Mel de melato de bracatinga (Mimosa scabrella Bentham) do planalto serrano de Santa Catarina: discriminação e potencialidade funcional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Azevedo, Mônia Stremel
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Mel
Link de acesso: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/179664
Resumo: Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Ciência dos Alimentos, Florianópolis, 2017.
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spelling Mel de melato de bracatinga (Mimosa scabrella Bentham) do planalto serrano de Santa Catarina: discriminação e potencialidade funcionalCiência dos alimentosMelBracatingaAminoacidosFenóisAlimentos funcionaisTese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Ciência dos Alimentos, Florianópolis, 2017.O mel, além de altos teores de frutose e glicose, apresenta em sua composição menores concentrações de compostos com importantes propriedades nutricionais e discriminatórias. Méis de melato têm sido especialmente valorizados pelo sabor forte característico e possíveis efeitos benéficos à saúde quando comparados aos méis florais, incluindo mel de melato de bracatinga (MMB), obtido a partir de exsudato de cochonilhas (Tachardiella sp) que infestam a espécie bracatinga (Mimosa scabrella Bentham). Assim, a discriminação com relação à garantia de origem em termos de fonte (floral ou melato) e identificação geográfica, bem como a avaliação de classes de compostos com possíveis propriedades bioativas, se tornam importantes aspectos de controle de qualidade e autenticidade. Devido à relevância econômica e produtiva no mercado internacional e escassez de estudos sobre o MMB, os objetivos deste estudo foram: determinar aminoácidos livres (AAL) a fim de elucidar a contribuição de cochonilhas (Tachardiella sp) e abelhas (Apis mellifera) ao MMB e discriminar geograficamente este mel de cinco municípios do Planalto Serrano de Santa Catarina utilizando quimiometria; discriminar méis de melato e floral, de mesma espécie botânica (Mimosa scabrella Bentham) a partir da comparação do perfil de proteoma utilizando análise de componentes principais (PCA); e determinar compostos fenólicos totais (TCP) e individuais, minerais e capacidade antioxidante in vitro pelos mecanismos de captura de radical livre (DPPH) e redução férrica (FRAP) a fim de avaliar a qualidade com relação à potencialidade funcional. Os resultados obtidos evidenciaram a presença predominante dos AAL serina (Ser), prolina (Pro), asparagina (Asn), ácido aspártico (Asp) e ácido glutâmico (Glu) com concentrações que variaram de < LQ para Pro, Asn e Asp a 1216 mg kg-1 para Glu em melato de cochonilhas (M), e de 56,7 mg kg-1 para Ser a 1447 mg kg-1 para Glu em MMB; a partir desta determinação observou-se uma efetiva contribuição de Pro pela abelha ao MMB e a discriminação de acordo com sua origem geográfica utilizando quimiometria. O perfil de proteoma apresentou um maior valor médio de spots proteicos em MMB (160) quando comparado ao mel floral de bracatinga (84) e spots proteicos comuns (45), que quando submetidos à PCA, discriminou estes méis de mesma espécie botânica. As concentrações obtidas para as capacidades antioxidantes in vitro variaram de 16,5 a 43,4 mg EAA 100 g-1 para DPPH e de 523 a 1004 µmol FeSO4.7H2O 100 g-1 para FRAP, e de 84,4 a 197 mg EAG 100 g-1 para TPC que, quando comparado a outros méis de melato, o MMB apresentou maiores resultados; além disto, apresentou maior número e diversidade de compostos fenólicos individuais, maiores concentrações de quercetina e ácidos benzoico, cafeico, clorogênico, ferúlico, cumárico e siríngico, compostos predominates diferenciados (ácido benzoico: 46,7 a 1520 µg 100g-1, ácido 3,4-dihidroxibenzoico: 96,7 a 228 µg 100g-1 e ácido salicílico: de 75,7 a 830 µg 100g-1) e compostos fenólicos ainda não reportados em méis de melato (coniferaldeído, hesperidina, isoramnetina, pinobanksina). Os macroelementos de maior concentração foram K+ (de 2323 a 6332 mg kg-1), Ca2+ (de 4,80 a 140 mg kg-1) e Mg2+ (de 40,4 a 80,7 mg kg-1), apresentando maiores concentrações destes e menores concentrações de Na+ (de 2,42 a 13,3 mg kg-1) quando comparado a méis de melato de outros estudos. A análise de matriz de correlação de Pearson entre as determinações de TPC, DPPH, FRAP, compostos fenólicos individuais e minerais demonstrou potencial influência sinérgica dos macroelementos na ação antioxidante através dos mecanismos analisados. A partir destes resultados, juntamente com as ações funcionais evidenciadas in vivo de méis relacionadas aos compostos antioxidantes e potencial sinergismo constituintes da menor fração da composição melífera, o MMB demonstrou características benéficas potenciais de propriedades funcionais. Além disto, a determinação de AAL e perfil proteômico, associados às ferramentas quimiométricas, podem representar uma estratégia analítica para autenticação de MMB com relação à discriminação geográfica e entre tipos de méis (floral e melato), respectivamente.