O cerne oculto do projeto nietzschiano: Logos vs. Pathos no ato de filosofar
Ano de defesa: | 2019 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Palavras-chave em Inglês: | |
Link de acesso: | https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=7683213 https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/59312 |
Resumo: | O objetivo da presente pesquisa é investigar em que medida a relação de embate entre inconsciente e consciente no ato de filosofar de Nietzsche realiza um moto que já fora o d’O nascimento da tragédia, qual seja, compreender como os gregos da era trágica puderam suportar, justificar a existência, a ponto de inebriar-se nela. Assim sendo, a relação entre inconsciente e consciente não ficaria restrita ao âmbito teórico, de conteúdos, da conceituação e da articulação lógica entre um e outro, mas demandaria uma protagonização, pela via da admissão e do controle das forças inconscientes em sua filosofia mediante o fazer artístico. Assim, num primeiro momento a pesquisa trará filósofos dos séculos XVII a XIX reiteradamente referidos por Nietzsche, que, entregando-se a um dispositivo superficial e intermitente como a consciência, fizeram-se presas da pedra de tropeço de seus medos e desejos inconscientes. Num segundo momento, já em sentido contrário, mostrar-se-á como Nietzsche mobiliza comandos inconscientes ao filosofar, protagonizando – com sua escrita e com seu estilo emanados de seu metabolismo e de sua pulsação fisiológica – a passagem de estratos inconsciente para o consciente, mediante a conversão da necessidade e capacidade de comunicar. Num terceiro momento, o foco estará em como isso se fez e se faz possível, perscrutando-se, com o filósofo, uma reflexividade e um fazer artístico entre os impulsos, compreendidos segundo suas dimensões e interações. Num quarto e último momento, trata-se de fazer ver como, contrariamente aos filósofos metafísicos, Nietzsche não sucumbiu às intermitências da consciência, nem mesmo como jovem Nietzsche, nem mesmo quanto ao conteúdo de filosofar, quando por suas noções de intuição e representação concebeu um Dioniso passível de ser retomado em outras bases. Com esse percurso, espera-se poder mostrar como o embate inconsciente-consciente se faz o cerne oculto e propulsor do projeto nietzschiano. |
id |
UFSP_26696cc28d1f50508a2c190f98b6545b |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.unifesp.br:11600/59312 |
network_acronym_str |
UFSP |
network_name_str |
Repositório Institucional da UNIFESP |
repository_id_str |
|
spelling |
Krieger, Saulo [UNIFESP]Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Silva Junior, Ivo Da [UNIFESP]2021-01-19T16:32:08Z2021-01-19T16:32:08Z2019-04-23https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=7683213https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/59312SAULO KRIEGER.pdfO objetivo da presente pesquisa é investigar em que medida a relação de embate entre inconsciente e consciente no ato de filosofar de Nietzsche realiza um moto que já fora o d’O nascimento da tragédia, qual seja, compreender como os gregos da era trágica puderam suportar, justificar a existência, a ponto de inebriar-se nela. Assim sendo, a relação entre inconsciente e consciente não ficaria restrita ao âmbito teórico, de conteúdos, da conceituação e da articulação lógica entre um e outro, mas demandaria uma protagonização, pela via da admissão e do controle das forças inconscientes em sua filosofia mediante o fazer artístico. Assim, num primeiro momento a pesquisa trará filósofos dos séculos XVII a XIX reiteradamente referidos por Nietzsche, que, entregando-se a um dispositivo superficial e intermitente como a consciência, fizeram-se presas da pedra de tropeço de seus medos e desejos inconscientes. Num segundo momento, já em sentido contrário, mostrar-se-á como Nietzsche mobiliza comandos inconscientes ao filosofar, protagonizando – com sua escrita e com seu estilo emanados de seu metabolismo e de sua pulsação fisiológica – a passagem de estratos inconsciente para o consciente, mediante a conversão da necessidade e capacidade de comunicar. Num terceiro momento, o foco estará em como isso se fez e se faz possível, perscrutando-se, com o filósofo, uma reflexividade e um fazer artístico entre os impulsos, compreendidos segundo suas dimensões e interações. Num quarto e último momento, trata-se de fazer ver como, contrariamente aos filósofos metafísicos, Nietzsche não sucumbiu às intermitências da consciência, nem mesmo como jovem Nietzsche, nem