE) method was used to classify the evidence into the quality levels of the studies. Results: Of the 2165 studies found, the final sample consisted of four articles. The analysis and level of methodological quality were carried out, as well as the strength of recommendation of the evidence with the GRADE system. The studies were carried out in the last decade, in the United States and Canada and evaluated regarding characteristics, implementation and evaluation of the evidence. The prevalent mental disorders found in pregnant and lactating women in the women's prison system were anxiety, common mental disorders, schizophrenia, self-mutilation, and postpartum depression. It is believed that the prevalence outcomes presented a risk of bias to the detriment of contextual specificity, making the results provocative for carrying out interventions in the scenario. Final considerations: It was concluded that there is an increase in mental disorders in pregnant and lactating women in the prison system, indicating a growing trend, as the context of imprisonment increases illness and psychological suffering. However, it is suggested that new studies be carried out to better elucidate the prison scenario, as well as to develop measurement instruments/scales aimed at the prison scenario due to the uniqueness of the environment.Universidade Federal do Rio Grande do NortePROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEMUFRNBrasilCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::ENFERMAGEMDesordens mentaisPrisãoGestaçãoPrisioneirosSaúde da mulherTranstornos mentais em mulheres gestantes e lactantes em privação de liberdade no sistema prisional: revisão sistemáticaMental disorders in pregnant and lactating women deprived of liberty in the prison system: systematic reviewinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALTranstornosmentaismulheres_Medeiros_2023.pdfTranstornosmentaismulheres_Medeiros_2023.pdfapplication/pdf7202851https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/55959/1/Transtornosmentaismulheres_Medeiros_2023.pdfd1835586ebe39b7a5387c7609d447a60MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81484https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/55959/2/license.txte9597aa2854d128fd968be5edc8a28d9MD52123456789/559592023-12-14 19:39:31.185oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/55959Tk9OLUVYQ0xVU0lWRSBESVNUUklCVVRJT04gTElDRU5TRQoKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIGRlbGl2ZXJpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBNci4gKGF1dGhvciBvciBjb3B5cmlnaHQgaG9sZGVyKToKCgphKSBHcmFudHMgdGhlIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIFJpbyBHcmFuZGUgZG8gTm9ydGUgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgb2YKcmVwcm9kdWNlLCBjb252ZXJ0IChhcyBkZWZpbmVkIGJlbG93KSwgY29tbXVuaWNhdGUgYW5kIC8gb3IKZGlzdHJpYnV0ZSB0aGUgZGVsaXZlcmVkIGRvY3VtZW50IChpbmNsdWRpbmcgYWJzdHJhY3QgLyBhYnN0cmFjdCkgaW4KZGlnaXRhbCBvciBwcmludGVkIGZvcm1hdCBhbmQgaW4gYW55IG1lZGl1bS4KCmIpIERlY2xhcmVzIHRoYXQgdGhlIGRvY3VtZW50IHN1Ym1pdHRlZCBpcyBpdHMgb3JpZ2luYWwgd29yaywgYW5kIHRoYXQKeW91IGhhdmUgdGhlIHJpZ2h0IHRvIGdyYW50IHRoZSByaWdodHMgY29udGFpbmVkIGluIHRoaXMgbGljZW5zZS4gRGVjbGFyZXMKdGhhdCB0aGUgZGVsaXZlcnkgb2YgdGhlIGRvY3VtZW50IGRvZXMgbm90IGluZnJpbmdlLCBhcyBmYXIgYXMgaXQgaXMKdGhlIHJpZ2h0cyBvZiBhbnkgb3RoZXIgcGVyc29uIG9yIGVudGl0eS4KCmMpIElmIHRoZSBkb2N1bWVudCBkZWxpdmVyZWQgY29udGFpbnMgbWF0ZXJpYWwgd2hpY2ggZG9lcyBub3QKcmlnaHRzLCBkZWNsYXJlcyB0aGF0IGl0IGhhcyBvYnRhaW5lZCBhdXRob3JpemF0aW9uIGZyb20gdGhlIGhvbGRlciBvZiB0aGUKY29weXJpZ2h0IHRvIGdyYW50IHRoZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSaW8gR3JhbmRlIGRvIE5vcnRlIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdCB0aGlzIG1hdGVyaWFsIHdob3NlIHJpZ2h0cyBhcmUgb2YKdGhpcmQgcGFydGllcyBpcyBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZpZWQgYW5kIHJlY29nbml6ZWQgaW4gdGhlIHRleHQgb3IKY29udGVudCBvZiB0aGUgZG9jdW1lbnQgZGVsaXZlcmVkLgoKSWYgdGhlIGRvY3VtZW50IHN1Ym1pdHRlZCBpcyBiYXNlZCBvbiBmdW5kZWQgb3Igc3VwcG9ydGVkIHdvcmsKYnkgYW5vdGhlciBpbnN0aXR1dGlvbiBvdGhlciB0aGFuIHRoZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSaW8gR3JhbmRlIGRvIE5vcnRlLCBkZWNsYXJlcyB0aGF0IGl0IGhhcyBmdWxmaWxsZWQgYW55IG9ibGlnYXRpb25zIHJlcXVpcmVkIGJ5IHRoZSByZXNwZWN0aXZlIGFncmVlbWVudCBvciBhZ3JlZW1lbnQuCgpUaGUgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZG8gUmlvIEdyYW5kZSBkbyBOb3J0ZSB3aWxsIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZnkgaXRzIG5hbWUgKHMpIGFzIHRoZSBhdXRob3IgKHMpIG9yIGhvbGRlciAocykgb2YgdGhlIGRvY3VtZW50J3MgcmlnaHRzCmRlbGl2ZXJlZCwgYW5kIHdpbGwgbm90IG1ha2UgYW55IGNoYW5nZXMsIG90aGVyIHRoYW4gdGhvc2UgcGVybWl0dGVkIGJ5CnRoaXMgbGljZW5zZQo=Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2023-12-14T22:39:31Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false
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