Avaliação do estresse de surdos ao falar em público

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Santos, Warley Almeida [UNIFESP]
Orientador(a): Araujo, Ronaldo De Carvalho [UNIFESP]
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=7675502
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/60044
Resumo: Objetivo: Avaliar o estresse de surdos usuários de libras e de ouvintes durante o teste de falar em público. Métodos: Foram recrutados 23 indivíduos do sexo masculino, sendo 10 surdos fluentes em libras e 13 ouvintes que não conhecem libras. A idade variou entre 18 e 30 anos, todos os participantes eram alunos de cursos populares preparatórios para vestibular. No dia do teste, fizemos as avaliações basais que consistiam: coleta da saliva para a determinação de cortisol e amilase salivar, aferição da pressão arterial, avaliação da frequência cardíaca, avaliação da função endotelial. Em seguida os participantes foram levados a um auditório com uma plateia previamente montada. Nessa sala, exibimos um vídeo com áudio e tradução em libras sobre o tema diabetes. Após, pedimos aos voluntários que explicassem para a plateia a sua compreensão sobre o vídeo e no final uma pessoa da plateia fazia uma pergunta oral para esse participante. Após essas etapas os participantes foram levados imediatamente a sala inicial para refazer as mesmas avaliações basais e responder um questionário de autopercepção de estresse. Resultados: No basal foi observado um menor valor de cortisol no grupo surdo e uma melhor resposta endotelial. Não foram observadas diferenças significativas nas outras variáveis. Após o teste de falar em público, foi observado aumento na frequência cardíaca de ambos os grupos com diferenças estatisticamente significativas. Não houve diferença na pressão arterial entre os dois grupos. Quanto ao cortisol salivar, entretanto não observamos diferenças nos pós teste. Já na atividade da alfa amilase, encontramos aumento de 30% na concentração de amilase salivar do grupo de surdos após o teste de falar em público. Além disso, os resultados encontrados na escala de autopercepção, mostraram que psicologicamente o grupo de surdos teve os valores de 390% em agitação, 790% tensão e 400% preocupação nos marcadores de ansiedade e estresse em relação ao grupo controle. Conclusão: Os nossos dados sugerem que os surdos apresentam um maior estresse em falar em público e que esse fenômeno pode ser frequente no cotidiano dos surdos e em parte pode justificar os menores valores de cortisol e frequência cardíaca basais.
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A idade variou entre 18 e 30 anos, todos os participantes eram alunos de cursos populares preparatórios para vestibular. No dia do teste, fizemos as avaliações basais que consistiam: coleta da saliva para a determinação de cortisol e amilase salivar, aferição da pressão arterial, avaliação da frequência cardíaca, avaliação da função endotelial. Em seguida os participantes foram levados a um auditório com uma plateia previamente montada. Nessa sala, exibimos um vídeo com áudio e tradução em libras sobre o tema diabetes. Após, pedimos aos voluntários que explicassem para a plateia a sua compreensão sobre o vídeo e no final uma pessoa da plateia fazia uma pergunta oral para esse participante. Após essas etapas os participantes foram levados imediatamente a sala inicial para refazer as mesmas avaliações basais e responder um questionário de autopercepção de estresse. Resultados: No basal foi observado um menor valor de cortisol no grupo surdo e uma melhor resposta endotelial. Não foram observadas diferenças significativas nas outras variáveis. Após o teste de falar em público, foi observado aumento na frequência cardíaca de ambos os grupos com diferenças estatisticamente significativas. Não houve diferença na pressão arterial entre os dois grupos. Quanto ao cortisol salivar, entretanto não observamos diferenças nos pós teste. Já na atividade da alfa amilase, encontramos aumento de 30% na concentração de amilase salivar do grupo de surdos após o teste de falar em público. Além disso, os resultados encontrados na escala de autopercepção, mostraram que psicologicamente o grupo de surdos teve os valores de 390% em agitação, 790% tensão e 400% preocupação nos marcadores de ansiedade e estresse em relação ao grupo controle. Conclusão: Os nossos dados sugerem que os surdos apresentam um maior estresse em falar em público e que esse fenômeno pode ser frequente no cotidiano dos surdos e em parte pode justificar os menores valores de cortisol e frequência cardíaca basais.Objective: We aimed to evaluate the stress in Brazilian Sign Language users and hearers upon a public speech test.Methods: 23 male individuals were recruited, 10 of which had the hearing impaired and were fluent in Brazilian Sign Language and 13 of which were hearers that did not know Brazilian Sign Language. The age of the participants varied from 18 to 30 years, all participants were students of popular preparatory courses for college entrance examination. On the day of the test, we evaluated basal parameters that consisted in the collection of saliva for the assessment of cortisol, amylase activity, assessment of cardiac frequency and endothelial function. Subsequently, the participants were led to an auditorium with a previously seated audience. In this room, the participants watched a video with audio and translation to Brazilian Sign Language about diabetes. Afterwards, we asked the volunteers to explain to the audience their understanding about the video. At the end, a person from the audience made an oral question for this participant. Immediately after these steps, the participants were led to the initial room for the measurement of the same initial parameters and to respond to a questionnaire about their self-perception of stress.Results: The basal cortisol of the hearing impaired group was lower, accompanied by a better endothelial response. No significant differences were observed in the other parameters. After the public speech test, an statistically significant increase in cardiac frequency was observed in both groups. No statistically significant difference in arterial pressure was observed between both groups. No statistical differences between groups were observed regarding salivary cortisol in posttest samples. Conversely, the activity of alpha amylase was increased by 30% in the hearing impaired group when compared to the hearing group after the public speech test. Moreover, the results in the self-perception stress test showed that psychologically the hearing impaired group displayed 390% in agitation, 790% in tension and 400% relative to the control group regarding preoccupation in the anxiety and stress parameters. Conclusion: Our data suggest that the hearing impaired individuals display higher stress when speaking in public and that this phenomenon may be recurrent in the routine of hearing impaired individuals. This, in part, may justify the lower values of basal cortisol and basal cardiac frequency observed.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorDados abertos - Sucupira - Teses e dissertações (2019)68f.porUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)EstresseSurdosLibrasBiomarcadoresStressHearing ImpairmentBrazilian Sign LanguageBiomarkersAvaliação do estresse de surdos ao falar em públicoEvaluation of stress levels on hearing impaired individualsinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisMestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPSão Paulo, Escola Paulista de MedicinaMedicina (Nefrologia)Projeto IsoladoORIGINALWarley Almeida Santos A.pdfWarley Almeida Santos A.pdfapplication/pdf828254${dspace.ui.url}/bitstream/11600/60044/1/Warley%20Almeida%20Santos%20A.pdfd6faedd70943466d44522c70734f2060MD51open access11600/600442023-03-14 10:25:30.356open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/60044Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652023-03-14T13:25:30Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false
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