mesmo quanto ao conteúdo de filosofar, quando por suas noções de intuição e representação concebeu um Dioniso passível de ser retomado em outras bases. Com esse percurso, espera-se poder mostrar como o embate inconsciente-consciente se faz o cerne oculto e propulsor do projeto nietzschiano.The main purpose of this research is to investigate in which ways the clash relation between unconscious and conscious in Nietzsche´s act of philosophizing undertakes a motto which dates back to The Birth of Tragedy, that is to say, the motto of understanding how the Greeks of the tragic era could abide and justify the existence, to the point of being inebriated by it. Hence, the relation between unconscious and conscious would not be limited to the theoretical scope of contents, conceptualization and logical articulation, but would demand for a performative role, by means of an admission and control of unconscious forces in his philosophy, provided by the artistic act. Then, in a first moment our research will address some philosophers from 17th, 18th and 19th centuries, approached by Nietzsche himself, philosophers who, in indulging themselves in a superficial and intermittent device such as the consciousness, have fallen preys of a stumbling block, namely, the stumbling block of their very unconscious fears and desires. In a second moment, in the opposite way, we intend to reveal how Nietzsche activates unconscious commands in his act of philosophizing, performing – with his writing and with his style emanated from his metabolism and physiological pulsation – the transit from unconscious strata to a conscious state, through a deliberated conversion of a necessity to a capacity of communicate. In a third moment, the focus will be on the understanding of the possibility of this transit, and we will be investigating how a reflexivity and an artistic act is performed already among organic drives, grasped in his dimensions and interactions. In a fourth and last moment, we will investigate how, in contrast to metaphysical philosophers, Nietzsche did not succumb to the intermittencies of consciousness, not even the Young Nietzsche, not even with regard to the content of his philosophy, because from very outset, with his notions of intuition and representation he could consider a Dionysus who could subsequently be recovered in other grounds. With this path, we expect being able to point how the clash unconscious-conscious can be comprehended as the hidden propellant core of the Nietzschean project.Dados abertos - Sucupira - Teses e dissertações (2019)301 p.porUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)ConsciênciaInconscienteImpulsosAgonismoArteLinguagemFilosofia Trágica.ConscienceUnconsciousDrivesAgonismArtLanguageTragic PhilosophyO cerne oculto do projeto nietzschiano: Logos vs. Pathos no ato de filosofarinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisDoutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPGuarulhos, Escola de Filosofia, Letras e Ciências HumanasFilosofiaFilosofiaPolítica, Conhecimento E SociedadeORIGINALSAULO KRIEGER.pdfapplication/pdf2288751${dspace.ui.url}/bitstream/11600/59312/1/SAULO%20KRIEGER.pdf2ba1ea159128f565a0e8dc5421df6024MD51open accessTEXTSAULO KRIEGER.pdf.txtSAULO KRIEGER.pdf.txtExtracted texttext/plain898130${dspace.ui.url}/bitstream/11600/59312/2/SAULO%20KRIEGER.pdf.txt130d8a3561186fb24704555247b765abMD52open accessTHUMBNAILSAULO KRIEGER.pdf.jpgSAULO KRIEGER.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg3709${dspace.ui.url}/bitstream/11600/59312/4/SAULO%20KRIEGER.pdf.jpg31da09d0e3613f6bd26bf87ac549f136MD54open access11600/593122023-05-15 08:57:02.185open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/59312Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652023-05-15T11:57:02Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false |
dc.title.pt.fl_str_mv |
O cerne oculto do projeto nietzschiano: Logos vs. Pathos no ato de filosofar |
title |
O cerne oculto do projeto nietzschiano: Logos vs. Pathos no ato de filosofar |
spellingShingle |
O cerne oculto do projeto nietzschiano: Logos vs. Pathos no ato de filosofar Krieger, Saulo [UNIFESP] Consciência Inconsciente Impulsos Agonismo Arte Linguagem Filosofia Trágica. Conscience Unconscious Drives Agonism Art Language Tragic Philosophy |
title_short |
O cerne oculto do projeto nietzschiano: Logos vs. Pathos no ato de filosofar |
title_full |
O cerne oculto do projeto nietzschiano: Logos vs. Pathos no ato de filosofar |
title_fullStr |
