Avaliação do papel de SIRT1 na progressão do melanoma
Ano de defesa: | 2017 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Palavras-chave em Inglês: | |
Link de acesso: | https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=5022407 http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/50660 |
Resumo: | O melanoma é um câncer de pele originário de melanócitos e é caracterizado por sua crescente incidência e alta letalidade. Já foi demonstrado que o seu desenvolvimento e progressão tem o envolvimento tanto de alterações genéticas quanto epigenéticas. A epigenética, por sua vez, inclui mecanismos (como metilação de DNA, modificações em histonas e remodelamento de cromatina) que estão alterados em células tumorais. Já é descrito que espécies reativas de oxigênio (EROs) tem a capacidade de conduzir a tais alterações. O aumento de EROs causa lesões no DNA, que exigem um rearranjo de cromatina para o seu reparo. A sirtuína-1 (SIRT1) é uma desacetilase de histonas NAD+ -dependente que participa desses processos de reparo e, ao ser recrutada ao local de dano, leva à repressão transcricional. SIRT1 é classicamente descrita como responsiva a EROs e superexpressa em diversas linhagens tumorais. No modelo de progressão de melanoma murino adotado, as linhagens celulares 4C (melanócito pré- maligna), 4C11- (melanoma não metastático) e 4C11+ (melanoma metastático) foram obtidas a partir da linhagem murina de melanócitos não tumorigênicos melan-a. A linhagem melan-a foi submetida a ciclos sequenciais de bloqueio de adesão ao substrato, os quais conferem um microambiente estressor que promove aumento de EROs. A expressão de SIRT1 está aumentada nas linhagens intermediárias 4C e 4C11- quando comparada à linhagem melan-a e significativamente reduzida na linhagem 4C11+. O papel de SIRT1 no câncer ainda não está completamente determinado. Essa desacetilase já foi apontada como promotora tumoral em câncer de cólon e mama e ao mesmo tempo associada ao melhor prognóstico de diversos tipos de tumores. Nesse trabalho, a expressão de SIRT1 foi reduzida de forma estável através de shRNA com o objetivo de avaliar o seu papel na progressão e transformação maligna do melanoma. A redução da expressão de SIRT1 nas linhagens melan-a e 4C não resultou em efeitos evidentes, entretanto, foi capaz de reduzir a capacidade de formação de colônias e de migração coletiva da linhagem 4C11+. Paralelamente, a linhagem melan-a com expressão reduzida de SIRT1 foi submetida a cinco ciclos sequenciais de bloqueio de adesão ao substrato seguido de diluição limitante. O silenciamento de SIRT1 teve grande impacto sobre viabilidade dessas células, apesar de não ter evitado a sua transformação maligna. Esses dados propõe um caráter oncogênico a SIRT1 no modelo de estudo adotado e estimulam mais investigações para melhor compreensão do seu papel no melanoma. |
id |
UFSP_3aac9fae5709413a7f05798179c04791 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.unifesp.br:11600/50660 |
network_acronym_str |
UFSP |
network_name_str |
Repositório Institucional da UNIFESP |
repository_id_str |
|
spelling |
Pereira, Danilo Micali [UNIFESP]Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)http://lattes.cnpq.br/4244012689170325http://lattes.cnpq.br/3057188718614807Leon, Miriam Galvonas Jasiulionis [UNIFESP]São Paulo2019-06-19T14:58:13Z2019-06-19T14:58:13Z2017https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=5022407http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/50660O melanoma é um câncer de pele originário de melanócitos e é caracterizado por sua crescente incidência e alta letalidade. Já foi demonstrado que o seu desenvolvimento e progressão tem o envolvimento tanto de alterações genéticas quanto epigenéticas. A epigenética, por sua vez, inclui mecanismos (como metilação de DNA, modificações em histonas e remodelamento de cromatina) que estão alterados em células tumorais. Já é descrito que espécies reativas de oxigênio (EROs) tem a capacidade de conduzir a tais alterações. O aumento de EROs causa lesões no DNA, que exigem um rearranjo de cromatina para o seu reparo. A sirtuína-1 (SIRT1) é uma desacetilase de histonas NAD+ -dependente que participa desses processos de reparo e, ao ser recrutada ao local de dano, leva à repressão transcricional. SIRT1 é classicamente descrita como responsiva a EROs e superexpressa em diversas linhagens tumorais. No modelo de progressão de melanoma murino adotado, as linhagens celulares 4C (melanócito pré- maligna), 4C11- (melanoma não metastático) e 4C11+ (melanoma metastático) foram obtidas a partir da linhagem murina de melanócitos não tumorigênicos melan-a. A linhagem melan-a foi submetida a ciclos sequenciais de bloqueio de adesão ao substrato, os quais conferem um microambiente estressor que promove aumento de EROs. A expressão de SIRT1 está aumentada nas linhagens intermediárias 4C e 4C11- quando comparada à linhagem melan-a e significativamente reduzida na linhagem 4C11+. O papel de SIRT1 no câncer