<br>Abstract : Honey, besides high levels of fructose and glucose, present in its composition, compounds in smaller concentrations of special interest with important nutritional and discriminatory properties. Honeydew honeys have been specially valued because of the different sensory attributes and possible health beneficial effects when compared to floral honeys, including bracatinga honeydew honey (Bhh), obtained from exudates of plant-sucking insects (Tachardiella sp.) that infest the bracatinga species (Mimosa scabrella Bentham). Then, discrimination with respect to origin guarantee in terms of source (floral or honeydew) and geographic identification, as well as evaluation from compound classes with potential bioactive properties, become important aspects of quality control and authenticity. Due to the economic and productive importance in the international market and lack of studies about Bhh, the aims of this study were: to determine free amino acids (FAA) to elucidate the contribution from plant-sucking insects (Tachardiella sp.) and bees (Apis mellifera) to the Bhh and to discriminate geographically this honey from five municipalities of the Serrano Plateau from Santa Catarina using chemometrics; to discriminate floral and honeydew honeys of the same botanical species (Mimosa scabrella Bentham) from the comparison of the proteome profile using principal component analysis (PCA); and to determine total phenolic compounds (TPC) and individual phenolic compounds, minerals and in vitro antioxidant capacity by free radical capture (DPPH) and ferric reducing (FRAP) mechanisms in order to evaluate the quality in relation to functional potentiality. The results obtained evidenced the predominant presence of the FAA serine (Ser), proline (Pro), asparagine (Asn), aspartic acid (Asp) and glutamic acid (Glu) with concentrations ranging from <LQ for Pro, Asn and Asp at 1216 mg kg-1 for Glu in honeydew from plant- sucking insects (H) and from 56.7 mg kg-1 for Ser at 1447 mg kg-1 for Glu in Bhh; from this determination an effective contribution of Pro by the bee to the Bhh and the discrimination according to its geographical origin using chemometrics was observed. The proteome profile showed a higher average value of protein spots in Bhh (160) compared to the bracatinga floral honey (84) and common protein spots (45), which when subjected to the PCA, discriminated these honeys from same botanical species. The concentrations obtained for in vitro antioxidant capacities ranged from 16.5 to 43.4 mg AAE 100 g-1 for DPPH and from 523 to 1004 µmol FeSO4.7H2O 100 g-1 for FRAP, and from 84.4 a 197 mg GAE 100 g-1 for TPC which, when compared to other honeydew honeys, Bhh showed higher results; furthermore presented higher number and diversity of individual phenolic compounds, higher concentrations of quercetin and benzoic, caffeic, chlorogenic, ferulic, cumaric and syringic acids, differentiated major compounds (benzoic acid: from 46.7 to 1520 µg 100g-1, 3,4-dihydroxybenzoic acid: 96.7 to 228 µg 100g-1 and salicylic acid: 75.7 to 830 µg 100g-1) and phenolic compounds not yet reported in honeydew honeys (coniferaldehyde, hesperidin, isorhamnetin and pinobanksin). The predominant macroelements were K+ (from 2323 to 6332 mg kg-1), Ca2+ (from 4.80 to 140 mg kg-1) and Mg2+ (from 40.4 to 80.7 mg kg-1), showing higher concentrations of these and lower concentrations of Na+ (from 2.42 to 13.3 mg kg-1) when compared to honeydew honeys from other studies. Pearson correlation matrix analysis between TPC, DPPH, FRAP, individual phenolic compounds and minerals showed potential synergistic influence of the macroelements on the antioxidant action through the mechanisms analyzed. From these results and functional actions evidenced in vivo of honeys related to the antioxidant compounds and potential synergism of constituents of the smallest fraction of the honey composition, the Bhh demonstrated potential beneficial characteristics of functional properties. In addition, the AAL determination and proteomic profile, associated with chemometric tools, can represent an analytical strategy for authentication of this honey with respect to the geographical discrimination and kinds of honeys (floral and honeydew), respectively.Costa, Ana Carolina de OliveiraUniversidade Federal de Santa CatarinaAzevedo, Mônia Stremel2017-09-19T04:12:19Z2017-09-19T04:12:19Z2017info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis201 p.| il., gráfs., tabs.application/pdf349741https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/179664porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2017-09-19T04:12:19Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/179664Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732017-09-19T04:12:19Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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