O cerne oculto do projeto nietzschiano: Logos vs. Pathos no ato de filosofar |
title_full_unstemmed |
O cerne oculto do projeto nietzschiano: Logos vs. Pathos no ato de filosofar |
title_sort |
O cerne oculto do projeto nietzschiano: Logos vs. Pathos no ato de filosofar |
author |
Krieger, Saulo [UNIFESP] |
author_facet |
Krieger, Saulo [UNIFESP] |
author_role |
author |
dc.contributor.institution.pt.fl_str_mv |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Krieger, Saulo [UNIFESP] |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Silva Junior, Ivo Da [UNIFESP] |
contributor_str_mv |
Silva Junior, Ivo Da [UNIFESP] |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Consciência Inconsciente Impulsos Agonismo Arte Linguagem Filosofia Trágica. |
topic |
Consciência Inconsciente Impulsos Agonismo Arte Linguagem Filosofia Trágica. Conscience Unconscious Drives Agonism Art Language Tragic Philosophy |
dc.subject.eng.fl_str_mv |
Conscience Unconscious Drives Agonism Art Language Tragic Philosophy |
description |
O objetivo da presente pesquisa é investigar em que medida a relação de embate entre inconsciente e consciente no ato de filosofar de Nietzsche realiza um moto que já fora o d’O nascimento da tragédia, qual seja, compreender como os gregos da era trágica puderam suportar, justificar a existência, a ponto de inebriar-se nela. Assim sendo, a relação entre inconsciente e consciente não ficaria restrita ao âmbito teórico, de conteúdos, da conceituação e da articulação lógica entre um e outro, mas demandaria uma protagonização, pela via da admissão e do controle das forças inconscientes em sua filosofia mediante o fazer artístico. Assim, num primeiro momento a pesquisa trará filósofos dos séculos XVII a XIX reiteradamente referidos por Nietzsche, que, entregando-se a um dispositivo superficial e intermitente como a consciência, fizeram-se presas da pedra de tropeço de seus medos e desejos inconscientes. Num segundo momento, já em sentido contrário, mostrar-se-á como Nietzsche mobiliza comandos inconscientes ao filosofar, protagonizando – com sua escrita e com seu estilo emanados de seu metabolismo e de sua pulsação fisiológica – a passagem de estratos inconsciente para o consciente, mediante a conversão da necessidade e capacidade de comunicar. Num terceiro momento, o foco estará em como isso se fez e se faz possível, perscrutando-se, com o filósofo, uma reflexividade e um fazer artístico entre os impulsos, compreendidos segundo suas dimensões e interações. Num quarto e último momento, trata-se de fazer ver como, contrariamente aos filósofos metafísicos, Nietzsche não sucumbiu às intermitências da consciência, nem mesmo como jovem Nietzsche, nem mesmo quanto ao conteúdo de filosofar, quando por suas noções de intuição e representação concebeu um Dioniso passível de ser retomado em outras bases. Com esse percurso, espera-se poder mostrar como o embate inconsciente-consciente se faz o cerne oculto e propulsor do projeto nietzschiano. |
publishDate |
2019 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2019-04-23 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2021-01-19T16:32:08Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2021-01-19T16:32:08Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.pt.fl_str_mv |
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=7683213 |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/59312 |
dc.identifier.file.none.fl_str_mv |
SAULO KRIEGER.pdf |
url |
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=7683213 https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/59312 |
identifier_str_mv |
SAULO KRIEGER.pdf |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
301 p. |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UNIFESP instname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) instacron:UNIFESP |
instname_str |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) |
instacron_str |
UNIFESP |
institution |
UNIFESP |
reponame_str |
Repositório Institucional da UNIFESP |
collection |
Repositório Institucional da UNIFESP |
bitstream.url.fl_str_mv |
${dspace.ui.url}/bitstream/11600/59312/1/SAULO%20KRIEGER.pdf ${dspace.ui.url}/bitstream/11600/59312/2/SAULO%20KRIEGER.pdf.txt ${dspace.ui.url}/bitstream/11600/59312/4/SAULO%20KRIEGER.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
2ba1ea159128f565a0e8dc5421df6024 130d8a3561186fb24704555247b765ab 31da09d0e3613f6bd26bf87ac549f136 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1785105914328514560 |