ainda não está completamente determinado. Essa desacetilase já foi apontada como promotora tumoral em câncer de cólon e mama e ao mesmo tempo associada ao melhor prognóstico de diversos tipos de tumores. Nesse trabalho, a expressão de SIRT1 foi reduzida de forma estável através de shRNA com o objetivo de avaliar o seu papel na progressão e transformação maligna do melanoma. A redução da expressão de SIRT1 nas linhagens melan-a e 4C não resultou em efeitos evidentes, entretanto, foi capaz de reduzir a capacidade de formação de colônias e de migração coletiva da linhagem 4C11+. Paralelamente, a linhagem melan-a com expressão reduzida de SIRT1 foi submetida a cinco ciclos sequenciais de bloqueio de adesão ao substrato seguido de diluição limitante. O silenciamento de SIRT1 teve grande impacto sobre viabilidade dessas células, apesar de não ter evitado a sua transformação maligna. Esses dados propõe um caráter oncogênico a SIRT1 no modelo de estudo adotado e estimulam mais investigações para melhor compreensão do seu papel no melanoma.Melanoma is a skin cancer originated from melanocytes and is characterized by its increasing incidence and for being highly lethal. Its development has been demonstrated to be involved in both genetic and epigenetic alterations. Epigenetics, in turn, includes mechanisms such as DNA methylation, histone modifications and chromatin remodeling which are altered in cancer cells. It is known that reactive oxygen species (ROS) are capable of leading to such changes. High levels of ROS can cause DNA damage, which requires chromatin remodeling to be repaired. Sirtuin-1 (SIRT1) is a NAD+ -dependent histone deacetylase is part of damage repair mechanisms e is recruited to DNA damage sites where it can lead to transcriptional repression. SIRT1 is widely described as a ROS-responsive protein and is found overexpressed in different cancer cell lines. In the adopted melanoma progression mouse model, the cell lines 4C (premalignant melanocyte), 4C11- (non-metastatic melanoma) and 4C11+ (metastatic melanoma) were underwent five sequential cycles of adhesion blockage, what provides a stressing microenvironment that promotes increased levels of ROS. SIRT1 expression in these cell lines is increased in the intermediate cell lines 4C and 4C11- when compared to melan-a and significantly reduced in the cell line 4C11+. The role of SIRT1 in cancer is still not fully understood. This deacetylase has been pointed out as a tumor promoter in colon and breast cancer and also linked to better prognosis in diverse tumor types. In this work, SIRT1 expression was stably reduced by shRNA with the aim of assessing its role in melanocyte malignant transformation and melanoma progression. The reduced expression of SIRT1 in the cell lines melan-a and 4C did not have major effects, however, it led to reduced colony formation and collective cell migration in the cell line 4C11+. In parallel, the cell line melan-a with reduced SIRT1 expression was submitted to five sequential cycles of adhesion blockage followed by limiting dilution. SIRT1 silencing highly impacted cell viability, although it could not avoid malignant transformation. These data point out an oncogenic character to SIRT1 in the adopted cell model and encourage further investigation to better understand its role in melanoma.Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)Dados abertos - Sucupira - Teses e dissertações (2017)79 f.porUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)MelanomaProgressão da doençaHistona desacetilaseMelanomaDna methylationAvaliação do papel de SIRT1 na progressão do melanomaAssessment of the role of SIRT1 in melanoma progressioninfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPEscola Paulista de Medicina (EPM)Microbiologia e ImunologiaBiologia CelularEstudos de Biologia Celular, Sinalização, Mecanismos de Patogenicidade e Fatores de Virulência em Patógenos Humanos (Vírus, Bactérias, Fungos e Tripanosomatídeos) e no CâncerORIGINALDANILO MICALI PEREIRA PDF A.pdfDANILO MICALI PEREIRA PDF A.pdfDissertação de mestradoapplication/pdf3490326${dspace.ui.url}/bitstream/11600/50660/1/DANILO%20MICALI%20PEREIRA%20PDF%20A.pdfd9c5e18a83ab4752307eb80b5ab611dcMD51open access11600/506602023-07-19 09:49:14.134open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/50660Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652023-07-19T12:49:14Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Avaliação do papel de SIRT1 na progressão do melanoma |
dc.title.alternative.en.fl_str_mv |
Assessment of the role of SIRT1 in melanoma progression |
title |
Avaliação do papel de SIRT1 na progressão do melanoma |
spellingShingle |
Avaliação do papel de SIRT1 na progressão do melanoma Pereira, Danilo Micali [UNIFESP] Melanoma Progressão da doença Histona desacetilase Melanoma Dna methylation |
title_short |
Avaliação do papel de SIRT1 na progressão do melanoma |
title_full |
Avaliação do papel de SIRT1 na progressão do melanoma |
title_fullStr |
