Efeitos de uma recordação: quais alterações psicofisiológicas e de autoavaliação ocorrem ao reviver em imagens os Jogos Paralímpicos de 2016?

• Ano de defesa: 2020
• Autor(a) principal: Soares, Bruna Bardella De Revoredo Macedo [UNIFESP]
• Orientador(a): Oliveira Filho, Ciro Winckler De [UNIFESP]
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
• Palavras-chave em Português: Atleta Paralímpico; Ansiedade Pré-Competitiva; Ativação; Desempenho; Zona Ótima De Funcionamento Individual (IZOF)
• Palavras-chave em Inglês: Paralympic Athlete; Pre-Competitive Anxiety; Arousal; Performance; Zone Of Optimal Functioning (IZOF)
• Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=10375968; https://repositorio.unifesp.br/xmlui/handle/11600/64802

O crescimento do esporte paralímpico tem gerado aumento do nível de competitividade ocasionando maiores níveis de ansiedade e ativação que podem interferir no desempenho das competições alvo de nadadores de alto rendimento. Um dos modelos que busca explicar a relação do estado emocional com desempenho é o Modelo de Zonas Individualizadas de Desempenho Ideal (IZOF) que considera que os atletas possuem zonas ideais de funcionamento ideais, sendo que uma das formas de compreender essa zona é relembrando competições passadas. Fundamentando-se assim na teoria IZOF, no resgate das emoções e na compreensão dos seus efeitos como fatores indispensáveis para nadadores paralímpicos atingirem e administrarem a sua zona ideal, esse estudo teve por objetivo analisar o uso de vídeo como forma de avaliar a percepção das competições passadas (satisfação e tensão), o efeito do atleta assistir aos vídeos em relação a resposta emocional (ativação cognitiva e fisiológica) e com a autoavaliação do seu desempenho. Foram utilizados o Inventário de Ansiedade Traço e Estado (IDATE) para obter os dados de ativação cognitiva, a Escala Self Assessment Manikin (SAM) para o atleta avaliar o estado de tensão e percepção da prova antes e após os nadadores assistirem as gravações. O vídeo conteve três momentos: linha de base (LB), vídeo neutro (VNEUTRO) e vídeo dos Jogos Paralímpicos de 2016 (VJOGOS). Enquanto assistiam as gravações, foram analisados os sinais psicofisiológicos como forma de avaliação da ativação fisiológica, Variabilidade da Frequência Cardíaca (VFC) e Atividade Eletrodérmica (EDA), tantos os dados brutos como as variações percentuais em relação a LB. Foram observadas diferenças significantes entre a média de tempo dos batimentos cardíacos (MRR) em relação a VNxVJOGOS, e redução dos parâmetros RMSSD (raiz quadrada da média das diferenças entre os intervalos) e pNN50 (porcentagem dos intervalos RR com variação maior que 50 milissegundos) ainda que não estatisticamente significantes. A redução da MRR também foi observada quando o atleta avaliou seu desempenho como melhor do que esperado. Em relação aos dados de condutância da pele, ocorreu ativação fisiológica em VJOGOS quando comparado VN. Em síntese, VJOGOS apresentou uma ativação fisiológica quando comparado ao VN, ao mesmo tempo que o uso de vídeos no âmbito psicológico e esportivo pode ser explorado, devidas ponderações devem ser consideradas sabendo que seu conteúdo pode eliciar repostas positivas ou negativas ao desempenho.