Avaliação do papel de SIRT1 na progressão do melanoma |
title_full_unstemmed |
Avaliação do papel de SIRT1 na progressão do melanoma |
title_sort |
Avaliação do papel de SIRT1 na progressão do melanoma |
author |
Pereira, Danilo Micali [UNIFESP] |
author_facet |
Pereira, Danilo Micali [UNIFESP] |
author_role |
author |
dc.contributor.institution.pt_BR.fl_str_mv |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) |
dc.contributor.authorLattes.none.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/4244012689170325 |
dc.contributor.advisorLattes.none.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/3057188718614807 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Pereira, Danilo Micali [UNIFESP] |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Leon, Miriam Galvonas Jasiulionis [UNIFESP] |
contributor_str_mv |
Leon, Miriam Galvonas Jasiulionis [UNIFESP] |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Melanoma Progressão da doença Histona desacetilase |
topic |
Melanoma Progressão da doença Histona desacetilase Melanoma Dna methylation |
dc.subject.eng.fl_str_mv |
Melanoma Dna methylation |
description |
O melanoma é um câncer de pele originário de melanócitos e é caracterizado por sua crescente incidência e alta letalidade. Já foi demonstrado que o seu desenvolvimento e progressão tem o envolvimento tanto de alterações genéticas quanto epigenéticas. A epigenética, por sua vez, inclui mecanismos (como metilação de DNA, modificações em histonas e remodelamento de cromatina) que estão alterados em células tumorais. Já é descrito que espécies reativas de oxigênio (EROs) tem a capacidade de conduzir a tais alterações. O aumento de EROs causa lesões no DNA, que exigem um rearranjo de cromatina para o seu reparo. A sirtuína-1 (SIRT1) é uma desacetilase de histonas NAD+ -dependente que participa desses processos de reparo e, ao ser recrutada ao local de dano, leva à repressão transcricional. SIRT1 é classicamente descrita como responsiva a EROs e superexpressa em diversas linhagens tumorais. No modelo de progressão de melanoma murino adotado, as linhagens celulares 4C (melanócito pré- maligna), 4C11- (melanoma não metastático) e 4C11+ (melanoma metastático) foram obtidas a partir da linhagem murina de melanócitos não tumorigênicos melan-a. A linhagem melan-a foi submetida a ciclos sequenciais de bloqueio de adesão ao substrato, os quais conferem um microambiente estressor que promove aumento de EROs. A expressão de SIRT1 está aumentada nas linhagens intermediárias 4C e 4C11- quando comparada à linhagem melan-a e significativamente reduzida na linhagem 4C11+. O papel de SIRT1 no câncer ainda não está completamente determinado. Essa desacetilase já foi apontada como promotora tumoral em câncer de cólon e mama e ao mesmo tempo associada ao melhor prognóstico de diversos tipos de tumores. Nesse trabalho, a expressão de SIRT1 foi reduzida de forma estável através de shRNA com o objetivo de avaliar o seu papel na progressão e transformação maligna do melanoma. A redução da expressão de SIRT1 nas linhagens melan-a e 4C não resultou em efeitos evidentes, entretanto, foi capaz de reduzir a capacidade de formação de colônias e de migração coletiva da linhagem 4C11+. Paralelamente, a linhagem melan-a com expressão reduzida de SIRT1 foi submetida a cinco ciclos sequenciais de bloqueio de adesão ao substrato seguido de diluição limitante. O silenciamento de SIRT1 teve grande impacto sobre viabilidade dessas células, apesar de não ter evitado a sua transformação maligna. Esses dados propõe um caráter oncogênico a SIRT1 no modelo de estudo adotado e estimulam mais investigações para melhor compreensão do seu papel no melanoma. |
publishDate |
2017 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2017 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2019-06-19T14:58:13Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2019-06-19T14:58:13Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.pt_BR.fl_str_mv |
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=5022407 |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/50660 |
url |
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=5022407 http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/50660 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
79 f. |
dc.coverage.spatial.none.fl_str_mv |
São Paulo |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UNIFESP instname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) instacron:UNIFESP |
instname_str |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) |
instacron_str |
UNIFESP |
institution |
UNIFESP |
reponame_str |
Repositório Institucional da UNIFESP |
collection |
Repositório Institucional da UNIFESP |
bitstream.url.fl_str_mv |
${dspace.ui.url}/bitstream/11600/50660/1/DANILO%20MICALI%20PEREIRA%20PDF%20A.pdf |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
d9c5e18a83ab4752307eb80b5ab611dc |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1785105906090901504 |